segunda-feira, 18 de maio de 2015

Spotify vs iTunes


Corria o ano de 2001 e o Mundo mudava com a apresenta do iPod e o iTunes e com eles vinha a revolução na industria da música. Uma década passada desde então, e a venda de música "em ficheiros" tem vindo a apresentar tendências de decréscimo, sendo o mercado da música digital dominado pelo serviço de streaming onde o Spotify é líder.

A empresa sueca criou esta plataforma que conta com mais de 60 milhões de ouvintes espalhados por todo o mundo e que proporciona ouvintes o acesso gratuito a uma biblioteca de música que parece não ter fim à vista. A versão gratuita tem um pequeno senão (gigante senão) a presença constante de anúncios publicitários. No entanto, a gigante sueca apresenta uma versão paga por cerca de 7€/mês, consoante o mercado, e que possibilita que os seus utilizadores utilizem as suas playlists num modo offline e SEM anúncios… Ao dia de hoje, cerca dos 15 milhões de ouvintes tem esta versão paga do serviços.

Hoje em dia o consumidor de música online já não compra álbuns no iTunes, nem cria bibliotecas intermináveis no Itunes que ocupam espaço desnecessário no disco do computador, smartphone ou tablet… Ao invés disto, subscreve o serviço de streaming do Spotify e outros serviços similares. Este serviço permite que o seu utilizador tenha a possibilidade de controlar quais músicas quer ouvir offline, de descobrir artistas semelhantes aos seus favoritos e até mesmo novos géneros musicais. Com o Spotify e seus similares podemos criar listas de músicas que podemos ouvir onde quer que estejamos sem acesso à internet (modo offline), bem como criar uma biblioteca na cloud que muda connosco, consoante o nosso mood.

Dados recentes apontam que as vendas do iTunes diminuíram cerca de 4% no segundo trimestre de 2015 onde existem, segundo a empresa fundadora, cerca de 800 milhões de contas criadas.

Por outro lado, o Spotify cresce a olhos vistos em termos de conquista de novos ouvintes, apesar de ainda não ter resultados operacionais positivos. A estratégia da empresa sueca passa por crescer trimestre após trimestre antes de começar a fazer dinheiro.

No entanto, apesar de tudo, a empresa norte-americana não se deixa ficar para trás e no ano de 2014 comprou a empresa Beats Music e o seu serviço de streaming para, assim, conseguir entrar na corrida. Com isto, sabe-se agora que a empresa está a preparar o relançamento do Beats Music como a parte do iTunes e sob a marca da empresa. Prevê-se o lançamento do mesmo a 8 de Junho, no WWDC, em conjunto com uma nova versão do iTunes Radio.

Segundo rumores dos especialistas da área, a versão "Spotify" da Apple irá contar com um período de experimentação que poderá variar entre um a três meses e só findo esse tempo será necessária a subscrição mensal do serviço pago. Apesar disso, os utilizadores poderão ter ouvir gratuitamente amostras de álbuns/músicas que os artistas optem por disponibilizar no serviço.

2 comentários:

  1. Estás quase apto a apresentar o trabalho do meu grupo no dia 4 de Junho!

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  2. Olá Ricardo, aqui estou eu a comentar! Penso que a Spotify é um bom exemplo de como as empresas têm a ganhar com a gratuitidade. Sem dúvida que estamos perante uma revolução nos modelos de negócio, que deverá ser acompanhada por quem se quiser manter no mercado. Por exemplo, as editoras tradicionais tendem a pressionar a Spotify para acabar com a versão gratuita. Mas ao oferecer um serviço base gratuito, a Spotify consegue atrair muitos mais consumidores do que o iTunes. Desses "muitos mil", alguns irão comprar o serviço pago, sustentando em parte o negócio; para todos os outros, o serviço acaba por ser pago pela publicidade, combinando dois modelos do free... Curiosamente, tal contribuiu mesmo para uma diminuição dos downloads ilegais de música. E, claro, já há (ou vai haver) uma tese sobre isto! ;)

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