sexta-feira, 18 de junho de 2010

Nike vence Adidas com marketing de guerrilha

A Nike conseguiu mais uma vitória na guerra contra a Adidas. Desta vez o campo de batalha é o Mundial de Futebol, que é patrocinado pelo Adidas.

Mas qual é a marca que os consumidores mais associam ao evento e que gerou maior "buzz" online? A NIKE. E tudo devido a uma estratégia de marketing que tem tanto de criativa, como de agressiva e que tinha por base a campanha global "Escrever o futuro" protagonizada por algumas estrelas que estão agora em campo na África do Sul, como Wayne Rooney ou Cristiano Ronaldo, mas também Kobe Bryant, Roger Federer e até mesmo Homer Simpson.

Desde que foi colocado no Youtube, em meados de Maio, gerou mais de 14 milhões de visitas. A resposta da Adidas, não tardou e surgiu através de um filme inspirado na "Guerra das Estrelas" e protagonizado por David Beckham, tendo conseguido cerca de 2 milhões de visitas em pouco mais de uma semana.
Esta conclusão é apresentado num estudo da Nielson, que analisou blogs e redes sociais, que concluiu que a Nike é a marca mais associada ao Campeonato do Mundo de Futebol, deixando bem para trás os sponsors oficiais. De acordo com este mesmo estudo, circulavam na internet ao longo do último mês, duas vezes mais mensagens em inglês relacionadas com a Nike e o Mundial 2010, do que do seu principal concorrente e patrocinador oficial.

No entanto, segundo a Nielson, ser patrocinador oficial é a estratégia mais segura e rentável para muitas marcas, mas será que é?






Fonte: Diário Económico, 15 de Junho de 2010

3 comentários:

  1. A revista Marketeer de Junho publica um dossier interessante sobre o assunto - Negócios do Mundial - sobre o patrocínio de marcas nacionais.
    O BES é um dos patrocinadores da Selecção Nacional. Segundo estudos de mercado, o retorno das acções realizadas teve um retorno igual a 12 vezes o investimento. Este retorno é calculado em função do tempo ou espaço dedicado pelos media às iniciativas a preços de tabela, equivalente a publicidade "gratuita". Por exemplo, em 2006, a acção "A mais bela bandeira do Mundo" reuniu cerca de 20 mil mulheres no Jamor, entrou para o Guiness e foi considerada uma das 10 iniciativas mais originais da década. Um investimento de 1,5 milhões teve retorno de...5,3 milhões! Em 2008, o cartão Sócio da Selecção arrecadou 400 mil clientes e em 2010 o concerto dos Black Eyed Peas reuniu 40 mil pessoas...com grande repercussão viral.
    Também o Modelo, outro dos patrocinadores, conseguiu reunir 110 mil pessoas no Parque Eduardo VII no seu Mega Pic Nic. A coincidência da data com a partida efectiva da selecção para a África do Sul ( e apresença de Tony Carreira obviamente) permitiu que o investimento de 3 milhões tivesse um retorno de 6,5 milhões! E transmissão em directo nos três canais generalistas em simultâneo a abrir os noticiários em horário nobre! De "graça"! E garantindo grande proximidade com os clientes.

    PS: apesar de não ser patrocinador oficial, também a Guloso quis demonstrar o seu apoio è selecção. Depois de Ronaldo ter afirmado que "os golos são como ketchup", a marca decidiu enviar 100 quilos do dito para a África do Sul...pelos vistos resultou! :)

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  2. Se a campanha publicitária da ADIDAS, patrocinador oficial do Mundial, é uma resposta à campanha publicitária da NIKE acho que ficou muito àquem: monótono, sombrio, tenebroso e até (para mim) horrível e nada cativante...
    Isto não quer dizer que ser patrocinador oficial não é uma estratégia segura e rentável para a marca.
    Outro exemplo, o caso da bola oficial do campeonato, a "Jabulani", a Adidas utilizou novas tecnologias para a sua fabricação, com a textura Grip'n'Groove: melhor controlo, excelente estabilidade na projecção no ar e aderência perfeita; cosida à mão para um melhor toque de bola e uma durabilidade máxima, com uma câmara-de-ar em látex para um óptimo ressalto. Apesar disso, todos os guarda-redes (como é o caso do zagueiro do Brasil, Júlio César) a criticaram dizendo que se parece com um balão ou uma bola comum que se compra no supermercado. Mas não será por causa destas pequenas críticas ou defeitos que muito admiradores do desporto rei deixaram de comprar a bola oficial, rentabilizando, certamente, no final os investimentos feitos pela Adidas neste mundial.

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  3. A propósito do Marketing de Guerrilha, gostava de partilhar com vocês aqui algumas informações.

    Diariamente estamos sujeitos a 3000 anúncios ou mensagens publicitárias, que não desejamos nos submeter a elas, mas que não há forma de as “apagar”, estão nos autocarros, no metro, nas ruas, nas revistas, na televisão, etc. São as publicidades tradicionais e que todos nós estamos sujeitos.

    E é exactamente neste ponto, quando nós consumidores, já estamos fartos de tantos anúncios, que o Marketing de Guerrilha entra em acção. São estratégias que fogem do tradicional e nem imaginamos que estamos a sofrer uma influência de marketing. Os guerrilheiros do marketing montam estratégias, cujo o principal objectivo é atrair os media e ficar na mente dos consumidores.

    O grande segredo do Marketing de Guerrilha é que a acção não pode parecer publicidade, como é o caso da Adidas e Nike e deve surpreender, intrigar e deixar os consumidores a pensar.

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