sábado, 5 de abril de 2014

Crowdfunding em Portugal

Mostro-vos uma iniciativa de crowdfunding em Portugal recentemente divulgada.

O filme “Por ela” foi escrito por Nuno Markl e procura financiamento numa plataforma de crowdfunding, a PPL, da Orange Bird.

Nuno Markl indica que o filme “‘Por Ela’ é uma comédia, é uma tragédia - é um bocado como a vida”. Conta com a presença de várias figuras públicas e de diversas áreas como César Mourão, Ana Bacalhau e Tonán Quito.


Nesta iniciativa de crowdfunding, qualquer um pode contribuir financeiramente para a produção do filme. Podem contribuir com valores que iniciam em 1 euro, estando habilitados a ganhar prémios, a terem recompensas com o financiamento que  vão desde um agradecimento no genérico final do filme  até à obtenção do título de “Produtor Executivo”.

Segundo o humorista, o objetivo é “lançar o maior crowdfunding alguma vez pedido em Portugal”. Para que o filme seja produzido serão necessários 100.000 euros que estão a ser solicitados à comunidade num espaço de 45 dias.

Quem pretende financiar o projeto pode encontrar informação sobre o mesmo e sobre o funcionamento do financiamento e recompensas em http://ppl.com.pt/pt/prj/porelaofilme

Na divulgação do projeto, Nuno Markl indica que “o crowdfunding é o futuro da cultura”,uma vez que existem “poucos patrocinadores a apoiar a cultura com grandes quantidades de dinheiro”.

Concordam com esta afirmação do humorista Nuno Markl?

3 comentários:

  1. Em 2012 existiam 536 plataformas de crowdfunding, o que compara com apenas 100 existentes em 2007. Em 2009, as plataformas de crowdfunding arrecadaram USD 530 milhões. Em 2011 foram USD 1,4 bilhão. Em 2012, este valor duplicou: uma tendência que se afirma cada vez mais, sem dúvida. E a crise económica fez despertar ainda mais esta nova formas de participação e de contribuição coletiva.
    Quanto ao apoio a actividades culturais (música, filmes, etc) em 2012 estas representavam 20% dos projectos de crowdfunding, sendo a maior percentagem (30%) dedicada a causas sociais, também tantas vezes carentes de patrocinadores ou financiamento bancário...
    Curiosamente, em Portugal, o Hospital Dona Estefânia é a primeira instituição a ter um projeto totalmente financiado através da plataforma BES Crowdfunding. O objectivo foi a aquisição de uma bomba infusora para apoio domiciliário e nutrição de crianças que, devido a doença, não conseguem alimentar-se de forma autónoma. O BES foi a primeira instituição bancária nacional a associar-se ao movimento de financiamento coletivo através da Internet.
    http://www.briefing.pt/comunicacao/19242-bes-crowdfunding-financia-projeto-no-hospital-d-estefania.html#ixzz2yCWZ2TF8

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  2. Sim professora, tal como os números indicam é mesmo uma forma de financiamento que se afirma e que sem dúvida terá ajudado a realização de bons projetos. Neste contexto de crise económica, muitos deveriam ser os projetos recusados pelo valor de financimento necessário e esta é uma fórmula de muitas pessoas contribuirem com pouco para que esse mesmo projeto vá avante.

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    1. Ana, concordo contigo (e os números que a professora apresentou são claros), o crowdfunding é uma "ferramenta" em crescimento.
      E mais do que simples financiamento, é um criador de comunidades / embaixadores de projetos e marcas - além de financiar, ligam-se aos projetos e contribuem para o respetivo engagement.

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