quarta-feira, 31 de março de 2010

Sentir o Marketing Experiencial

O que tem em comum a cadeia de hotéis Tivoli, EDP ou Carris?
São todas marcas portuguesas que têm vindo a trabalhar a fundo o marketing experiencial, os cinco sentidos. Lourenço Lucena, executive head partner da Blug, é responsável pela criação do perfume que hoje se sente nas lojas EDP ou nos autocarros da Carris, acredita que «uma marca que consiga demarcar o seu território utilizando, além da visão, os restantes sentidos terá um potencial muito forte e muito mais distintivo».

Entrevista a Lourenço Lucena, executive head partner da Blug
Hoje fala-se muito na criação de experiências de marca que levem os consumidores a querer comprar e a querer repetir a acção.Como avalia este trabalho feito pelas marcas?


A primeira marca em Portugal que assumidamente quis ter um território para além do território visual foi a Yorn. Apesar de não ter trabalhado todos os sentidos, houve um projecto muito consistente ao nível auditivo que a marca tornou bastante consistente. A partir daí surgiram outros projectos em Portugal.
Acredito que uma marca que consiga demarcar o seu território utilizando, além da visão, os restantes sentidos terá um potencial muito forte e muito mais distintivo, porque vai criar um registo de memória e uma relação com os seus públicos, sejam eles internos ou externos.

Um caso típico é o toque da Nokia que praticamente toda a gente identifica!
Foi feito um estudo na Grã-Bretanha e 71% dos inquiridos associaram o toque da Nokia à marca, o que é um dado extraordinário de associação à marca finlandesa. O toque da Nokia toca mais de 82 milhões de vezes por dia em todo o mundo, o que é algo muito significativo. Outra característica é ser uma marca user-friendly, que tem um sistema de navegação muito intuitivo, e não o é por acaso. A marca decidiu que um dos campos de expressão ou de afirmação seria a sua relação física e táctil com o consumidor.

Outro exemplo é a Microsoft, que quando criou o primeiro sistema operativo convidou Brian Eno, um mago da música que não utiliza oralidade para desenvolver o gingle de abertura do programa.

Tal como o vinho, que fomenta nos seus apreciadores experiências únicas através da magia dos seus aromas e sabores, também as marcas procuram envolver os seus públicos com acções multissensoriais.

Concordam com Lourenço Lucena quando este afirma que a utilização do marketing experiencial tem um potencial muito forte e distintivo, de modo a “criar um registo de memória e uma relação com os seus públicos”?
Conhecem mais algum exemplo de adopção do marketing experiencial por marcas?

http://www.marketeer.pt/2009/12/14/sentir-o-marketing-experiencial/

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