Este é um dos assuntos que já foi falado bastantes vezes nas aulas mas que, mesmo assim, não posso deixar passar em branco: Lives do Facebook. Aliás, mais especificamente, as vendas a partir destas lives.
Este tema já foi abordado no blog pela Alice, num post do dia 03 de março, ainda assim, acho importante partilhar a minha opinião sobre estas lives de vendas.
Quem é que desde março do ano passado não acabou por assistir, mesmo que de forma não deliberada, a uma venda de alguma loja, online ou não, no Facebook? Há uns dias dei por mim a assistir com a minha mãe a uma destas lives, de uma venda de roupa, diretamente a partir da casa de uma das minhas vizinhas.
A verdade é que a pandemia teve a capacidade de criar novas formas de venda para as lojas, criando aqui uma oportunidade de crescimento de negócio.
No entanto, antes de tirarmos mais conclusões, vamos falar sobre algumas estatísticas:
- 52% dos que fazem lives, fazem-nas através de redes sociais;
- 25% dos usuários utilizam vídeos em formato live para se manterem informados;
- 93,7% dos negócios usam o Facebook e 91% usaram o Facebook Live em 2018;
- 42,7% dos negócios fizeram uma live em 2018;
- Em 2017, um em cada cinco dos vídeos do Facebook foram em formato live.
- Em 2018, o número de lives do Facebook chegou a 3,5 mil milhões de pessoas.
A verdade é que se estes números já eram extremamente elevados, com a pandemia com certeza subiram ainda mais.
E porque é que os negócios acabam por aderir cada vez mais a esta tendência? As Facebook lives produzem 6 vezes mais interações que os vídeos tradicionais e 10 vezes mais comentários. Os utilizadores do Facebook passam 3 vezes mais tempo a ver lives do que os vídeos já postados.
Para acrescentar a isto, a pandemia veio trazer uma alternativa aos comerciantes, uma forma de rentabilizar os seus negócios quando as suas lojas físicas estavam fechadas. Deu a oportunidade de mais pessoas criarem o seu próprio negócio online, utilizando as lives do Facebook como principal ponto de venda.
Claro que, também como falamos nas aulas, estas lives de vendas começam a ser “mal vistas” por alguns utilizadores do Facebook, devido à excessiva partilha em perfis e grupos. Mas a verdade é que todas estas lojas têm o seu nicho e os seus clientes habituais e mesmo assim conseguem chegar a mais e novos clientes.
Sem dúvida que as Lives do Facebook ajudaram muitos negócios a crescer e assim continuará até surgir uma nova tendência (que alguns até dizem que serão as lives na rede social Tik Tok).
A transição para o digital é e será sempre um desafio, principalmente para todos os pequenos e médios negócios que ou desconheciam as ferramentas, ou sabendo de uma, ou de outra, não a entendiam como tal perdendo competitividade pela ausência de conhecimento.
ResponderEliminarImporta aqui notar que a integração de estratégias digitais no negócio deve estar enquadrada numa estratégia multichannel ou blended, por exemplo, onde valores e tipologia de produtos são comunicados de forma coerente.
Ainda assim, é interessante verificar o que vai acontecer nos próximos tempos pós-pandemia onde certamente veremos cada vez mais esta categoria de empresas a desenhar a sua oferta de forma integrada ou participativa nos dois canais.
A preferência pelo "live", resulta necessariamente pela capacidade de interação num canal onde a atenção é escassa e se pode perder naturalmente no feed de qualquer rede social.
A pergunta que se coloca, para além da natural questão da presença digital, é: Como vencer a atenção escassa do consumidor digital num ambiente onde o efeito cauda longa aumenta o nível competitividade diariamente?