Outro bom exemplo de Crowdfunding em Portugal é o site http://ppl.com.pt/ A plataforma retém uma comissão de 5% sobre o valor angariado, mas só de for conseguida a totalidade do montante dentro do prazo estabelecido. Se não for atingido, todos os apoios serão devolvidos, sem qualquer custo.
Existem diferentes formas de Crowdfunding no que diz respeito ao financimento e às contribuições, sendo que as mais comuns são: - Contribuição financeira em forma de doação, sem qualquer compensação posterior. A Wikipedia é o exemplo mais conhecido. - Contribuição financeira para algum projecto, em que posteriormente os contribuintes recebem uma compensação. Os casos mais comuns são a contribuição para espectaculos com o retorno de um bilhete, por exemplo; para a edição de um disco ou livro, com o prémio de um exemplar. - Empréstimos e Investimentos com participação nos lucros/partilha de receitas.
Num momento em que a obtenção de crédito está tão difícil, não deixa de ser uma alternativa curiosa. E mais uma vez está a WEB 2.0 a fazer das suas, ao potenciar estas iniciativas colaborativas.
Este post fez-me lembrar o pai do micro-crédito, personalidade que muito admiro
Muhammad Yunus Em 2006 foi laureado com o Nobel da Paz. É autor do livro Banker to the poor (em Portugal, O banqueiro dos pobres) As Origens do micro-crédito: Yunus atribui a origem de sua visão a um encontro fortuito, em Jobra, com Sufia Begum, uma jovem de 21 anos que lutava desesperadamente para sobreviver. Sufia tinha pedido um empréstimo de cerca de 25 centavos de dólar americano a um agiota de seu bairro, que lhe cobrava juros de 10% ao dia. Com esse dinheiro, Sufia comprava bambu para fazer tamboretes. De acordo com o "contrato de empréstimo", Sufia era obrigada a vender seus tamboretes exclusivamente ao agiota que lhe financiara e que pagava um valor muito abaixo do valor de mercado. Assim Sufia conseguia obter um "lucro" de cerca de 2 centavos de dólar. Para todos os efeitos a condição de trabalho de Sufia era equivalente à de escravo. Yunus encontrou 42 mulheres em Jobra nas mesmas condições e resolveu, ele mesmo, emprestar-lhes seu próprio dinheiro a taxas bancárias normais. Inicialmente emprestou 27 dólares, aproximadamente 62 centavos por tomadora. Surpreendentemente, estas mulheres pagaram o valor do empréstimo a Yunus, com pontualidade, tanto o capital como os juros. Isso deu-lhe a ideia que talvez fosse possível expandir esse processo. Muhammad Yunus criou então o Banco Grameen (banco das aldeias) que empresta sem garantias nem papéis, sendo, sobretudo, procurado por mulheres: elas são 97% dos 6,6 milhões de beneficiários. A taxa de recuperação é de 98,85%. O microcrédito expandiu-se vigorosamente, a partir do Bangladesh, para muitos outros países, da Ásia, da África, da América Latina e, também, para os países desenvolvidos, tanto na Europa como na América.
Outro bom exemplo de Crowdfunding em Portugal é o site http://ppl.com.pt/
ResponderEliminarA plataforma retém uma comissão de 5% sobre o valor angariado, mas só de for conseguida a totalidade do montante dentro do prazo estabelecido. Se não for atingido, todos os apoios serão devolvidos, sem qualquer custo.
Existem diferentes formas de Crowdfunding no que diz respeito ao financimento e às contribuições, sendo que as mais comuns são:
- Contribuição financeira em forma de doação, sem qualquer compensação posterior. A Wikipedia é o exemplo mais conhecido.
- Contribuição financeira para algum projecto, em que posteriormente os contribuintes recebem uma compensação. Os casos mais comuns são a contribuição para espectaculos com o retorno de um bilhete, por exemplo; para a edição de um disco ou livro, com o prémio de um exemplar.
- Empréstimos e Investimentos com participação nos lucros/partilha de receitas.
Num momento em que a obtenção de crédito está tão difícil, não deixa de ser uma alternativa curiosa. E mais uma vez está a WEB 2.0 a fazer das suas, ao potenciar estas iniciativas colaborativas.
Este post fez-me lembrar o pai do micro-crédito, personalidade que muito admiro
ResponderEliminarMuhammad Yunus Em 2006 foi laureado com o Nobel da Paz. É autor do livro Banker to the poor (em Portugal, O banqueiro dos pobres)
As Origens do micro-crédito:
Yunus atribui a origem de sua visão a um encontro fortuito, em Jobra, com Sufia Begum, uma jovem de 21 anos que lutava desesperadamente para sobreviver. Sufia tinha pedido um empréstimo de cerca de 25 centavos de dólar americano a um agiota de seu bairro, que lhe cobrava juros de 10% ao dia. Com esse dinheiro, Sufia comprava bambu para fazer tamboretes. De acordo com o "contrato de empréstimo", Sufia era obrigada a vender seus tamboretes exclusivamente ao agiota que lhe financiara e que pagava um valor muito abaixo do valor de mercado. Assim Sufia conseguia obter um "lucro" de cerca de 2 centavos de dólar. Para todos os efeitos a condição de trabalho de Sufia era equivalente à de escravo.
Yunus encontrou 42 mulheres em Jobra nas mesmas condições e resolveu, ele mesmo, emprestar-lhes seu próprio dinheiro a taxas bancárias normais. Inicialmente emprestou 27 dólares, aproximadamente 62 centavos por tomadora.
Surpreendentemente, estas mulheres pagaram o valor do empréstimo a Yunus, com pontualidade, tanto o capital como os juros. Isso deu-lhe a ideia que talvez fosse possível expandir esse processo.
Muhammad Yunus criou então o Banco Grameen (banco das aldeias) que empresta sem garantias nem papéis, sendo, sobretudo, procurado por mulheres: elas são 97% dos 6,6 milhões de beneficiários. A taxa de recuperação é de 98,85%.
O microcrédito expandiu-se vigorosamente, a partir do Bangladesh, para muitos outros países, da Ásia, da África, da América Latina e, também, para os países desenvolvidos, tanto na Europa como na América.