quinta-feira, 31 de março de 2011

O Crowdsourcing e a Ajuda Humanitária

Nas nossas aulas, temos já falado do potencial do crowdsourcing, como forma das empresas recorrerem ao seu público para melhorarem a sua oferta, desde a concepção do produto ao desenvolvimento de campanhas de comunicação. No entanto, o crowdsourcing pode assumir um outro nível de actuação como nos mostra o artigo desta semana do New Work Times (http://www.nytimes.com/2011/03/28/business/28map.html?_r=1), acerca do recurso a este processo em situações de catástrofes humanitárias. É, de resto, o que está a acontecer neste momento no Japão, na Líbia e, aquando do terramoto de 2010, no Haiti. Esta foi a primeira grande catástrofe humanitária que recorreu ao crowd-sourcing para ajudar no terreno as equipas humanitárias dos diversos corpos internacionais, como as Nações Unidas ou a Cruz Vermelha. Uma vez que os organismos governamentais tinham praticamente desaparecido, não sendo capazes de prestar informações às equipas de salvamento, estas próprias organizaram-se, recolheram informação e em conjunto com organizações de mapeamento online (semelhantes ao Google maps mas com objectivos humanitários), foram construindo mapas com os locais onde era necessária a intervenção de equipas de salvamento. Foram, assim, “colhendo na multidão” as informações necessárias para orientara sua acção no terreno. Já na Líbia, o crowdsourcing tem sido sobretudo utilizado com fins jornalísticos, para localizar focos de violência ou o actual fluxo de refugiados. Por fim, os japoneses têm recorrido a mapas on-line para orientar os seus esforços de recuperação. Para isso, por exemplo, depois da falha nos reactores da central de Fukushima, foi pedido a pessoas com contadores Geiger para medirem os níveis de radiação nas suas cidades, criando assim um mapa com os níveis de radiação no Japão e na costa Leste dos E.U.A., proporcionando informação aos cidadãos que as próprias fontes oficiais não estariam a divulgar. Neste momento, o objectivo é tornar a comunicação entre “crowdsourcers” e equipas de salvamento mais eficiente, para melhor dar resposta a estas crises. Ainda assim, aqueles que continuam a acreditar que podem contribuir para um mundo melhor, podem agora “à distância de um clique” colaborar com quem actua no terreno.

quarta-feira, 30 de março de 2011

Skol - as latas que falam

"São Paulo - A Skol apresenta ao mercado neste sábado (15) as "Latas Torcedoras", que falam e torcem pelo Brasil. A iniciativa, lançada nacionalmente, integra as ações da Skol durante a competição mundial. Desenvolvida com tecnologia foto sensível, as latas "falantes" têm o mesmo visual e peso de uma lata de 350 ml e estão distribuídas aleatoriamente em meio à produção nacional do período da competição mundial. São cinco gritos diferentes de torcida. A novidade, fruto do intercâmbio de informações com equipes de inovação instaladas diferentes partes do mundo, como na China, Brasil e Estados Unidos, funciona quando o consumidor abre a lata. A penetração da luz ativa o dispositivo que faz a embalagem "falar". É a primeira vez que essa tecnologia é usada no País. Serão 150 mil espalhadas em todo o País. A embalagem foi produzida pela F/Nazca e os rótulos pela Design Absoluto. O tema "falante" irá permear toda a comunicação da marca. Desenvolvido pela F/Nazca, o filme "Hermanos", de 30", traz uma situação inesperada de torcedores se preparando para ver o jogo com a Skol. Ao abrir uma latinha, os "hermanos" são surpreendidos com a "lata falante" que torce e grita pelo Brasil. Os argentinos então afogam a lata no balde de gelo. A cena seguinte é a fábrica da Skol, na qual um funcionário revela ao chefe que um carregamento de produtos foi enviado à Argentina por engano. O personagem lamenta pelas latinhas. Além do filme para TV, estão previstas parcerias inéditas com a Bon Gelo e mídias exclusivas nos pontos-de-venda para estabelecer uma interação direta com os consumidores. Também foram produzidos spots, ações na web e peças para outdoors e detectores de entradas." Vejam o video: http://www.youtube.com/watch?v=T5VuMHOMt-Q

Facebook lança publicidade em tempo real

Segundo anúncio da Exame, no que depender do facebook, os anunciantes falharão cada vez menos o alvo! A iniciativa do Facebook consiste na entrada de anúncios instantaneos, isto é, os anúncios aparecerão na timeline assim que os usuários actualizarem o seu status. Por exemplo, se um usuário escreve no seu estado que tem vontade de comer pizza, imediatamente aparecerão publicidades de pizzarias! =) As publicidades são já segmentadas pelo perfil de cada utilizador, a inovação aqui será mesmo o anúncio instantâneo, em tempo real. Numa fase inicial prevê-se que apenas 1% dos utilizadores mundiais do facebook sejam atingidos. In: Exame Brasil "Facebook lança propaganda em tempo real"

terça-feira, 29 de março de 2011

O Futuro é Hoje: Near Field Communication

É hoje evidente que os selos parecem destinados aos museus e filatelistas. Mas as moedas arriscam-se a seguir um caminho semelhante e a nunca virem a ser usadas pelos nossos netos. Caminho esse que também pode a vir ser trilhado pelos bilhetes de espectáculos, chaves e cartões de acesso. Tudo substituído - ou desmaterializado - a favor do telemóvel. A tecnologia já existe. Chama-se Near Field Communication (NFC) e permite que dois (ou mais) aparelhos comuniquem entre si a uma distância pequena de cerca de 10 cm. A tecnologia já é suportada pelos modelos mais recentes e é uma questão de tempo até o seu uso se massificar e se tornar norma. Graças ao NFC o telemóvel fará pagamentos, em particular de baixo valor. Substituirá os cartões de acesso e de identificação. Fará as vezes das nossas chaves, dos bilhetes de concertos e de avião e dos títulos de transporte urbano. Trará para o telemóvel informação relevante, em formato multimédia, sobre o local onde estamos: num cinema, os trailers dos filmes em cartaz; num museu, a planta e o audio-guia; numa cidade estrangeira, o mapa do bairro a explorar; na portagem da auto-estrada, informação de trânsito e localização das estações de serviço. De forma progressiva, o telemóvel tem conquistado um espaço cada vez maior nas nossas vidas. Começou com as chamadas, depois os SMS, o acesso à internet e, mais recentemente, as aplicações. O NFC será mais um passo nessa direcção. A excessiva dependência das nossas vidas num equipamento que há poucas décadas nem existia deve ser motivo de reflexão - estaremos preparados? Seremos mais poderosos ou menos livres?

segunda-feira, 28 de março de 2011

Facebook, até quando?



Alguém "postou" este video no facebook (a ironia...), e eu fiquei a pensar sobre ele. Leva-me, essencialmente, a pensar que há mais vida além da que passamos na rede social.


E a minha pergunta - "até quando?" - porquê? Pela necessidade constante que nós temos de procurar algo novo, algo que capte a atenção, que satisfaça os nossos desejos, que nos desperte interesse e motive. Esta necessidade básica que é a comunicação. Agora é o facebook, e amanhã? Será que surgirá uma nova aplicação ou vamos "regredir" um pouco e viver mais experiências únicas realmente "face to face"?

Obama, Gibbs e Facebook



Robert Gibbs. Provavelmente este é o nome de alguém que não surte qualquer tipo de efeito sobre nós. Mas a verdade, é que é uma pessoa consideravelmente influente, tendo sido um dos cérebros da campanha política a presidente de Barack Obama, como director de comunicações.

Um excelente estratega na área de comunicações e astuto q.b., ganhou a alcunha “The Enforcer”, sendo alvo de controvérsia tanto pelos seus pares, como pelos seus adversários; usa – sem medo – métodos agressivos, de resposta rápida, “sem dó nem piedade”, para combater tácticas de desinformação dos adversários.

Existem vários exemplos de resposta rápida de Gibbs, como quando meios da comunicação social conservadora dos EUA publicaram "Obama is a Muslim" ou mesmo os comentários do antecessor, George W. Bush, falando acerca da política externa de Obama.

Recentemente, Janeiro de 2011, anunciou sair do cargo que possuía na White House, embora continuando como conselheiro. Foi ainda veiculado que iria iniciar a preparação da campanha de reeleição de Obama.

Mas... Porquê falar nisto? O que isto tem a ver com o nosso blog sobre webmarketing?

Aparentemente nada, exceptuando ter sido noticiado pelo NY Times da existência de rumores de negociações entre a empresa facebook e Gibbs, para este incorporar os quadros da empresa, na área de comunicação.


Esta noticia já está a ser alvo de polémica, existindo já páginas no facebook que desaprovam esta situação: “Robert Gibbs is a Moron”.

Mas, e colocando-nos na posição de Gibbs, existem uma série de vantagens: melhor remuneração, assim como a eventual oferta pública do facebook o poderia tornar muito rico. Também pode ser encarado como um desafio profissional e pessoal: nunca trabalhou em comunicações fora da política, nem trabalhou para uma das empresas mais interessantes no mundo.

Ele também podia ser importante para a facebook em questões controversas e na qual a empresa tem sido muito criticada, como por exemplo nas questões de privacidade ou a – já mencionada – oferta pública. Certamente que os seus conhecimentos no meio público, também poderiam ser importantes e decisivos.

Ficam as - minhas - perguntas:
  1. O que ganhará a facebook com esta "aquisição"?
  2. Porque será que foi escondida esta negociação?
  3. O que podemos esperar de um alto quadro do facebook com ligações ao governo?
  4. Será o inicio de uma tentativa de controlo do governo norte-americano sobre uma rede social que permite aos seus utilizadores dizer – quase – tudo o que se pensa?
O futuro tratará de responder a estas questões e demonstrará o que se segue...



Outros links interessantes:

sexta-feira, 25 de março de 2011

Did u know?

http://www.youtube.com/watch?v=PHmwZ96_Gos&feature=related
Check it out!

Nova vertente de "crowdsourcing"?


Será uma nova vertente de crowdsourcing? Pôr os consumidores a participar e serem co-autores de uma campanha ou produto novo de uma marca qualquer, não é novidade, mas fazer do rosto de alguém ou parte dele o próprio produto já é algo bem mais inovador. E ao que parece estar a ter bastante adesão.

É verdade, a Mattel lançou o desafio “Genuine Ken: The Search for the Great American Boyfriend” (
http://genuineken.com/). Ao que parece querem dar uma nova “roupagem” ao namorado da mais famosa boneca do mundo, a Barbie. Será que é desta que assumem e o boneco sai com cara de “Action Man”?


De Homens Lixa a Aptos para Beijar

A Gillette lançou no passado dia 21 uma campanha de comunicação com o intuito de divulgar a Fusion ProGlide, a nova máquina de barbear da marca detida pela Procter&Gamble.
A anteceder esta campanha, a marca criou acções de marketing na Internet e no Facebook onde perguntava aos consumidores como poderia a nova máquina melhorar o barbear dos homens e lhes dava oportunidade de testar e tecer comentários. No Facebook - onde a acção de comunicação que conta com a colaboração de Nuno Markl (conhecido por andar sempre com a barba por fazer), tem 16 mil fãs - há espaço para sugestões, testemunhos, fotos e vídeos. E a partir das ideias dos consumidores foram feitos vídeos virais.

"Em vez de um homem aspiracional mas distante, preferimos "homens reais", observou João Machado Silva, responsável pela equipa Gillette em Portugal.

Numa iniciativa semelhante, a Worten desenvolveu a iniciativa Worten Lab, que permitia a clientes seleccionados testar durante trinta dias as novidades tecnológicas da loja, partilhando ideias e críticas com a restante comunidade no Facebook.
Este pseudo testers assumiram-se como verdadeiros comerciais - embora mais credíveis, por se tratarem de consumidores "comuns" - espalhando a palavra quer dos produtos em si quer da própria Worten.

Na era da referência, os consumidores parecem confiar mais nos seus pares do que prestar deferência aos especialistas...

...Como reabilitar uma marca

O impacto negativo sobre a Domino's Pizza causado pelos vídeos pouco abonatórios publicados no Youtube por 2 ex-funcionários não cessou com o seu despedimento e os comunicados públicos de desculpa pelo incidente.

Qual "Lei de Murphy" e como cogumelos, começaram a surgir queixas, reclamações, e más opiniões acerca da Domino's Pizza e dos seus produtos nas redes sociais. A sangria era evidente e difícil de parar.

Até que se lembraram de lutar com as mesmas armas e num acto de humildade decidiram "ouvir o cliente": surge a campanha "Pizza Turnaround"! Criaram um website, e lançaram vídeos no Youtube onde demonstraram que estava na hora de ouvir aquilo que os seus clientes tinham para dizer, reinventando o seu próprio conceito e estabelecendo uma relação próxima com o consumidor.



Os efeitos positivos da campanha não se fizeram esperar, e em pouco tempo as vendas voltaram a aumentar, atingindo no último trimestre de 2009 o dobro dos resultados face ao mesmo período do ano anterior.

Como arruinar uma marca em segundos...

Em Abril de 2009 2 funcionários da cadeia norte-americana de restauração "Domino's Pizza" publicaram alguns vídeos no Youtube onde brincavam "inocentemente" (ou melhor, "indecentemente") com a comida que preparavam para os clientes desta empresa.

Resultado: os vídeos rapidamente se tornaram nos mais populares do Youtube com milhões de vistas, chegando a ser notícia em vários países, com inúmeros comentários repudiando o comportamento destas pessoas, e consequentemente, a reputação da marca desmoronou-se em instantes.

Provavelmente foi o primeiro caso de uma marca/empresa vítima do poder das redes sociais com enorme impacto (apesar de outros casos semelhantes em cozinhas do Burger King e KFC na web), e objecto de estudo por muitos departamentos de marketing. Desde então que as marcas começaram a virar os olhos para a Internet e as Redes Sociais, preocupando-se muito mais com aquilo que escrevem, fotografam e gravam sobre elas.

Os funcionários foram obviamente despedidos e processados.



Como disse a Domino's Pizza em comunicado sobre este assunto: "...Qualquer pessoa com uma câmara e uma ligação à Internet pode causar muitos estragos..."

quinta-feira, 24 de março de 2011

As marcas e as sua vontade de entrar no dia-a-dia dos consumidores através da internet e de produtos tecnológico - EDP lança aplicação para smartphone



Aproveitando o dia 21 de Março, e o facto de ser o primeiro dia de Primavera e também o Dia Mundial da Árvore, a EDP lançou a primeira aplicação para smartphones, o eNature. É uma aplicação ecológica e de entretenimento que converte a energia gerada pelos utilizadores em árvores virtuais.

Esta aplicação pode ser descarregada gratuitamente no website e os utilizadores podem, em qualquer momento, fazer crescer a sua árvore.

O processo começa com a escolha da árvore (castanheiro, sobreiro ou pinheiro manso), e sempre que agitarem o telemóvel, irão fazê-la crescer. Podem ainda plantá-la virtualmente onde quiserem, tirando uma fotografia ao local pretendido.

A ideia é levar os utilizadores a plantar o maior número de árvores possível, e a partilhá-las com os seus amigos no Facebook.

A empresa com a ajuda dos seus clientes, tem também como objectivo "espalhar" a ideia de ser uma empresa com muita responsabilidade ambiental.

quarta-feira, 23 de março de 2011

Ser Paparazzi já é coisa do passado

O FBI está a investigar o roubo de fotos de Scarlett Johansson, nua, através do próprio telemóvel da actriz, um crime que poderá estar ligado a uma onda de roubos semelhantes levados a cabo recentemente com outras celebridades do mundo do cinema e da música.

Segundo o site TMZ, Jessica Alba, Vanessa Hudgens, Miley Cirus e Selena Gomez são algumas das cerca de 50 celebridades femininas que viram os seus iPhones e contas de e-mail atacados por "hackers", com o intuito de lhes roubarem fotos comprometedoras

A polícia tenta agora descobrir como é que os piratas informáticos conseguiram entrar nos telemóveis, num caso que, levanta agora, questões sobre a segurança dos smartphones.

Fonte:Diário de Notícias

Agora, além de nao ser preciso ficar apanhando uma "seca" na porta da casa dos famosos, ainda se livram das agressoes físicas a que estavam sujeitos....

Renault do Brasil e cliente chegam a acordo

A Renault do Brasil informou, na noite desta terça-feira, que entrou em acordo com a proprietária insatisfeita de um Megane que fez campanha na internet para reclamar.

Em nota, a empresa disse que "o caso chegou a uma conciliação após encontro entre representantes da empresa e da consumidora".

A companhia afirmou ainda que "reconhece que houve falhas em seus procedimentos internos e lamenta o acontecido".

Mas destacou que "sempre buscou, junto aos representantes da cliente, uma solução conciliadora".

No mês passado, a consumidora fez queixa no Twitter e no Facebook, com vídeo postado no YouTube, sobre defeito no automóvel e a negligência da empresa em reparar ou trocar o veículo, mesmo dentro do prazo de garantia.

A Renault chegou a obter na Justiça uma liminar para que o conteúdo do site da cliente fosse retirado do ar.

Em janeiro, um consumidor conseguiu trocar uma geladeira Brastemp com defeito por uma nova, depois de 90 dias de contenda com a empresa. Sua campanha no Twitter, "A Brastemp não é uma Brastemp", que incluía um vídeo, ganhou repercussão entre os internautas.

Fonte: folha.com

Afinal, também temos casos "Ensitel" no Brasil.

terça-feira, 22 de março de 2011

A web: A faca de dois gumes do séc XXI?

Ficando já a jeito de mote para o trabalho que o meu se propõe a realizar no âmbito deste cadeira (espero que ninguém do meu grupo se importe por estar a partilhar esta informação), este é um problema que já à muito tem sido debatido pela sociedade moderna. Se por um lado a Web, e todas as ferramentas, que esta coloca à disposição de todos nós permite que tomemos conhecimento, de uma forma quase imediata, de tudo o que se passa no mundo. De um modo similar, tais ferramentas permitem também a divulgação de conteúdos que se não fosse a alavancagem permitida por estes meios nunca teriam a notoriedade ou sucesso que alcançam. Refiro-me, por exemplo, ao caso de pequenas bandas amadoras que devido ao fenómeno das redes sociais alcançam um sucesso e reconhecimento enorme.

Certamente não será difícil encontrar pequenas bandas que utilizando as redes sociais, principalmente o MySpace, conseguem arranjar fãs de todo o mundo numa questão de minutos, partilhando muitas vezes, a custo zero, os conteúdos que produzem.

No entanto, se para uns a Web é vista como uma plataforma de lançamento de custo reduzido e com uma grande possibilidade de sucesso, ela é vista por outros como uma ameaça.

Grandes distribuidores de conteúdos de todos os níveis (música, cinema, séries televisivas, livros, software, entre outros) viram os seus lucros reduzidos muitas das vezes de uma forma drástica. Se uns se conseguiram adaptar, tendo usado a Web como forma de aumentar o seu retorno, como por exemplo a editora alemã Nuclear Blast (http://www.nuclearblast.de/en), que hoje em dia se apresenta como sendo uma referência mundial a este nível; o mesmo não se pode dizer da portuguesa Valentim de Carvalho (http://www.valentim.pt/), que nos seus áureos anos 90, se apresentava como sendo a principal empresa do género em Portugal passou, neste momento, para um quase anonimato entre os consumidores.

Sem querer estar a entrar em mais detalhes acerca das oportunidades e ameaças que este sector enfrenta (tal ficará reservado para o trabalho), gostaria de ouvir as vossas opiniões acerca desta realidade que directa ou indirectamente nos afecta diariamente.

Marca Benfica vale entre 250 a 300 milhões de euros

Desculpem lá mas não consegui resistir a fazer esta "provocação"

http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=474681

A Rede Globo e a cobrança da “multiplicidade”

Imagem disponível no Blog “The Equity Kicker”, no URL http://www.theequitykicker.com/wp-content/uploads/2009/04/socialmedia-profits.jpg, acedido a 22 de Março de 2011

O departamento comercial da Rede Globo, muito conhecida no nosso meio através das novelas, emitiu um comunicado para as suas afiliadas, que por sua vez informaram o mercado publicitário de algo no mínimo estranho, e que me deixa antever aquilo que temos falado ao longo das nossas aulas: empresas que – tal como a Ensitel e a Nutella – não se sabem adaptar aos novos paradigmas e fenómenos da web.

Por decisão da empresa, foram criadas regras específicas não sendo possível colocar o nome das redes sociais nos anúncios publicitários; se tal acontecer, será cobrado algo que eles intitularam como “multiplicidade”.

De acordo com o comunicado, tanto a emissora (matriz) quando as afiliadas devem cobrar em duplicidade por material publicitário que vá ao ar com referência clara, endereço electrónico ou logo de redes sociais.

Comunicado:
“São Paulo, 15 de Fevereiro de 2011
Assunto: Redes Sociais X Multiplicidade
Prezados amigos,
Comunicamos que por decisão da DGC, a citação nominal do endereçamento electrónico das redes sociais em mensagens publicitárias, deverá ser cobrada a multiplicidade.
Não havendo nome e/ou logótipo, não será passível de cobrança: Ex. @santander, @paodeacucar.
Para facilitar a visualização, anexo enviamos a relação dos ícones que representam as principais redes sociais
A dispor e atenciosamente,”

Utilizando o exemplo que circula na web, se num anúncio do Santander for colocada a marca ou o endereço twitter.com/santander ou facebook/Santander, isso será cobrado como multiplicidade.

Assim, não será possível referir – sem pagar a dita multiplicidade – as redes sociais como o facebook, twitter, YouTube, LinkedIn, entre outros. O Twitter “sofre” menos com esta medida estranha, pois foi excluído o @nomedaempresa; isto é no mínimo estranho, para não lhe chamar outra coisa, pois todos nós sabemos que esta nomenclatura é utilizada pela rede em questão como identificação.

Curioso é a Rede Globo estar presente nas várias redes sociais (por exemplo: twitter.com/rede_globo ou facebook.com/redeglobo), tendo incluído em vários anúncios o seu endereço @rede_globo. Será que é por esta situação que existe dualidade de critérios? Qual será a proximidade entre as empresas? Cabala?

Vamos a ver quanto tempo é que a concorrência demora a fazer o mesmo...

segunda-feira, 21 de março de 2011

O Youtube já tem uma orquestra

No passado domingo, em Sidney, o YouTube inaugurou a sua orquestra sinfónica com participação portuguesa e brasileira.

O espetáculo incluiu a participação de vários solistas convidados e revestiu-se de um caráter multimédia expresso em performances como a da ucraniana Ksenya Simonova, com os seus desenhos em areia concebidos em tempo real, e o artista digital Android Jones, que ao longo do concerto criou várias das projeções observáveis no interior do auditório e também na sua característica estrutura arquitetónica exterior.

http://www.jn.pt/PaginaInicial/Cultura/Interior.aspx?content_id=1811043

Fonte: Jornal de Notícias e Expresso

O 1 de Abril está próximo...


... Mas ainda falta algum tempo!!
A rapidez de um boato na Web:

No fim da semana passada a web esteve "louca" com o último boato.
Eram sites, fóruns, twitter... Todos com a mesma notícia:

"Jorge Costa Faleceu"

A informação correu como fogo. Sem saber muito bem onde nasceu tal boato, começou a partilha frenética... Todos perguntavam se era verdade e todos queriam saber mais sobre o sucedido. Condolências à família e "RIP" começaram a multiplicar-se.

Porém, e pelo que pude constatar, o ex-campeão europeu e ex-treinador do Académica continua entre nós.

"Estou a dar esta entrevista, estou vivo, todos os meus, graças a Deus, estão bem, e posso mesmo dizer-lhe que estou a passar uma das melhores fases da minha vida. Estou vivo e feliz" Jorge Costa in A Bola


Parabéns Twitter!

O Twitter, rede social que se alimenta de mensagens curtas (microblogging) celebra hoje 5 anos de existência.
O novo fenómeno contabiliza cerca de 200 milhões de utilizadores registados em todo o mundo, como celebridades do cinema e da música bem como políticos e cresceu 700% em apenas 1 ano. Está valorizado em 7,3 milhões de euros e tem sido alvo de interesse da Google e do Facebook.
O actor Ashton Kutcher e a cantora Britney Spears têm um número de seguidores no Twitter superior à população da Irlanda, Noruega ou Panamá. Tem especial relevância em zonas de conflito, como foi o caso das revoluções dos últimos meses no mundo árabe.
O verbo "twittar" (escrever na comunidade virtual Twitter) é um vocábulo que consta no dicionário da Porto Editora 2011.
Ao longo dos próximos dias, um dos fundadores, Jack Dorsey, vai contar a história do serviços através da sua conta pessoal e anunciou números destes impressionantes 5 anos:
- de 8 funcionários, tem hoje 400
- só num dia, 12 de Março, foram criadas 572000 contas novas, número recorde
- só num dia, 11 de Março, registou-se o número recorde de tweets diários, 177 milhões
- foi preciso esperar 3 anos, 2 meses e 1 dia para conseguir 1 bilião de tweets; agora, este número acontece todas as semanas
Onde vai parar o Twitter?
PS1: uma vez que este aniversário coincide com o Dia Mundial da Poesia, o Twitter convida todos os seus utilizadores a espalhar poesia em tweets, publicando poemas com 140 caracteres ou menos. Para entrar na corrente, basta usar a hashtag #poetweet :-)
PS2: e Viva a Primavera!

As (irritantes) publicidades do Pingo Doce

O meu 1º post é sobre as recentes campanhas publicitárias do Pingo Doce (PD).

Já todos devem ter reparado na quantidade de vezes que os anúncios do PD passam na rádio e na TV. Que a voz é irritante, a música detestável, a letra "parva" e os anúncios demasiado longos quase todos concordam, mas o que é curioso verificar é que a música é tão detestável e irritante que fica na cabeça e é exactamente isso que os publicitários da empresa querem.

Penso que este será um bom exemplo de marketing viral, espalha-se como um vírus e a prova do sucesso (quer se goste quer não) desta publicidade é que toda a gente, bem ou mal (foram inclusive criadas petiçoes públicas e grupos no facebook contra) fala nela a toda a hora e em todo o lado (estudos revelam que o PD é uma das marcas mais recordadas pelas pessoas).

A questão que eu gostava de deixar no ar é, até que ponto o facto de terem tornado estas campanhas tão insuportáveis não levará os clientes ou potenciais clientes a "divorciarem-se" da marca e ganharem algum "ódio" à mesma.

Para terminar deixo-vos com a última pérola lançada pelo PD.
http//www.youtube.com/watch?v=dDGcr3rQs10

P.S. - peço desculpa aos moderadores e frequentadores do blog mas não resisti a colocar também aqui uma versão muito engraçada (e ordinária) feita pelo músico e humorista Jaimão
http//www.youtube.com/watch?v=YFElG1auAds

"Need" ... an iPad 2

Nos Estados Unidos da América o iPad 2 esgotou 3 dias após ter sido colocado no mercado. O lançamento deste novo gadget é já considerado um dos maiores de sempre, com um volume de vendas entre 400 mil a um milhão de unidades no primeiro fim-de-semana.

Mais interessante ainda, é que passadas 20 horas após o lançamento do novo tablet da Apple, foi colocado no youtube um videoclip filmado e editado utilizando apenas 4 iPads 2. A música “Need” é da cantora Eddy, e apesar de não ter ficado fã da música, deixo-vos o videoclip para poderem apreciar o que se pode fazer com esta nova tecnologia. É o que se pode chamar de publicidade gratuita e realizada pelo próprio consumidor.




O lançamento deste gadget noutros países está previsto para 25 de Março e Portugal não é excepção. A Fnac irá iniciar as vendas do iPad 2 às 00:01h desse mesmo dia, sendo que os aderentes têm 5% de desconto em cartão Fnac.

Já ficaram com vontade de ir para a fila?

sábado, 19 de março de 2011

Publicidade Inteligente



Aqui vai o video que completa o meu comentário anterior.

iGoogle

http://i3.ytimg.com/vi/KYto7b4EK0U/2.jpg

Uma das fases do Marketing Mix é a Promoção, a publicidade.
Há autores que defendem que para que a publicidade tenha êxito é necessário que exista: atenção, memorização e persuasão.
Eu acrescentaria que a capacidade de envolver emocionalmente o receptor é fundamental. Este vídeo é um exemplo disso.

sexta-feira, 18 de março de 2011

Continente State of Mind



Pois é!!! Depois do sucesso da musica "Margem Sul State of Mind" ,adaptada pelo Rui Unas da musica Empire State of Mind da Alicia Kyes, e que teve mais de 12550000 visualizações no Youtube, não é que a Popota e a Leopoldina lhe pediram para fazer uma versão para elas de forma a celebrar a fusão entre marca Continente e Modelo, que aconteceu na passada 3f, dia 15 de Março.

Há até quem diga que esta musica foi criada exclusivamente para os funcionários da Sonae, numa tentativa de tornar mais activo o marketing interno da organização, e que um destes funcionários (que ficou tão entusiasmado com esta versão da Popota e da Leopoldina!!) decidiu partilha-la colocando a musica no Youtube. Rumores à parte, a verdade é que desde segunda-feira, dia em que este video foi publicado, já quase 100000 pessoas o visualizaram.

Mais uma vez fica presente a ideia de quão importante é as empresas apostarem na Web de forma a adaptarem os seus meios de comunicação e a ficarem mais próximos dos actuais e futuros clientes.

quinta-feira, 17 de março de 2011

A oportunidade faz o negócio!

Um dos temas em "buzz" nas redes sociais nos últimos dias é uma "gaffe" cometida pela RTP, que ao anunciar no Jornal da Tarde a diminuição do IVA para a prática do Golfe (desporto) acabou por mostrar no seu genérico imagens... do Volkswagen Golf!!



Ora, a Volkswagen Portugal não se engasgou com a confusão, e sem perder tempo lançou a seguinte campanha na sua página do Facebook:

http://www.facebook.com/album.php?fbid=208279025849232&id=118509158159553&aid=58364

A isto é que se chama tirar partido dos erros dos outros! Não poderia haver melhor altura para se promover o produto agora que se fala tanto dele, ainda que por outros motivos...
...Sem esquecer, uma vez mais, a enorme importância das redes sociais!!

quarta-feira, 16 de março de 2011

Web marketing - A sociedade da Informação

Ao longo dos anos assistiu-se à construção dos alicerces de um novo modelo social, dinâmico e inovador, que se designa por Sociedade da Informação e do Conhecimento. Esta evolução assenta em múltiplas alterações, não só de origem social e tecnológica, com reflexos quer ao nível dos mercados, quer ao nível dos negócios.
A sociedade da Informação
não será uma mera continuação da Sociedade Industrial com um conjunto de "produtos e serviços" diferentes. Será uma sociedade com novas regras , estruturas e padrões de comportamento.

A principal tendência que atualmente se regista, e que se irá acentuar ao longo dos próximos anos, é o facto de o consumidor ter à sua disposição um conjunto de novas ferramentas que lhe conferem cada vez maior poder de influência sobre as empresas, os meios de comunicação social e o Estado.
Este acréscimo de poder leva a que, nas suas interações com as organizações, os consumidores consigam elevar a sua voz, quer criando blogs, com a sua experiência com uma determinada marca, quer agregando outros clientes insatisfeitos em torno de uma determinada causa, quer aliando sua vontade à dos outros e criando mecanismos de pressão negocial, obtendo com isso desontos, melhores condições comerciais e até mesmo alterações de abordagem de mercado.

Posso concluir dizendo que estamos perante consumidores com mais poder de comunicação e com maior poder negocial. E tudo isto à distancia de um click

Interactividade - Um caminho para o futuro do Web-Marketing?

Há algum tempo atrás alguém me sugeriu dar uma vista de olhos neste vídeo.
Aquilo que parece um vídeo banal amador de um caçador hesitante em disparar sobre um urso que está prestes a atacá-lo, subitamente transforma-se numa experiência interactiva para o espectador, dando-lhe a possibilidade de decidir o que acontecerá.
Mas o que realmente o torna especial é o facto de supostamente permitir ao público dizer textualmente o que deve o caçador fazer... com resultados impressionantes!

Este tipo de interactividade emissor-receptor na comunicação e em campanhas de marketing poderá muito bem constituir um caminho de futuro para o web-marketing para marcas, empresas e instituições, pois focaliza-se numa das grandes tendências actuais: o consumir tem opinião e gosta de se fazer ouvir.





terça-feira, 15 de março de 2011

Crowdsourcing: à caça de ideias

A Vera acaba de colocar um desafio criativo à comunidade do Blogue de Webmarketing.

Também a Pepsi Max e a Doritos lançaram um concurso que tinha como objectivo fazer um filme publicitário de 30 segundos a ser exibido no intervalo do SuperBowl 2011, o grande evento do futebol americano, visto "só" por 11 milhões de telespectadores. O norte americano J.R.Burningham, designer em part time e editor freelancer, gastos 500 dólares no aluguer do equipamento, fez o anúncio e ganhou 1 milhão de dólares!...Não é a primeira vez que a Doritos recorre ao crowdsourcing, nem que as agências de publicidade ficam nervosas. A Unilever, por exemplo, deixou mesmo a agência Lowe, abarçando o crowdsourcing para promover a marca Peperami. Uma rede virtual de milhares de criativos parece estar a ameaçar o negócio da publicidade, e o crowdsourcing já mexe com o mundo dos anúncios.

O termo crowdsourcing foi usado pela primeira vez em 2006 por Jeff Howe na revista Wired. Resulta de uma conjugação das palavras crowd (multidão) e outsourcing (subcontratação) e designa o acto de atribuir tarefas a um grupo de pessoas, tais como clientes ou fãs, via internet. Na era do marketing participativo, as marcas convidam os consumidores a ajudar na construção de produtos e campanhas, dirigindo-se, mais do que ao consumidor individual, às tribos (comunidades que partilham interesses). "We" em vez de "me": a tendência é para valorizar mais o colectivo do que o indivíduo isolado. Neste modelo colectivo, as detentoras do poder parecem ser as comunidades. Ao propagarem críticas e ideias nos blogues e nas redes sociais, "forçam" a indústria a produzir aquilo que elas querem comprar e quebram o paradigma de que a indústria é que detém o todo o poder - Marx deveria gostar deste novo colectivismo e democratização dos meios de produção...
Por cá, o crowdsourcing criativo tomou forma em meados do ano passado através do Idea Hunting, que conta já com 1550 criativos inscritos à espera de briefings propostos pelas marcas interessadas. Este novo modelo de negócio torna o mercado da publicidade mais acessível a pequenas e médias empresas, que passam a ter acesso à comunidade de criativos. Para estes, é um espaço de oportunidade e ganhos potenciais, verdadeiros sellsumers. A Swatch propôs a criação de um relógio e respectiva embalagem e a Volkswagen pediu ideias inovadoras para serviços automóveis.
Para o presidente do Idea Hunting, as agências terão de vir a incluir o crowdsourcing no seu portfolio. "Antes as marcas falavam e os consumidores ouviam. Hoje já não é assim. Os consumidores têm capacidade para destruir a imagem de uma marca. Isto já não é um monólogo; é um diálogo".

PS: já agora Vera, qual é o prémio?...:-)

segunda-feira, 14 de março de 2011

Vai Nascer!

Caros colegas,

Tenho o prazer de lhes comunicar que em Vila Verde (Braga) está a "nascer" um grupo de Teatro! Gostaria de poder contar com a vossa colaboração no sentido de receber propostas originais para o nome do grupo.
Agradeço, desde já, a vossa colaboração!

Vera Mota.

WEB 4.0

Web 4.0? 4.0? O que é isso?

E antes da 4.0 há 3.0, 2.0 e 1.0?

Resposta: há.
Recomendo vivamente a leitura desta página (link abaixo) para perceberem do que estamos a falar, do que é a web, porquê 4.0 e porquê os .0 anteriores.

Para quem não tiver paciência eu resumo de acordo com a minha interpretação:

Web: rede. Até agora nenhuma novidade.

Web 1.0: primeira "versão" da rede. Constuida por páginas estáticas sem promoverem a possibilidade de interacção ou criação de conteúdo por parte dos users constituindo para estes uma excelente fonte de info.

Web 2.0: o melhor exemplo que me ocorre: o Facebook. Web sai da "era" estática, passa para um fase em que as páginas tem melhor aspecto com a info de modo mais atractivo e "sexy", sendo que a maior novidade é permitir aos users criarem o seu próprio conteúdo. A fase em que nos encontramos.

Web 3.0: a web semântica e ubiqua. Do WWW para o WWD (world wide database). Depois da fase 2.0 em que todos os users podem criar conteúdos a info necessita de ser organizada taxonomicamente com ferramentas desenhadas para o efeito por forma a podermos gerir a aceder a info assertivamente.

Web 4.0: a web inteligente. Correntes de pensamento referem-se a esta como a "era" da inteligência artificial na web. A internet tornar-se-á num sistema massivo e planetário capaz de perceber as interacções dos users.

Com tudo isto resta-nos tentar perceber e antecipar. Quem o conseguir estará, de acordo com Darwin, mais apto.



http://www.omelhordomarketing.com.br/index.php/2010/04/13/web-4-0-futuro-ou-realidade/

quinta-feira, 10 de março de 2011

Megafones Digitais

Proletariado off-line

A internet não é estanque nem rígida, pelo contrário, é flexível, aberta, descentralizada e multidireccional; e é neste seu aspecto mais fascinante que reside o seu efeito mais perverso: Em contrapartida “da inovação, criatividade, produtividade e riqueza; surgem as características da volatilidade, insegurança, desigualdade e exclusão social.”

Ao verificar a que parâmetros de gestão obedece “uma instituição mundial que é de todos e, aparentemente não pertence a ninguém”, constata-se a existência de barreiras de acesso à Sociedade da Informação, de natureza económica, educacional e cultural. Estas barreiras levam a que importantes camadas da população fiquem excluídas dos seus benefícios.

Ao contrário do que seria imaginável, a internet não se assume, desde logo, acessível para todos da mesma forma e com a mesma cara”, tendo em conta que implica pré-requisitos, tais como capacidade económica, conhecimento, situação geográfica e domínio de outras línguas que não a materna, nomeadamente a inglesa.

Decorrem, deste raciocínio, as inevitáveis discrepâncias entre “o mundo dos que têm acesso à rede e aqueles que, não o tendo, se vêem presos nela.” (faixas de população com menor índice de conhecimento que ficam inevitavelmente mais afastadas do seu acesso, mas sempre dependentes da sua existência).

Um artigo de Christiano German, considera que “ao lado da má distribuição de alimentos, energia e matéria-prima, vem ainda a desigualdade na distribuição dos bens não palpáveis, como conhecimento e capacidade”; ora, os fluxos informacionais da rede global não estão, pelos motivos referidos, à disposição de todos, pelo que se acentua a desigualdade entre o que German descreve como o “proletariado off-line” e os “cidadãos da rede”.

Era este tópico que pretendia levar à discussão… O fenómeno da info-exclusão e o seu impacto nas sociedades actuais.

quarta-feira, 9 de março de 2011

Facebook: Ter muitos "amigos" pode causar stress

Segundo este estudo inglês, parece que afinal ter muito amigos no Facebook pode ser sinónimo de ansiedade e stress.

Do pouco que vejo e mais pelo que oiço falar (confesso que sou uma frequentadora muito pouco assídua do Facebook) ter muito amigos no Facebook é uma forma de afirmação social e até mesmo sinónimo de fama.

Para se ser "bem aceite" e positivamente conotado na sua rede de amigos, convém ter muito amigos, quantos mais melhor, mas afinal parece que este desejo se torna pouco saudável, causa stress e ansiedade.

http://www.jn.pt/blogs/nosnarede/archive/2011/03/07/facebook-ter-muitos-quot-amigos-quot-pode-causar-stress.aspx

segunda-feira, 7 de março de 2011

Redes Sociais: Discórdia após vitória dos "Homens da Luta"

Como já devem saber, a vitória dos "Homens da Luta" no Festival da Canção da RTP gerou discórdia, que se reflectiu de imediato nas redes sociais.

A escolha da canção, que ficou em sexto lugar na votação do júri, mas foi eleita após a votação do público (com 26 por cento dos votantes por telefone, muito à frente do segundo mais votado, que obteve 12 por cento) deu origem à criação de petições on-line contra a sua propagação “além-fronteiras” e a petições contra as que são contra.

Actualmente destacam-se 2 petições:

a) “Petição contra Homens da Luta na Eurovisão”, com 487 fãs no Facebook

b) "Petição contra a Petição contra os Homens da Luta na Eurovisão", que já conta com mais de 7000 apoiantes

Reconhecendo que esta vitória é fruto, em parte, do momento que se vive no país, concluo destacando o mérito do projecto "Homens da luta" e da alegria que conseguem transmitir em cada intervenção.

Sondagem "Com a Internet, o consumidor tornou-se mais poderoso ou menos livre?"

A propósito dos últimos e interessantes posts colocados no blogue e do tema em discussão na última aula - a geração net - venho propôr a todos uma sondagem sobre o tema "Poder do consumidor", disponível na barra lateral. Podem começar a votar!
E bom Carnaval!

Redes Sociais - O Poder está no meio de nós

Vivemos numa nova era das relações entre o mercado e os consumidores. Perdão, entre o mercado e as comunidades de consumidores, autênticas nações digitais em crescimento exponencial, onde por exemplo o bater de asas de uma borboleta no youtube pode levar à queda de uma ditadura com décadas.
O Poder está no meio de nós, e não há forma de as marcas poderem sobreviverem no presente e no futuro ignorando esse facto. Vejam o video abaixo relativo a uma reportagem da RTP sobre o fenómeno e as opiniões de especialistas em comunicação, directores de marketing e dos novos "activistas" contra a exploração dos direitos do consumidor!

País - Empresas atentas a reclamações nas redes sociais - RTP Noticias, Vídeo

sábado, 5 de março de 2011

Customer break up

O vídeo seguinte, foi apresentado pelo Prof. Carlos Brito na última aula de Marketing Relacional. Tendo em conta a aula de hoje de WEB MARKETING E COMÉRCIO ELECTRÓNICO, parece-me apropriado...

Fica o registo:

quinta-feira, 3 de março de 2011

Idiossincrasias do Facebook

Já todos ouvimos falar bem e mal do facebook.

O
facebook tem características espantosas, tais como o encontrar amigos distantes ou de longa data, conhecer pessoas com interesses comuns e porque não, conhecer o par ideal. O acesso gratuito, a liberdade de expressão, as funcionalidades existentes (ex: jogos online e aplicações variadas, o Marketplace, organização de eventos, entre outros) são factores positivos que esta plataforma social apresenta.

O comum dos cidadãos pode emitir – e fazer ouvir – a sua opinião. Podemos revelar e/ou compartilhar sentimentos profundos, coisas que nos tocam ou simplesmente o que nos apetece. Acresce ainda a possibilidade de poder mandar mensagens internas para os nossos amigos
, falar com eles online (chat online) ou mandar um email – sim, o facebook já permite mandar emails!!! – para qualquer pessoa, estando ou não no facebook.

Podemos ainda adicionar amigos, amigos de amigos, pessoas que não conhecemos e queremos conhecer pois existem “gostos” comuns e pessoas que nos interessa conhecer.
Também podemos ter empresas que gostamos na nossa “rede social”; e como essas empresas utilizam e disponibilizam informações actualizadas, escusamos de andar à procura de informação, pois ela estará disponível no nosso mural sem grande esforço.

Mas na verdade, não há bela sem senão.

Gerador de uma controvérsia extraordinária, foi bloqueado em vários países, como por exemplo na China, Irão, Paquistão, Síria, e mais recentemente no Egipto. Em algumas empresas, foi proibido o seu acesso, por forma a evitar que os funcionários desperdicem tempo com esta aplicação.
A contorvérsia é gerada nas mais diversas áreas, quer relativas às politicas de privacidade, handicaps técnicos, efeitos psicológicos (ciumes e stress, por exemplo), entre outros.

Já todos disseram – por diversas vezes – que as informações dos utilizadores tinham sido roubadas, violadas ou mesmo vendidas. Embora já tenha sido discutido e rediscutido a privacidade dos utilizadores, e mesmo depois de várias actualizações na aplicação (algumas delas forçadas) esta contínua a ser uma das maiores críticas feitas ao
facebook.

Mas, na minha modesta opinião, o pior não é os dados, pois isso pode ser controlado com o “abastecimento” de informações que proporcionamos à “rede”; só fornecemos aquilo que queremos. O preocupante é a exposição proporcionada pois podemos ser vistos a fazer alguma coisa, que até queriamos que determinada pessoa não visse.

Exemplo: o
elemento A ia tomar um café com o elemento B; mas B não está para aturar A, logo diz que aconteceu um imprevisto e não pode ir. O elemento C convida B para ir ao cinema, e coloca no facebook uma foto com B, sentados no cinema com os óculos do filme 3D que vão ver. O elemento A, amigo de B, mas também de C, vê a foto no facebook do seu amigo C, e o que pensa?

Reflictam sobre a forma como utilizam o
facebook e acima de tudo, divirtam-se!!!

quarta-feira, 2 de março de 2011

Redes Sociais Tumultuam Carnaval no Rio de Janeiro

No Brasil existem mais de 70 milhões de usuários de internet, onde 80% estão em alguma rede social. O Orkut é o mais popular no país, possuindo 51% da audiência mundial nesse site de relacionamento.

Neste sentido, os "benefícios" da ferramenta não poderiam ocorrer de forma diferente na festa mais popular do país, pois o fenômeno conhecido como flash mob - aglomerações instantâneas de pessoas convocadas pela internet - chegou ao carnaval do Rio de Janeiro. Segundo o Jornal O Globo, tendo como aliadas as redes sociais, encontros estão sendo marcados por essas redes sociais, grupos de pessoas seguiram blocos de carnaval de rua recém-criados e tiveram um boom neste pré-carnaval, provocando reações do prefeito do Rio Eduardo Paes e do presidente da Riotur.

Um exemplo disso é a cantora brasileira Preta Gil, que possui mais de 690 mil seguidores no Twitter, e usou o microblog para convocar seus fãs para o desfile do seu bloco na Praia de Ipanema, domingo passado. Nos cálculos da cantora, 400 mil foliões acompanharam sua banda, que está apenas no seu segundo ano. O número é oito vezes maior que o do ano passado.


Também houveram oito ensaios no "Circo Voador", todos lotados. No Twitter, boa parte dos mais de 600 mil seguidores marcavam encontros e confirmavam presença.

Por outro lado talvez se o governo monitorasse os acontecimentos nas redes sociais, não poderiam ter se antecipado aos transtornos gerados com o aumento da participação popular nessas festas públicas?

Bom, de qualquer jeito é o bom e velho mundo real a ocorrer a partir das relações on-line.

Uma boa semana!