Com a transição para a timeline, os utilizadores da rede social mais popular do mundo passaram a poder contar toda a sua vida de forma mais detalhada. A primeira tatuagem, o primeiro beijo ou mesmo a perda de peso são alguns dos episódios que os utilizadores do Facebook têm a possibilidade de partilhar através da rubrica “eventos de vida”. Mas, a partir de agora, também podem identificar-se como dadores de órgãos e incentivar os seus amigos a registarem-se como tal. Por enquanto, a opção apenas está disponível no Reino Unido e Estados Unidos.
O objectivo do Facebook passa precisamente por ampliar a base de dadores de órgãos e facilitar a procura de dadores compatíveis para transplantes através do poder da comunicação e das relações interpessoais. «Nunca poderíamos ter previsto que o que começou como uma pequena comunidade se viesse a tornar numa poderosa ferramenta de comunicação e resolução de problemas. Agora, esperamos construir ferramentas que ajudem a transformar a forma como todos nós resolvemos problemas à escala mundial», lê-se num post publicado na passada terça-feira na página oficial do Facebook, assinado pelo presidente executivo, Mark Zuckerberg, em conjunto com a chief operating officer, Sheryl Sandberg.
De acordo com os responsáveis, só nos Estados Unidos há cerca de 114 mil pessoas «à espera do tranplante de coração, rim ou fígado que salve a sua vida», e 18 pessoas morrem em média por dia por não haver órgãos disponíveis. «Os médicos acreditam que uma maior consciencialização sobre a doação de órgãos pode ser um grande passo na resolução deste problema. E nós acreditamos que, se disser simplesmente a outra pessoa que é dador, o poder da partilha [dessa informação] pode desempenhar um importante papel», acrescentam.
Mas o Facebook vai mais além, e dá a possibilidade a quem não está oficialmente registado como dador de órgãos e queira fazê-lo de entrar em contacto com as autoridades nacionais de registo, através da disponibilização dos respectivos links.
De acordo com o Facebook, no dia do lançamento da funcionalidade, mais de 100 mil utilizadores da rede social identificaram-se como dadores nas suas timelines. E, segundo dados da associação Donate Life America (que está a colaborar com o Facebook), citados pelo site USA Today, nesse mesmo dia mais de seis mil pessoas registaram-se oficialmente como dadoras em 22 estados norte-americanos, através dos links divulgados na rede social. Num dia normal, registam-se apenas cerca de 400 pessoas por dia naquele conjunto de estados
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