O "chocolate do Dubai" emergiu como um fenómeno global, conquistando paladares e gerando uma procura sem precedentes. Originalmente criado pela Fix Dessert Chocolatier em 2021, este chocolate distingue-se pelo seu recheio de pistácio e kadaif, inspirado na sobremesa árabe knafeh. Inicialmente disponível apenas no Dubai e em Abu Dhabi, rapidamente se tornou viral nas redes sociais nos últimos meses.
Em resposta a esta tendência, marcas europeias de chocolates desenvolveram as suas próprias versões. A Lindt lançou a sua recriação, que esgotou em 40 minutos em Lisboa. O Lidl introduziu o "Dubai Style Chocolate" da marca J.D. Gross a 20 de março, ao preço de 4,99 euros, levando a uma corrida aos seus supermercados e ao rápido esgotamento do produto.
A escassez nas prateleiras físicas impulsionou um mercado paralelo de venda do chocolate online. Plataformas como a Vinted e o OLX registaram anúncios de revenda destas tabletes a preços inflacionados, oscilando entre os 10€ a 60€ euros por unidade. Este fenómeno reflete a dinâmica de oferta e procura, onde produtos virais, ao tornarem-se escassos, são alvo de especulação e revenda a valores significativamente superiores ao preço original.
A escassez nas prateleiras físicas impulsionou um mercado paralelo de venda do chocolate online. Plataformas como a Vinted e o OLX registaram anúncios de revenda destas tabletes a preços inflacionados, oscilando entre os 10€ a 60€ euros por unidade. Este fenómeno reflete a dinâmica de oferta e procura, onde produtos virais, ao tornarem-se escassos, são alvo de especulação e revenda a valores significativamente superiores ao preço original.
Este caso ilustra como as tendências digitais podem influenciar o comportamento do consumidor e o mercado, transformando um simples produto alimentar num objeto de desejo e especulação económica.
Fontes:
https://sicnoticias.pt/especiais/insolitos/2025-03-20-chocolate-do-dubai-o-fenomeno-que-esta-nas-bocas-do-mundo-e-levou-a-recriacoes--e-acambarcamentos--c08aa098
https://expresso.pt/sociedade/tendencias/2025-03-15-tendencia-ou-descoberta-gastronomica--o-chocolate-do-dubai-so-se-vende-nos-emirados-mas-portugal-ja-tem-versoes-alternativas-01c42dc4
https://www.noticiasaominuto.com/economia/2750920/lacrado-a-100-febre-do-chocolate-do-dubai-chega-ao-mercado-de-2-mao?utm_medium=email&utm_source=gekko&utm_campaign=afternoon
Esse fenômeno do "chocolate do Dubai" mostra bem como as tendências digitais podem transformar um simples produto num verdadeiro objeto de culta, ou até mesmo: "modas".
ResponderEliminarA corrida aos supermercados e os preços inflacionados no OLX refletem exatamente esse impacto, fruto da divulgação da venda deste produto, por parte da Marca Lidl nas suas redes sociais (tik tok; instagram). A massificação das tendências nas redes sociais gera uma necessidades nos utilizadores/consumidores, que não existia antes mas com a "moda" e "todos têm", eleva-se o efeito "Bola de Neve" da influência de grupo. Notar que o humor sobre o tema não foi algo esquecido, entre os consumidores/internautas. Exemplo disto, são os vídeos (https://www.instagram.com/p/DHeO0RWipNu/) publicados nas redes sociais por aqueles que não conseguiram a oportunidade de comprar o chocolate do Dubai do Lidl😂.
Esta estratégia de colocar o público a falar entre si, produzindo conteúdos digitais divertidos nas suas redes sociais, de modo gratuito, é algo muito positivo para o Lidl, visto estar a ser feita publicidade à marca não remunerada.
Olá, Francisca!
ResponderEliminarEste fenómeno do “chocolate do Dubai” não só demonstra o enorme impacto que as redes sociais têm no consumo, como também representa um padrão recorrente no mercado alimentar: transformar produtos virais em bens de luxo e especulação. De facto, casos semelhantes já aconteceram com edições limitadas de refrigerantes, por exemplo.
Além disto, este assunto gera uma grande questão acerca do comportamento do consumidor e da influência das grandes marcas.
Será que esta procura excessiva reflete um real interesse pelo sabor do chocolate ou é apenas impulsionada pela escassez e pelo efeito de exclusividade?
Efetivamente, a rápida adaptação de empresas como a Lindt e o Lidl mostra a agilidade crescente das empresas em capitalizar tendências.
Por fim, o mercado “paralelo” em plataformas como o OLX e a Vinted evidencia um novo modelo de revenda que antes se restringia a setores como a moda e a tecnologia. Este cenário reforça a importância de um olhar crítico sobre a forma como consumimos e sobre o real valor dos produtos que nos são apresentados como um "must-have".
Parabéns pelo post! Muito interessante.
Olá Francisca, muito bom post! Esta questão do Chocolate do Dubai levou-me a pensar em algo que temos vindo a falar em Web Marketing, mas que também já foi abordado em Marketing de Serviços. Em contraste com o passado (onde os mercados eram muito menos saturados com empresas), hoje em dia é muito mais difícil para as empresas/marcas criar fidelização nos seus cliente-alvo, pois são tantas as opções que o cliente tem que, quando este não tem todas os seus desejos satisfeitos, apenas precisa de mudar para qualquer uma das imensas concorrentes que há no mercado. Todavia, a ascensão das redes sociais torna muito mais fácil, para qualquer empresa, viralizar e criar uma moda: basta ter um produto bom/ interessante, ou uma estratégia de marketing inteligente. É certo que não podemos negar que é muito mais rentável (a longo prazo) criar fidelização do que viralizar, pois as modas acabam e são ultrapassadas por novas, mas hoje o sucesso está nas empresas/marcas que entendem o poder das redes sociais, e entendem o comportamento do cliente nas redes sociais. O efeito manada é real, e se está toda a gente a falar e a comprar este produto, então eu também o devo fazer, pois eu não quero ficar fora das tendências. É uma nova realidade que as redes sociais nos proporcionaram, e que precisam de ser analisadas, pois trazem vantagens e desvantagens para qualquer negócio. Mas e vocês, renderam-se à moda do Chocolate do Dubai?🙃
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