domingo, 7 de março de 2021

E-commerce de braço dado com a pandemia Covid-19?

2020 ficou conhecido como o ano da pandemia Covid-19 que tomou conta do mundo, sendo este um dos piores períodos para as empresas e os seus próprios negócios. Como forma de combater, ou somente adaptar-se a esta nova realidade, as empresas tiveram de adotar medidas radicais com o objetivo de manter a sua sobrevivência.

Uma das várias consequências da pandemia consistiu na alteração dos hábitos e comportamentos dos consumidores ao nível das compras. Com a implementação das medidas do governo durante a quarentena, o e-commerce ganhou visibilidade, tornando-se no formato mais utilizado pelos indivíduos de forma a adquirirem os produtos necessários. Como resultado disto, muitas foram as empresas que passaram para o digital de forma a aumentar a proximidade com o cliente.

De uma maneira muito simplificada, o e-commerce corresponde às compras online realizadas pelos consumidores através da internet de qualquer tipo de produto (calçado, vestuário, alimentação, tecnologia, entre outros). Este conceito em constante evolução, permite às lojas físicas aumentarem o número das suas vendas, alcançando novos clientes e ultrapassando as barreiras da distância e do tempo. Deixo-vos aqui um curto vídeo que aborda o conceito do e-commerce e a sua explicação:



Com o intuito de identificar as tendências que emergiram durante o período de pandemia, foi desenvolvido um inquérito pelo Grupo Ageas Potugal e a Eurogroup Consulting Portugal. Uma percentagem de 57% dos inquiridos admite ter realizado um maior número de compras online, resultado que coincide com um crescimento estimado de 150-170% do e-commerce no nosso país. É de notar que esta tendência é mais popular na faixa etária mais jovem que vai desde os 18-24 anos. Para uma visão mais aprofundada destas estatísticas deixo aqui o link da notícia do Jornal Económico. Assim sendo, podemos esperar que no período pós-Covid o consumidor continue a usufruir em larga escala do e-commerce. Contudo, de forma a não perderem a sua competitividade, as empresas terão de estar preparadas para a nova normalidade, focando-se no desenvolvimento de novas estratégias de marketing, garantindo o conhecimento dos seus clientes, para que no final, sejam capazes de satisfazer todas as suas necessidades.


Agora digam-me vocês, colegas, sentiram que a pandemia fez com que adotassem com maior frequência o método das compras online? Ou será somente uma mera ilusão associar o crescimento do e-commerce a este período crítico que atravessamos?

2 comentários:

  1. Olá Catarina, apreciei bastante a escolha do tema, super atual e que efetivamente incita a uma reflexão.
    Nos últimos anos, o número de vendas online cresceu consideravelmente em Portugal. Segundo o site português digitaltalks, 44,8% dos portugueses fazem compras online. Número que fica consideravelmente abaixo da média da União Europeia que é de 72%. Entre os países europeus, Suécia, Dinamarca, Noruega, Reino Unido e Holanda, que se destacam com índices superiores a 80%, portugal fica entre os países menos consumidores de produtos e serviços online (segundo o relatório anual e-commerce Europe). Porém estes valores não têm em consideração a nossa "nova normalidade", e atualmente, é impossível negar o grande crescimento do e-commerce nos últimos meses, precisamente devido à pandemia covid-19. O confinamento obrigatório, elevou exponencialmente o comércio online, levando os consumidores a fazer mais compras pela Internet.
    A questão prende-se em perceber se esta tendência de crescimento do comércio online se vai manter quando regressarmos a uma vida semelhante ao pré-covid 19, ou se por sua vez, voltaremos a privilegiar as compras em espaços físicos. Pessoalmente penso que o comércio online irá continuar a registar um aumento no número de vendas total, mas irá notar-se algum decréscimo do crescimento face ao período de confinamento.

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    1. Olá Inês

      Muito obrigada pela tua opinião! Estou totalmente de acordo contigo quando dizes que o comércio online vai continuar a registar um aumento no número de vendas, apesar de sentir um leve decréscimo no período pós-covid. A verdade é que com o comércio online o processo de compra tornou-se demasiado fácil! Com apenas um click conseguimos comprar uma enorme variedade de produtos, não perdendo o tempo que perderiamos na deslocação à loja física e evitando filas de espera. E é este critério de facilidade que conquistou os consumidores a aderir às compras online e que, mesmo após a reabertura dos estabelecimentos, vai continuar a ser um dos pontos fortes da compra pela internet. Mas tal como tu referiste, muitos vão continuar a usufruir das compras online no período pós-covid. Contudo, secalhar vai existir uma maior moderação por parte dos consumidores que irá justificar os decréscimos no crescimento do e-commerce face ao período de confinamento.

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