sábado, 26 de março de 2016

Fartos de anúncios

"Os portugueses desconfiam da publicidade e criam estratégias para tentar escapar-lhe."
Através do inquérito da Deco, percebe-se que metade dos entrevistados estima gastar mais do que desejaria, devido à exposição dos anúncios.
92% tentam minimizar a exposição à publicidade e 48% dos entrevistados afirmam gastar mais do que deviam.

A publicidade consegue atuar ao nível da subconsciência das pessoas, apoiando-se em estratégias que vão da repetição ao apelo emocional, entre outras.
Dos 781 entrevistados, 59% não confiam na publicidade e 92% acham-na exagerada e adotam estratégias para evitar um contacto excessivo com a mesma. 29% têm a consciência de que gastam mais do que pretendiam, devido a anúncios/promoções.

Atualmente, a publicidade chega aos consumidores um pouco por todo o lado, rua, TV, telefone, Internet...
Contudo, é nas lojas que tem lugar o maior número de compras não planeadas, sendo os alimentos, cosméticos, equipamentos eletrónicos e musicais os produtos mais adquiridos.

Através destes inquéritos, percebe-se que os consumidores têm vindo a adotar estratégias com o objetivo de resistir à publicidade, nomeadamente evitando canais televisivos com muitos blocos publicitários, fazer zapping durante os anúncios e bloquear janelas pop-up ao navegar na Internet.

Este estudo vem comprovar, uma vez mais, a importância cada vez maior de criar estratégias diferenciadoras de modo a chegar ao consumidor.
Atualmente, verifica-se a existência de um consumidor informado e "bombardeado" de publicidade por todo o lado, por todas as marcas.

Posto isto, é importante que as marcas mantenham uma publicidade que retrate a verdade e não exagere nas promessas que faz ao consumidor, uma vez que um cliente insatisfeito é muito difícil de recuperar.

Fonte: Revista Dinheiro & Direitos março/abril 2016 - Deco

2 comentários:

  1. Olá Eva! Muito interessante este estudo. Realmente, após anos e anos de ser soterrado com mensagens publicitárias, o consumidor já não se identifica com uma forma de comunicação que vê como unilateral e intrusiva. O consumidor prefere ser ele próprio a transmitir a mensagem e ele próprio a experimentar os produtos com que se identifica e que considera relevantes e com valor. Um desafio cada vez maior para as marcas! Na próxima aula vamos estudar algumas ferramentas de comunicação que (ainda) conseguem resultar junto de um consumidor cada vez mais desconfiado, exigente e informado. Boa Páscoa!

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  2. Ainda que não diretamente relacionado, falar de publicidade intrusiva e desgastante - assim também identifico esta presença constante em "tudo que mexe" no nosso dia a dia - fez me lembrar o TELEmarketing e a notícia / experiência que acabei de ler:

    http://www.ionline.pt/492681

    Quantos de nós já se sentiu incomodado sempre que o telefone toca de um numero desconhecido ou até um número já identificado, onde a nossa respiração sustém nos primeiros segundos que acionamos o botão de chamada?

    Devo confessar que não consigo ser rude com o operador que me oferece uma campanha "aliciante" porque também ele esta a trabalhar, muito provavelmente numa precariedade de meter dó.

    Esta forma de comunicar parece-me altamente nefasta para quem quer chegar ao consumidor. Ou isso ou sou eu que enquadrando me quase no limite da geração millennial, não consigo mesmo acreditar nisto...



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