ALERTA SPOILER!
Sem
querer ferir suscetibilidades dos que não conseguiram bilhete e sem querer
estragar as surpresas aos que ainda irão assistir, venho partilhar a
experiência que é vivida nos concertos dos Coldplay.
Quando
os espetáculos em Coimbra foram anunciados gerou-se todo um buzz à volta
do assunto, muitos queriam estar presentes naquilo que viria a ser um dos
eventos de 2023. Muitos deles fãs da banda e das suas músicas, mas também
acredito que alguns não queriam ficar de fora deste acontecimento e deixaram-se levar pelo chamado
efeito FOMO (fear of missing out), alimentado pelos vídeos partilhados dos
concertos da digressão “Music Of The Spheres World Tour”.
O concerto é um espetáculo audiovisual: a performance musical ao vivo é fenomenal sendo que é complementada com elementos luminotécnicos como fogo de artifício, laser, pulseiras com luzes sincronizadas e ainda balões e confettis Todo o ambiente criado proporciona uma experiência sensorial e imersiva fazendo com que o próprio público se sinta parte do espetáculo.
Numa das músicas, o vocalista pede que ninguém use telemóveis ou câmaras, apelando à verdadeira conexão e envolvência entre o público, promovendo assim a autêntica vivência do momento. E ainda há espaço para que algum fã partilhe o palco com a banda, no caso do 1º dia em Coimbra, Lourenço Lampreia levou um cartaz a pedir para tocar uma das músicas no piano e Chris Martin concretizou o seu sonho.
Assim, também o ativismo, a equidade e a defesa de causas sociais e ambientais estão intrinsecamente ligados à banda: uma parte da receita dos bilhetes vendidos reverte a favor de organizações como The Ocean Cleanup, One Tree Planted, ClientEarth ou Global Citizen, as pulseiras LED são reutilizáveis e sustentáveis pois o material é feito de plástico à base de plantas e ainda existem zonas com intérpretes de língua gestual para fomentar a inclusão. Para além disso, a banda consciencializa e incentiva os fãs a envolverem-se na luta por estes propósitos, transmitindo mensagens nos shows (“If you want peace, be peace”) e promovendo a participação na produção de energia para o espetáculo, através de pistas de dança cinéticas e bicicletas elétricas.
Um
pormenor que achei diferenciador foi o cuidado pela personalização do
espetáculo pois a banda teve em conta a cidade que recebeu os concertos: para
além do vocalista ter falado português, ainda presenteou os espetadores com parte
de uma música sobre a cidade: “Coimbra tem mais encanto na hora da despedida”.
O
concerto é uma bolha de boas energias e termina com a frase “Believe in Love”
que espelha a pegada de amor e paz que a banda pretende deixar no mundo. Numa
entrevista, Chris Martin reforça essa ideia: “sentimos que, com estes
concertos, podíamos criar um espaço onde não há problema em sermos nós
próprios, em sermos livres, onde podemos mostrar amor e sentir compaixão
por outros seres humanos”.
Gostos à parte e sem generalizar, é possível identificar algumas características em comum com as tendências da geração net:
- Foco na experiência,
- Valorização da autenticidade,
- Aposta na personalização,
- Importância do ativismo,
- Conectividade digital e tecnológica.
Esta é a geração que nasceu num mundo globalizado e digital, onde se aprende a respeitar a diferença e se promove a inclusão e a igualdade de oportunidades para todos, onde se lida com a tecnologia, com o meio digital e com a vida online a par da vida real. Esta é a geração que quer tudo para agora porque quer aproveitar a vida ao máximo, que exige genuinidade e transparência e que dá valor à personalização, à interação e ainda à preocupação por um futuro mais sustentável. É desta forma que concluo que é a verdadeira geração do Viva la Vida, nos seus vários sentidos!
Mais
do que um concerto, foi uma experiência que vivi num estádio cheio com uma
atmosfera emocionante e envolvente graças à música dos Coldplay, um instrumento
que expressa e apela aos sentimentos, transmite mensagens positivas e cria
memórias inesquecíveis.
E vocês, foram ao concerto dos Coldplay? Se sim, o que gostaram mais? Se não, que concerto vos marcou mais?
Eu fui ao concerto e foi um concerto espetacular. Outro aspeto que me tocou bastante foi os fãs unirem as forças de uma maneira verdadeiramente única. Além de aproveitar a energia contagiante da banda, os fãs contribuem para gerarem de energia durante os concertos. Esta iniciativa pioneira não só permite aos fãs sentirem-se parte integrante do espetáculo, mas também promove a consciência ecológica e a sustentabilidade. Os Coldplay e "nós os fãs" estamos unidos num objetivo comum: aproveitar a música e a energia coletiva para impulsionar um concerto ecológico. A ida a um concerto dos Coldplay é uma experiência única
ResponderEliminarOlá Marta!
ResponderEliminarObrigada pela partilha e parabéns pelo teu post!
Eu fui uma das sortudas que conseguiu bilhete e tive a oportunidade de experienciar este concerto incrível.
Tal como referiste, é notável que a banda aproveita o poder da tecnologia e do digital quer para se conectar com os seus fãs, quer para promover causas sociais e ambientais. Num mundo cada vez mais digital, saber aproveitar a tecnologia é fundamental e pode ser diferenciador. Eu tive também a sorte de experienciar o concerto dos D'ZRT, que é outro exemplo de como é possível, através a tecnologia criar uma proximidade com os fãs. Neste concerto, a banda utilizou inteligência artificial para a criação de um holograma do Angélico Vieira, proporcionando uma experiência imersiva e impactante capaz de capturar os corações e mentes do público. São este tipo de estratégias que permitem criar experiências únicas e inesquecíveis.