No seguimento do post da Ana Margarida sobre a diminuição do preço dos novos Kindle em virtude da inclusão de mais publicidade na utilização do produto, surge agora a notícia de que está a ser desenvolvida uma tecnologia que permite segmentar anúncios em dispositivos tácteis através do reconhecimento das impressões digitais do utilizador.
Basicamente, isto quer dizer que será possível identificar o utilizador de dum aparelho touch através das suas impressões digitais, e com isso analisar as suas preferências e comportamento online. Actualmente, este rastreamento é feito através de cookies existentes em alguns websites, que memorizam os nossos dados e reconhecem a nossa entrada sempre que lá voltamos (por exemplo quando abrimos a conta de e-mail sem termos de introduzir a password), mas com esta nova tecnologia simplesmente não conseguiremos impedir que nos reconheçam e monitorizem a nossa actividade...
Seria uma poderosa ferramenta de marketing relacional, pois com a obtenção de dados comportamentais dos consumidores não só se poderiam conhecer melhor as suas preferências, como também seria possível efectuar campanhas mais eficazes e direccionadas.
O problema óbvio desta situação é que o consumidor vê a sua privacidade cada vez mais restringida, e conforme é referido no artigo, com esta tecnologia os dados não podem ser apagados. Estará o poder do consumidor a passar para o lado da indústria?
Não passando totalmente o poder para o lado da indústria, penso que, a criação destes mecanismos é também uma reacção da mesma ao poder do consumidor. E continuamos com a faca de dois gumes, a internet torna tudo mais fácil e acessivel, mas também inseguro. Os consumidores vêm a sua informação partilhada, e do lado das empresas, que utilizam essa informação sem o conhecimento do consumidor, correm riscos de serem acusadas e processadas, como refere a noticia.
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