Longe vão os tempos em que um
mero outdoor publicitário era suficiente para cativar a atenção dos
consumidores. Atualmente, vivemos numa era em que a atenção do consumidor é
escassa e o marketing tradicional revela-se insuficiente para o cativar.
As marcas vêem-se por isso obrigadas a ser cada vez mais irreverentes, apostando em novas maneiras de comunicar os seus produtos e prender a atenção dos consumidores. Uma das estratégias passa pelo marketing sensorial, apelando a outros sentidos que não a visão (outrora o único sentido estimulado pela publicidade). Que o digam marcas como a Carlsberg e a Burger King.
As marcas vêem-se por isso obrigadas a ser cada vez mais irreverentes, apostando em novas maneiras de comunicar os seus produtos e prender a atenção dos consumidores. Uma das estratégias passa pelo marketing sensorial, apelando a outros sentidos que não a visão (outrora o único sentido estimulado pela publicidade). Que o digam marcas como a Carlsberg e a Burger King.
A primeira optou por fazer publicidade à sua cerveja
aliando a um outdoor no centro de
Londres (com a frase “Provavelmente o melhor poster do mundo”) uma torneira
através da qual era distribuída cerveja da marca aos transeuntes maiores de
idade que por ali passassem. Estes tinham assim oportunidade de testar o
produto publicitado pela Carlsberg e confirmar se o slogan da campanha era efetivamente verdadeiro.
Esta iniciativa foi justificada
pelos responsáveis da marca com o objetivo de "posicionar a marca Carlsberg na frente (literalmente) do maior
número de consumidores de cerveja possível. Para fazer isso, nós temos que
pensar numa abordagem diferente e não confiar apenas na propaganda de TV".
Fonte: Exame
Já a Burger King optou por tentar
cativar clientes através do olfato, espalhando por Madrid vários mupis que
emanavam o cheiro a hamburgeres e fumo (típico dos restaurantes da marca) tentando assim incitar nos consumidores a vontade de visitar o Burger King mais
próximo.
Como abordado nas aulas, a
Geração Net valoriza o aqui e agora, quer viver experiências novas e estar
ligada a marcas que pensem “fora da caixa”. Iniciativas deste género poderão
ser o caminho a seguir pelas marcas para conseguir captar a atenção de um público-alvo
cada vez mais exigente.
Num mercado cada vez mais competitivo, será esta a estratégia a seguir
pelas marcas para cativar consumidores?
E nós, enquanto consumidores, seremos mais sensíveis a este tipo de
estratégias do que ao marketing dito tradicional?
Excelente forma de chamar a atenção dos consumidores. Eu, como consumidora, sou definitivamente mais sensível a este tipo de campanhas publicitárias do que as de marketing tradicional. São campanhas que marcam muito mais os consumidores e os fazem falar delas com familiares e amigos, logo por ai já conseguem ser bastante mais eficazes.
ResponderEliminarAcho que quanto mais as empresas praticarem um marketing inovador aliado a proporcionar experiências do seu produto/serviço ao consumidor de forma criativa, mais sucesso terão as suas campanhas.
O investimento neste tipo de estratégias parece ser claramente a tendência actual e de futuro. Não apenas neste tipo de campanhas promocionais, mas também nas próprias lojas das marcas. Veja-se o exemplo de marcas como a Fnac, a Apple ou a Nespresso, que procuram criar uma experiência para o consumidor nas suas lojas, em vez de um simples espaço de transacção de produtos/serviços.
ResponderEliminarEste tipo de estratégia tem ainda a seu favor o facto de promover o word of mouth (quem usufrui de uma experiência destas, vai contar ao amigos) e do word of mouse (o potencial de viralidade no mundo virtual deste tipo de iniciativas é muito grande, por ser original e inovador).
Seja onde, como e quando estejamos, somos constantemente invadidos por Mk que, muitas das vezes, como forma de "defesa" acabamos por nem dos apercebermos de tudo o que nos rodeia. Nesse contexto, quando um sentido falha - a visão - os marketers vão mais longe e invocam um segundo ou até terceiro sentido para que, quando um falhe, o outro já não falha e a publicidade atinge o seu objetivo, tornando-se mais eficaz.
ResponderEliminarEstas são as estratégias que fazem a diferença entre ser visto ou experimentado o que, no caso hoteleiro, resulta na perfeição.
Estou-me a lembrar agora daquele cheirinho a pipocas.....!! :)
Sem dúvida que esta é uma tendência do futuro e os consumidores valorizam cada vez mais este tipo de experiências. O olfato é um dos sentidos mais apurados, e vejamos o seguinte e simples exemplo. Quando procuramos um restaurante somos fortemente influenciados pelo cheiro da comida, e se gostarmos do mesmo acabamos por escolher o local que, por assim dizer, nos atraiu mais. Com os produtos, passa-se exatamente a mesma coisa, tal como apresentado nestes dois casos. As marcas têm assim de proporcionar experiências ao consumidor, e adaptarem-se a esta nova realidade do 'Brandsense' ou Marketing sensorial, o que significa que nem tudo é digital.
ResponderEliminarComo consumidores somos inundados constantemente por publicidade que apela unicamente ao nosso sentido visual. Já não é algo que nos prenda nem consiga cativar facilmente. A novidade está em conseguirem juntar isso a outros sentidos, como o paladar e o olfacto e essa junção vai tornar uma simples publicidade visual, numa EXPERIÊNCIA que ficará certamente na memória. Excelentes ideias!
ResponderEliminarPS: Era de louvar um cartaz desses da Carlsberg aqui na zona universitária! :)
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarTemos vindo a verificar que esta geração originou elevadas repercussões no modo como as marcas atuam no mercado. Como tal, é fundamental que aquelas que se querem destacar vão ao encontro das expectativas dos clientes. Para isso, é necessário chegar até eles, já que como referiste, longe vão os tempos em que o marketing tradicional era suficiente.
ResponderEliminarAnteriormente, os consumidores limitavam-se àquilo que as marcas queriam e forneciam. No entanto, atualmente verifica-se um novo paradigma visto que não chega fazer um bom anúncio. É preciso criatividade, capacidade de persuasão e acima de tudo apostar nos meios que os consumidores valorizam e utilizam. Mas, como já vimos, a interação também é um fator fundamental para a divulgação e crescimento da marca visto que os consumidores valorizam a possibilidade de interagir diretamente com a empresa.
Como se verifica, a Carlsberg aposta na diferenciação ao possibilitar a experimentação da cerveja, que como sabemos é um dos fatores apreciados por esta geração pois faz com que o consumidor não se sinta pressionado e tenha um testemunho próprio. Além disso, pode conseguir fornecer uma “experiência memorável”.
O caso da Burger King também demonstra que pequenos detalhes fazem diferença na opinião dos clientes.
Isto pode ser justificado pelo facto de o mercado deter um número abundante de marcas que faz com que seja difícil sermos leais a uma só. Uma característica da geração net é a de ser nómada, ou seja, facilmente troca uma marca querida por outra. Por conseguinte, já não estamos num período em que não temos liberdade de escolha. Logo, um dos pensamentos atuais é escolher a marca com que nos identificamos e que nos transmite confiança.
Assim, o facto de marcas como a Burger King e a Carlsberg combinaram o meio tradicional com o meio sensorial, faz com que tenha maior aderência e provoque um efeito UAU.