A pandemia da Covid-19 e consequentes confinamentos vieram revolucionar a forma como vivemos e nos relacionamos. Este facto foi notório no crescimento do número de utilizadores de canais digitais, os quais para muitas famílias eram o único meio de se conseguirem manter em contacto.
De acordo com um estudo do Financial Times (Março de 2020), em Itália, o Carrefour reportou uma duplicação dos seus clientes online, apenas numa semana de confinamento. Já nos Estados Unidos os downloads das aplicações dos maiores retalhistas americanos aumentaram em mais de 100% comparativamente a 2019. Segundo um estudo do Wall Street Journal de 20 de abril de 2020, cerca de um terço dos inquiridos afirmou ter realizados compras de mercearia online.
Segundo a “International Trade Administration” existe um aumento total nas vendas globais de retalhistas entre 2019 e 2020, havendo um forte impulso e um crescimento constante de 8% nas vendas, a nível mundial, do e-commerce retalhista até 2024.
O site “E-commerce Result” definiu 5 grandes tendências:
1. Crescimento exponencial do comercio dos Social Media – TikTok, Facebook e Instagram são grandes plataformas de comércio social. Os hábitos de navegação e compras da geração z e millenials são uma grande influência para este crescimento. Assim as grandes empresas deverão investir nestes canais para poder capturar estes grupos demográficos e expandir as oportunidades de vendas;
2. “Omnichannel” é obrigatório - Com o marketing omnichannel, a experiência do cliente é perfeita e tranquila em todos os pontos de contato. Portanto, quase 80% dos clientes preferem marcas com um omnichannel. O foco agora está na integração de canais de marketing na web, social media e e-mail para fornecer aos clientes uma experiência unificada;
3. O domínio das compras através de apps móveis - O desejo de conveniência impulsiona as decisões de compra dos clientes. A capacidade de descobrir produtos e fazer pagamentos a partir de um telemóvel talvez seja o ponto alto da conveniência. Atualmente, 59,5% de todo o tráfego dos sites vem de dispositivos móveis. Portanto, uma parte significativa da actividade global de e-commerce é realizada via telemóveis. Até 2025, é esperado que as vendas de apps movéis excedam $ 710 mil milhões. É por isso que as empresas precisam responder otimizando e apostando em apps.
4. Política de Dados - as leis de privacidade de dados e a descontinuação iminente de cookies de terceiros são grandes influências nas tendências do e-commerce. Portanto, é um desafio para as empresas encontrar melhores maneiras de recolher dados. As empresas precisam de encontrar maneiras mais criativas de incentivar os clientes a fornecer as suas informações pessoais. Como alternativa, as empresas podem procurar opções que permitam marketing e publicidade sem recolha de dados;
5. Realidade aumentada e Realidade Virtual – uma das desvantagens do e-commerce é o facto dos clientes não poderem tocar e experimentar os produtos antes de comprá-los. Isto contribui para os altos índices de devoluções de produtos. A Realidade Aumentada e Virtual são soluções possíveis. É provável que mais empresas adotem estas inovações para melhorar a experiência de compra e influenciar as decisões de compra dos clientes.
Fontes:
https://observador.pt/opiniao/o-impacto-covid-19-a-segunda-vida-do-e-commerce-em-portugal/
https://www.trade.gov/impact-covid-pandemic-ecommerce
https://observador.pt/opiniao/o-impacto-covid-19-a-segunda-vida-do-e-commerce-em-portugal/
https://www.trade.gov/impact-covid-pandemic-ecommerce
https://ecommerceresult.com/pt/as-10-principais-tendencias-de-comercio-eletronico-que-definirao-2023/
Daniela, muito obrigada pela partilha.
ResponderEliminarTema muito relevante. Na minha opinião, tem um papel de complementar a loja física. Com a internet criaram-se as prateleiras virtuais ilimitadas, onde milhares de produtos são oferecidos. Um exemplo, abordado em sala de aula, foi o da Lego que possui poucos produtos nas lojas físicas e milhares na plataforma online. O produto que é vendido online reduz custos de armazenagem e elimina os intermediários, o que consequentemente reduzirá os preços em geral. O comércio eletrónico está cada vez mais em evolução, tendo aberto outros canais como o m-commerce, s-commerce e a-commerce. Mas esses são assuntos para outros comentários.