Escritórios sem papéis. “Não digas a um millennial para trabalhar das 9 às 5”

A revolução tecnológica obrigou a novas dinâmicas de trabalho. Estarão os escritórios adaptados às necessidades dos novos trabalhadores?

Podemos chamar-lhes “empresas líquidas”: poucos postos de trabalho fixos, muitos colaboradores, todos a trabalhar para o mesmo objetivo. O conceito é a realidade de muitas empresas e é a estas que o arquiteto Francisco Vázquez mais se dedica nos últimos tempos. É que, se as empresas mudaram, o mesmo não aconteceu com os espaços de trabalho.

Segundo o arquiteto "há uma revolução irreversível no espaço de trabalho tremenda, tudo consequência da tecnologia. (…) Em 2020, estima-se que os millennials sejam 50% da população ativa. Mas não digas a um millennial que tem que vir das 9h às 5h para um escritório cinzento onde vai estar sentado numa cadeira. Por favor… isso não vai acontecer. Ou, pelo menos, não com os melhores. Eles não vão querer."

Em alternativa, Francisco garante que os escritórios devem combinar espaços abertos, de colaboração e de aprendizagem com mais locais sociais. “Um millennial vai trabalhar para um sítio porque gosta das pessoas que estão lá."

Um acordo com um ginásio e uma rede de coworking, uma extensão do escritório a um centro de negócios, parcerias com restaurantes e hotéis. Tudo é permitido. “O trabalhador sabe o que fazer e, seja a hora que seja, pode escolher ir para um sítio ou outro. Sem nunca perder o hub corporativo central”.

O essencial é, segundo o arquiteto, que cada trabalhador possa ter opções: ter a possibilidade de um lugar fixo, possa ir trabalhar noutra zona do escritório, meter-se numa sala. Há sobretudo a necessidade de procurar escolhas, fazer com que as pessoas possam optar. "É necessário um menu de espaços muito mais amplo”, explica.

Esta foi uma notícia que aborda alguns pontos do recente post de uma colega e que representa sobretudo o novo paradigma do trabalho de futuro, determinado pela irreverente geração dos millennials.

Fonte: Dinheiro vivo