A nova série "Drive to Survive", desenvolvida em conjunto pela plataforma de streaming Netflix e pela Fórmula 1, mostra toda a realidade do Campeonato Mundial de Fórmula 1 de 2018. A série mostra como pilotos, agentes e dirigentes de equipa vivem a vida a mil, dentro e fora da pista, durante todas as temporadas de corridas de Fórmula 1, permitindo acesso exclusivo aos pilotos mais rápidos do mundo, bem como aos seus bastidores e diferentes personalidades de cada equipa.
Ian Holmes, diretor de direitos de media do promotor do campeonato mundial de Fórmula 1, disse que esta era uma iniciativa para incluir um público mais amplo neste desporto e para aumentar o número de fãs, que por norma é mais do género masculino e mais envelhecido.Através desta excelente iniciativa, muitas pessoas que antes não valorizavam nem tinham qualquer interesse pelo automobilismo passaram a apreciar e a sentir a emoção do que é viver de perto uma temporada deste desporto tão intenso e apaixonante, estar presente em todas as vitórias e derrotas e viver todas essas emoções.
Na minha opinião, esta foi uma estratégia de marketing muito bem conseguida, uma vez que ajudou o desporto automóvel a ganhar popularidade e atingir um novo grupo de consumidores mais feminino e menos europeu, que até então não tinha qualquer interesse.
Esta série foi gratificante tanto para a Fórmula 1 como já referi, como também para a Netflix, uma vez que tanto os amantes do desporto como aqueles que antes não gostavam a viram.
Boa noite Sara,
ResponderEliminarQue tema tão interessante! Realmente cada vez mais sentimos que vivemos num mundo rodeados de informação e ruído e, deste modo, torna-se cada vez mais desafiante para as marcas criarem estratégias de marketing que consigam reter a atenção dos consumidores.
O exemplo que nos trouxeste é bastante cativante neste sentido, temos um desporto que reconhece a abrangência reduzida e envelhecida dos seus apoiantes e neste sentido, reinventa a sua estratégia de marketing para atingir precisamente as faixas etárias mais jovens e alargar a sua legião de fãs.
A criação de uma série, vem exatamente atingir um público mais jovem, de acordo com o site Marktest, mais de metade de todos os utilizadores de plataformas de streaming em Portugal têm idades compreendidas entre os 15 e os 34 anos. A formula 1 ao recorrer à criação de uma série para além de conseguir atingir o seu público-alvo, cria um marketing indireto e não intrusivo, o que mais facilmente resulta numa ligação dos apoiantes com o desporto, o faz desta estratégia uma estratégia de sucesso.
Não há nada como uma boa narrativa para captar a atenção e envolver os espectadores. Quantas vezes lágrimas perdidas não terão caído por pessoas que nunca existiram.
ResponderEliminarAssim, reconheço que mostrar as pessoas de uma forma dinâmica e enérgica, uma série infusa da potência da fórmula 1 pode ser verdadeiramente cativante. Boa parte do desporto não será tanto a competição como a "torcida". Gritar por aquele atleta que gostamos nem sabemos bem porquê, estar meio aziados com outro porque não gostamos das sobrancelhas, ou retesar os músculos e rilhar os dentes enquanto partilhamos a tensão do "underdog".
Uma série que nos mostre os bastidores têm a virtude de nos dar a oportunidade de relacionar com todas as estas pessoas, de conhecer o mundo interior e vibrarmos por um mundo que passamos a conhecer. E, quando conhecemos, passamos a gostar e a querer apoiar. Por, isso sim, parece-me uma boa estratégia. Ainda assim, apesar dos números aparentemente fantásticos de visualização da Netflix admito que gostava de ver os números de novos adeptos desta modalidade; procurar alguma tendência de correlação, ainda que não se possa provar relação de causalidade. Não duvido que haja mais alguns adeptos, mas não sei se os números serão verdadeiramente significativos.
Pode ser que os próximos comentários me convençam!
Ainda assim, a estratégia é inovadora e o produto parece ser de verdadeira qualidade. Ainda não vi, mas vou ver!