Ao possibiliar a criação, a cópia e a distribuição virtual de practicamente tudo, a internet tem sido acusada de roubar espectadores às salas de cinema e clientes ao negócio da venda de CDs/DVDs. Inimigo de uns (a Blockbuster Portugal que o diga...), o mundo virtual pode, porém, ser aliado de outros.
O website The Auteurs (http://www.theauteurs.com/ ) é uma plataforma online que permite aceder a uma vasta lista de filmes, de modo gratuito ou por um preço irrisório, procurando explorar o potencial de difusão da internet. Esta cinemateca virtual disponibiliza, entre outros, filmes de autor, curtas-metragens do mundo, grandes clássicos do cinema, filmes de animação ou até experimentais.
'Avatar' de James Cameron ou 'Tudo pode dar certo' de Woody Allen estão lá, como também estão relíquias da história do cinema como 'O Eclipse' (1907) de Méliès, agora à distância de um click e acessíveis a toda uma geração de internautas que talvez nem saiba que houve um tempo em que o cinema era mudo.
O The Auteurs constitui-se ainda como uma rede social para uma tribo de cinéfilos que se juntou para salvar preciosidades da 7.ª arte esquecidas num arquivo algures. Com uma revista online e um fórum de discussão, os utilizadores do site podem discutir, criticar e trocar opiniões sobre os filmes que vêem e quaiquer outros temas relacionados com a cultura cinematográfica. E para além do comum dos mortais, os utilizadores podem ter a sorte de interagir com mitos como Martin Scorsese, também ele um membro do "clube".
Este parece-me um exemplo interessante de um infomediador que, para além da reconfiguração do negócio tradicional do aluguer de filmes, tem também um fim maior: perpetuar a história do cinema.
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A mudança a que assistimos no mundo que nos rodeia, numa cadência dia-a-dia, ou talvez quem sabe, minuto-a-minuto faz-nos sentir um ritmo que passa vertiginosamente, em que nada está definido e acabado.
ResponderEliminarUm mundo numa incessante mudança, em que temos uma fugaz percepção, mas apenas fugaz, onde a complexidade se torna uma teia de ramificações que ão sabemos de facto onde vão terminar.
Tudo é possível, neste mundo em mudança e transformação!!!
Um bom exemplo de espaço de dinamização cultural, que, ao mesmo tempo, protege o nosso património mais virtual interagindo com todos aqueles que querem saber mais de cinema. Não descura a componente de negócio, e que sustenta o artista, convertendo de forma positiva uma das suas formas, o aluguer. Falta a net TV, para podermos ver com a dimensão que merece as obras primas que ali se disponibilizam. Promover arte assim, não custa...
ResponderEliminarEste é um filme que merece um fim feliz.