sexta-feira, 31 de março de 2017

Samsung reforça o lema "Do what you can't"

Já falamos neste blog sobre a parceria entre a Samsung e Casey Neistat na exaltação dos "criadores desta geração", os youtubers, no primeiro intervalo da edição dos Óscares deste ano. No spot publicitário a que se pode assistir em baixo, o youtuber celebra as personalidades que produzem vídeos porque gostam, com base em ideias originais, e termina afirmando "When we're told that we can't, we all have the same answer: watch me". Nos últimos segundos do vídeo, pode ler-se "Do what you can't".


Casey Neistat fez ainda upload de um vídeo no seu canal do Youtube, no dia 07/03, no qual defende com mais afinco este lema, que também vos deixo aqui:



Porém, também a Samsung decidiu dar continuidade à campanha, contando-nos a história de uma avestruz que, após usar uns óculos "Geral VR" da marca, ganha coragem e prática suficientes para conseguir concretizar o seu sonho de voar, capacidade que é fisicamente impossível para estes animais. No final deste clipe, a Samsung diz-nos "We make what can't be made. So you can do what can't be done. #DoWhatYouCant". É importante notar que, na descrição do vídeo, a marca deixa-nos uma mensagem adicional, que a coneta ainda mais à mensagem de que o impossível não existe: "O que acontece se recusares dar ouvidos ao que 'não pode ser feito'? A Samsung acredita que a única forma de atingir o impossível é recusando que alguma coisa o é."


Este vídeo foi publicado somente há 2 dias e está a fazer um enorme sucesso na internet, tendo já perto de 2,6 milhões de visualizações. O feedback dado pelo público nos comentários é bastante positivo, havendo quem diga que este é o melhor anúncio a que já assistiu, outros que afirmam que o vídeo é muito inspirador e há quem escreva, de forma entusiasmada, que a Samsung é a melhor.
Assim, conseguimos perceber que o facto de a Samsung ter usado uma estratégia de storytelling fez com que o produto que pretendem publicitar (os óculos de realidade virtual) se tornasse mais relevante para as pessoas, porque inspirou-as a se desafiarem, tendo-lhes sido mostrado como é que esta inovação tecnológica pode contribuir para uma vida melhor. E como o produto é apresentado de forma subtil e não invasiva, facilita-se o estreitamento da relação empresa-consumidor e desenvolve-se o envolvimento necessário para fomentar vendas de uma maneira indireta, subjetiva e muito mais emocional. Isto ao mesmo tempo em que a Samsung consegue atrair mais fãs e fidelizar melhor aqueles/as que já a seguiam, talvez numa tentativa de reduzir o escândalo associado à explosão de telemóveis da marca.

O que é que vocês acham desta publicidade? Parece-vos ser eficaz?


Fontes:
http://www.novaescolademarketing.com.br/marketing/o-que-e-storytelling/
http://tabonito.tv/samsung-realiza-o-sonho-de-uma-avestruz-que-nao-sabia-que-podia-voar

quinta-feira, 30 de março de 2017

O novo Jornalismo das redes sociais

Nos dias de hoje, o acesso à informação é cada vez maior e mais facilitado e as redes sociais têm vindo a ter um papel relevante na transmissão e propagação de notícias. No entanto, a pergunta que se coloca é: será que essa informação é fidedigna? Temos noção de quem são as fontes que fundamentam essas notícias?

Conforme o resultado de duas investigações, a maior parte das pessoas concentra-se mais no autor que publica links com notícias do que na veracidade do conteúdo que é publicado. A título de exemplo, se uma determinada figura pública posta no Facebook um link com uma determinada notícia, grande parte das pessoas não se preocupa em saber qual é a verdadeira fonte da informação e aceita a autenticidade da mesma. Esta noção vem reforçar novamente o poder que os influenciadores têm na mente dos indivíduos.

Aliado a isto, outro fator que influencia a opinião dos utilizadores é o número de partilhas que determinada publicação tem. Por vezes, interessa mais a popularidade da publicação do que a forma como a própria história está escrita.

Tendo em consideração estas noções, têm vindo a ser tomadas medidas para controlar a propagação de notícias falsas através das redes sociais. Por exemplo, o fenómeno do “ReTweet”, permite aos utilizadores do Twiter partilhar um post que determinada pessoa escreveu, mantendo os devidos créditos, isto é, o nome da pessoa responsável pelo texto original permanece em cada “ReTweet”. O Facebook trabalha em conjunto com equipas de verificação de factos e é responsável por colocar avisos em links de veracidade duvidosa. Por isso mesmo, na Alemanha, o Facebook tem vindo a estabelecer uma parceria com o “Correct!V”, permitindo que as notícias falsas sejam identificadas. Deste modo, casos deste género podem ser denunciados pelos utilizadores e estes são avisados caso queiram partilhar conteúdos deste tipo (http://www.jn.pt/artes/media/interior/facebook-ataca-noticias-falsas-saiba-o-que-fazer-para-as-evitar-5610832.HTML).
A título de curiosidade, há quem diga que Donald Trump ganhou as eleições devido a publicações falsas que surgiram no Facebook, que influenciavam as pessoas a votar no candidato. Mais ainda, as notícias falsas obtinham um maior número de visualizações que as verdadeiras. A maior parte dos americanos admite que era através do Facebook que se mantinham informados sobre as eleições presidenciais. Deixo-vos um link com exemplos de notícias falsas espalhadas pelas redes socias e que tiveram um grande impacto nos resultados que deram a vitória a Donald Trump: http://www.dn.pt/mundo/interior/noticias-falsas-vs-verdadeiras-no-facebook-quais-foram-as-mais-vistas-5517036.html.

Fontes:
https://www.publico.pt/2017/03/23/tecnologia/noticia/partilhas-e-fama-dos-utilizadores-nas-redes-sociais-validam-noticias-falsas-1766303
http://www.jn.pt/artes/media/interior/facebook-ataca-noticias-falsas-saiba-o-que-fazer-para-as-evitar-5610832.html
http://www.dn.pt/mundo/interior/noticias-falsas-vs-verdadeiras-no-facebook-quais-foram-as-mais-vistas-5517036.html

terça-feira, 28 de março de 2017

Óscares – problemas magnificados no apogeu das redes sociais

Numa altura em que a rapidez da comunicação e transmissão de notícias são fatores sempre presentes,as marcas vêem-se submetidas a um escrutínio dificilmente evitável e facilmente magnificados.
Sem dúvida que o acontecimento da semana, na forma da gaffe que decorreu na atribuição de um dos Óscares mais cobiçados no mundo cinematográfico, é interessante do ponto de vista do impacto de erros com grande potencial para se tornarem virais.


É possível afirmar que, dado o contexto político atual, a indústria cinematográfica americana tem sido atacada e, em certos casos, apelidada de “sobrevalorizada”. Por isso mesmo, é também possível considerar que a pressão sobre a qual a Academia se sentia para providenciar uma noite de entretenimento e premiar os melhores do ramo sem qualquer erro seria, especialmente este ano, mais elevada do que em anos habituais – com a possível exceção do ano passado, que viu os Óscares associados à hashtag #Oscarssowhite, assim como os respetivos apelos a boicotes por parte de atores afro-americanos.

Obviamente, os planos para uma noite livre de erros foram pelo cano abaixo. Para além da quebra de audiências não prevista, causando o nono ano consecutivo de descida de audiências para uma das noites mais importantes de Hollywood (e uma das mais caras em termos de tempo de antena para anúncios), o grave erro na entrega do Óscar de melhor filme veio abalar a imagem da Academia.


No que toca à resposta das redes sociais, a noite foi de “sucesso”, com o erro a tornar-se viral e a conceder mais mediatismo e mais referências à cerimónia de entregas, nomeadamente as reações dos presentes ao desenrolar da situação. Embora a gaffe se tenha revelado um momento de leviandade numa cerimónia que tem tido dificuldade em manter-se relevante num mundo em que uma entrega de prémios de 4h se consegue tornar algo maçadora, as consequências deste momento serão tudo menos levianas.

Em primeiro lugar, há que notar o facto de o erro ter colocado a Academia, enquanto organizadora do evento, na posição embaraçosa de retirar o prémio à equipa produtora do La La Land (que tomou um posição extremamente humilde, honesta e magnânime, na minha opinião) e o entregar aos verdadeiros vencedores, a equipa do Moonlight. A equipa do La La Land teve tempo de dar alguns discursos de agradecimento (que se vieram a revelar sem motivo) e a equipa de Moonlight viu-se com tempo reduzido para fazer o mesmo.

Em segundo lugar, há que falar de quem sairá verdadeiramente prejudicado em consequência deste sério erro, a PwC. A PwC não só estragou, se calhar definitivamente, uma relação com mais de 80 anos com a Academia, mas também sofreu um duro golpe de relações públicas, graças à rápida divulgação online.

No caos que se seguiu, e das informações que foram sendo divulgadas, o erro terá partido dos representantes da PwC (Brian Cullinan e Martha Ruiz) que terão entregue a cópia do envelope para o prémio de melhor atriz, que depois foi entregue a Faye Dunaway e Warren Beatty, sendo que parte do erro também terá estado no design do próprio cartão que terá facilitado a confusão por parte do atores quando se encontravam a ler o cartão. Para além disso, testemunhos de produtores indicam que, embora parte do trabalho dos representantes da PwC seja decorar os nomes de todos os vencedores e interromper os apresentadores imediatamente se for anunciado algum vencedor errado, tal não aconteceu, o que possibilitou os discursos de agradecimento da equipa do La La Land.

O erro dos representantes da PwC é agravado pelo facto de, graças às entrevistas dadas nos dias anteriores a discutir o processo de contagem dos votos e determinação dos resultados, as suas identidades serem conhecidas, facilitando a descoberta dos seus perfis em redes sociais. Tal descoberta levou a que fosse encontrado um tweet de Brian Cullinan com uma fotografia de Emma Stone nos bastidores após a sua vitória como melhor atriz – o prémio entregue imediatamente antes do Óscar de Melhor Filme, algo que lhe terá sido dito explicitamente para não fazer.

Dadas as consequências deste grave erro, é apenas natural que a Academia reconsidere a relação que mantém com a PwC, tendo já começado por banir os dois representantes da mesma. Da parte da PwC, embora tenham já assumido publicamente responsabilidade pelo erro, a internet nunca esquece este tipo de momentos (por mais icónicos que se venham a revelar) e este erro estava submetido, literal e figurativamente, a um especial holofote de atenção, estando ainda por averiguar a totalidade do impacto que terá na reputação da empresa.

Fontes:

segunda-feira, 27 de março de 2017

The power of Social Media

Como mencionou Amy Jo Martin, “Social media is the ultimate equalizer. It gives a voice and a platform to anyone willing to engage."
O Social Media Marketing pode, neste sentido, ser definido como um processo de Marketing através de websites e aplicações como Facebook, Twitter, Youtube, etc., utilizando e tirando partido do lado mais social da internet. É capaz de conectar e interagir a um nível muito mais personalizado e dinâmico do que o Marketing tradicional.
Uma estratégia de Social Media Marketing pode ser algo tão simples como uma empresa ter uma conta no Twitter e um blogue e adicionar hashtags como "Tweet This" no final dos artigos. Pode também ser algo mais complexo como ter uma campanha que envolva blogs, integração de redes sociais, social networking e vídeos virais através do Youtube.

Concretamente, é possível subdividir o scope do social media em duas vertentes: as redes horizontais e as redes verticais.

As redes horizontais estão centradas apenas em conectar pessoas, ou seja, consiste em estar presente numa rede onde tem amigos e exibir para outros essa mesma rede de amigos. É o chamado efeito “bola de neve”. Estas redes são um pouco de tudo numa só rede, cada utilizador partilha para todos e todos partilham com todos no mesmo local. Dividem gostos e opiniões sobre diversos assuntos e o seu  objetivo redes é crescer o máximo em todo o mundo.

Exemplos: Facebook, Twitter, LinkedIn

No caso das redes verticais, estas estão centradas num nicho de mercado. Os utilizadores ligam-se com a finalidade de debater um determinado assunto ou tema de interesse comum. Partilham interesses, gostos, opiniões pelo tema em comum pelo qual têm uma certa “paixão”. Diz-se rede vertical porque todos os utilizadores estão interessados no tema central da comunidade em questão, ao contrário das redes generalistas ou horizontais que apenas visam o registo de utilizadores em massa seja qual for o seu interesse.

Exemplos: TripAdvisor, Behance, Doximity


Para selecionar a rede social que melhor se adequa aos objetivos da empresa, é obrigatório obter resposta para as seguintes questões. Isto, é antes de selecionar the right social media, é necessário garantir que as seguintes perguntas têm uma resposta definida.
ü  Quais são os nossos objetivos ao integrar aquela rede?
ü  Qual o nosso público alvo? Existe na rede que ponderamos?
ü  Temos meios, tempo e recursos para produzir conteúdo periódico para a rede em causa?
ü  Faz sentido para o negócio?
ü  Qual é o meu orçamento?
ü  Temos um plano de Marketing Digital e Comunicação definido?
ü  Que métricas vamos utilizar para medir o nosso sucesso? (alcance, envolvimento, aquisição)
ü  Comunicamos para B2B ou B2C?

Por fim, todas as estratégias devem ser mensuráveis e por isso controláveis. No caso do social media, para medir os resultados de uma campanha de social media (Social Media ROI), devem ser tidos em conta os seguintes indicadores:

ü  Alcance: quantos mais fãs, seguidores, membros, etc., existirem em cada plataforma maior será o ROI para uma campanha ou promoção.
ü  Tráfego: levar visitas até ao website corporativo ou outro URL onde as conversões aconteçam é um dos principais objetivos de qualquer plano de Social Media.
ü  Leads: rácio de leads que provém de cada referência (site, blogue, outras plataformas de social media).
ü  Taxa de conversão: medir número de leads provenientes do social media que se converteram em clientes.
ü  Visitantes recorrentes: medir a percentagem de visitantes por rede social indica o que está a resultar e o que não está.



Fontes:

domingo, 26 de março de 2017

Adidas: "Digital engagement is key for us"


A Adidas, uma das empresas mais cotadas no que a artigos desportivos diz respeito, está a passar por grandes mudanças.
A prestigiada fabricante alemã apresentou, durante o ano de 2016, o seu novo CEO, Kasper Rorsted, que estava desde 2008 à frente da Henkel, tendo sucedido Herbert Hainer que esteve na liderança da gigante alemã durante os últimos 15 anos. No início do mês de Março de 2017, após a apresentação dos resultados financeiros, nos quais a Adidas revelou ter fechado o ano com lucros recorde de 1.019 milhões de euros, uma subida de cerca de 40% em relação ao ano transato, Kasper aproveitou para divulgar as estimativas de resultados para os próximos anos e, com isso, o novo rumo que a empresa pretende levar: “It’s clear that the younger consumer engages with us predominately over the mobile device. Digital engagement is key for us; you don’t see any TV advertising anymore. All of our engagement with the consumer is through digital media and we believe in the next three years we can take our online business from approximately €1bn to €4bn and create a much more direct engagement with consumers.”

O novo CEO da Adidas ficou conhecido no mundo dos negócios por ter impulsionado as vendas da Henkel através dos meios digitais, sendo que pretende fazer o mesmo na multinacional desportiva, com o objetivo de quadruplicar a faturação anual através do comércio eletrónico. A marca acredita que os meios tradicionais (TV) já não cativam o interesse dos consumidores, passando a focar-se a 100% nos meios digitais de forma a alcançar mais rapidamente os millenials. Para tal, a marca pretende abdicar de todo o marketing televisivo e dedicar-se exclusivamente às campanhas digitais, com o objetivo de impulsionar as vendas, principalmente no segmento feminino, tendo para tal, anunciado um grupo de 25 personalidades, tais como a ex-tenista Ana Ivanovic, ou a famosa personal trainer  Zanna van Djik.

Após esta afirmação de Kasper, foram muitas as vozes de apoio, mas também muitas as de desacordo, considerando que uma empresa como a Adidas não se pode afastar totalmente de um determinado tipo de marketing e, como tal, apresentam os seguintes argumentos:
- Apesar de haver um crescimento e uma clara tendência para toda a publicidade ser feita por via digital, a TV ainda detém um alcance superior para os mais jovens em relação à que é feita através das redes sociais;
- Ainda que a TV já tivesse sido ultrapassada, um dos principais princípios do bom marketing passa por ter “media neutrality” e, como tal, ter uma mente aberta, nunca tendo uma preferência específica e rejeitar outra por completo;
- Optar por “media neutrality” permite às empresas entender o momento e analisar o que será melhor em determinada altura e, consoante isso, ajustar as suas próprias estratégias.

Queria apenas referir que concordo e revejo-me nas declarações de Kasper, considerando-as normais e completamente ajustadas à realidade em que vivemos, sendo que tudo o resto é meramente especulativo. Penso que objetivo principal desta afirmação é apenas passar a mensagem de que a empresa em questão tem uma ideia clara do rumo que quer seguir no que ao marketing diz respeito e este está claramente direcionado para o digital, sendo que a aposta nos anúncios televisivos não serão o target principal da Adidas.


Desta forma, lanço-vos a questão: Se, futuramente, a Adidas pretender lançar um anúncio na TV, as posições tomadas no passado serão recordadas, ou todas estas serão esquecidas e, consequentemente, bem aceites pelo público?

Conhecimento e aprendizagem online

As principais fontes de informação evoluíram ao mesmo nível que a internet. Deixamos de consultar enciclopédias impressas para consultar a Wikipédia – a enciclopédia digital que rivaliza com a Encyclopedia Britannica em termos de incorreções. Passamos também a confiar na obtenção de respostas rápidas através do Google.No entanto, existem agora novas formas não só de consultar a informação, como também de aprender e adquirir novas skills, que se irão aqui tentar analisar. É de distinguir que tanto existem plataformas pagas, como também existem plataformas gratuitas.

Code.org


Uma organização sem fundos lucrativos criada pelos irmãos Hadi e Ali Partovi que tem como objetivo encorajar e ensinar, principalmente a estudantes dos EUA, programação e ciências da computação, de forma gratuita.
A plataforma angariou o apoio de várias personalidades do setor tecnológico, entre os quais Mark Zuckerberg e Bill Gates. Numa fase inicial, os irmãos conseguiram angariar cerca de 10 milhões de dólares para a fundação, oriundos de várias empresas tecnológicas e respetivos fundadores.
Através da sua plataforma, a organização pretende tornar a aprendizagem um processo mais divertido para jovens estudantes, através da gamification do processo de aprendizagem com recurso a elementos familiares aos utilizados – como Minecraft ou a Disney.
De igual modo, a organização também ambiciona ajudar a mudar currículos escolares, fazendo lobbying para a inserção de programação e ciências da computação no programa curricular de escolas nos Estados Unidos.

Code Academy


A Code Academy é uma plataforma online interativa que permite ao utilizador aprender até 12 linguagens de programação diferentes, servindo utilizadores de todo o mundo. A plataforma foi fundada por Zach Sims e Ryan Bubinski em 2011, tendo já passado por várias fases de financiamento por parte de investidores e contava, em Janeiro de 2016, com 25 milhões de utilizadores ativos.

O processo de aprendizagem tem um formato estruturado de forma a que o utilizador vá dando passos pequenos, aprendendo a base dos conhecimentos e começando a caminhar para processos mais complicados.

Coursera
   
É uma empresa tecnológica e educacional fundada em 2012 por dois professores de Stanford – Andrew Ng e Daphne Koller – tendo angariado mais de milhões de dólares de investidores.
A empresa trabalha com universidades e organizações de todo o mundo com vista a oferecer aos utilizadores cursos online, leccionados por professores universitários através de aulas e palestras em formato vídeo e avaliados através de testes e trabalhos online.
A plataforma conta, desde fevereiro de 2017, com 24 milhões de utilizadores, oferecendo cursos e especializações em várias áreas de interesse, desde ciências sociais a biologia, passando por línguas, artes e muitas outras áreas.  É de salientar que, embora os cursos sejam gratuitos, é de salientar que as especializações e os certificados são pagos, permitindo à plataforma uma fonte extra de receita. Além disso a plataforma também conta com programas como “Coursera for Business” e “Coursera for Governments & Nonprofits”, aumentando o nº de potenciais fontes de receita através de parcerias e serviços a instituições.
Khan Academy

É uma organização educacional sem fins lucrativos criada em 2006 por Salman Khan que tem como objetivo fornecer um sítio acessível para as pessoas obterem educação.

O website tem como objetivo fornecer um complemento aos vídeos publicados no YouTube, incluindo exercícios e ferramentas de aprendizagem, material esse acessível também através do meio mobile e de aplicações. Os vídeos no YouTube abrangem diversas áreas, como matemática e história do mundo e o conteúdo criado está disponível em cerca de 36 línguas.
Duolingo

O Duolingo é uma plataforma gratuita que leva a gamification da aprendizagem de línguas a outro nível. Disponível também em modo mobile, e com mais de 150 milhões de utilizadores registados, foi criada pelo professor da Carnegie Mellon University Luis von Ahn e o seu aluno Severin Hacker, tendo, desde a sua criação em 2009, angariado mais de 65 milhões de dólares em financiamento, 45 dos quais oriundos da Google Capital.
Na plataforma, o utilizador é gradualmente desafiado a completar desafios linguísticos. À semelhança do processo normal de aprendizagem, o utilizador começa com pequenas palavras, conjunções, avançando a partir daí para tradução de frases inteiras e cada vez mais complexas.
No entanto, a componente de gamification torna todo o processo de aprendizagem mais entusiasmante, dando tempos limite ao utilizador para responder às 20 perguntas de cada nível, dando-lhe 3 vezes por cada nível a que se propõe testar, dando-lhe moedas para adquirir vidas extra ou mais pontos e mais experience points (XP) dependendo de quantas respostas certas dá.
Quora

Fundada em 2009 por dois ex-funcionários e investidores do Facebook, Adam D’Angelo e Charlie Cheever.
 

A plataforma funciona no formato de Q & A, perguntas e respostas, respondidas pelos utilizados, cujo nome real é requerido para uso do site, em vez de um pseudónimo, com vista a conceder credibilidade às respostas fornecidas, ainda que seja possível dar respostas anónimas.
O objetivo da plataforma é a partilha de conhecimento entre os mais de 100 milhões de utilizadores e conta com respostas dadas por figuras como Barack Obama, Bill Gates, Hillary Clinton, Jimmy Wales, entre outros, apresentando-se como um fórum focado na partilha de conhecimento baseado no respeito mútuo.
Deste modo, é possível concluir que a partilha de conhecimento têm vindo, acompanhado pelo maior acesso a conteúdo educacional e de aprendizagem de cada vez maior qualidade.

Obama e a "sua" nova música

Olá a todos,
A recente musica de Ed Sheeran "Shape of you" tornou-se completamente líder mundial nestas ultimas semanas. Ultrapassou Drake, com "One Dance" e Adele com "Hello". Mas o que se tem tornado viral nestes dias, é a versão desta "Shape of you" cantada pelo antigo presidente dos EUA, Obama.

Aqui deixo o video para se rirem um bocadinho:
https://www.youtube.com/watch?v=j-FTObm5LaM

Os níveis de popularidade do ex-presidente ainda estão tão em alta, que é natural que a Internet ainda esteja apaixonada por este. Foi o Maestro Zukos que teve esta brilhante ideia, utilizando vários episódios de discursos feitos por Obama e fez uma montagem. Anteriormente, isto já tinha acontecido, com uma versão de "All I want for Christmas" no natal, também com o grande sucesso de Justin Bieber "Sorry":
https://www.youtube.com/watch?v=G16W02ET2vY

É impressionante o que a Internet pode fazer, e como tudo tão rápido se espalha pelas pessoas. Estes vídeos têm milhões de visualizações, e foram conseguidas em muito poucos dias! Agora, a questão é: Será que este sucesso teria sido conseguido se, em vez de Obama, fosse uma pessoa "normal"? Teria sido viral como foi? Acho que não... Aliás, foi dito que, se esta montagem tivesse sido feita com o recente presidente, Trump, que não teria tanto impacto. Mais uma vez estamos perante um caso de uso de pessoas influenciadoras e que têm um grande destaque nas nossas vidas. O Youtube só ganha com isto, mas também as pessoas que criaram os vídeos. Qual será a próxima musica que este mitico presidente vai "cantar" desta vez?


Links usados: 
http://www.videos-rir.com/montagem-de-barack-obama-a-cantar-shape-of-you-torna-se-viral/ 

sábado, 25 de março de 2017

Corpos Danone lança passatempo "Não me leves a mal"

Já vos falei anteriormente, neste blog, acerca da iniciativa desenvolvida pela Corpos Danone, a propósito do Dia Internacional da Mulher, que consistia em gravar o primeiro videoclipe live português com uma letra adaptada ao dia. A marca aproveitou o final desse vídeo para revelar a imagem da edição limitada de iogurtes líquidos, que tinha sido votada pelos/as consumidores/as em fevereiro do presente ano, no decorrer de um passatempo lançado pela Corpos Danone. Não sei se tiveram oportunidade de assistir ao vídeo, mas aproveito para o deixar aqui.
Agora, a marca decidiu lançar um novo desafio aos/às seus/suas consumidores/as. No passatempo "Não me leves a mal", toda a gente é convidada a gravar-se a cantar a música dos HMB com o mesmo nome que o desafio e a partilhar o vídeo nas suas redes sociais com a hashtag #PorqueMeAmo. As 15 pessoas que gravarem os vídeos mais originais até às 23h59 do dia 27 de março ganharão um bilhete duplo para um concerto dos HMB e cinco vales de compra de produtos Corpos Danone, no valor de 1€ cada.


O regulamento, a letra e a canção estão disponíveis aqui.
Os/As vencedores/as serão anunciados no dia 4 de abril na página de Facebook e de Instagram da marca.

Assim, mais uma vez, a Corpos Danone usa estratégias de Marketing atuais, inseridas no novo paradigma de comunicação, sendo que aproveita as vantagens de relacionamento e interação com os/as consumidores/as que a internet oferece e que, ao mesmo tempo, aposta em meios offline (televisão, eventos...). Recorrendo a um blended marketing, a Corpos Danone consegue chegar a mais pessoas, de forma mais eficaz, não se limitando a ser apenas mais uma marca que vende produtos indiferenciados. Pelo contrário, demonstra preocupar-se em acompanhar o mercado, tanto que, como já foi referido, aproveita para incluir os/as seus/suas consumidores até nos próprios invólucros das garrafas, que contêm frases escritas pelo público.
Parece-me que, com este passatempo, a Corpos Danone pretende consolidar o trabalho que foi feito para o Dia Internacional da Mulher de 2017, já que, ao desafiar o público a cantar a música, faz-nos entender que aquela canção e aquele evento não serviram somente para aquela data e que, agora que já passou o dia, podem ser esquecidos. A "Não me leves a mal" não só não pode ser descartada, como se tornou numa espécie de hino da marca, porque transmite uma boa vibe e um sentimento de valorização pessoal a que a marca, certamente, quer ser associada, para se destacar da sua concorrência direta.

quinta-feira, 23 de março de 2017

A revelação do segredo

Caros colegas que pararam para ler este post porque o título vos pareceu apelativo ou até revelador, informo-vos que o título não serviu mais do que para vos fazer mostrar o que é o clickbait – o verdadeiro tema deste post.

E questionam alguns de vocês: o que é o clickbait? E eu respondo, o clickbait é isso mesmo uma caça ao clique. Como é de conhecimento geral, o paradigma da comunicação está a mudar e já (quase) ninguém compra revistas/jornais quando horas/dias antes (ou até depois) teve acesso exatamente à mesma informação, isto levou a que a imprensa tenha procurado novas formas de sobreviver: a publicidade nas próprias plataformas online é uma delas. Assim, uma vez que captam mais investimentos publicitários as plataformas que caçarem mais clique, nada melhor do que títulos enganadores que provocam curiosidade no consumidor para conquistar cliques.

Entenda-se que não estou a discutir a pertinência de um título original e apelativo, que até levante alguma curiosidade, esta reflexão prende-se com títulos enganadores que nos levam a acreditar que a notícia é sobre uma temática, ou que até irá ser feita alguma revelação, e afinal não.
Desengane-se quem acha que este truque é exclusivo da imprensa cor-de-rosa, mais ou menos vezes todos os meios de comunicação o fazem. A verdade é que se pensarmos bem, manchetes sensacionalistas sempre existiram e várias são as publicações com longa presença no nosso mercado que são conhecidas por isto mesmo (no digital ou no papel), a diferença, acredito eu, é que hoje em dia somos inundados com títulos deste género a cada instante (basta estarmos online).

A verdade é que se refletirmos já todos nós nos sentimos enganados e irritados com um qualquer meio de comunicação. Contudo, atualmente boa parte das vezes que lemos um título mais sensacionalista temos já desenvolvida, ainda que inconscientemente, a capacidade de perceber se se trata de um “isco” ou não, e até conseguimos identificar quais são as plataformas que mais vezes recorrem a este truque.
Assim se em 2014, quando o The Onion lançou o ClickHole, que explora e crítica o clickbait, este era um tema muito em voga, hoje, em pleno 2017, acredito que este seja um tópico ainda mais relevante e cada vez mais presente no nosso dia-a-dia, e nada melhor do que uma passagem de 2 minutos pelo Facebook para nos depararmos com exemplos disto mesmo. Neste sentido, surgiu também em Portugal uma página de Facebook, a Anti Clickbait Portugal, que satiriza este tipo de manchetes.

Para concluir, ainda que muitas vezes inconscientemente, acredito que atualmente grande parte dos consumidores (talvez com destaque para os millennials e a geração Z) estejam a combater o clickbait mais enganador e, presumivelmente, a imprensa terá de arranjar novas formas de atrair leitores para as suas páginas.

A ultrapassar previsões: "2017 This is what happens in an Internet Minute"

Na aula de hoje a professora apresentou este infográfico que mostra a previsão do crescimento médio do que aconteceria em 60 segundos na internet entre 2010 e 2020.


No entanto quando navegava no Linkedin encontrei o infográfico abaixo, referente ao ano de 2017, que demonstra o que acontece em 60 segundos na internet atualmente. Quando comparado esta base de 2017 com a previsão de crescimento apresentada na aula podemos verificar que os valores cresceram muito mais do que estava previsto, por exemplo: Segundo o infográfico da aula era previsto que entre o ano de 2010-2020 em média em 60 segundos fossem publicados 98.000 tweets, no entanto no infográfico de 2017 podemos verificar que atualmente são publicados cerca de 452.000 tweets, um valor 4 vezes superior à média prevista! O mesmo acontece com as mensagens enviadas que no gráfico da aula apresenta o valor de 11 milhões de mensagens envidas e no entanto atualmente são já enviadas 16 milhões em 60 segundos.


De facto o número de horas que as pessoas passam na internet tem aumentado a olhos vistos, o que vai de encontro à crescente aposta das empresas no marketing digital, com novas e variadas formas de chegar a todo o tipo de consumidores.

Este panorama leva-nos a outra reflexão intimamente ligada que tem a ver com a capacidade das empresas em fornecer aos consumidores acessos à internet cada vez mais rápidos e de melhor qualidade e paralelamente a isto, a própria gestão dos dados das plataformas aproveitando toda a informação que daí advém para chegar aos consumidores de uma forma mais eficaz.

Kelly LeBoeuf diretora de marketing e produto da Excelacom refere que:
Big Data is everywhere and it is inevitable. It ranges from suggesting what movie to watch on Netflix to predicating national tragedies. Whether you realize it or not, as consumers, Big Data surrounds us everywhere, ultimately influencing decisions that we make every day. For instance, when shopping on Amazon, products are recommended to us based on our shopping patterns. It's no coincidence; Big Data is behind the scenes, personalizing each of our shopping experiences.

A internet é assim uma grande e crescente oportunidade para a comunicação das empresas. Na generalidade os consumidores vão ver as suas necessidades rapidamente correspondidas ficando mais satisfeitos, tornando-se leais às marcas que conseguem de uma forma particular chegar às preferências de cada consumidor.

O mundo tem se tornado cada vez mais abrangente e pensar que em apenas 1 minuto tudo isto acontece é de facto fascinante!

Como sugestão do Mário Santos, em comentário abaixo, ao qual agradeço o excelente contributo, deixo este link http://www.internetlivestats.com/ onde podem ver em direto o constante crescimento das variáveis acima apresentadas, assim como o número de computadores, smartphones e tablets vendidos por dia.

Referências:
Slide das aulas