A pandemia COVID-19 trouxe consigo um despertar da consciência de muitos de nós para as Criptomoedas, NFTs, Metaverso, e tantos outros conceitos de uma realidade misteriosa, curiosa e um tanto-quanto duvidosa para muitos dos que pela primeira vez prestaram atenção a este potencial “mundo novo”.
Dentro desta visão futurista cabem todo o tipo de novas realidades, quer seja a
vertente financeira, talvez o seu lado mais bem conhecido de todos através da
Bitcoin, passando pela arte digital com os NFTs, e mesmo um mundo virtual
chamado Metaverso onde podemos perceber algumas implicações para o marketing e
para áreas como o retalho de moda, que estaríamos longe de imaginar que fosse possível.
Algumas notícias têm títulos surpreendentes, “DKNY opens digital store during Metaverse
Fashion Week” ou mesmo um press release da Tommy Hilfiger onde o titulo é “Tommy
Hilfiger joins inaugural Decentraland metaverse fashion week in partnership
with Boson Protocol”, no qual o seu criador admite que estaria longe de imaginar
que a marca que carrega o seu nome lançada em 1985, fosse participar em semanas
da moda num mundo totalmente virtual em 3D, onde segundo o site Retaildive.com, para além da apresentação das coleções tiveram lugar discussões, concertos e
festas, como se de uma semana da moda real se tratasse.
Mas afinal o que é o metaverso e qual a sua implicação para o marketing?
Metaverso pode ser definido como um mundo
virtual que decorre em paralelo no tempo com o mundo real, onde os utilizadores podem
participar através de uma personagem avatar, em que tecnologias
como a realidade aumentada e realidade virtual muitas vezes entram em ação. A sua
definição envolve 6 características principais:
- Sempre ativo
- Existe em tempo real
- Os utilizadores têm existência individual
e independente
- Universo contido em si mesmo e
totalmente funcional
- Existem diversas plataformas com
comunicação entre si
- User-generated content
São plataformas de realidade virtual que querem
ser muito mais do que um jogo, pretendem ser uma extensão da realidade e
fundir-se com o normal decorrer da vida real, nas quais confluem já milhões de utilizadores,
principalmente da geração Z e Millennials.
Assim e segundo o site InfluencerMarketingHub.com
existem já inúmeras formas de tornar estas plataformas locais de interação
com os consumidores, materializadas de diversas formas, quer sejam outdoors
ou mupis virtuais, publicidade num jogo de futebol, lojas virtuais, showrooms
virtuais e até eventos especiais criados pelas marcas como o caso do Gucci
Garden Archetyes ou o Balenciaga: Afterworld.
A disrupção é tal que muitas das principais
marcas de luxo da indústria da moda tentam estar presentes nestas plataformas,
porque existe a possibilidade de venderem artigos virtuais com que os consumidores podem personalizar
os seus avatares. Existe até o caso gritante de uma marca (RTFKT) que vendeu no espaço
de 5 minutos o equivalente a 3 milhões de dólares em sneakers virtuais.
Será que no futuro o nosso guarda-roupa será
mais digital do que real??? Estaremos
preparados para viver ainda mais online? E será que realmente as pessoas querem
fazer esta transição?
Independentemente disto, as marcas não podem
ignorar a sua existência e devem estar conscientes do que se tratam estas
plataformas, como interagem os seus utilizadores e aquilo que procuram quando as
utilizam, porque as oportunidades de negócio são reais, como provam alguns
exemplos de artistas/marcas completamente desconhecidas, o melhor é estar
presente e saber como fazê-lo.
https://influencermarketinghub.com/metaverse-marketing/
https://influencermarketinghub.com/metaverse-websites/
https://www.businessinsider.com/inside-marketing-and-advertising-in-the-metaverse-2022-1
https://www.retailgazette.co.uk/blog/2022/03/dkny-opens-digital-store-during-metaverse-fashion-week/
Olá João, bem vindo ao blogue! Concordo que a transição para esta nova realidade é (felizmente ou não) inevitável. Aproveito para deixar aqui mais um exemplo, a da loja da Benetton em Milão: https://marketeer.sapo.pt/benetton-entra-no-metaverso-com-experiencia-imersiva-na-loja-fisica/
ResponderEliminarOlá João! Também concordo que esta nova realidade veio para ficar e vai estar cada vez mais presente no nosso dia-a-dia. No caso em específico do metaverso, para além dos benefícios que poderá trazer à vida de cada um de nós, também poderá representar uma vantagem competitiva para as marcas que nele apostarem. Deixo aqui um artigo muito interessante sobre algumas marcas que já fazem usufruto do metaverso, bem como sobre o futuro desta nova realidade: https://tnews.pt/o-metaverso-pode-ser-uma-nova-forma-de-as-marcas-se-conectarem-com-os-consumidores/. Saliento, neste artigo, a estimativa da empresa de tecnologia Wildbytes de que "(...) nos próximos cinco anos 70% das grandes marcas estarão presentes no Metaverso."
ResponderEliminarRealmente, com a evolução da tecnologia que está cada vez mais modernizada e o desenvolvimento de tecnologias digitais, a expansão das marcas para estes novos horizontes seria inevitável.
ResponderEliminarCom a criação de obras únicas digitais (como os NFT's), o novo mundo dos jogos online cada vez mais avançados ou a realidade virtual, este mundo é simplesmente perfeito para marcas ou empresas de vários ramos lançarem campanhas ou até publicidade simples.
Podemos verificar cada vez mais uma massiva adesão e este mundo, então claro, para se afirmarem, as marcas podem criar diversos tipos de produtos/serviços que no mundo real até seriam impossiveis. Então este sim, será um mundo cada vez mais real no nosso quotidiano e gerará cada vez mais atenção das marcas.
Bom artigo de explicação.