quarta-feira, 12 de junho de 2019

Animal de estimação como sócio e com cartão de crédito

No sentido de aumentar o número de clientes ou somente de chamar a atenção na internet, essa semana 2 empresas resolveram inovar e utilizaram os animais de estimação para fomentar a estratégia.
Todos sabemos que cada vez mais as pessoas consideram os animais como parte da família, e agora para um clube da Argentina, eles também são torcedores com direito a uma identidade de sócio.


O Club Atlético Temperley, da segunda divisão, resolveu incluir os mascotes no seu plano sócio e com isso possibilidade de descontos em PetShops de Clinícas Veterinárias.

Por ser recente, ainda é difícil mensurar o sucesso, mas na primeira semana o time ganhou 30 "mascotes torcedor".

Outra empresa que resolveu fazer uma homenagem aos animais foi o banco digital C6 Bank, que permite que os clientes coloquem o nome de seus animais de estimação no cartão de crédito.
A empresa alega que a segurança do cartão está ligada a senha e não ao nome grafado no mesmo.
Sendo assim, muitos clientes do banco estão a colocar o nome dos cães e gatos no cartões.

Fonte:
https://esporte.uol.com.br/futebol/ultimas-noticias/2019/06/12/clube-argentino-abre-programa-de-socios-torcedores-para-caes-e-gatos.htm
https://exame.abril.com.br/pme/c6-bank-abre-corretora-em-nova-york-com-foco-em-clientes-de-peso/

domingo, 2 de junho de 2019

Como uma influenciadora com 2,5M falha no Instagram

Como é que uma influenciadora tentou vender 36 t-shirts e mesmo assim falhou?


O nome desta influenciadora é Arri e a sua conta é @arii e o seu objetivo era vender, no mínimo, 36 t-shirts para conseguir avançar com uma parceria com um produtor. Apesar do feedback que recebeu dos seus seguidores ter sido bom, a Arii não conseguiu vender 36 t-shirts a 2,600,000 dos seus seguidores. Se uma pessoa que é seguida por tantos utilizadores não é capaz de influenciar os outros, quem é?
A questão da "bolha" dos influenciadores levanta-se cada vez mais à medida que vemos pessoas com um grande número de seguidores, mas sem capacidade para influenciar quem quer que seja.
Poderia ser apenas mais uma influenciadora, mas a verdade é que estamos perante alguém que é paga pelas marcas para ser uma "embaixadora" da marca no uso dos seus produtos. Mas se não consegue vender os seus próprios produtos, conseguirá vender produtos de outros?

Fonte: 

Existirá uma fórmula para tornar viral um conteúdo digital?


O efeito viral de um determinado conteúdo digital é caracterizado pela velocidade e quantidade de partilhas que, à partida, não tem uma fórmula exata para acontecer. Há, porém, alguns formatos que têm mais probabilidades de se tornarem virais na internet, por exemplo, videos de humor ou clipes musicais. 

O marketing viral, por sua vez, veicula-se através das redes sociais para promover campanhas de sucesso no mundo da publicidade.

Além do alcance de um post, o engagement é uma métrica fundamental para avaliar os verdadeiros ganhos para uma marca. Isso significa que, além da quantidade de visualizações é importante mensurar as interações e envolvimento com o conteúdo que só são possíveis se houver um bom planeamento que consiga envolver os consumidores para além das visualizações.

A qualidade aliada ao posicionamento da empresa deve estar alinhada aos objetivos da campanha, para que o público associe o conteúdo à marca.

Não existindo uma receita que se possa seguir à risca para a criação de um conteúdo digital viral, no livro best-seller “Contágio” lançado em 2014, um dos mais importantes nomes do marketing,o  professor Jonah Berger explica alguns ingredientes para criar um efeito viral.

  •  Emoção – Existem dois motivos pelos quais as pessoas podem partilhar conteúdos. É ser simultaneamente útil e interessante. Em ambos os casos, a emoção é fulcral para que o conteúdo de um post tenha mais hipótese de se tornar viral. A informação, por si só, não faz com que as pessoas partilhem conteúdos. É preciso criar um vínculo emocional que as envolva.
  • Público - pessoas tendem a “imitar” as outras nas atitudes. Desta forma, quanto mais partihado e visualizado for o post, maiores são as hipóteses do seu conteúdo viralizar na internet.
  • Valor Prático - no marketing de conteúdo, as informações relevantes são essenciais para criar um vínculo e um valor prático para que as pessoas o partilhem
  • História – É a narrativa do conteúdo. As pessoas não partilham apenas informações, elas partilham histórias com valores que fazem sentido para elas. Uma boa estratégia é utilizar a técnica Storytelling para falar sobre um produto ou serviço que se deseja que se torne viral, ou seja, criar um verdadeiro Cavalo de Tróia  com a informação que se deseja passar, onde a emoção, o público e os valores práticos estejam diretamente ligados a narrativa.


A titulo de exemplo, onde todos estes ingredientes estão presentes, recomendo uma revisita e visualização de um dos vídeos que se tornou mundialmente viral  e que, aliás, foi divulgado numa das aulas Webmarketing pela professora Teresa quando se falava sobre esta temática.

Fontes: 

https://www.youtube.com/watch?v=owGykVbfgUE
http://ensina.rtp.pt/artigo/mkt-viral/
https://jonahberger.com/how-to-make-your-content-go-viral/

Social Media Hackaton 2019

Dia 28 e 29 deste mês decorrerá o Social Media Hackaton, na Casa das Artes de Vila Nova de Famalicão.

É a primeira edição de um evento que irá reunir mais de 20 profissionais de marketing digital de Portugal e de algumas das maiores empresas. A novidade será ter "influenciadoras" a participar neste tipo de eventos: Helena Coelho que colabora com a Sephora e Vanessa Martins que colabora com a Nivea. 
Outros profissionais da área serão Márcio Miranda da Delta Q, Marta Kadosh da Salsa, Carolina Afonso da Konica Minolta, Ricardo Nunes da agência Mindshare, etc.
Temas como influencer marketing, content marketing, e-commerce e, obviamente, social media, estarão em cima da mesa para discussão. 

Este evento é da autoria da Swonkie em parceria com a Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão.
Será um excelente evento, pelo que aconselho a todos a estarem presentes! 
Qual o tópico que vos desperta mais interesse?

A polémica vende: o caso da Nike

Na celebração do 30º aniversário do seu slogan "Just do it", em setembro do ano passado, a Nike lançou uma campanha que gerou polémica nas redes sociais. Dela fazem parte vários atletas afroamericanos, como Odell Beckham Jr., Serena Williams e, claro, Colin Kaepernick.

A cara principal desta campanha foi Colin Kaepernick, um jogador de futebol americano que em 2016 protagonizou um episódio que deu muito que falar. Colin, em forma de protesto contra a violência policial sobre a população negra nos Estados Unidos, ajoelhou-se (em vez de o fazer de pé) durante o hino antes de um dos seus jogos. Colin referiu: "Não vou perfilar de pé e mostrar orgulho por uma bandeira e um país que oprimem os negros. Para mim isto é maior do que o futebol e seria egoísta da minha parte olhar para o lado". O gesto de Colin tornou-se um símbolo e vários jogadores protestaram da mesma forma noutros jogos. O Trump também entra na história de Colin e critica o gesto dos jogadores, o que gerou ainda mais manifestações.

Após a campanha, segundo o Record, "são várias as publicações onde se apela à destruição de objetos da marca norte-americana, por não estarem de acordo com a decisão da Nike em apoiar a luta que o jogador iniciou em 2016". As opiniões dividiram-se nas redes sociais, mas o buzz foi criado.




A Nike pronunciou-se: "a justiça social e outros atletas profissionais levantaram mereceu a nossa atenção e ação. (...) Nós abraçamos o papel e a responsabilidade de todos os envolvidos neste jogo de promover mudanças significativas e positivas nas nossas comunidades."

Uns dias após a campanha, como consta no vídeo, as vendas online da marca aumentaram 25%.

Algumas marcas tentam fugir destas polémicas, mas a Nike decide arriscar e agitar as redes sociais. De campanhas como estas, resultam opiniões positivas e (muito) negativas, no entanto, a Nike parece continuar a lucrar com estas provocações ao longo dos anos.

A Nike não cria polémicas, mas faz dinheiro delas!

https://www.record.pt/modalidades/nfl/detalhe/colin-kaepernick-da-cara-a-polemica-nova-campanha-da-nike

#FyreFraud

Se ainda não ouviram falar sobre o festival mais polémico dos últimos anos então esta é a grande oportunidade!

De forma muito resumida e com muito poucos spoilers, imaginem um festival numa ilha paradisíaca, recheado de modelos e celebridades, comida gourmet e luxuosas villas. Agora imaginem chegar ao evento e depararem-se com colchões encharcados, comida de avião, sem eletricidade e sem infraestruturas preparadas para o receber.
Conseguem imaginar? Pois, milhares de pessoas viveram esse pesadelo naquela que foi considerada uma das maiores fraudes do ano 2017, o Fyre Festival.

Foi em 2016 em plena Web Summit que Billy McFarland e Ja Rule anunciaram a realização de um festival que iria acontecer numa ilha paradísica, antiga propriedade de Pablo Escobar, o Fyre Festival. Inicialmente, o festival foi concebido para promover a aplicação da marca, a Fyre App, uma plataforma desenvolvida para possibilitar maior acessibilidade no processo de contratação de artistas para eventos.

Para Billy McFarland, o fundador e CEO de Fyre Media, fazia sentido investir numa forte promoção do evento, o que conduziu à contratação de inúmeras modelos para fazerem parte do anúncio original, no sentido de criar a ideia de uma experiência única e imperdível, com cenários paradisíacos e acompanhados das mulheres mais bonitas do momento.

Em paralelo com a divulgação do vídeo promocional, o Instagram foi inundado com quadrados laranja associados ao hashtag #fyrefestival. Partilhado por conhecidos influencers por todo o mundo, esta imagem icónica despertou o interesse de milhares de consumidores.

Pela sua forte presença nas redes sociais, apenas 48h após a abertura da bilheteria, os bilhetes milionários (preços entre 400 e 1200 dólares) para o evento já estavam esgotados. Contudo, apesar da intensa divulgação e partilha de vídeos e imagens alusivas ao festival, esta estratégia de marketing ocorreu antes do festival começar a ter um planeamento sólido e organização estruturada

Contrariamente ao plano de marketing e comunicação extremamente bem estruturados e delineados, o plano de organização seguiu um caminho totalmente distinto e dias antes do evento ter lugar não havia infraestruturas preparadas para receber os festivaleiros nem estavam asseguradas as condições para o evento decorrer nos tramites anunciados.

Na verdade, o festival foi criado unicamente pelas redes sociais mas também foi destruído pelas mesmas, uma vez que mal os festivaleiros se a perceberam que nada do que tinha sido prometido ia ser cumprido, começaram os primeiros tweets e a partilha das primeiras imagens que mostravam as condições deploráveis em que se encontravam. Colchões encharcados, comida de avião e sem condições sanitárias.

Este desfecho permite refletir que apesar de toda a orquestra digital ter funcionado de forma exemplar, o grande problema surge porque o evento não proporcionou a experiência vendida. Este é um exemplo perfeito para perceber quais as consequências da falta de sintonia entre os vários departamentos, nomeadamente o marketing e as outras vertentes do negócio.
Não obstante de toda polémica envolvente, este caso permitiu validar a ideia de que o marketing digital se for estrategicamente utilizado, é e deve ser um pilar para impulsionar e divulgar qualquer negócio ou evento, uma vez que permite alcançar e influenciar um grande número de pessoas.
Contudo, é importante compreender que o marketing digital isoladamente é apenas uma ferramenta e deve sim ser vista como parte integrante de um diversificado leque de departamentos que em conjunto permitem o sucesso de um negócio, evento e/ou organização.

E vocês? O que fariam de diferente para evitar este final trágico?

Fontes:

sábado, 1 de junho de 2019

Facebook, o "apanha" criminosos

Um fugitivo Jose Simms em Connecticut, Estados Unidos afirmou que se a publicação deste se torna-se viral nas redes sociais se entregaria. Este queria ter 20000 gostos, porém negociou com o polícia de se entregar com 15000. Como concepção do seu último desejo de ser uma vedeta no Facebook a polícia decidiu divulgar e pediu à população para partilhar.

Este pretendia ter um aumento exponencial de conhecimento pessoal e através do Facebook e da esquadra da polícia decidiu propôr que se entregaria. As imagens anteriores são a publicação divulgada pela esquadra da polícia, esta até agora obteve 29 mil gostos e este ainda não se apresentou à esquadra. Porém, pensa-se que talvez ele não quisesse fama dividida, queria que apenas a foto dele tivesse 15 mil gostos e existem rumores que é por isto que este ainda não se entregou.
A polícia diz que vai continuar a divulgar informações sobre este caso e que com ou sem gostos que quem o encontre, que ligue à polícia. 
Esta notícia mostra o crescimento da importância das redes sociais, em vários níveis, já era importante para recolher donativos para causas sociais, como meio de informação e agora como forma de deter criminosos. 

Transmedia Storytelling e a Happiness Factory da Coca-Cola

Longe vão os tempos em que as Marcas comunicavam com os consumidores somente através dos tradicionais anúncios publicitários. Muitos são os meios usados pelas marcas para atrair a atenção dos consumidores, que é hoje um bem tão precioso.

O termo Transmedia Storytelling foi introduzido pelo investigador americano Henry Jenkins num artigo publicado em Janeiro de 2003, que definiu esta prática como “a process where integral elements of a fiction get dispersed systematically across multiple delivery channels for the purpose of creating a unified and coordinated entertainment experience. Ideally, each medium makes it own unique contribution to the unfolding of the story”. A ideia central é a de que, quanto maior o engagement do consumidor com a história, mais informação poderá obter.

Ao consumidor são dadas, no fundo, diferentes peças de um puzzle completo. A ideia central é de que o consumidor só terá uma ideia completa do fenómeno/produto/serviço. O termo distingue-se, segundo Gianluca Fiorelli, de crossmedia, que consiste na partilha de um mesmo conteúdo através de diversos meios.

Um dos mais badalados exemplos desta prática é o de uma campanha realizada pela Coca-Cola. Em 2006, a marca estreou uma publicidade televisiva chamada “Hapiness Factory”- um anúncio em que um consumidor se dirige a uma vending machine, inserindo uma moeda para retirar uma lata do refrigerante. Assim que o homem insere a moeda desenvolve-se todo um processo, levado a cabo por pequenos trabalhadores em forma de desenho-animado que habitam aquela vending machine, e cujo objetivo é o de trazer até ao comprador a felicidade, em forma de lata de Coca-Cola.


O anúncio foi um sucesso instantâneo, o que motivou a marca a desenvolver mais a história da fábrica de felicidade, capitalizando o buzz criado pelo anúncio. O desafio passava, agora, por perceber como se poderia construir um mundo de conteúdo baseado na Hapiness Factory, que fosse, por um lado, coerente e orgânico e, por outro, inovador a cada novo meio utilizado.
Assim, após um ano de desenvolvimento da história, a Hapiness Factory expandiu-se pelos mundos digital e físico, com vídeo-jogos, redes sociais, rádio, outdoors, publicidade online e BDs. Todos estes elementos aportavam o seu próprio contributo para o conhecimento do mundo que foi construído pela Coca-Cola. Vejamos os exemplos abaixo:

O “Filme” Hapiness Factory


--> Mini-Movie no Youtube

Um Gaming Website
https://www.148apps.com/app/320424092/

--> E, inclusive, uma Música de Janelle Monéa e Ce-Loo Green

Esta grande fragmentação dos meios de comunicação usados pela Coca-Cola e a apresentação de novas características do mundo da Hapiness Factory resulta, no entanto, na convergência na mensagem principal: a da Felicidade. Estes mundos são centrados nos Valores da Marca e no seu Produto.

O resultado? Esta campanha transmedia resultou num aumento de 4% nas vendas globais, de acordo com informações oficiais fornecidas pela empresa. O sucesso desta campanha foi determinante para o nascimento de comunidades de fãs da Marca, no Facebook e em sites criados especificamente por fãs (ver, por exemplo, www.cocacolaclub.org). No site oficial criado sobre a Hapiness Factory, os utilizadores passavam uma média de 7,5 minutos por dia, sendo que a média dos sites em geral era de cerca de 3 minutos. Os jogos eram jogados, em média, 7 minutos por dia, e foram realizados 10 000 downloads da app na primeira semana.
Estes resultados fazem com que esta campanha seja considerada uma das mais bem-sucedidas campanhas transmedia de sempre.


Fontes:
https://www.wearemarketing.com/blog/what-transmedia-storytelling-is-and-how-to-apply-it-to-your-digital-campaigns.html
http://www.brandba.se/blog/transmedia-storytelling-part2
http://www.transmedialand.com/transmedia/transmedia-storytelling-conceito-e-estrategias/
https://thefwa.com/article/an-inside-look-at-coke-happiness-factory
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