quinta-feira, 31 de maio de 2018

“Uma princesa não fuma”


Foi ontem lançada uma nova campanha antitabágica – “Deixe de Fumar. Opte por Amar Mais!. Esta campanha tem a intenção clara de “chocar” os consumidores atuais e potenciais, apostando num filme com forte cariz emocional, procurando desta forma que o número de fumadores diminua.
O principal objetivo desta campanha é o de informar sobre os riscos associados ao tabaco, aumentar a perceção do risco e diminuir a aceitação social do seu consumo.


Esta campanha teve a sua ante-estreia ontem nos Cinemas Nos (Centro Comercial Vasco da Gama – Lisboa). Será depois exibida nas salas de cinema de norte a sul do país, nas redes sociais, Youtube e em Novembro na TV.

O filme foca a vida de numa mãe fumadora, interpretada pela actriz Paula Neves, que luta contra um cancro no pulmão em fase avançada, e que tem uma filha. Ao logo da narrativa vemos a degradação física da mãe, uma fumadora durante toda a sua vida, que não conseguiu largar o vício até ser demasiado tarde.


A alteração no comportamento da mãe, ocorreu quando teve consciência de que a filha podia “herdar” o mesmo vício, e aí fez-se uma espécie de “click” e ela acaba por mudar. O filme termina com o conselho final da mãe à filha dizendo “Uma princesa não fuma”.
De acordo com o secretário de Estado Adjunto da Saúde, Fernando Araújo, a campanha está “muito focada num segmento específico, o das mulheres, especificamente mais jovens”.
Nos últimos anos o consumo de tabaco subiu sobretudo nas mulheres. A intenção do Governo é reduzir o número de fumadores dos atuais 20% para 17% até 2020. Com este vídeo que apela às emoções, o governo espera ter mais sucesso do que o investimento nas imagens de choque colocadas nos maços de tabaco, que ficaram aquém dos resultados esperados.

Fonte:
https://www.noticiasaominuto.com/pais/1020735/opte-por-amar-mais-um-filme-que-promete-acabar-com-a-vontade-de-fumar
https://zap.aeiou.pt/uma-princesa-nao-fuma-204354

4 comentários:

  1. Uma campanha lançada ontem com o intuito de diminuir o consumo de tabaco e que já está a tornar-se alvo dos mais variados comentários que focam noutras particularidades e não na mensagem principal que se pretende transmitir. A UMAR - União de Mulheres Alternativa e Resposta já veio criticar fortemente esta campanha anti-tabágica lançada pelo Ministério de Saúde português, alegando que a mesma reforça estereótipos de género e pode ser culpabilizadora para as mulheres. Também a deputada socialista Isabel Moreira classificou a campanha como "misógina e culpabilizante das mulheres", defendendo que a tutela deve retirar o vídeo.
    Não consigo perceber até que ponto isto fará sentido mas acredito que, cada vez mais, as pessoas distanciam-se da mensagem principal para procurar encontrar nos anúncios algo ofensivo e que possam criticar.

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  2. Concordo com a Rita, ao ver o vídeo consigo perceber o objetivo principal da campanha. No entanto, com as inúmeras críticas, acaba-se por se dar mais ênfase a estas do que à mensagem que a campanha pretende passar de informar sobre os riscos associados ao tabaco, aumentar a perceção do risco e diminuir a aceitação social do seu consumo.

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  3. Faço minhas as palavras das minhas colegas Rita e Marta.
    Acho que esta curta metragem, ao estilo “Storytelling”, tinha (e tem) tudo para ser bem-sucedida, servindo desta forma para o propósito para que foi criada: alertar e persuadir para os riscos do tabaco. Desde a capacidade para criar uma relação emocional com o público, passando pela mensagem assertiva e finalizando com o impactante call-to -action “Uma princesa não fuma”, cumpre todos os requisitos para transmitir a mensagem a que se propõe.
    É lamentável as opiniões menos positivas que estão a surgir. Isto porque, sendo pessoas e associações conhecidas e, desta forma, as suas opiniões conseguirem um maior alcance, ou seja, chegar a um maior número de pessoas, é triste que não se apele ou se chame atenção para o problema do tabagismo, em vez da típica crítica generalizada. É igualmente lamentável que não consigam perceber que foi usada uma mulher para alertar para o facto de o número de fumadoras do sexo feminino, infelizmente, ter aumentado, contrariando a tendência no masculino.
    O único ponto positivo é que a campanha conseguiu atingir um maior número de pessoas que, felizmente, conseguiram entender a mensagem principal a ser transmitida. Esperemos que ajude a mudar este flagelo.

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  4. Não sendo fumadora, tenho uma certa dificuldade em perceber este vício que cada vez está mais enraizado nas mulheres jovens. Espero que esta campanha produza o efeito a que se propôs – diminuir o número de fumadoras – através de uma consciencialização de carácter mais emocional e menos impessoal, que são as imagens colocadas nos maços de tabaco.

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