O jogo foi criado por Charles Darrow, um ex-vendedor que ficou desempregado durante a Grande Depressão. No entanto, este baseou-se no jogo The Landlord’s Game, que tinha como objetivo fazer uma crítica ao capitalismo ao mostrar os perigos dos monopólios, descrevendo-os como fontes de desigualdade e pobreza. Charles inverteu a lógica do jogo e criou um tabuleiro no qual o cidadão comum pode virar um milionário.
Este jogo chegou a Portugal apenas na década de 50 com o nome traduzido para Monopólio. Contudo, a partir de 1961 o nome foi uniformizado para Monopoly, por pressão da detentora dos direitos do jogo, a Hasbro.
É extraordinário o sucesso que um simples jogo de tabuleiro, criado há 86 anos, teve e continua a ter nos dias de hoje. Desde a sua introdução no mercado, cerca de 275 milhões de Monopoly foram vendidos e estima-se que já tenha sido jogado por mais de 1 bilião de pessoal a nível mundial.
No entanto, este sucesso deve-se a sua capacidade de inovação e adaptação. Deste a versão original, já foram criadas diversas versões, de modo a torná-lo mais apelativo para um público de diversas idades e gostos. Existem versões para os fanáticos de séries e filmes como, por exemplo, alusivas aos Friends, Stranger Things, The Simpsons, The Lion King, mas também para crianças, versões de jogo mais curtas, versões que utilizam cartões de crédito, entre outras.
Para que o jogo continue a perpetuar nas casas de toda a população, a empresa está consciente de que necessita de criar versões com as quais os consumidores se identifiquem, bem como deixá-los participar nos processos criativos e conceção dos jogos, para que estes sintam que fizeram parte do produto final.
Foi exatamente por este motivo que, recentemente, foi lançado um novo desafio aos fãs de Monopoly, “O Desafio da Caixa da Comunidade”. Até dia 9 de abril, todos os fãs estão convidados a votar nas suas cartas favoritas, que irão integrar uma nova versão do jogo. Desta votação sairão as 16 futuras cartas da Caixa da Comunidade, que irão substituir as cartas tradicionais pela primeira vez em mais de 85 anos.
O momento escolhido para lançar este desafio não foi por acaso. Segundo a Hasbro, as cartas comunitárias atuais, que incluem tópicos como concursos de beleza, fundos de férias e seguros de vida, já não se adequam à realidade. Após o surgimento da pandemia, a Hasbro pretende que as cartas comunitárias reflitam melhor o que a comunidade significa para os indivíduos, em 2021.
"The world has changed a lot since Monopoly became a household name more than 85 years ago, and clearly today community is more important than ever. We felt like 2021 was the perfect time to give fans the opportunity to show the world what community means to them through voting on new Community Chest Cards. We're really excited to see what new cards get voted in!"- Eric Nyman, Chief Consumer Officer at Hasbro
Sendo assim, quem quiser participar no desafio poderá fazê-lo através do site Monopoly Community Chest, no qual irá encontrar novas cartas alusivas a angariação de fundos, reciclagem, compras no comércio local, voluntariado, doar sangue, entre outras ações.
Na minha opinião, a Hasbro teve um ótimo sentido de oportunidade! A melhor forma de o Monopoly continuar a permanecer nas nossas casas é mantendo uma relação de proximidade com os fãs, disponibilizando um jogo com o qual se identifiquem. A participação dos fãs na escolha das novas cartas da comunidade, resultará num aumento das vendas, pois estes quererão adquirir o jogo que possui as cartas nas quais votaram.
E vocês o que acham deste desafio? Concordam que as cartas comunitárias já não eram adequadas?
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Esta estratégia da marca é a prova que até os produtos mais vendidos e com maior sucesso têm que se manter atualizados, para se conseguirem manter competitivos, nomeadamente face a novos produtos que vão surgindo.
ResponderEliminarNeste sentido, e conforme vimos várias vezes nas aulas, é essencial que cada marca oiça a sua tribo de consumidores, por forma a conseguir produzir conteúdo/produtos interessantes para a mesma.
Adicionalmente, e a respeito de outro aspeto relacionado com o Monopoly, o facto de este ser um dos, se não o jogo de tabuleiro mais jogado do mundo não é um acaso, isto prende-se, em grande parte, com a capacidade de adaptação do mesmo, quase como que se de um camaleão se tratasse. Sem perder a sua essência, o produto pode ser (e é) facilmente adaptado a novos países ou temas, apenas através da mudança do nome das casas. A título de exemplo, em Portugal, quando jogamos "Monopólio", todos queremos comprar e deter o Rossio, no entanto, os nossos colegas brasileiros, quando jogam ao "Banco Imobiliário" concorrem para conseguir ficar com Ipanema.
Assim, e ainda que o sucesso do Monopoly venha de há algum tempo atrás, a capacidade de adaptação da marca não só nas diversas regiões, como também à evolução temporal tem sido um factor determinante para a manutenção de tal sucesso.