O KuantoKusta celebrou 10 anos e lançou um passatempo para participantes: 10 dias e 10 smartphones.
O KuantoKusta é o líder português dos comparadores de preços e ajuda, diariamente, os consumidores a comparar produtos de diversos comerciantes num só espaço e onde são filtradas as melhores ofertas. No passado dia 7 de maio começou o passatempo que, durante 10 dias, ofereceu 10 smartphones - 1 por dia - aos participantes mais sortudos - e pacientes também!
O passatempo, gratuito, obrigava a uma série de passos para ser considerado: primeiro, o participante teria de fazer registo na aplicação; depois, deveria subscrever a newsletter, visitar a página de Facebook da marca, inserir o link de um produto do KuantoKusta e, por fim, partilhar o passatempo nas redes sociais, aumentando em 2 vezes a possibilidade de ganhar por cada acesso ao passatempo efetuado através da partilha.
Os vencedores enviaram, no final do passatempo, uma foto com o seu novo telemóvel, prontamente publicado na página de Facebook da marca.
Isto é, o KuantoKusta, em troca de 10 smartphones (Iphone e Galaxy), obteve mais uma rede de potenciais clientes - que possivelmente desconheciam o serviço até aí - alimentando as suas bases de dados e dando a conhecer a estes smart consumers (que valorizam o preço e a comodidade) as melhores ofertas, à distância de um clique.
Excelente ideia da KantoKusta (e de tantas outras!) para abordar novos públicos e fidelizar os atuais, que, por vezes nem se apercebem dos verdadeiros motivos que antecedem todos os passatempos onde participam.
Porque, os nossos dados, preferências e necessidades Kusta(m) muito!
Este caso é interessante na medida em que aborda uma realidade cada vez mais estratégica para as empresas, sejam elas PME’S ou multinacionais: a recolha e tratamento de dados. As empresas querem cada vez mais saber não só quantos são os potenciais clientes a integrar o seu market share como quem são eles – de que género, faixa etária, classe social - e como se comportam – o que consomem, em que altura do ano. É aliás rara a empresa que a propósito de uma qualquer feira internacional não promova um passatempo que implique sempre o preenchimento de dados dos participantes, que, ainda que possam relutantes em transmiti-los, acabam por ceder em nome da participação.
ResponderEliminarComo depois as empresas tratam esses dados é outra história. Haverá quem se limite a enviar newsletters e publicidade, outras haverão que poderão ir mais além e classificar os dados, para depois procederem à prospeção de vendas. No meio disto tudo, inquieta-me a ética (ou falta dela) nesta agressiva busca pela recolha de dados. Sem querer parecer muito conspiracional, há qualquer coisa que me assusta nesta facilidade em aceder a informações por vezes confidenciais dos consumidores (morada, telefone), sem que estes saibam exatamente o que é feito com esses dados e com que propósito. E por isso mesmo, é provável que estas iniciativas, por muito que sejam uteis à empresa, sejam cada vez mais alvo de desconfiança por parte de cada vez mais consumidores.
Concordo com o comentário elaborado pela Andreia Botelho. De facto este tipo de passatempos onde implica o preenchimento dos nossos dados pessoais são uma excelente forma de as empresas enriquecerem as suas bases de dados e adotar estratégias de CRM. Contudo, cada vez mais os consumidores sublinham o excesso de recolha e de obtenção de informação pessoal que estas empresas tem em relação aos nossos hábitos e comportamentos em termos de consumo. Apesar da sua utilidade em termos de personalização de oferta, fala-se já que o futuro passa pela não recolha da informação, pela não customização.
ResponderEliminarConcordo com o comentário elaborado pela Andreia Botelho. De facto este tipo de passatempos onde implica o preenchimento dos nossos dados pessoais são uma excelente forma de as empresas enriquecerem as suas bases de dados e adotar estratégias de CRM. Contudo, cada vez mais os consumidores sublinham o excesso de recolha e de obtenção de informação pessoal que estas empresas tem em relação aos nossos hábitos e comportamentos em termos de consumo. Apesar da sua utilidade em termos de personalização de oferta, fala-se já que o futuro passa pela não recolha da informação, pela não customização.
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