Para quem acompanha ou é fã da marca de luxo francesa Balenciaga, já sabe que nos últimos anos a marca tem passado por uma restruturação a nível de Design. Desde que o famoso Demna Gvasalia assumiu a direção criativa da marca, várias vezes já chocou o mundo com as suas criações. Gvasalia é um contador de histórias, pelo que todas as coleções e edições especiais têm sempre uma história a contar. A marca está sempre a par das últimas preocupações sociais a nível mundial, como por exemplo no seu último desfile, deu bastante atenção à guerrra que se passa na Ucrânia.
Desta vez, a BALENCIAGA chocou os internautas com uma nova campanha que tem por base a preocupação com a reutilização das peças de moda. Irá lançar as Paris Sneakers, que têm um aspeto usado (bastante usado!) para chamar a atenção para o lixo que a indústria da moda provoca no mundo. O mote é, comprar com qualidade e usar bastante.
Paris Sneakers 2022
A marca irá lançar uma coleção limitada de 100 peças a nível mundial ao preço de 1450€. Além destas peças limitadas, os consumidores terão disponíveis outras sapatilhas Paris Sneakers mais "usáveis" a preços de 395€ a 495€.
Este aspeto e tratamento da coleção limitada chama realmente a atenção sobre a sustentabilidade no mundo da moda. Cria um brand awareness na população sobre este tema que tem impactado cada vez mais a sociedade.
Esta campanha com os sneakers limitados não foi bem vista por alguns consumidores que consideram um ultraje uma marca de luxo tentar vender sapatilhas que têm um aspeto de lixo.
Na vossa opinião, acham que a marca conseguiu passar a mensagem? Acham que não é uma estratégia de marketing para tentar ganhar dinheiro fácil com os fãs da marca? Fico à espera das vossas opiniões em relação a este tipo de campanhas e produtos por parte de marcas de luxo.
Olá Rui, obrigada pela partilha! Cada vez mais a geração net caracteriza-se pela sua baixa fidelização com as marcas e valorização da liberdade de escolha e mobilidade, uma vez que, encontra a informação que pretende à distância de um "clique". Desta forma, gradualmente, as marcas tem apostado no content marketing e no cause branding com o objetivo de se destacarem das restantes, atraírem clientes e fideliza-los partilhando os mesmos valores. Neste caso da Balenciga, se o objetivo da marca era chamar a atenção para a sustentabilidade, a verdade é que o estado dos ténis também chamou a atenção (e muito) através de tweets e partilhas de famosos no instagram, como da comediante Ana Garcia Martins (A pipoca mais doce), que maioritariamente, em nada tinham a ver com o principal problema que a marca queria abordar.
As marcas de luxo, apesar de não serem as maiores causadoras do problema ambiental causado pela industria têxtil e da moda (não tanto como as marcas de fast-fashion), têm um grande contributo a dar nesta área, dado que podem e devem usar a sua visibilidade para isso. A aposta na qualidade dos materiais usados, deve ser preponderante para as marcas garantirem a longevidade das peças e prolongarem o seu ciclo de vida. A geração Z e Y são assertivas e declaram em diversos estudos que só comprarão roupa em marcas que fabriquem com matérias-primas sustentáveis, que garantam a qualidade e longevidade do produto ou que a peça em questão seja em segunda mão. É um caminho que as novas gerações estão a obrigar as marcas a percorrerem.
Olá Rui, obrigada pela partilha! Cada vez mais a geração net caracteriza-se pela sua baixa fidelização com as marcas e valorização da liberdade de escolha e mobilidade, uma vez que, encontra a informação que pretende à distância de um "clique". Desta forma, gradualmente, as marcas tem apostado no content marketing e no cause branding com o objetivo de se destacarem das restantes, atraírem clientes e fideliza-los partilhando os mesmos valores. Neste caso da Balenciga, se o objetivo da marca era chamar a atenção para a sustentabilidade, a verdade é que o estado dos ténis também chamou a atenção (e muito) através de tweets e partilhas de famosos no instagram, como da comediante Ana Garcia Martins (A pipoca mais doce), que maioritariamente, em nada tinham a ver com o principal problema que a marca queria abordar.
ResponderEliminarAs marcas de luxo, apesar de não serem as maiores causadoras do problema ambiental causado pela industria têxtil e da moda (não tanto como as marcas de fast-fashion), têm um grande contributo a dar nesta área, dado que podem e devem usar a sua visibilidade para isso. A aposta na qualidade dos materiais usados, deve ser preponderante para as marcas garantirem a longevidade das peças e prolongarem o seu ciclo de vida. A geração Z e Y são assertivas e declaram em diversos estudos que só comprarão roupa em marcas que fabriquem com matérias-primas sustentáveis, que garantam a qualidade e longevidade do produto ou que a peça em questão seja em segunda mão. É um caminho que as novas gerações estão a obrigar as marcas a percorrerem.
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