terça-feira, 16 de março de 2021

A exclusividade como prioridade

Os Millennials são a geração de pessoas nascidas entre 1980 e 2000 aproximadamente. Souberam adaptar-se às novas tecnologias a agora elas fazem parte do seu dia-a-dia. Sucedem aos Baby Boomers e têm características e especificidades muito próprias. 

Uma delas é o desejo pela exclusividade, motivo pelo qual cada vez mais marcas criam campanhas ou produtos de acesso restrito. Esta geração tem um sentido de identidade muito vincado, procuram experiências autênticas, à sua medida e que traduzam a sua individualidade. Não querem ser apenas mais um, querem ser únicos, irrepetíveis, exclusivos. Empresas como a Citroën já se aperceberam desta característica e agora possibilitam que os seus clientes personalizem as cores dos seus automóveis, desde o  tejadilho, ás portas, aos espelhos e até aos interiores. Sendo apenas um exemplo que mostra que as marcas estão atentas e querem satisfazer este desejo de exclusividade. 

Mas não é só nas marcas que esta geração quer ser exclusiva, também nas redes sociais se verifica o mesmo padrão. O Facebook começou por surgir com este intuito, com acesso aberto apenas a alunos que frequentavam as universidades de elite, até se difundir e tornar o fenómeno mundial que hoje conhecemos. Mais recentemente, assistimos ao aparecimento do Clubhouse, uma rede parcialmente privada, apenas para convidados, que rapidamente ganhou popularidade. Outro exemplo é o Discord, semelhante ao Clubhouse, permitindo que pessoas anónimas mas com os mesmos interesses, falem por voz ou texto em salas privadas. Estas redes sociais agregam valor por meio da qualidade e da força das suas conexões, bem como por meio do apelo à exclusividade, ao invés dos efeitos das redes de grande escala.

Esta questão da exclusividade levou-me a refletir porque razão ela é algo que tanto privilegiamos? A verdade é que vivemos num mundo cada vez mais rodeado de informação, pessoas, ruído! Acho que é daqui que nasce a necessidade de sermos exclusivos, para não nos misturarmos com a multidão e sermos apenas mais um, visto que, outra característica desta geração Y é o egocentrismo, a exclusividade faz todo o sentido. 

E vocês colegas? Concordam com o meu raciocínio? Também sentem esta necessidade de se diferenciarem das pessoas ao vosso redor e ser, de certa forma, exclusivos? 

Fonte 1, Fonte 2

1 comentário:

  1. O Alano postou um artigo sobre os NFT que explica muito bem esta questão das exclusividade. A questão de gostarmos de ter algo apenas nosso, dá-nos uma espécie de poder. Para além disso, tal como mencionaste, torna-nos diferentes dos outros. Num mundo tão global, com marcas a produzirem o mesmo artigo em tão grande escala, ser exclusivo traz-nos alguma distinção face aos outros e ninguém quer ser só mais um no meio da multidão.

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