domingo, 2 de junho de 2024

Josefinas, uma marca portuguesa de calçado de luxo para mulheres


Josefinas, uma marca portuguesa de calçado de luxo para mulheres

Como já estudámos nas nossas aulas, nos últimos anos, as narrativas publicitárias tornaram-se cada vez mais importantes. Enfrentando um ambiente de concorrência intensa e sobrecarga comunicacional, as marcas precisaram reinventar suas estratégias de comunicação, e as histórias tornaram-se protagonistas, principalmente no ambiente digital.

Gostaria de vos trazer o caso da marca Josefinas. Josefinas é uma marca portuguesa de calçado de luxo para mulheres, que celebra a elegância dos sapatos rasos como símbolo de empoderamento feminino. Meticulosamente produzidos à mão por artesãos portugueses, os seus produtos incluem sapatos, malas, botas e acessórios, mantendo um compromisso com a qualidade e a singularidade. Além da sua excelência artesanal, a marca destaca-se pelo seu envolvimento em causas sociais, como o apoio às vítimas de violência doméstica e o incentivo à educação. Com uma forte presença online e internacional, a marca Josefinas combina moda, sustentabilidade e a responsabilidade social está no seu DNA empresarial.

Ao estudar a marca Josefinas, percebemos que esta aborda a nova a forma de aplicar o storytelling no marketing, que é utilizá-lo para ampliar produtos. A cada novo produto, a marca apresenta uma história que não só explica a inspiração do produto, mas também comunica valores, estilo de vida, emoções e inspira.

A originalidade da marca em ir além da publicidade na utilização de narrativas, aplicando-a para adicionar camadas de significado aos seus produtos, que se refletem na imagem da marca.

Espreitem o site https://josefinas.com/pt


O Instagram: https://www.instagram.com/josefinasportugal/

O blogue: https://josefinas.com/pt/blog

Alguns exemplos de presença on-line onde a forte presença da identidade da marca é percebida e o storytelling a cada produto é evidente. 

É ter muito orgulho numa marca portuguesa! Eu pelo menos tenho!

Com uma presença online forte e uma base de clientes global, a marca continua a crescer e a inspirar mulheres em todo o mundo, não apenas através de seus produtos, mas também por meio de suas ações e compromissos sociais. A história da Josefinas é uma história de sucesso empresarial e impacto social positivo, impulsionada pela paixão, pela criatividade e pela determinação das suas fundadoras.


REFERÊNCIAS:

Dias, L., & Dias, P. (2018). Beyond Advertising Narratives: “Josefinas” and their storytelling products. Anàlisi. https://doi.org/10.5565/REV/ANALISI.3118.

História e Valores | Josefinas Portugal. (n.d.). Josefinas.com. https://josefinas.com/pt/historia-valores

Schneider, T., & Pereira, L. P. (2018). Storytelling e Identidade de Marca: estudo de caso da marca portuguesa Josefinas. ModaPalavra e-periódico, 11(22), 363-380.

Swee: a marca de gelados que conquistou as redes sociais


A Swee, uma marca portuguesa de gelados vegan, foi cofundada por dois jovens empreendedores, incluindo um ex-concorrente do programa Fator X. A jovialidade e paixão pela marca são evidente na energia e criatividade que transmitem aos seus seguidores. A Swee começou com uma visão clara: oferecer uma alternativa saborosa e sustentável aos gelados tradicionais, usando apenas ingredientes vegetais. Este foco permitiu-lhes não só apelar a vegans, mas também a consumidores que procuram opções mais saudáveis ou ambientalmente conscientes.

A Swee tem uma abordagem vibrante e envolvente no Instagram (@swee.portugal) e no TikTok (@swee.portugal), onde partilha uma mistura de conteúdo que inclui vídeos dinâmicos, imagens de produtos e interações com seguidores.

Estratégias de Engagement

Nas redes sociais Instagram e TikTok, a Swee aproveita o formato breve e visual dos vídeos para criar clips que são tanto informativos quanto divertidos. Eles usam tendências de música e desafios virais para manter o conteúdo relevante e compartilhável, o que é essencial para o crescimento orgânico na plataforma. Os posts são frequentemente acompanhados de legendas que incentivam a interação, como perguntas e calls to action.

Um dos muitos exemplos do conteúdo divertido e engaging foi campanha para chamar a atenção do Lidl Portugal para a marca, de modo a venderem Swee nos seus supermercados. Quando finalmente conseguiram tração suficiente para obter uma resposta, foi assim que a Swee contou aos seus seguidores: Reel da Swee sobre o Lidl.

Os posts estão cheios de comentários a louvar a criatividade, a persistência e a energia dos seus fundadores:



Além disso, recorrem frequentemente às lives, onde a Swee conversa diretamente com os seguidores e responde a questões, que vão desde o processo de fabrico dos produtos, à estratégia de negócio. Também pedem frequentemente ideias para novos sabores. Esta abordagem não só fortalece a fidelidade e a confiança da marca, mas também cria uma cultura de inovação e co-criação com o público.

A estratégia de marketing digital da Swee é um exemplo de como as marcas podem efetivamente utilizar as redes sociais para não apenas vender, mas criar uma imagem de marca forte e conectada com seu público. À medida que a Swee continua a crescer e evoluir, vai ser engraçado ver como esta estratégia vai mudar e adaptar-se ao crescente sucesso do negócio.

Vocês já conheciam a marca? Já experimentaram algum dos gelados vegan da Swee? Contem-me tudo nos comentários!

Fontes: 
  • https://www.instagram.com/swee.portugal/
  • https://www.tiktok.com/@swee.portugal

As marcas e o recurso crescente aos micro influenciadores

Possivelmente já notaram que são cada vez mais as marcas que recorrem a influenciadores de forma a promoverem os seus produtos ou serviços. Esta prática denomina-se de marketing de influência e envolve uma remuneração da marca ao influenciador.

A Nívea, por exemplo, é uma marca que tem vindo a apostar na promoção dos seus produtos através de redes sociais e por recurso a influenciadores. Deixo-vos dois exemplos:


De acordo com o relatório The State of Influencer Marketing 2024 prevê-se que a indústria do marketing de influência atinja os 24 biliões de dólares até ao final de 2024. O relatório refere ainda que existe uma forte tendência para que as marcas recorram a nano e a micro influenciadores. 

E porque recorrer a nano ou micro influenciadores quando podemos atingir multidões muito maiores com recurso a macro ou mega influenciadores?

Em primeiro lugar porque nano ou micro influenciadores são muito menos dispendiosos do que os macro ou mega influenciadores, o que permite que a marca adquira posts em vários micro influenciadores. Em segundo lugar porque os seguidores sao mais específicos e atentos as publicações dos micro influenciadores. E ainda porque como são menos profissionais, o seu conteúdo é percebido como mais autêntico.

A utilização de mega ou macro influenciadores pode ser positiva na consciencialização sobre a marca, no entanto, os micro influenciadores parecem ser mais eficientes na sua função de “influência “.

E vocês, o que acham que pode ser mais vantajoso para as marcas? Qual seria a melhor abordagem?

Elf Cosmetics patrocinou a corrida em 2024 no circuito de Indianapolis Motor Speedway

 As marcas acompanham e patrocinam diversos atletas e equipas no mundo da competição, devido ao público de massas associado ao desporto. Os desportos motorizados não são exceção e, desde que me lembro, os carros e os fatos dos pilotos estão sempre cobertos de logotipos. Contudo, o patrocínio de marcas exclusivamente femininas neste tipo de desporto é praticamente inexistente.

Se pensarmos na F1, uma das categorias de competição mais popularizada dentro da modalidade motorizada, as marcas estampadas nos carros, que mais rapidamente nos surgem na memória são: Marlboro, John Player Special, Shell, DeLonghi, Rolex, etc. Nenhuma destas marcas é uma marca feminina. A estratégia das marcas focadas no público feminino não passava por se associar a este tipo de desportos, pois a percentagem de mulheres que assistia ou que afirmava assistir não era elevada. Mas, os ventos têm mudado e as escolhas das marcas também.

Não se pode negar a influência que as empresas de streaming tiveram na atração do público feminino para vários desportos, incluindo os motorizados. Em 2018, 28% dos espectadores de F1 eram mulheres, enquanto, em 2023, o valor era já de 37%. Além disso, não só mais mulheres têm acompanhado este mundo, como também mais mulheres têm vingado como pilotos. Inclusive, em 2023, surgiu a F1 Academy, uma competição semelhante à F1, mas apenas concorrida por pilotos femininas. Assim, podemos verificar que os hábitos de consumo e preferência do público feminino têm se direcionado também para este mundo do automobilismo e, por isso, as marcas deverão prestar atenção e diversificar as suas estratégias.

Foi isso que fez a E.L.F. Cosmetics uma marca, como diz o nome, de beleza e cosméticos fundada em 2004. Esta marca foi a primeira marca de beleza a patrocinar uma piloto da IndyCar Series, Katherine Legge. A Elf está a investir na piloto Legge, porque a considera uma influenciadora para o público feminino que assiste o desporto. O diretor de marketing da elf referiu que Katherine Legge é movida pela positividade, inclusão e acessibilidade. Vai para as corridas abrir caminho para futuras mulheres que queiram concorrer e está, assim, a moldar a futura cultura das corridas.

A marca defende ainda que quer ver mulheres no comando, seja isso numa sala de reunião, pistas de corrida ou nas bancadas a assistir. E que a inclusão das mulheres no mundo das corridas deve ser bem acolhida, pois são mais fãs a assistir, mais talentos para as equipas e sinónimo de mais patrocinadores.

A Elf conseguiu identificar uma tendência de consumo do seu público-alvo e aderiu sem preconceitos e receio a novas estratégias. Aliou-se a uma piloto de sucesso, apoiou o poder e talento feminino no desporto e captou, assim, a atenção do seu target. Não se limitou a patrocinar uma piloto como forma de chegar às fãs do desporto, mas foi mais longe e patrocinou uma corrida da IndyCar Series- circuito de Indianapolis Motor Speedway. Criou um género de pit stop com o tema de Elf Eyes Lips Face, onde estaria presente uma pit crew com artistas de “glow-up”, um Dj e merchandise de edição limitada.

Achei esta ideia extremamente criativa e fora da caixa, a comunidade feminina dentro e fora da pista está a ser empoderada e há que enaltecer a Elf pela sua estratégia pioneira e disruptiva. Conseguiu captar a atenção de uma rapariga fã deste desporto… eu… e acho que como eu muitas mulheres puderam não só ficar a conhecer a marca pelos ecrã, como também ficarem curiosas em experimentar os seus produtos.

O que acham desta estratégia de comunicação da Elf Cosmetics?

Fontes:

https://www.caranddriver.com/features/a60905415/makeup-brand-elfs-sponsorship-indy-500/
https://www.formula1.com/content/dam/fom-website/manual/Misc/GenderPay/F1GenderPayGapReport2022.pdf
https://www.formula1.com/content/dam/fom-website/manual/Misc/GenderPay/F1GenderPayGapReport2024.pdf
https://investor.elfbeauty.com/news-and-events/press-releases/landing-news/2024/04-09-2024

sexta-feira, 31 de maio de 2024

E-WOM: até onde e quão rapidamente chega o passa a palavra eletrónico?

Já aqui no blogue uma das publicações abordou o meteoro que passou pelos céus Portugueses a 18 de março. A publicação que hoje vos trago, aborda o mesmo tema de um prisma diferente.

As redes sociais transbordam de conteúdo gerado pelo utilizador (UGC) e eventos distintos, como é o caso da passagem do meteoro, tendem a propiciar a criação de conteúdo pelo utilizador.

Foram variados os vídeos e fotografias partilhados com a captura deste momento, entre os quais destaco o vídeo de uma jovem portuguesa de 19 anos: Mila Refacho.

O vídeo gravado e partilhado por esta jovem viralizou pelas redes sociais, tendo obtido milhões de visualizações. Inclusivamente, foi partilhado por Will Smith!

A internet teve, de facto, o enorme potencial de transformar a forma como passa a mensagem.  As suas características: ser global, descentralizada, massificada e interativa, impulsionam a forma de passar a mensagem, contribuindo para a sua instantaneidade!

Nesta situação, o conteúdo viralizou. A existência de uma conectividade instantânea, a interatividade e o compartilhamento e também a amplificação por influenciadores podem ter sido são fatores importantes para a rapidez na disseminação deste conteúdo.

O eWOM pode transformar mensagem locais em conteúdos supervirais e que percorrem todo o mundo, numa questão de horas.

O que acham desta rapidez e facilidade na circulação da informação produzida pelo utilizador? Será benéfico ou assustador?

Fontes:
https://sicnoticias.pt/pais/2024-05-22-o-video-viral-do-meteoro-gravado-por-uma-jovem-portuguesa--e-que-ate-will-smith-ja-partilhou--21b36b9b
https://www.publico.pt/2024/05/19/ciencia/noticia/bola-luz-atravessou-portugal-noite-2091012
https://www.novagente.pt/will-smith-deslumbrado-com-video-de-meteoro-em-portugal-incrivel
https://www.instagram.com/willsmith/reels/