Com a evolução constante do marketing digital, muitas marcas sentiram a necessidade de investir cada vez mais em formas diretas e eficazes de comunicarem com os consumidores dentro das lojas.
Uma das tecnologias que tem tido um grande destaque é a dos beacons. Mas perguntam vocês, o que são beacons?
Os beacons são dispositivos instalados em
espaços comerciais que utilizam o Bluetooth para conectar-se
aos smartphones de cada cliente.
Os mesmos permitem que determinadas lojas, empresas e
estabelecimentos enviem notificações em tempo real sobre possíveis promoções,
produtos ou até mesmo indicações de direções dentro da loja.
Cada cliente, necessita de descarregar a aplicação da loja no seu dispositivo móvel e de seguida autorizar o acesso aos seus dados pessoais e a sua localização. Assim, quando entram num determinado estabelecimento, a aplicação deteta o sinal do beacon e envia mensagens personalizadas, como recomendações de produtos, descontos baseados em compras anteriores e serviços exclusivos.
Na teoria, esta tecnologia parece ser vantajosa tanto
como para as marcas como para os consumidores.
Imaginem entrar numa loja de roupa e receber automaticamente uma mensagem no vosso telemóvel: "As sapatilhas que pesquisaste online estão no corredor 3 e hoje tens 20% de desconto!"
Afinal este tipo de abordagem até pode tornar a experiência
de compra de cada consumidor muito mais personalizada e conveniente. Por outro
lado, este nível de interação pode tornar-se excessiva e até invasiva, onde
muitos dos consumidores sentem-se desconfortáveis ao perceberem que a loja
“sabe” onde estão e o que procuram em especifico. Outras duas condicionantes
aliadas a este tipo de interação para com os consumidores estão relacionadas
com o excesso de notificações que pode ser irritante e resultar no efeito
contrário (afastar os clientes, ao invés de os atrair) e a necessidade de
ter o Bluetooth ativado e a app da loja
instalada faz com que muitos optem por não utilizar a tecnologia.
Empresas como Apple, McDonald's já utilizam beacons para impulsionarem as suas vendas e melhorarem a experiência de cada cliente.
A par disto, o dilema que faz com que o "P" de Placement e o "P" de Promotion sejam cruciais para o sucesso desta tecnologia. Quando bem aplicada, pode ser uma ferramenta de marketing poderosa. Mas, se a mesma for mal utilizada, pode criar um efeito negativo e prejudicar toda a imagem e reputação da marca.
De uma forma muito resumida, os beacons representam
uma interação entre marcas e consumidores, mas o debate sobre privacidade
continua a crescer de forma acentuada.
E vocês, aceitariam receber notificações personalizadas em troca da vossa privacidade?
Fontes:
https://rockcontent.com/br/blog/beacon/
http://webmktfep.blogspot.com/2025/02/
https://neilpatel.com/br/blog/beacon/
Excelente publicação Gabriela :)
ResponderEliminarNa minha opinião tocaste num bom ponto que são os Beacons, algo que explica muito bem como a tecnologia está a evoluir e a levantar questões importantes face ao impacto dos Beacons neste contexto digital, onde vivemos.
Os beacons são, de facto, uma daquelas inovações que tanto podem melhorar imenso a experiência do consumidor como levantar sérias dúvidas sobre privacidade.
Gostei especialmente da forma como explicaste a funcionalidade dos beacons quando utilizaste o exemplo prático das sapatilhas.
Concordo contigo! Receber notificações torna tudo mais fácil e bastante útil, ainda que possa ser um poupo irritante para o utilizador confesso. Essencialmente, no momento em que (nós consumidores) começamos a sentir que as marcas sabem demasiado sobre nós, o nosso dia a dia e as nossas vidas, colocando a nossa privacidade em causa.
A tua análise ao equilíbrio entre a personalização e a invasão foi muito pertinente. Vivemos mesmo num tempo em que o marketing precisa de ser inteligente, mas também ético! O ponto dos PS (Placement e Promotion) foi uma chamada de atenção importante, gostei de ter lido sobre porque de facto não basta ter acesso à tecnologia é preciso saber como e quando a usar.