Foi publicado na revista Brasileira Exame, em Fevereiro de 2009, uma reportagem sobre as empresas que criam suas próprias redes sociais, “Um orkut para chamar de seu”. Para os que não sabem, Orkut é a rede social mais utilizada no Brasil, só agora que o Facebook começa a ganhar forças por lá, o Orkut ainda é o preferido.
Neste artigo o autor cita casos em que as empresas criaram suas próprias redes sociais, entre os casos está o da marca da cerveja Skol, maior do segmento no mercado brasileiro. Esta marca criou um portal, vinculado com uma rede social, para o maior evento de música electrónica do Brasil, o Skol Beats. As pessoas que se cadastravam no site da Skol puderam participar na criação do evento, desde escolher as atracções, a decoração e até a instituição social que seria beneficiada com a reciclagem do lixo produzido no evento. A AmBev, dona da marca Skol, calcula que 300 mil pessoas visitem o endereço mensalmente, transformando-se no maior portal de música eletrônica do Brasil.
O artigo também cita a companhia aérea franco-holandesa Air France KLM, que possui uma rede com 50 mil pessoas cadastradas, que tem uma ideia simples e a ao mesmo tempo inovadora. Nesta rede os passageiros podem trocar informações sobre destinos de viagem e até combinarem simples questões, como dividir a conta do táxi na chegada do aeroporto.
Para além destes exemplos, ele fala da criação da rede social voltada para o modelo Mini, da montadora BMW, que através de pesquisas constataram que o boca-a-boca era o principal responsável pelas vendas da marca, esse caso já foi apresentado nas aulas de web-marketing.
Também é mencionado, entre outros, o caso da Procter & Gamble, dona de marca de pensos higiénicos, que criou uma rede social voltada para meninas de 12 a 15 anos. A ideia desta rede era tentar ajudar a esclarecer qualquer tipo de dúvida das adolescentes, das amorosas às existenciais, em 45 países do mundo. Apesar do calculo de investimento anual desta rede ser de 3 milhões de doláres por ano, se pelo menos 0,3% do 1,8 milhão de adolescentes que visitam o site com regularidade tornarem-se consumidores da marca, o investimento já terá valido a pena.
O artigo cita o livro Groundswell -Winning in a World Transformed by Social Tecnologies , que apresenta casos de estudo e fala de como vencer num mundo transformado por tecnologias sociais. Segundo o co-autor deste livro, em entrevista para a revista Exame, "Uma rede social pode ser ideal para uma companhia, mas outras podem ter melhores resultados com um blog ou com um simples vídeo no YouTube", é preciso conhecer o perfil do cliente e só então definir um objectivo e decidir a melhor tecnologia para colocá-lo em prática.
Para a ler em íntegra, segue o link da reportagem:
http://info.abril.com.br/professional/redes-sociais/um-orkut-para-chamar-de-seu.shtml
Rosilaine Oliveira
Outros bons exemplos de "branded content", a par do caso Frontline, referido num post anterior.
ResponderEliminarPara os interessados no livro "Groundswell -Winning in a World Transformed by Social Tecnologies", editado pela Forrester Research, fica o link (http://www.forrester.com/Groundswell/book.html). No livro, os autores Charlene Li e Josh Bernoff sistematizam os principais desafios levantados pela social media, um dos temas mais em voga nas reflexões sobre o blended marketing. Apresentam também um conjunto de casos reais para ilustrar os fenómenos de media social e a sua aplicação empresarial. Uma das "novidades" do livro é a abordagem aos perfis Sócio-Tecnográficos dos consumidores, segmentando-os de acordo com a sua "relação" com o mundo digital.
Esta é uma opção importante para as marcas fomentarem a fidelização dos clientes. De alguma forma gera-se benefício para o cliente, pelo que é este que irá de encontro a estas oportunidades de relacionamento com as marcas a troco desses benefícios, quer sejam informativos, facilitadores, etc. Tudo isto vai criando laços emocionais e lealdade do cliente para com a marca. Muitas vezes estas experiências são não só entre consumidor/marca, mas também entre consumidores, pelo que eles próprios ajudam na construção desta imagem da marca, que muitas vezes torna-se incontrolável, positiva ou negativamente.
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