segunda-feira, 6 de março de 2017

Snapchat


Uma escola secundária na California, EUA, já lucrou 24 milhões de dólares com o Snapchat

Boa Noite Colegas, 

As redes sociais estão a ficar “saturadas”, por um lado estamos habituados a interagir cada vez mais usando a Internet para contactar os nossos amigos através das redes sociais, mas torna-se saturante a quantidade de informação que nos assalta minuto após minuto. A nossa capacidade de concentração deteriora-se e o interesse por vezes perde-se. Eu própria noto que passo menos tempo “agarrada” às novas tecnologias e tento aproveita-las de forma mais profícua na minha vida profissional e pessoal.

Prende-se aqui a questão, quais serão as tecnologias que nos vão continuar a prender ao ecrã? As que captaram a nossa atenção e o porquê?
Denoto que as empresas têm que, cada vez mais, compreender as necessidades dos seus consumidores e responder não só eficazmente como rapidamente face à demais concorrência. Estamos num mundo global onde a palavra competição é a que reina e onde só sobrevivem as empresas que detêm vantagens competitivas no seu negócio.
Isto para dizer que é de louvar os jovens empreendedores que têm feito das redes sociais o BOOOOOOOOMMMM da internet! Estes sim sabem o que criar perante as necessidades que os próprios possuem.
Primeiramente temos o exemplo do Facebook, que atualmente é a maior rede social do mundo com cerca de 2 mil milhões de utilizadores, concebido por Mark Elliot Zuckerberg. A mais recente foi o Snapchat fundado por Evan Spiegel com cerca de 161 milhões de utilizadores diários, e ambas as aplicações foram criadas por estudantes universitários.
O Snapchat é então uma App criada para smartphones que permite aos usuários comunicarem por fotos, mensagens e vídeos mas o diferencial é que tudo é apagado automaticamente segundos depois, ou no máximo de 24 horas. Como grande vantagem temos a não intromissão alheia, o que faz desta App um uso mais pessoal e restrito.
E quais serão os concorrentes do snapchat?
Bem, desde 2016, a realidade prende-se com o facto do Facebook conseguir diminuir o uso do Snapchat. Isto porque, por um lado com o Instagram Storie veio triunfar na medida em que também permite colocar temporariamente os pequenos vídeos e/ou fotografias e enviar para a nossa rede de contactos, por outro, a mais recente aposta da companhia de Mark Zuckerberg lançou uma tecnologia também similar no seu WhatsApp.
(nota: o Instagram e o WhatsApp pertencem à companhia do Facebook)


E saberemos nós utilizar e distinguir estas duas App’s? Concordam que sejam rivais?
Na mais recente noticia sobre o Snapchat, às 18h30 de sexta-feira dia 3 de março, as ações da Snap rondavam os 27 dólares. A empresa terminou o primeiro dia na bolsa de Nova Iorque com as ações 44% acima do valor inicial, cotadas a 24 dólares  (valor bem acima dos 17 dólares a que as ações foram vendidas).

A NBCUniversal fez um investimento estratégico no valor de 500 milhões de dólares no Snapchat, somando mais 220 milhões de dólares e até ao momento, trata-se da única empresa de media norte-americana com um investimento de peso. Um dos programas de televisão do grupo “The Voice” foi dos primeiros a utilizar o Snapchat para atrair novos consumidores ao permitirem que estes concorressem à versão americana do concurso pequenas mensagens de vídeo.

Mas esta não foi a única companhia a lucrar com a App do Snapchat. A Escola Secundária privada Saint Francis, na Califórnia, EUA, também já fez milhões. Primeiramente a escola investiu 15 mil dólares, e com a entrada em bolsa, a Saint Francis vendeu dois terços das suas ações (no valor inicial de 17 dólares), o que equivale a ganhos de cerca de 24 milhões dólares! Incrível não é? Aqui prevalece um pouco esta diferença entre a cultura portuguesa e a Americana, pois nós portugueses continuamos com 99% de aversão à incerteza, o medo de arriscar é constante e fruto disso não somos tão empreendedores como os jovens americanos.
Com os fundos o diretor quer tornar a Escola Saint Francis em católica, apostando na criação de programas inovadores e acessível a mais estudantes.

Todas as tecnologias sofrem do mesmo mal, tal como a Snap, o Twitter entrou com imenso sucesso em Wall Street com ações a valer 18 dólares (acima do valor de venda inicial em 2014), contudo, três anos depois, as ações rondam apenas entre os 15/16 dólares, o que representa um valor 42% abaixo da entrada inicial em bolsa.

Obrigada, 
Camila Paiva

Fonte:

Principais tópicos para discussão:

  1. Aplicações fruto de jovens empreendedores;
  2. Quais as redes sociais do Futuro;
  3. Sustentabilidade das redes sociais;
  4. Snapchat vs Instagram;
  5. Lucros pelo proveito das redes sociais;

3 comentários:

  1. Olá!!

    Cada vez mais, as redes sociais invadem o nosso dia a dia. O que antes só conheciamos o "Hi5" ou o "Myspace", o aparecimento do Facebook revolucionou o mundo. Hoje, com o Twitter e as duas primeiras redes mencionadas, completamente ultrapassadas, o que domina as "bocas" do mundo, é sem dúvida o Instagram e o SnapChat. Pegando na tua terceira questão: Snapchat vs Instagram, acho que é muito ela por ela, no entanto, com o começo dos videos em direto no Instagram, esta rede acabou por abafar um bocado a outra.
    É impressionante como "pequenos-grandes" jovens consegueriam criar booms tão grandes como o Snapchat e o Facebook. Estas criações são sem dúvida de admirar, não só pelo seu sucesso como pelos seus criadores. Cada vez mais, são os jovens que têm grandes ideias, e tudo devido à entrada das novas tecnologias cada vez mais cedo, na mente das pessoas.
    Agora, até que ponto estas redes tão prestigiadas hoje, serão o auge no futuro? O mais provável é serem ultrapassadas por novas, se estas não se forem adaptando às necessidades das pessoas e à concorrência.
    Achei bastante interessante o caso da escola ter investido 15 mil dólares na Snap, e acho ainda melhor, o facto de aproveitarem os lucros para ajudar nos fundos da escola. Estas sim, na minha opinião, são boas iniciativas.

    Obrigada,
    Joana Pinto

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  2. Olá.
    De facto existem pessoas que não são fãs de partilhar a vida pessoal com o mundo, mas o que é certo é que há milhares que não conseguem passar um dia sem partilhar um momento, uma frase, o belo do prato naquele restaurante, um local que foram visitar, etc. E estas aplicações vieram sem dúvida fomentar este espírito de partilha. É ótimo saber que são ideias que partem de jovens empreendedores que têm conseguido acompanhar e fazer proveito desta evolução gigantesca que é a tecnologia.
    Snapchat vs Instagram: não tenho conta no Instagram, mas tenho notado pelos meus amigos, que embora continuem a utilizar o Snapchat, têm dado mais importância e destaque ao que se passa na rede Instagram, muito porque agora conseguem fazer muito mais nesta última. Em comparação com o Snapchat, é uma aplicação a menos que se tem instalada no smartphone. Mesmo assim sou da opinião de que ambas se conseguem distinguir.
    Serão elas sustentáveis? Não sabemos. Como a Joana referiu, depois do Facebook surgir já mais ninguém sabia o que era o Hi5 ou o MySpace por isso não será de todo impossível as próximas gerações também não ficarem a saber o que é o Facebook ou o Snapchat. O que é certo é que este mundo tecnológico não tem parado com as mudanças/novidades e tudo dependerá também daquilo que será capaz de chamar a atenção deste público, cada vez mais jovem e que como temos visto na disciplina, cada vez mais exigente!
    Boa noite,
    Sandra Santos

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  3. De facto, tenho que concordar com a parte final do artigo.

    Embora popular, o Snapchat encontra-se numa posição estratégica fragilizada em comparação com o Instagram.

    O Instagram, pertencendo ao Facebook, beneficia do conhecimento, do know-how já angariado pelo mesmo ao longo da sua existência. Para além disso, o Instagram tem sido capaz de se reinventar, revelando-se simultaneamente capaz de imiscuir-se no território do conteúdo "temporário" do Snapchat.

    Esta IPO pode acabar por se revelar uma forma de garantir aos investidores a possibilidade de reaver o dinheiro investido inicialmente à custa da "hype" gerada em torno do lançamento em bolsa.

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