sexta-feira, 4 de abril de 2025

La Casa de Papel: O Assalto ao Digital que Conquistou o Mundo

A série da Netflix foi muito além do ecrã e tornou-se um dos maiores fenómenos culturais da era digital.

Mas como é que uma história sobre ladrões de macacão vermelho e máscaras de Salvador Dalí conseguiu invadir o marketing e a comunicação das marcas pelo mundo fora?




A resposta está na estratégia certeira entre os meios online push e os meios online pull. Por um lado, a Netflix apostou fortemente em anúncios pagos, campanhas patrocinadas, trailers impactantes e qualquer outro formato que "empurrasse" a mensagem para o consumidor, muitas vezes sem que o próprio tenha solicitado, com o intuito de garantir que ninguém passava ao lado da série.

No entanto, o verdadeiro golpe de mestre veio do próprio público: a narrativa intensa, as personagens e os símbolos marcantes como "Bella Ciao" tornaram -se virais, criando assim uma onda de fãs que espalharam rapidamente a mensagem por toda a internet.

Para ser honesta, quando a série foi lançada e ao ver tantas pessoas a falarem sobre a mesma, fiquei logo com aquela vontade de ver o mais rápido possível. Lembro-me também de, com uma colega de praxe, termos decidido vestir os fatos inspirados em "La Casa de Papel" para pedir a uma outra colega nossa para ser a nossa madrinha. Como o nome de praxe dela era "Tokyo", achámos que fazia todo o sentido representar a nossa família de praxe com esses fatos, e a partir daí, os nossos nomes também passaram a ser inspirados nas personagens da série. Foi uma maneira divertida de fazer o pedido, entrando assim no clima da série!!!



               


A febre foi tão grande que determinadas marcas e empresas entraram no jogo. De playlists inspiradas nos assaltantes no Spotify, coleções de roupa com o famoso fato vermelho e a máscara de Dalí, fatos para manifestações a claques de futebol, a série deixou de ser apenas um entretenimento para se tornar numa poderosa estratégia do digital.




Como tal, a estratégia utilizada em "La Casa de Papel" para conquistar o público e tornar-se um fenómeno cultural também pode ser vista na nova minisérie "Adolescence". A minissérie britânica, disponível na Netflix desde março, conseguiu rapidamente captar a atenção de forma geral ao abordar temas urgentes e controversos sobre o impacto das redes sociais na juventude.

Por outro lado, os meios pull baseiam-se na atração natural do consumidor, incentivando-o a procurar a marca de forma espontânea e desejada.

Embora os meios online push possam gerar resultados rápidos e impulsionar campanhas específicas, os meios online pull criam um relacionamento mais sólido e de longo prazo com o consumidor. O ideal para muitas marcas é combinar ambas as estratégias de forma equilibrada, garantindo que as mensagens chegam ao público certo, no momento certo, sem gerar cansaço ou qualquer tipo de rejeição.


E vocês, qual é que acham que é o golpe de mestre no digital: utilizar meios online push ou meios online pull?

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