quinta-feira, 29 de março de 2018

Red Bull e as asas do marketing digital

Fundada pelo austríaco Dietrich Mateschitz, e inspirado numa bebida tailandesa, esta latinha de energético faz sucesso no mundo todo.

Nos anos 80, a pesquisa de mercado feita, antes de a bebida começar a ser vendida na Áustria (o seu primeiro mercado), foi exagerada: “Nunca um produto esteve tão predestinado ao fracasso quanto esse”. Os testes revelavam uma bebida de gosto desagradável e muito cara para as suas propriedades.
Porém, graças à ousadia e busca por inovação do seu fundador, a marca foi uma das pioneiras na exploração do marketing experiencial, que consiste em fazer com que o seu público-alvo viva experiências relacionadas à marca, como eventos culturais e desportivos.

Estima-se que a Red Bull, atualmente, gaste cerca de 30% das suas receitas em Marketing com inovação.
Uma das estratégias utilizadas para ganhar visibilidade foi a criação da Red Bull Media House, uma divisão de marketing totalmente separada da empresa, focada em criação de conteúdos incríveis. O objetivo era fazer reportagens sobre os melhores atletas do mundo em desportos radicais, atraindo uma grande audiência global e, fazendo com que a marca seja um destaque no segmento desportivo nas redes sociais.
Assim, começaram a surgir diversos eventos únicos, que fizeram com que o público se aproximasse de experiências jamais vividas anteriormente, resultando num grande sucesso e com um forte sentido emocional (quando o corpo produz adrenalina, produz sensações agradáveis).

Eis alguns dos exemplos, onde a Red Bull aproveitou bem a sua visibilidade, através da Internet e da TV, para se envolver com o seu segmento de mercado:

FORMULA 1:
A criação do Red Bull Racing na Fórmula 1, permitiu um grande sucesso no marketing inovador, principalmente a partir de 2010. Nesse ano, Sebastian Vettel tornou-se o mais jovem campeão da história da Fórmula 1, correndo pela escuderia Red Bull, que fez com que esta se tornasse umas das marcas que mais apareceu na televisão.

RED BULL STRATOS:
Um projeto, realizado em 2012, que envolveu o paraquedista austríaco Felix Baumgartner, patrocinado pela Red Bull. O projeto teve como objetivo quebrar vários recordes e, ao mesmo tempo, ajudar em pesquisas científicas.


RED BULL AIR RACE:
Corrida de aviões inventada pela marca, com a participação dos melhores pilotos do mundo, em que os concorrentes devem percorrer um circuito no céu com obstáculos desafiadores, no menor tempo possível. 
Apostando na produção de conteúdo, fotos e vídeos interessantes em larga escala, a marca faz um excelente trabalho, ao entender e gerar valor para a pessoa.
Este é um exemplo de marca que percebeu bem o que o seu público gosta, e decidiu entregar o melhor conteúdo possível sobre esse assunto.

quarta-feira, 28 de março de 2018

"Não somos 11, somos 11 milhões"


Foi a primeira campanha publicitária que a Federação Portuguesa de Futebol (FPF) lançou de apoio à seleção, sendo esta no EURO 2016 (no qual Portugal se sagrou campeão europeu). Esta teve como objetivo mobilizar todos os portugueses no apoio e motivação à Seleção Nacional.
Apesar das elevadas críticas e pouca adesão à canção escolhida, o ‘slogan’ “Não somos 11, somos 11 milhões” teve o impacto contrário e compensou, tornando-se viral e vencedor do prémio de marketing da UEFA ‘Kiss Marketing Awards’.




Em comunicado pela FPF, o diretor geral da organização, Tiago Craveiro, citou “Este prémio é, em primeiro lugar, do presidente da Federação e da sua direção, que no Natal do ano passado compreenderam a importância de alocar recursos a uma fortíssima necessidade de aproximar os portugueses da sua Seleção, e que isso não se faz apenas com palavras; faz-se com técnicas apuradas e estratégias bem conseguidas", em 2016.
Este ‘slogan’ espalhou-se rapidamente por toda a Internet, através de partilhas de vídeos, fotos, hashtag’s e muito mais, feita por grande parte dos portugueses que se sensibilizaram e se sentirem integrados e fundamentais no apoio para Portugal vencer o EURO 2016. Alguns exemplos:




Tenho a certeza, que para muitos, este 'slogan' não será esquecido tão cedo.
Acham que haverá um novo 'slogan' capaz de superar este, no próximo mundial?
Ou irão permanecer com este, que teve tanto sucesso?

Fontes:
https://desporto.sapo.pt/futebol/selecao/artigos/campanha-nao-somos-11-somos-11-milhoes-vale-premio-da-uefa
http://www.meiosepublicidade.pt/2016/07/as-campanhas-que-marcaram-o-apoio-a-seleccao-nacional-no-euro-2016-com-videos/
https://www.youtube.com/watch?v=UzHqwEFCEmc

terça-feira, 27 de março de 2018

Facebook vs Cambridge Analytica - Facebook já perdeu na bolsa cem mil milhões

O Facebook foi recentemente acusado de não ter protegido os dados de mais de 50 milhões de utilizadores que foram retirados sem consentimento pela Cambridge Analytica de modo a ajudar a eleição de Donald Trump.


Tudo começou em 2014 quando a empresa britânica Cambridge Analytica - empresa de consultoria política que analisa dados para criar estratégias de comunicação em processos eleitorais - quis expor o potencial que tinha nas eleições presidenciais norte-americanas. Contudo, havia ainda lacunas no grande volume de dados que a empresa possuía de forma a obter os resultados desejados e foi aí que a Cambridge Analytica resolveu recorrer ao uso de informações daquela que é uma das maiores e melhores fontes de dados do mundo: o Facebook.

A Cambridge Analytica decidiu pagar a Aleksandr Kogan, um investigador externo, para aceder à informação de mais de 50 milhões de utilizadores do Facebook. Aleksandr criou uma aplicação-jogo que tinha como objetivo recolher informações pessoais que ajudassem a definir o perfil de uma pessoa com base no histórico de likes que cada um tem na rede social.
A aplicação, com o nome thisisyourdigitallife, foi utilizada por cerca de 300 mil pessoas. Em troca de dinheiro “para uso académico”, cada pessoa fez um teste de personalidade que permitiu à empresa agregar a informação de mais de 50 milhões de utilizadores. Isto porque, ao cederem os seus dados pessoais, cediam também os dados dos perfis dos amigos, sem que estes soubessem, passando de 300 mil utilizadores para 50 milhões.

O Facebook estava a par disto? Há pelo menos dois anos. Em 2015 a rede social liderada por Mark Zuckerberg teve conhecimento de que a empresa teria informações recolhidas indevidamente. Mark pediu-lhes que apagassem os dados obtidos mas estes não respeitaram e apesar de saberem que a Cambridge Analytica tinha recolhido indevidamente dados de contas pessoais, nenhum dos responsáveis pela rede social avisou os utilizadores.


O silêncio de Mark Zuckerberg durante dois dias após o início desta polémica levou também ao aumento de críticas. Finalmente, o fundador da rede social publicou um post na rede social sobre este assunto e deu entrevistas a vários meios de comunicação social.

Zuckerberg não só pediu desculpas como aproveitou para anunciar as seis medidas que criou para evitar que mais casos como o da Cambridge Analytica surjam: investigar aplicações “suspeitas”, informar as pessoas sobre utilizações abusivas de dados, desligar o acesso a aplicações que não são utilizadas, restringir a informação conseguida por login, encorajar os utilizadores a gerirem as aplicações que utilizam e recompensar quem encontre vulnerabilidades no sistema.

Fontes:
https://observador.pt/explicadores/12-coisas-que-tem-de-saber-para-perceber-a-polemica-do-facebook-e-da-cambridge-analytica/06-agora-o-que-e-que-o-facebook-vai-fazer/
https://www.dn.pt/dinheiro/interior/cerco-aperta-facebook-ja-perdeu-na-bolsa--cem-mil-milhoes-9216201.html
https://www.dinheirovivo.pt/empresas/facebook-a-polemica-que-afetou-50-milhoes-explicada/
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Prozis - Powered by social networks

Com o aumento da importância da internet, mais precisamente das redes sociais, e o impacto que esta pode ter na população, a Prozis criou um programa de afiliados que tira partido disso mesmo.
Como?

A Prozis procura pessoas que tenham conta na loja online e uma rede social/blogue/web site ativo que possa divulgar um link único, que é fornecido a quem se torna afiliado, que direcciona os seus seguidores para a loja online. Para além da comissão sobre o valor de compra efetuado pelos seguidores, o afiliado recebe também um cupão de 10% de desconto, que pode ser utilizado por si e pelos seus seguidores.
Qualquer pessoa se pode candidatar a este programa, no entanto necessita de aprovação da marca para fazer parte do grupo de afiliados. No entanto, considero que esta aposta num conjunto de pessoas, com um elevado número de seguidores, capaz de os influenciar, tira partido das redes sociais e dos seus próprios consumidores para divulgar a marca e aumentar as suas vendas.
Os afiliados divulgam a loja, através das seguintes formas, devendo sempre ser originais:
  • Partilha do link de afiliado nas publicações em redes sociais/blogue/website
  • Partilha de conteúdos ou sugestões de produtos
  • Envios de mensagens privadas a potenciais interessados
  • Partilha de experiências que tiveram com a marca (compra, unboxing, etc)
  • Partilha de fotos/vídeos com produtos ou merchandising Prozis
  • Utilização de hashtag’s como: #prozis #Exceendyourself
Vemos a seguir o exemplo de Liliana Filipa, uma blogger com 337k seguidores no Instagram, 102k no Facebook e no Youtube 51k, que é afiliada da Prozis e que apenas neste video, obteve 34 837 visualizações.

Quem é que também já viu afiliados da Prozis nas redes sociais? 
E alguém já comprou algum produto por influência de afiliados?

Fontes:

segunda-feira, 26 de março de 2018

Vídeo - Ferramenta utilizada para atrair as novas gerações


Cada vez mais, os vídeos estão a dominar o mundo digital e é a maior aposta em marketing de conteúdo para 2018, eles são utilizados em sites de notícias, entretenimento, redes sociais. Este formato permite ao aumento da marca e permite também uma publicidade distinguida para as gerações Millennial e Z.
As redes sociais (Facebook e Instagram) têm vindo a dar mais preferência aos vídeos. Uma rede social que começou a apostar nos vídeos é o LinkedIn, para já ainda é restrito a alguns utilizadores (Google, IBM, TOTVS, etc). Numa entrevista ao Mundo do Marketing, Marcos Facó, afirmou: "Os vídeos trarão mais relevância à rede, porque é o tipo de conteúdo mais acessível. Ele é mais do que audiovisual, porque não necessariamente precisa de som - uma legenda é suficiente. Em outras redes esse tipo de publicação pode se tornar efêmera, mas neste caso teremos o oposto: algo útil e relevante pro dia a dia dos profissionais".

Relativamente ao LinkedIn, uma rede diferenciada, sem entretenimento, mais voltada para o mundo profissional, a ferramenta de vídeo poderá ser usada por qualquer utilizador com conteúdos relevantes que agregarão valor aos profissionais. A partilha será simplesmente dentro da rede e não para outras tais como o Facebook ou o Whatsapp. Esta nova ferramenta terá modelos de vídeo tradicional como ao vivo.


Como as empresas podem melhorar para conseguir captar a atenção das novas gerações


A ferramenta de vídeo hoje é o “carro-chefe”, é necessário, segundo Marcos Facó, as empresas se prestarem atenção a alguns pontos, tais como os três "S" e um "V". O primeiro é Short: a geração Millennial não quer conteúdo extenso, precisa de ser sucinto e dinâmico. O segundo é o Simple: uma exposição simples, sem complexidades, não tem de contar o que é mas sim como funciona. O terceiro é o Social: o seu conteúdo necessita ser social e partilhável para ser viral. O último ponto é o Visual: é necessário que tenha um visual apelativo de forma que a pessoa se interesse por ele. Uma recomendação para as empresas que trabalham com a ferramenta de vídeo é utilizar o SSSV de forma a conseguir ter sucesso perante as novas gerações.

Fontes:
https://www.mundodomarketing.com.br/entrevistas/37764/conteudo-em-video-como-atender-aos-millennials-sem-se-tornar-efemero.html

sábado, 24 de março de 2018

Mini Preço lança App tendo em vista a fidelização dos clientes

Hoje entrei no Mini Preço e deparei-me com o seguinte cartaz.
Achei interessante e procurei saber mais acerca deste assunto.
Parece, então, que o Grupo DIA Portugal, que opera com os nomes de Minipreço e Clarel, apresentou uma nova campanha promocional da APP Clube Minipreço que oferece 4€ de desconto numa compra igual ou superior a 15€, para todos os clientes que já aderiram a cupões digitais ou para todas as novas adesões até ao dia 31 de março. O cupão será disponibilizado automaticamente na APP, sendo válido até 15 de abril, numa utilização única e por cartão. Para as novas adesões a cupões digitais, o cupão de desconto será disponibilizado automaticamente no prazo máximo de 5 dias.

A APP Clube Minipreço foi lançada em outubro de 2017, como suporte digital ao Cartão Minipreço, permitindo que todos os cupões de desconto passassem a estar disponíveis no telemóvel, em formato digital, facilitando a vida dos clientes que deixaram de ter de andar com cupões na carteira. Mas, para além do acesso digital a todos os cupões e promoções, com a APP Clube Minipreço, todos os clientes podem ainda consultar quanto gastaram e quanto pouparam por mês e por ano, fazer uma lista de compras e utilizá-la quando forem à loja, e localizar, com a máxima conveniência a loja Minipreço ou Clarel mais próxima, com todos os detalhes dos percursos.

Segundo Bruno Monteiro, Diretor de Comunicação, Marketing e Digital da DIA Portugal, “esta nova campanha é mais um passo fundamental na estratégia de aproximação da insígnia Minipreço ao seu universo de clientes. A transformação digital é um dos pilares estratégicos da DIA, pois permite-nos comunicar e interagir melhor com os nossos Clientes e, os dados dizem-nos, que os clientes que utilizam a APP Clube Minipreço visitam as nossas lojas, em média, o dobro dos clientes sem APP, pelo que, esta é uma ferramenta que permite um aumento significativo do engagement e da fidelização dos clientes à nossa insígnia. Esta nova campanha, para além de representar um benefício imediato a todos os que já aderiram à nossa APP é, também, um incentivo para todos os nossos clientes que nos visitam diariamente e que ainda não aderiram aos cupões digitais”, conclui.

A nova APP permite ainda que os Clientes valorizem a sua experiência de compra e que estejam permanentemente informados sobre todas as novidades Minipreço e Clarel através do envio de notificações mobile.
Fontes:
https://clube.minipreco.pt/app-minipreco
https://shoppingspirit.pt/2018/03/04/app-clube-minipreco-oferece-4e-de-desconto/
http://marketeer.pt/2017/11/29/minipreco-tem-nova-app/

sexta-feira, 23 de março de 2018

Coca-Cola - Até onde vai a rivalidade?

Dias antes de um jogo entre Benfica x Sporting, a Coca-Cola decidiu por à prova a honestidade dos portugueses, num período de crise e muita austeridade que se fazia sentir em Portugal.

No Estádio da Luz, na loja do Benfica, foi deixada uma carteira no chão com um cartão de sócio do Sporting e um bilhete para o clássico. O objetivo era saber se as pessoas iriam devolver a carteira ou ficar com ela.
Cerca de 95% das pessoas devolveram a carteira, atitude que foi filmada por várias câmaras ocultas.

Para recompensar a honestidade daqueles que não se deixaram cair na tentação, a Coca-Cola ofereceu um bilhete para o jogo.
No sábado, antes do apito inicial, o vídeo foi exibido nos telões gigantes do estádio da Luz, perante os aplausos de mais de 60 mil pessoas.

Numa altura em que os portugueses se preparavam para enfrentar inúmeras medidas de austeridade, a Coca-Cola quis divulgar uma mensagem diferente: “Há razões para acreditar num mundo melhor.”
O patrocínio da Coca-Cola ao SL Benfica, obteve mais de 1 milhão de visualizações em todo o mundo e milhares de partilhas online.
O objetivo foi envolver os consumidores com a marca através da história e emoção que criou nas pessoas ao verem o anúncio.
A estratégia, diz Filipe Bonina, diretor de marketing da Coca-Cola Portugal, assenta na crença de que mais do que forçar as pessoas a ver publicidade na televisão, o importante é conseguir o seu envolvimento. “O conteúdo voltou a ganhar relevância, não só pelo produto que comunica, mas pela história que lá está.” Para isso, continua, “a história tem de ser interessante, para levar as pessoas a partilhá-la”.
De facto, a ideia da Coca-Cola, foi chegar ao coração e não ir direto à carteira. Só assim as pessoas escolhem as marcas, com as quais mais se relacionam e que, consideram que melhor as entende.

quinta-feira, 22 de março de 2018

O voo das Corujas - qual voou primeiro?

Foi no dia 28 de fevereiro que a Super Bock apresentou uma nova cerveja: a Coruja.
Segundo a marca, esta é produzida em grande escala e com recurso a um processo inovador e primordial em Portugal, a técnica de dry hopping, contando também com ingredientes 100% naturais. Esta nova gama conta com as três variedades distintas: Session Saison, American Amber e India Pale Ale e representa uma nova aposta da marca no mercado das cervejas especiais, mas a preços acessíveis.

Segundo Bruno Albuquerque, diretor de marketing do grupo Super Bock, a designação Coruja advém de “características muito marcantes nas corujas, animais que simbolizam o conhecimento e o mistério, que quisemos transpor para as nossas cervejas, resultado do saber dos nossos mestres cervejeiros, mas também sinónimas de contemporaneidade e de esta nova perspetiva e apetência do consumidor para experimentar a diversidade desta bebida”.
Responsável pela campanha de publicidade ficou a empresa Solid Dogma que promoveu a marca através de suportes de rua e também nas plataformas digitais.
Poucos dias após esta, surgiram vários mupis grafitados por alguém que se intitula, também, como Coruja e que acusa a Super Bock que lhe roubar a identidade: "Super Bock, três cervejas com o meu nome e nem um obrigado? A Coruja sou eu. Já que não me convidaram, colei-me à vossa festa. Assim fica bem mais fixe. É uma espécie de royalties pelo hijack do nome."

                           

Apesar de, deste a apresentação desta nova gama, o mistério estar presente e ser assumido como característica marcante, a realidade é que uma nova dúvida paira no ar: terá a Super Bock roubado a identidade a um artista de rua ou não será uma manobra de marketing? Não podemos ignorar que um dos fundadores da empresa, responsável pela campanha promocional, seja nada mais nada menos do que Vhils, reconhecido artista urbano português pelos seus “rostos” esculpidos em paredes.


Não sendo uma manobra de marketing, a verdade é que a Super Bock aproveitou esse buzz criado à volta do tema e respondeu com fair-play, tendo-se criado marketing viral à volta do assunto. Desta forma, aproveitou o Facebook oficial da marca para procurar o artista e convidá-lo para uma cerveja, assim como fez novos cartazes publicitários alusivos ao tema:



Quem também beneficiou do Word Of Mouth (WOM) foi o artista que viu o seu número de likes aumentar, sendo que muitos dos novos “seguidores” afirmam que só o conheceram através dos posts da Super Bock, havendo também quem duvide da veracidade do “plágio”:


A rapidez de resposta da Super Bock, nomeadamente com novos suportes de rua, adensa a teoria de que tudo não passa de uma manobra publicitária. Até porque, é das marcas portuguesas que mais aposta em marketing, o que lhe tem trazido elevado retorno, designadamente, nas redes sociais.
Aguardamos o desenvolvimento da história.

Fontes:

http://marketeer.pt/2018/02/28/super-bock-levanta-voo-com-cerveja-coruja/

Snapchat: um caso de milhões

Recentemente, a rede social Snapchat foi surpreendida com uma descida na cotação das suas ações na ordem dos 6% o que fez com que a empresa perdesse 800 milhões de dólares. Em causa está um anúncio publicitado na aplicação móvel Snapchat para o jogo de perguntas chamado Woud You Rather o qual fazia referência ao caso de agressão de Chris Brown contra a cantora da Pop Rihanna em 2009. O utilizador era então levado a escolher se “Prefere dar um estalo a Rihanna?” ou “Um murro a Chris Brown”.

As reações negativas não tardaram a chegar inclusivamente por parte da cantora que se manifestou no Insta Stories do Instagram pedindo respeito pelas vítimas de violência doméstica. "Snapchat, eu sei que já não és a minha aplicação preferida! Mas estou a tentar perceber qual é o objetivo desta confusão! Eu gostava de chamar de ignorância, mas sei que vocês não são assim tão burros! Gastaram dinheiro em algo que vai envergonhar, de forma intencional, as vítimas de violência doméstica e fizeram uma piada sobre isso. Isto não é sobre os meus sentimentos até porque eu não tenho muitos...mas todas as mulheres, crianças e homens de violência doméstica no passado e especialmente às que ainda não superaram isso... Vocês dececionaram-nos! Tenham vergonha. Deitem fora a aplicação."


Depois de toda esta vaga de comentários negativos e de desaprovação vários representantes da marca vieram a público lamentar o sucedido e mostrar que não se identificam com tal publicidade. Explicaram também que tudo não passou de um erro de aprovação e que o mesmo foi removido assim que deram conta. "O anúncio foi revisto e aprovado por engano, pois viola as nossas diretrizes publicitárias. Removemos imediatamente o anúncio no fim de semana passado, que foi quando tomámos conhecimento. Lamentamos que isso tenha acontecido", diz a empresa em comunicado citado pela Reuters. No entanto, isso não evitou que outros utilizadores demonstrassem o seu descontentamento como é o caso da filha do ex-Presidente dos Estados Unidos, Bill Clinton, que recorreu ao Twiiter para se manifestar.


Apesar de todos os esforços, Rihanna não aceitou as desculpas da empresa e usou o Twitter para continuar a censurar o episódio, apelando ainda aos seus fãs para desinstalarem a app. É mais um revés para a imagem pública do Snapchat, depois de Kyllie Jenner, em fevereiro, ter publicado no Twitter que não gostava do novo design do Snapchat, possivelmente influenciando também os seus fãs a abandonar o serviço.

Em suma, todos sabemos que os anúncios publicitados nas redes sociais são sujeitos a aprovação e que geram grande impacto, mas isto significa que o Snapchat aprovou um anúncio que incita a violência levando-me a questionar se de facto se tratou mesmo de um erro. Toda esta situação acabou por sair demasiado cara à empresa liderada por Evan Spiegel numa altura em que esta ainda estava a recuperar da sua última perda.

Fontes:
https://observador.pt/2018/03/16/prefere-dar-um-estalo-a-rihanna-ou-um-murro-a-chris-brown-a-campanha-nojenta-que-levou-o-snapchat-a-valer-menos-mil-milhoes-de-dolares/
http://sicnoticias.sapo.pt/mundo/2018-03-15-Rihanna-condena-Snapchat-apos-anuncio-ofensivo
https://www.jn.pt/pessoas/interior/snapchat-perde-mil-milhoes-de-dolares-com-um-tweet-de-kylie-jenner-9139401.html
https://www.reuters.com/article/us-people-rihanna-snapchat/rihanna-urges-fans-to-delete-snapchat-after-ad-mocking-assault-by-brown-idUSKCN1GR2KV

Criptmoedas & Blockchain: moda ou futuro?

Pergunta para 1 MILHÃO DÓLARES: É o futuro ou uma grande fraude?

https://www.youtube.com/watch?v=FSC6z3QUaTs

O blockchain (também conhecido como “o protocolo da confiança”) é uma tecnologia que visa a descentralização como medida de segurança. São bases de registros e dados distribuídos e compartilhados que têm a função de criar um índice global para todas as transações que ocorrem em um determinado mercado.
A definição original foi criada em 2008 com a publicação do artigo "Bitcoin: A Peer-to-Peer Electronic Cash System" publicado por Satoshi Nakamoto (cuja real identidade permanece em aberto apesar de haver algumas especulações e pronunciamentos a respeito). Em 2009 o código foi lançado como código aberto.
É o tema da moda, tema de muitas especulações, tema de muitas confusões e tema de alguns desgostos recentes.

Quem é que já não ouviu falar da Bitcoin, talvez a moeda digital mais conhecida no mundo?

A primeira versão do software, que ficou conhecido como o DLT Distributed Ledger Technology, ou grupo de computadores que partilham informações, que permitira disponibilizar (?) um método transparente de transações garantindo um elevado nível de segurança na sua transação.
Este conceito, em que assenta este tipo de “moedas digitais/virtuais, assentam num conceito POW Proof of Work.
 https://www.youtube.com/watch?v=ASCGQFZgcT8

A grande parte dos “ambientes informáticos” tradicionais de comercialização e distribuição tem uma centralização de bases de dados que podem ser validadas de varias formas. No blockchain, é baseada em consensos, permite que as transações sejam efetuadas com “transparência”, sem falsificações e burlas.
Será uma tecnologia distributiva? 
“Acreditamos que a tecnologia blockchain possa ser uma ferramenta importante para proteger e preservar a humanidade e os direitos de cada ser humano. Um meio para comunicar a verdade, distribuir prosperidade …” Don Tapscott.
https://www.ted.com/talks/don_tapscott_how_the_blockchain_is_changing_money_and_business?language=pt

Ou seja, o que Don Tapscott afirma, é que esta “moeda” poderá ser uma forma de “fugir” ao controlo de governos e instituições financeiras que não a podem comercializar porque sendo virtual, não tem um “dono” de emissão.
O professor Roger Wattenhofer, The Science of the Blockchain (9781522751830): Roger Wattenhofer, afirma que existem 2 componentes principais na tecnologia, a criptografia assimétrica (a criptografia assimétrica tende a ser mais lenta e necessita de um maior poder computacional por parte das máquinas. No entanto, este é um excelente método para garantir segurança num canal público e inseguro (ex. Internet), Os algoritmos que são usados para a criptografia simétrica são mais simples do que os algoritmos usados na criptografia assimétrica) e sistemas distribuídos (Os sistemas distribuídos estão em todo o lugar, ou melhor, acessíveis a partir de qualquer lugar. Segundo Tanenbaum, um sistema distribuído é um conjunto de computadores independentes entre si (e até diferentes), e que com estes dois sistemas são capazes de criar registos que são indeléveis, indescritíveis, transferem valor a fazerem atualizações automáticas desses registos.

https://www.youtube.com/watch?v=F9jaJYDEKwA

Segundo diversos influenciadores mundiais, as criptomoedas oferecem grandes capacidades de rede e cooperação entre diferentes partes ou intervenientes do mundo, num consenso bastante confiável, não tem cambio, e muito democrática e será por isso que alguns decisores em algumas multinacionais dão valor a esta “moeda”.
Contudo, até que ponto, poderemos confiar nesta “moeda da moda”?
Pessoalmente, e de acordo com o que se tem publicado nos últimos meses, esta moda poderá ser uma grande “bolha” que poderá destruir bilhões de Euros no mundo, arrasar com governos e democracias.

Em Portugal, a moeda foi lançada pela empresa Aptoide uma startUp portuguesa (A Aptoide, em outubro de 2017, durante a Web Summit, tornou-se na primeira loja de apps do mundo a ter uma moeda virtual. É através da Ethereum, a segunda moeda virtual mais utilizada a seguir à Bitcoin, que a Apptoide lançou a Appcoins. Foi depois da ICO — uma oferta inicial de moedas — na Web Summit, que as primeiras unidades das Appcoins começaram a ser emitidas. A Aptoide, empresa de Paulo Trezentos e Álvaro Pinto, tem mais de 200 milhões de utilizadores em todo o mundo, mas as moedas podem ser utilizadas noutras aplicações.) que chegou ao mercado em final de 2017, e ter-se-á tornado um caso de sucesso.

BOLHA À VISTA?
São várias as publicações, bancos centrais, bolsas de valores a alertar para este novo mundo das moedas digitais que não são mais que algoritmos cada vez mais sofisticados, que criam moedas que não são mais que “Bits” que não tem ativos tangíveis a sustenta-las, e que ninguém sabe de onde vem e para onde vão.

A revista Exame, de 12/02/2018, num estudo muito sustentado, alerta para 7 possíveis “traumas” de riscos para as criptomoedas:
Bolha e elevada volatilidade
Os consumidores que comprem moedas virtuais devem estar conscientes de que podem perder grande parte ou todo o dinheiro envolvido, uma vez que esta negociação está associada a elevada volatilidade e a “sinais claros de bolha”.
Sem regulação, não há proteção
Qualquer falência de plataforma de troca ou danos para as carteiras de moedas virtuais resultantes de ataques informáticos deixa o consumidor sem proteção ou qualquer garantia uma vez que estes mecanismos não são regulados a nível europeu. As criptomoedas não são garantidas por um banco central ou autoridade nacional, não são moeda com curso legal e não estão cobertas por nenhum ativo tangível, alertam. E mesmo o facto de a compra ser feita através de uma instituição regulada não é garantia.
Informação enganosa
Os dados fornecidos aos utilizadores são inexistentes ou incompletos e de difícil compreensão e não referem de forma adequada os riscos associados.
Problemas na operação
As falhas operacionais “graves” recentes em algumas plataformas de troca de moedas virtuais podem levar a interromper as transações, impedindo os consumidores de comprar ou vender as divisas aos preços pretendidos, o que pode conduzir a perdas devido às flutuações “enormes” nos preços. Além disso, recomenda-se que sejam tomadas "precauções de segurança" nos equipamentos usados na compra, venda ou troca de moedas virtuais.
Preços opacos
Sem transparência na formação dos preços das moedas virtuais os consumidores arriscam-se a que o preço pago pela compra ou venda de moedas deste género não seja justo ou correto.
Não existem “opções de saída”
Pode haver períodos prolongados em que os detentores de moedas virtuais não consigam negociá-las ou convertê-las em euros, podendo levar a potenciais perdas.
Inadequação para investimentos de longo prazo
A elevada volatilidade, a incerteza quanto ao futuro e a desconfiança sobre as plataformas de troca e as carteiras levam a que sejam consideradas “inadequadas” para a aplicação de poupanças, em particular no longo prazo para preparação da reforma.

Em comunicado, o Banco de Portugal diz já ter recomendado às instituições de crédito, de pagamento e de moeda eletrónica sujeitas à sua supervisão “que se abstenham de comprar, deter ou vender moedas virtuais”. Mas refere que a atividade das entidades que emitem e comercializam moedas virtuais não está sujeita a qualquer tipo de supervisão prudencial ou comportamental.
O regulador salienta igualmente que as operações com moedas virtuais não são ilegais ou proibidas e que as entidades que as emitem e comercializam não estão sujeitas a qualquer obrigação de autorização ou de registo junto do Banco de Portugal, pelo que a sua atividade “não é sujeita a qualquer tipo de supervisão prudencial ou comportamental.”
Este fim de semana o Expresso noticiou que a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) emitiu uma recomendação a bancos, fundos de investimento e gestoras de ativos, além de outros intermediários financeiros, para que não comercializem moedas virtuais nos seus produtos de investimento. Mas, caso o façam, deverão informar os clientes sobre as características e riscos destes instrumentos que estão, refere o periódico, a ser incluídos em produtos de investimento complexos sob a alçada da CMVM .

Por esta análise aqui transcrita, parece-me de bom-senso ter muito cuidado com estas “modas” principalmente se os transaccionadores compradores não dominarem o processo, sujeitando-se a “desgostos” muito grandes similares, senão bem piores, quando o colapso das bolsas também surge.
Acredito que alguns possam ganhar muito, como em todas as "bolhas" e "Burlas" em todos os tempos, mas acredito que muitos mais possam perder e, principalmente, "perder" o rasto ao dinheiro.

Fontes:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Blockchain
https://www.ted.com/talks/don_tapscott_how_the_blockchain_is_changing_money_and_business?language=pt
https://portaldobitcoin.com/bitcoin-resumido-em-21-estatisticas/
https://eco.pt/2018/01/08/esta-criptomoeda-portuguesa-ja-e-uma-das-mais-valiosas-do-mundo/
http://visao.sapo.pt/exame/2018-02-12-Criptomoedas-Autoridades-alertam-para-sete-riscos-nas-moedas-virtuais

quarta-feira, 21 de março de 2018

Instagram Shopping

O Instagram liberou, nesta terça-feira, 20 de Março, uma ferramenta que permite às lojas marcarem seus produtos dentro de publicações e colocar uma descrição com os preços. Anteriormente restrita apenas aos Estados Unidos, agora a ferramenta Instagram Shopping está liberada em oito novos países: Austrália, Brasil, Canadá, França, Alemanha, Itália, Espanha e Reino Unido.

O processo é semelhante ao que acontece quando se marca um amigo nas fotos do Instagram, selecionando a área onde o item está dentro de suas imagens para em seguida surgirem as informações.


Após a postagem ser concluída, a foto aparecerá de forma gratuita no feed dos consumidores, ao contrário do que aconteceria se fosse impulsionado pela plataforma de anúncios, o Instagram Ads, que deixa evidente quando uma publicação é patrocinada para aparecer na timeline dos potenciais clientes.

Esta ferramenta permite a criação de um “mini e-commerce” no perfil da loja e por meio de uma nova aba de compras, a marca pode listar seus produtos e preços, como um catálogo.

Fontes:
http://marketeer.pt/2018/03/21/instagram-shopping-alargado-a-oito-novos-paises/
http://pme.estadao.com.br/noticias/pme,instagram-libera-funcao-de-compras-dentro-do-app-para-empresas-brasileiras,70002234875,0.htm