O futuro sempre foi algo muito desafiante, mas de igual forma incerto. A incerteza levou muitos a acreditar no fim do mundo, fosse na viragem do século ou fosse pelos cálculos suspeitos que um filme de Hollywood previu. Apocalipticamente falando, o fim do mundo está ainda distante, mas será que o mundo como o conhecemos hoje em dia irá deixar de fazer sentido? Será que a geração mais nova, nomeadamente a Z, olhará para os seus recentes antepassados e não irá perceber a forma como estes (sobre)viviam? Ou, pelo contrário, encontrará nessa forma de vida parte do conforto que lhes pode estar a faltar?
Os Z's cresceram no mundo pós 11 de setembro, num mundo em que os movimentos politico-sociais ganharam mais força, nomeadamente pela eleição do primeiro Presidente Afro-Americano, a legalização do casamento homosexual em vários países, o crescimento das comunidades LGBT, o aumento dos movimentos 'feministas', movimentos ambientalistas, entre outros. Estas crianças e jovens nasceram como digitais nativos, aqueles que compreendem e interpretam todos os estímulos digitais de uma forma muito rápida. Mas se o desafio dos que produzem conteúdo já é enorme com a geração Millenial, como é que os criadores de conteúdo conseguirão 'prender' os Z's?
"We’ve all heard the stories about how challenging it will be to forge strong bonds with this distracted and discerning demographic [...]" e por isso o desafio residirá na redefinção das estratégias de marketing e no respetivo conteúdo. Seguem-se algumas características interessantes sobre os Z's que poderão influenciar essas estratégias:
- nasceram durante um momento de recessão (crise de 2008), portanto à partida terão mais responsabilidade sobre o seu poder financeiro porque viram os pais a lutar financeiramente
- parecem ter voltado aos valores 'mais antigos' de lealdade e transparência, procurando estas características no mercado e nas marcas. A confiança será total se a reputação da marca inspirar a transparência ao longo do tempo e não só no dado momento. Por isso estas terão de investir continuamente numa estratégia que garanta perceções positivas pelos consumidores (nomeadamente em áreas como as que mencionei anteriormente: questões de género, ambientais, politicas, sociais, ...)
- são totalmente envolvidos pela experiência digital, nomeadamente das redes sociais onde procuram validação para tudo o que fazem
- é nas redes sociais e naqueles que os inspiram que procuram conteúdo, porque consideram que essa é a forma de alcançar informação verdadeira
Mas terão as marcas que apostar numa estratégia totalmente digital? Pois, os dados apontam para que a melhor forma de conquistar os consumidores desta geração será através de uma experiência hibrida, denominada de PHYGITAL. Estes jovens sofrem com o isolamento que o digital pode causar, mas não negam a sua importância. Então a junção do online com o offline será fundamental para que os consumidores encontrem o conforto da simplicidade da compra e personalização, mas ao mesmo tempo a envolvência física que uma experiência na loja pode criar: " [...] Gen Z likely gravitate toward these blended experiences because they allow them to experience something that’s hard to come by in their world: a chance to live in the “now.”". As exigências que o online perconiza, nomeadamente, a pressão de estar sempre conectado potencia a necessidade de desconectar e viver o momento no tempo e espaço. Estatísticas mostram que apesar de estes nascerem no digital, cada vez mais procuram a liberdade do off, sem obviamente desperdiçar os benefícios que o online proporciona.
Qual a tua opinião? Será a pressão do online motivo suficiente para que a geração Z seja capaz de relativizar a importância do digital? Ou pelo contrário, acreditas que esta geração viverá única e exclusivamente da experiência digital?
Fontes: http://careerstonegroup.com/blog/113/Introducing-You-to-Generation-Z ; https://contentmarketinginstitute.com/2018/10/connecting-generation-z/
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