A Sprite, um dos produtos da The Coca-Cola Company, não é certamente a sua marca mais famosa; no entanto, nestes últimos tempos tem andado nas bocas do mundo. Claro que fazer parte do grupo Coca-Cola traz muitas vantagens, mas quando falamos de marketing e publicidade sabemos que não há quem bata a própria Coca-Cola, já que esta tem um poder fortíssimo ao nível do marketing, desde o tradicional ao 4.0.Apesar desta supremacia da coca-cola, desta vez quem está em destaque é a Sprite. Tudo se passou no passado mês de Abril onde a Sprite foi falada com uma frequência maior que o costume em todo o mundo, principalmente na Argentina, epicentro de toda a ação. Isto porque a marca lançou uma campanha bastante emocionante e com uma mensagem muito bonita e positiva, que fez o mundo prestar atenção a mais uma problemática associada ao digital e ao seu rápido crescimento. Devido a este fenómeno, são cada vez mais as pessoas que vivem do digital, como as marcas e as próprias pessoas (influencers) e, por isso, há que estar atento e acompanhar tudo ao máximo.
Foi nesse seguimento que surgiu a campanha da Sprite “Facing a Hater” em que, tal como o nome diz, o objetivo foi enfrentar um dos mais famosos haters da Argentina. A ideia consistiu em pôr o jovem frente a frente com cerca de 100 pessoas a quem ele destilou ódio e comentários horríveis, comentários estes que estavam estampados nas camisolas deles e que ele observava enquanto se deparava com eles.
Aguante El Cofler é o protagonista do anúncio que se tornou viral rapidamente e que visa abrir os olhos a este e a outros jovens e fazer com que tenham noção do impacto das suas ações, e como o que eles dizem atinge pessoas com sentimentos que estão por detrás de um telemóvel ou computador a ler aquelas crueldades. Segundo o criativo do projeto, Aguante não sabia para onde ia e o que ia acontecer propositadamente de modo a ser possível captar a sua reação real e genuína.
A ideia da campanha está muito boa pois assim como o digital cresce à velocidade da luz e o número de pessoas que vive do digital acompanha esse crescimento, esta premissa inclui tudo o que está relacionado com isso: tanto crescem influencers com boas intenções, como crescem os haters e o ódio na Internet.
Se esta mensagem já por si só marcaria qualquer um, a Sprite foi mais longe e juntou-lhe uma outra mensagem tão ou mais tocante que a primeira: o ódio não deve gerar mais ódio, mas sim amor. Assim, a marca deu oportunidade aos 100 jovens de fazerem o que quisessem ao Aguante, e estes surpreenderam-no a ele e a toda a gente com a sua reação: eles começaram a cantar a música “All You Need Is Love” e a abraçar e a cumprimentar o jovem, mostrando-lhe que o que ele escreveu sobre eles só lhes gerou mais amor e felicidade.
Segundo a marca, o objetivo da campanha é incentivar o público a trocar o ódio por amor. Mas esta não foi a primeira campanha deste género da Sprite, tendo havido uma outra intitulada “I Love You Hater”, onde a mensagem é semelhante à da “Facing a Hater”: "trollar" e neutralizar os haters, não deixando que estes levem a melhor. Que excelente maneira de usar o seu poder e apostar no buzz marketing e no marketing digital da melhor maneira.
WOW! e parabéns, é só o que tenho a dizer à Sprite por esta onda de campanhas espetaculares que eles têm realizado nos últimos tempos.
Facing a Hater: https://www.youtube.com/watch?v=x2Zn1CU0k_Q
I Love You Hater: https://www.youtube.com/watch?v=6WnBxEuXSw
Olá Margarida! Aqui está mais uma marca a praticar o branded content, associando-se a conteúdos relevantes para o target e criando um storytelling em torno disso. Desconhecia esta campanha, obrigada pela partilha! Mas tal como em outros casos, coloca-se a questão: but what's Sprite (ou qualquer outra marca) got to do with it, ou seja, com o combate ao ódio? Será porque "não importa o que digam, mantém-te fresco", supostamente com Sprite, como elucida o slogan da campanha? Algumas campanhas tentam de tal forma criar engagement junto do consumidor que esquecem que a apropriação de certas causas às vezes podem fazer pouco sentido, e que depois do buzz, o que cria engagement é a causa e não a marca, se com esta tiver fraca ligação...
ResponderEliminarConcordo que esta foi uma grande iniciativa e que faz todo o sentido perante o mundo online mais negativo. No entanto, este tipo de aposta digital sempre me deixou algo confusa porque o storytelling não significa engagement com a marca, e que por isso resulte em resultados efetivos. Porque na verdade, mesmo com a reprodução desta campanha nas redes sociais, gerando o tal buzz, não significa que o consumidor da próxima vez vá comprar Sprite. Pode sim significar mais responsabilidade no uso das redes sociais, por causa do engagement com a causa.
EliminarApesar de tudo acho que as marcas devem apostar nesta forma de marketing, mas conseguindo relacionar mais a marca e a causa criando um engagement global.