Pedro
Barbosa, autor do livro “Harvard Trends”, anunciou o desaparecimento dos
mercados de gama média, durante o seminário
"Mercados de Luxo vs. Mercados Low Cost", organizado pela Universidade
Lusíada.
Esta tendência deve-se à pressão que as empresas de luxo estão a fazer
para captar estes clientes, ao mesmo tempo que as ditas empresas low cost também procuram estes clientes.
O que
assistimos é ao crescimento de um novo segmento de consumidores, que se situa
entre o luxo e o baixo custo e consomem produtos nos dois mercados. Estão dispostos
a pagar muito por um jantar num restaurante de luxo e a seguir viajam numa
companhia low cost – o consumidor
avatar, do qual já falamos nas aulas de WMCE.
Pedro Barbosa fala de
consumidores híbridos e do fim da segmentação por tipo de pessoas, adiantando
que o conta na hora de escolher é o tipo de importância
que é dada ao artigo.
Será que
assistimos ao fim da segmentação do mercado? Tudo parece indicar que sim. De
que forma, então, o Marketing e as Marcas poderão definir as suas estratégias
se deixam de saber, exatamente, quem são os seus consumidores?
A notícia aqui.
Eu acho que o grande desafio das empresas é mesmo esse: segundo a gama de produtos e/ou serviços que oferecem, saber distinguir aqueles pelos quais os consumidores estão realmente dispostos a pagar mais e, pelo contrário, quais aqueles a que o consumidor procura o "mais barato possível"- já não adianta tentar posicionar-se num "meio termo". Uma vez que, o fenómeno "low cost" já não é mais para aqueles que não podem aceder a determinado produto ou serviço, e sim para aqueles que são mais "espertos e informados". Por outro lado,assiste-se a uma tendência crescente das pessoas atribuírem mais valor a (mesmo que pequenos) luxos, ainda que isso signifique sacrificar outras coisas.
ResponderEliminarAs marcas devem estar atentas a isto de forma a definir estratégias que lhes permitam ir de encontro àquilo a que o consumidor valoriza a cada momento.
Não será talvez o fim da segmentação por si só, mas pelo menos da segmentação em termos tradicionais, sobretudo baseada em critérios sócio-demográficos. Acredito que critérios comportamentais ou de estilo de vida se tornem mais relevantes, embora mais difíceis de aferir. A ocasião da compra ou o nível de envolvimento com o produto são cada vez mais determinantes: o que conta é a vontade do consumidor...
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