terça-feira, 22 de março de 2011

A web: A faca de dois gumes do séc XXI?

Ficando já a jeito de mote para o trabalho que o meu se propõe a realizar no âmbito deste cadeira (espero que ninguém do meu grupo se importe por estar a partilhar esta informação), este é um problema que já à muito tem sido debatido pela sociedade moderna. Se por um lado a Web, e todas as ferramentas, que esta coloca à disposição de todos nós permite que tomemos conhecimento, de uma forma quase imediata, de tudo o que se passa no mundo. De um modo similar, tais ferramentas permitem também a divulgação de conteúdos que se não fosse a alavancagem permitida por estes meios nunca teriam a notoriedade ou sucesso que alcançam. Refiro-me, por exemplo, ao caso de pequenas bandas amadoras que devido ao fenómeno das redes sociais alcançam um sucesso e reconhecimento enorme.

Certamente não será difícil encontrar pequenas bandas que utilizando as redes sociais, principalmente o MySpace, conseguem arranjar fãs de todo o mundo numa questão de minutos, partilhando muitas vezes, a custo zero, os conteúdos que produzem.

No entanto, se para uns a Web é vista como uma plataforma de lançamento de custo reduzido e com uma grande possibilidade de sucesso, ela é vista por outros como uma ameaça.

Grandes distribuidores de conteúdos de todos os níveis (música, cinema, séries televisivas, livros, software, entre outros) viram os seus lucros reduzidos muitas das vezes de uma forma drástica. Se uns se conseguiram adaptar, tendo usado a Web como forma de aumentar o seu retorno, como por exemplo a editora alemã Nuclear Blast (http://www.nuclearblast.de/en), que hoje em dia se apresenta como sendo uma referência mundial a este nível; o mesmo não se pode dizer da portuguesa Valentim de Carvalho (http://www.valentim.pt/), que nos seus áureos anos 90, se apresentava como sendo a principal empresa do género em Portugal passou, neste momento, para um quase anonimato entre os consumidores.

Sem querer estar a entrar em mais detalhes acerca das oportunidades e ameaças que este sector enfrenta (tal ficará reservado para o trabalho), gostaria de ouvir as vossas opiniões acerca desta realidade que directa ou indirectamente nos afecta diariamente.

2 comentários:

  1. Resolvi pesquisar um boacdinho o tema e encontrei um caso de uma empresa que aproveitou (e muito bem) a web como captação fácil e económica de novos clientes. A BC Finance é uma empresa especializada na reestruturação de crédito, fundada em Lille mas neste momento a operar em toda a França através de cerca de 20 agências. A Filosofia da BC Finance baseia-se no acompanhamento personalizado do cliente e neste sentido a empresa resolveu "trabalhar" o seu para converter os visitantes em novos clientes potenciais. A p´rópria optimização do site, agora mais apelativo e de mais fácil manuseamento, fez com que a percentagem de visitantes que saiu do site na página inicial tenha diminuido em dez por cento. Mais informação em http://www.revistasim.com/sim/index.php?option=com_content&view=article&id=460:optimizacao-de-web-sites&catid=52:internet&Itemid=104

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  2. “Give away the music and sell the show”
    Numa era onde os produtos digitais são commodities, as experiências são produtos premium.
    Diversos artistas como os Radiohead, os Strokes, os Coldplay, Prince e os portuguesíssimos David Fonseca e The Gift (só para referir alguns) depressa perceberam esta nova lógica que está a retirar os intermediários (as editoras) da equação.
    Artistas e fãs ficam mais livres nas suas escolhas ao invés de limitados pela oferta de hits e pagamento de royalties pela indústria discográfica.
    E quem fala na música fala em filmes, livros, viagens...até para empréstimos (quase) já não são precisos bancos! - é só aceder a zopa.com.

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