Receita: junte-se o maior conglomerado mundial de serviços financeiros com a marca número 1 no mundo; adicione-se a tecnologia de pagamentos móveis mais avançada do planeta, polvilhem com o sistema operativo de telemóveis de maior crescimento - e eis que está pronto o "bolo". Chama-se Google Wallet e foi apresentado na semana passada. O conglomerado é o Citigroup, a marca é a Google, o Near Field Communication a tecnologia (eles andam mesmo a seguir o nosso blogue...:)), e o Android é o sistema operativo (que ultrapassou pela primeira vez o iPhone da Apple segundo a revista Wired). O Citigroup junta-se à iniciativa com o intuito de se tornar "o banco digital do mundo". O Citi acredita que se chegou ao ponto em que os pagamentos móveis passam do conceito para a utilização massificada. Com esta aplicação, para os clientes efectuarem pagamentos bastará que passem o telemóvel em frente aos leitores instalados para o efeito. Nalguns casos, poderá haver também ofertas promocionais e poderão ser feitos downloads dos recibos de compras. A ideia é que os smartphones funcionem como uma espécie de "carteira electrónica", substituindo os cartões de crédito e multibanco. A Google não deverá cobrar taxas pelas transacções com recurso ao sistema. Este sistema vai também permitir à Google fornecer aos retalhistas dados adicionais sobre o tipo de cliente que têm e adequar promoções e ofertas ao público que pretendem atingir.
A primeira ronda de testes decorrerá em Nova Iorque e em S. Francisco nos próximos meses. O serviço estará inicialmente disponível com os aparelhos Nexus 4G, mas a Google está a negociar com diferentes operadores móveis e a nova aplicação é suficientemente aberta (como é apanágio da google) para ser rapidamente desenvolvida e adaptada por inúmeros parceiros. "Estamos prestes a embarcar numa nova era do comércio, onde juntamos o online e o offline", afirma Stephanie Tilenius, executivo da tecnológica.PS: entretanto, respondendo ao Google Music, o Facebook acaba de estabelecer uma parceria com a Spotify, líder europeia de música online, para lançar um serviço de música na plataforma, permitindo partilha de faixas. Junta-se ao streaming de vídeos. Tudo pago com os mesmos Facebook Credits já gastos no Farmville...
Também a Apple se prepara para lançar um serviço de streaming de música no iTunes, através de acordos firmados com as editoras Universal, Sony e Warner. Os acordos firmados permitirão à Apple lançar um serviço com a benção das editoras, o que não aconteceu com a Amazon ou com a Google. O novo serviço poderá ser anunciado já em Junho, na Worldwide Developers Conference. A música está mesmo nas nuvens...virá aí o iCloud?
in Jornal de Negocios
Esta é uma grande novidade, mas infelizmente deverá demorar um pouco a chegar ao nosso país. A verdade é que ainda tem de ser tudo bem testado, pois os recentes incidentes com a Sony (PSN) mostraram que a Web ainda não é um lugar completamente seguro, mesmo que a informação circule apenas dos telemóveis para os servidores bancários.
ResponderEliminarPelo que sei, a tecnologia RFID vai também explodir nos telemóveis muito em breve, através de uma empresa portuguesa do sector. Isto só vem confirmar que o mundo está a avançar muito depressa e que cada vez mais rapidamente alteramos os nossos hábitos de consumo.
E como não podia deixar de ser, nesta guerra que tem envolvido as constantes novas aplicações para smart phones, a polémica já está instalada.
ResponderEliminarA Paypal processou a Google no seguimento deste lançamento, alegando roubo de segredos comerciais(http://pt.euronews.net/2011/05/27/telemoveis-abrem-batalha-entre-google-e-paypal/. Ao que parece, dois antigos funcionários da Paypal estão agora na Google e levaram consigo conhecimentos que ajudaram a desenvolver o Google Wallet.
Polémicas à parte, este sistema tem tanto de cómodo como de assustador, como outras inovações que temos visto nas aulas. Por um lado, é altamente conveniente poder fazer pagamentos com o telemóvel, sem ter que andar com cartões ou com dinheiro. Por outro lado, não ficarei nada agradada, enquanto consumidora,quando for bombardeade por publicidade de retalhistas que compraram dados sobre os meus hábitos de consumo à Google.