Nos últimos anos, tem-se vindo a verificar uma
crescente utilização das redes sociais por parte dos utilizadores da Internet. Neste
sentido, e como não poderia deixar de ser, as marcas “aproveitaram-se” deste facto para se
relacionarem de uma forma mais próxima com os seus consumidores, bem como passaram a olhar para os mesmos
como um recurso para a realização do seu próprio marketing.
Tal como o nome indica, o Conteúdo Gerado pelo Utilizador
(UGC – User Generated Content) é todo o tipo de conteúdo que o utilizador produz – desde posts, vídeos, comentários ou fotografias.
Assim, e com a grande utilização das redes sociais, vemos facilmente os consumidores a postarem fotografias
com acessórios, roupa ou calçado, por exemplo, de marcas com que se identificam. Com isto a acontecer,
as referidas marcas viram aqui uma oportunidade de realizarem o seu marketing com
diversos benefícios: não abarcam grandes esforços no processo de criação, não abrangem grandes custos e ainda mostram aos consumidores fotos reais,
ou seja, não há uma produção de moda, o conteúdo não é exageradamente profissional, é de uma pessoa real, tornando o conteúdo mais credível aos olhos dos seus
consumidores.
As marcas começaram, então, a utilizar fotografias
de pessoas que, na publicação das suas fotografias, identificavam a marca em si. No entanto, daqui
surgiram alguns problemas, na medida em que alguns consumidores começaram a reclamar por não darem autorização para as marcas
utilizarem as suas fotos, sendo que as marcas contrapunham dizendo que a partir
do momento em que o utilizador identificasse a marca na sua foto, dava automaticamente
autorização para a utilização desta, por parte do departamento de marketing da marca. Uma vez que
esta autorização estava implícita, rapidamente surgiu um novo “método” para este consentimento se tornar explícito – o uso das hashtags.
Actualmente, diversas marcas recorrem à divulgação de um determinado hashtag
que, ao ser utilizado pelos utilizadores aquando da publicação de uma fotografia ou
vídeo alusivo à marca em questão, dão permissão para a utilização desse conteúdo.
No meu caso, há uns tempos coloquei
uma fotografia no Instagram de um novo batom da Maybelline. Passado uns dias,
recebi um comentário nessa mesma foto da própria marca onde pediam autorização para utilização da minha fotografia
para fins de marketing, sendo que se autorizasse devera acrescentar a hashtag
#YESmaybelline, além de que, ainda no comentário, deixaram o link dos Termos de Uso, onde existem várias secções relativas ao UGC.
Em suma, actualmente são várias as marcas que recorrem
à utilização de hashtags para recolher
informação e conteúdo UGC, utilizando este último para fins de marketing, poupando nos custos e credibilizando os
seus produtos ao mostrarem às pessoas conteúdo real.
Fontes utilizadas:
Este Tipo de marketing é importantíssimo para as empresas nos dias de hoje. Ótimo post ;)
ResponderEliminarAté que ponto é que as empresas podem usar os consumidores para fazerem o marketing por si?
ResponderEliminarA partir de um certo nivél de exposição (visualizações por exemplo) os criadores originais do conteúdo deveriam ser remunerados por o seu esforço.
Concordo, no entanto houve aprovação prévia da cedência dos direitos de imagem da pessoa em questão, pelo que essa questão nem se põe.
EliminarAcho que qualquer um consegue ver que este "Pikiko" trabalha para uma mega-corporação e esta a tentar legitimizar as ações imorais destas mesmas.
EliminarEssa informação é falaciosa. Num assunto em nada relacionado, foram enviado um Welcome Package da Maybelline para a morada de sua casa. Disfrute!
ResponderEliminarQuanto a este tópico, os utilizadores também cada vez mais aderem a este tipo de iniciativas porque muitas vezes também já existem recompensas para quem faz user generated content como códigos promocionais, amostras de novos produtos, etc. e há que ter emconta que muitas vezes o ugc está associado a concursos.
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