quinta-feira, 29 de abril de 2021

Boa resposta!

A Superbowl delicia-nos todos os anos com alguns dos melhores anúncios publicitários. Alguns sérios, alguns com muita graça, alguns simplesmente esquizofrénicos. 

Para quem não conhece, a Superbowl é o jogo da final da NFL (National Footbal League, em português, liga nacional de futebol (americano)). É um dos grandes eventos desportivos e, como sabemos, nos States, em grande quer dizer EM GRANDE. Mais de 100 milhões de espectadores e, relevante para os nossos propósitos, 30s de espaço para anúncios custaram, este ano, 4.6 milhões de euros. Escusado será dizer, mas dizemos ainda assim, as expectativas são aaaltas!

A GM, gigante motorizada, na verdade General Motors, mas gigante da indústria automóvel americana tem um plano de descarbonização e pretende atingir a produção automóvel 100% eléctrica até 2035! Como juntos vamos mais longe e a GM tem, claramente, o desejo de partilhar a sua ambição com os seus (potenciais) clientes e fazê-los aderir a este projecto de mobilidade, lançou um anúncio sério, divertido e, convenhamos, um pouco esquizofrénico. Recrutou o identicamente adjectivável Will Ferrel e apelou ao sentido competitivo dos americanos na prova mais competitiva do ano.

Parece que são os noruegueses os campões mundiais dos EV, veículos eléctricos, na sigla inglesa. Provocados por Will Ferrel, a sua boa educação levou-os a promover uma recepção adequada aos complexos americanos. O resultado foi um vídeo produzido pela Universidade Norueguesa de Agder, protagonizado por alguns dos seus docentes e discentes.


Temos falado da presença de espírito que algumas empresas têm ao responder aos seus clientes. O LIDL foi exemplo numa publicação neste mesmo blog. As vantagens de uma postura aberta e verdadeiramente interactiva com os seus clientes são o reconhecimento da marca, associação positiva de sentimentos à marca, consumer engagement nas suas várias dimensões, no qual o passa-a-palavra positivo é muito relevante. Neste caso, a GM, por acidente, obteve uma resposta de uma nação que pode agora capitalizar. 

A meu ver existe aqui a possibilidade de criar uma narrativa internacional, para lá do conteúdo visual. O tema é sério e toda a consciencialização é necessária. Perante a criação dinâmica e dialogante de conteúdos entre marca e consumidor (nem isso) parece existir o potencial para extravasar a bidimensionalidade da uma campanha. 

Se fossem vocês, o que fariam?

Fonte 1. Fonte 2. Fonte 3

quarta-feira, 28 de abril de 2021

Sainsbury 2014 Christmas ad

Partilho mais um bom exemplo de storytelling embora com o propósito de mostrar como a subjectividade e a interpretação de fontes diversas pode-nos levar a ter opiniões distintas.


O anúncio retrata o conhecido episódio do Natal de 2014 em que o exercito Britânico e Alemão fizeram tréguas por uma noite e juntaram-se em cânticos e algumas trocas amigáveis. Não foi a realidade de toda a frente ocidental mas crê-se que aproximadamente 100 000 combatentes fizeram esta trégua ao exército adversário e à miséria das trincheiras. 

Em 2014, a Sainsbury recorda o feliz acontecimento com um pequeno filme em que se faz presente somente através de um discreto mas essencial chocolate (perdoem-me, mas não sou capaz de dizer com toda a certeza o nível de reconhecimento da marca através do chocolate, mas acredito que possa ser um daqueles itens intemporais). Recorre, portanto, ao uso do storytelling como ferramenta de marketing de conteúdo cujo objecto, sem entrar na sua análise, parece um excelentíssimo exemplar.

Aquando do lançamento do anuncio este não terá tido exactamente a melhor recepção. A Sainsbury foi acusada de se aproveitar de um momento relevante da história para fazer propaganda. Gerou-se controvérsia e mais de 800 reclamações chegaram à marca. Ainda que o número possa não ser enorme, são acções concretas originadas pela peça, ou seja, ainda que negativo, gerou consumer engagement. Também as acções da empresa sofreram um ligeiro abalo.

O outro lado da questão é que, apesar das críticas, a marca não retirou o anúncio, manteve-se firme perante este, e arrisco eu, firme perante o bom trabalho feito, nas intenções, na qualidade do objecto e na pesquisa do mercado, e veria a ver vivificadas as suas receitas durante esse Natal. O filme permanece, hoje, no canal do youtube da Sainsbury e, da longa visualização de comentários feita, posso assegurar que a larguíssima maioria é positiva reconhecendo quer o valor do objecto estético, o valor patrimonial da memória, o valor de fazer publicidade sem segundas intenções e de como este anúncio poderia ser reproduzido todos os Natais. 

Concluo com duas notas simples. Mais do que nunca devemos procurar confirmar, e ler com atenção, o que nos dizem as fontes. Se nos focássemos somente no titulo da publicação seriamos levados em erro quanto ao sucesso desta campanha o que em última instância poderia levar a um fenómeno de passa-a-palavra negativo (noto que a fonte é clara no texto quanto ao sucesso último do anúncio). Em segundo lugar, o mesmo é válido para as empresas e para a sua resposta de marketing. Se é necessário reconhecer quando algo corre mal, também é necessário aguentar nas trincheiras quando temos a certeza de um trabalho bem feito e não debandar à primeira crítica. Num tempo tão medido ao segundo, a tentação será cada vez maior. Dêmos tréguas.


Fonte 1. Fonte 2. Fonte 3.

segunda-feira, 26 de abril de 2021

Apple vs Advertisers

Hoje será lançado o iOS 14.5, entre as diversas melhorias técnicas, uma é de especial interesse para os advertisers: o ATT Framework (App Tracking Transparency).

Até agora, a Apple fornecia o IDFA (Identifier For Advertisers) que funcionava por default e permitia que os advertisers fizessem trackings aos dispositivos Apple, nomeadamente, de que forma interagiam com os anúncios (se clicavam neles, durante quanto tempo os visualizavam, se instalavam as apps posteriormente...).

A Apple decidiu mudar de ideias quando foi descoberto que as apps conseguiam ter acesso a mais informações que as inicialmente fornecidas pelos IDFA, criando conflitos de privacidade e segurança dos dados dos utilizadores. E é expectável que outras empresas sigam o seu exemplo.

O ATT fornece a opção ao utilizador, de aceitar/rejeitar que as apps realizem este tracking. Quando o utilizador abre uma aplicação aparecerá a questão "Allow [APP] to track your activity across other companies’ apps and websites", a qual, previsivelmente, a maioria dos utilizadores irá rejeitar.


Com o ATT é esperado que a eficácia das target ads seja menor, dado que existem menos formas de conhecer os utilizadores, será mais difícil escolher publicidade relevante para os mesmos.

A Harvard Business Review sugere 5 tópicos que os advertisers devem ter em mente, quando preparam a sua próxima estratégia:
- Aceitar e adotar novos métodos de recolha de dados que vão ao encontro dos da Apple e Google
- Entender que encontrar lacunas legais. não é uma solução sustentável
- Desenvolver novas formas de contabilizar dados (menos user-centered, mais holísticos)
- Identificar melhor os seus públicos-alvo e depender menos de nichos
- Diferenciar a sua publicidade das restantes (dado que serão para públicos gerais)

O Apple ATT é considerado a mais impactante blow nas políticas de privacidade, com efeitos gigantescos nas empresas, em especial, nas que utilizam os meios digitais (como as redes sociais) para publicitarem os seus produtos/serviços. Com a crescente preocupação com a privacidade, é de esperar que se torne cada vez mais difícil o acesso a este tipo de dados. Esta é, então, uma forte ameaça ao marketing digital.

FONTE

domingo, 25 de abril de 2021

#SaveRalph

Nos últimos dias, tem sido muito partilhado nas redes sociais um vídeo sobre a história de um coelho chamado Ralph. Mas afinal que história tem ele para nos contar?

Ora bem, Ralph é um coelho como tantos outros que veio ao mundo com o único propósito de ser usado para testes de cosméticos. É através deste tom irónico que começa a curta-metragem “Save Ralph”, divulgada pela Humane Society International, organização que trabalha em prol dos direitos dos animais.


Este filme de animação em formato stop motion faz parte de uma campanha global que tem como objetivo proibir os testes de cosméticos em animais. A curta-metragem apresenta-nos então um coelho a ser entrevistado para um documentário onde mostra a rotina de uma cobaia num laboratório. Apesar de ser uma personagem de animação, é percetível o sofrimento que os animais reais sentem. No final, surge a frase “Nenhum animal deveria sofrer e morrer em nome da beleza”.

Além da curta-metragem, cujo elenco conta com nomes como Taika Waititi, Ricky Gervais, Zac Efron e Olivia Munn , a organização lançou também uma petição através do seu site oficial que qualquer pessoa pode assinar.

A meu ver, este é um excelente exemplo de storytelling. O argumento está muito bem escrito, cativa desde o primeiro segundo, apela às emoções e consegue passar a mensagem e conhecimento sobre a causa, visto que alerta para uma realidade que muito vezes acaba por estar esquecida. A componente visual está muito real, assim como os diálogos, e o protagonista faz-nos pensar como se estivéssemos no seu lugar.

A prova disto é que o vídeo conta com milhares de visualizações e comentários a rejeitar o abuso de animais. Várias fundações e empresas, entretanto, também fizeram publicações a explicar como saber se um produto não foi testado em animais.


sábado, 24 de abril de 2021

Learnreel: a nova app focada no marketing digital

 A Learnreel é uma nova aplicação no mercado que permite aos consumidores aprenderem mais sobre marketing digital de uma forma descomplicada, através de aulas simples e rápidas criadas por especialistas na área. 

Surge como uma alternativa à vasta quantidade de informação que circula na internet relativamente ao marketing digital mas que, muitas vezes, não fornece as bases necessárias para que alguém completamente externo a esta área e sem conhecimentos aprofundados nela seja capaz de começar um novo projeto no digital e ter efetivamente sucesso nele.


A aplicação pega no método utilizado pelo TikTok de realização de pequenos vídeos e passa-o para uma vertente de aprendizagem, apresentando no "feed" do utilizador uma série de vídeos baseados nas suas preferências de aprendizagem. No momento de criação da conta, o utilizador seleciona uma série de categorias (que podem ir desde o design, ao content marketing ou até à análise SEO) nas quais terá maior interesse e é mediante essas preferências que os vídeos lhe são posteriormente disponibilizados.

Tem ainda a vertente de permitir que alguém especialista em marketing digital possa partilhar os seus conhecimentos na plataforma através da participação no programa de instrutores de  Learnreel. 


A aplicação atualmente é gratuita e a maioria dos vídeos disponibilizados são também gratuitos, porém, ela permite aos instrutores monetizarem as suas produções e, portanto, alguns conteúdos poderão estar sujeitos a pagamento.                              

Paris Saint-German F.C.: #ALLHomeStadium

Algo que a pandemia veio mudar foi, sem dúvida, a possibilidade de os amantes de futebol poderem continuar a viver e partilhar a alegria associada ao jogo como antigamente. Para um verdadeiro adepto, ir ao estádio não se resume à simples deslocação e à apreciação serena do jogo, durante 90 min. Existe toda uma envolvência afetiva que permite criar laços com outras pessoas enquanto elementos da mesma comunidade, o clube.

Quem poderia imaginar que a rotina de milhares de adeptos iria mudar de um dia para o outro? O caminho até ao estádio, o cachecol ao pescoço, o consumo de bifanas, cachorros e cervejas, o debate das táticas de jogo e do onze inicial, os cânticos apaixonados e sem fim, os sorrisos e abraços partilhados com desconhecidos deixaram de existir.

A nova realidade passou a ser o vazio nos estádios e a visualização do jogo a partir de casa, no sofá de cada adepto, sem o calor humano e a partilha do momento com quem mais festeja e sofre cada minuto com a mesma intensidade. Apenas restou o elo emocional para com o clube e a saudade de um dia poder voltar ao estádio.

Dadas as circunstâncias, o Paris Saint-Germain F.C. decidiu que, após tantos meses de separação, estava na altura de voltar a reaproximar os seus adeptos à experiência pela qual tanto anseiam, concedendo-lhes um pouco de alegria e esperança.

Assim, o clube decidiu proporcionar a um fã a oportunidade única de experienciar o estádio Parc des Princes no seu apartamento, através de uma parceria com a All- Accor Live Limitless. Para tal, o apartamento foi modificado, de modo a que possuísse um relvado, uma bancada e até mesmo um balneário. Este fã também foi surpreendido pela presença de um chef, que confecionou alguns pratos durante o intervalo, e um antigo jogador do clube, que viu o jogo com este. Toda esta envolvente teve como objetivo tentar recriar ao máximo uma ida ao estádio, permitindo “matar saudades”.


Acredito que a iniciativa #ALLHomeStadium foi uma ótima estratégia de marketing tribal, pois transmitiu a ideia de que os adeptos fazem falta e são desejados pelo clube. Este elo emocional que une os adeptos ao clube deve ser mantido e estimulado, para que o sentido de comunidade permaneça até ao retorno à normalidade.

E vocês o que acham desta iniciativa? Acham que os adeptos estão a perder este elo emocional ou a vontade de voltar ao estádio é maior do que nunca?

Para aceder a fonte 1, clicar aqui

sexta-feira, 23 de abril de 2021

the news – como começar o dia de forma leve, prática e descontraída

 Um jeito diferente de atingir o público jovem! 

As newsletters são publicações de uma empresa para clientes ou potenciais clientes. Elas possuem uma periodicidade e a meio de distribuição mais comum nos dias de hoje é via e-mail. Elas não podem ser confundidas com e-mail marketing, pois são mais focadas em produção de conteúdo com informações relevantes ao público do que em vendas, como é o e-mail marketing.

Geralmente a newsletter possui um público específico, ou seja, apenas pessoas pré-cadastradas as recebem, e é por isso que há um grande trabalho em se criar bons conteúdos para que não acabe caindo na caixa de spam.

O lema da the news (sim, a letra minúscula é proposital) é: tudo aquilo que você precisa saber para começar o seu dia, de forma leve, prática e descontraída. 


Basicamente, a the news é uma newsletter diária enviada gratuitamente por e-mail com as notícias mais recentes sobre mundo, Brasil, mercado financeiro e tecnologia. É escrito de forma objetiva, fluída e em tom de conversa, para tornar a leitura de notícias agradável e rápida.

O antigo thenews.substack.com, que passou recentemente para o domínio thenewscc.com.br, também possui página no Facebook, Twitter e atualmente já atingiu mais de 65,4k seguidores no Instagram. A proposta é ter uma linguagem mais jovial para atingir o público brasileiro mais jovem, que muitas vezes não está interessado em notícias do mundo ou não tem vontade de ler os jornais mais tradicionais.
 

A empresa adotou recentemente uma nova forma para atingir mais pessoas, o #ShareDêNius:  basicamente o utilizador deve compartilhar o seu link com outras pessoas que ainda não estão cadastradas na newsletter, estas devem-se cadastrar, e de acordo com o número de pessoas atingidas, ganha-se prêmios, como mostra na imagem a seguir.


Eu já estou cadastrada, realmente é muito bom, mas a pergunta que fica é: será que essa  linguagem adotada pela the news, com o intuito de trazer notícias importantes ao público jovem brasileiro veio para ficar? Ou será mais uma tentativa que está fadada ao fracasso (espero que não 😅)?

quinta-feira, 22 de abril de 2021

ASOS StyleMatch: o Shazam para moda

A loja de moda online ASOS (Ay-Sos), acrónimo de “As Seen On Screen”, foi lançada no ano 2000, tendo como inspiração a popularidade de filmes e séries de televisão que despertavam na audiência a vontade de comprar os produtos (decoração, guarda-roupa) que surgiam no ecrã. Nick Robertson, o fundador da ASOS, através da sua ligação à indústria do audiovisual descobriu que, por exemplo, a NBC recebia milhares de telefonemas de espectadores da série "Friends" que procuravam saber onde comprar as roupas usadas pela personagem Rachel Green ou onde se vendia a moldura pendurada na porta do apartamento de Monica Geller. Na altura, o Google tinha acabado de nascer, o Facebook ainda não existia e a Amazon era uma mera livraria.

Hoje em dia, a ASOS estendeu a sua atividade muito para além de reproduções do estilo das celebridades, tornando-se líder no mundo da moda digital, com quase 20 milhões de utilizadores ativos, sobretudo millennials. Ainda assim, a lógica “As Seen On Screen” mantém-se, mesmo que reinventada…




Seguindo outras "visual search tools" como a Pinterest Lens ou a Screenshop, apoiada por Kim Kardashian, a ASOS lançou a funcionalidade StyleMatch. Quando o utilizador faz upload de uma foto de um outfit ou visual usado por uma celebridade, influencer ou simplesmente alguém desconhecido que viu na rua, numa revista ou numa rede social, a StyleMatch devolve em poucos segundos resultados semelhantes a partir de uma base de 85,000 artigos que podem ser adquiridos na ASOS a preços bem mais convidativos do que os sugeridos pela Screenshop. Cerca de 30% das pesquisas do Google são por imagens, 80% dos contactos da ASOS com clientes são feitos via mobile, assim como 70% das encomendas. Apesar de estas "visual search tools" já existirem (como o Google Lens Style Match), esta é uma das primeiras detidas por uma loja online, a par com o eBay. Um verdadeiro "Shazam para moda"...


Promissores  são também os recentes desenvolvimentos promovidos pela Amazon Echo Look, uma funcionalidade da Alexa que, através de algoritmos e machine learning, aconselha os utilizadores sobre o look que devem usar, tornando possível por exemplo:
  • Perguntar à “Alexa o que acha do nosso look e obter dicas de styling
  • Comparar diferentes outfits e descobrir o que nos fica melhor com o Style Check
  • Refrescar o look com novos itens que combinem com os que já existem no armário

See, shoot, search and buy. And style: A próxima revolução no mundo da moda?

Fontes:

domingo, 18 de abril de 2021

A Era da Influência Digital

O que são influenciadores?

Segundo o dicionário Priberam, a definição de influenciadores é “Que ou quem influencia ou tem alguma espécie de influência sobre algo ou alguém (ex.: agente influenciador; o debate contará com a presença de vários influenciadores digitais).”

"influenciador", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2021, https://dicionario.priberam.org/influenciador [consultado em 18-04-2021].

Ou seja, é aquele que induz, de alguma forma, a opinião do seu público através de textos, vídeos ou imagens, com posicionamento e análises. Os influenciadores são pessoas capazes de criar percepções e mudar pensamentos e comportamentos.


A influência já existia

A influência como uma ação já faz parte do cotidiano desde há muito tempo, mesmo antes dos famosos influencers digitais, que hoje em dia fazem sucesso no universo digital.

Recuemos um pouco da história para perceber. A influência começou com grandes personalidades que ficaram historicamente reconhecidas: cientistas, políticos, atrizes, cantores, pensadores e escritores. O rádio foi o dos primeiros formatos de divulgação, como também a Televisão, jornais , revistas antes de iniciarmos o caminho da internet. Personalidades como Albert Einstein, Diana de Gales, Audrey Hepburn, eram influenciadores na sua época (Imagem 1).



Imagem 1- Se na sua época houvesse Instagram, poderíamos imaginar que seria assim a sua conta pessoa na famosa rede social

O que mudou

Com o aparecimento da internet, criou-se uma nova forma de comunicação. Como cada vez mais pessoas consomem conteúdo online, iniciaram-se as eras da influência digital (Imagem 2).

A imagem seguinte ilustra as várias eras com as respetivas fases.

Imagem 2- As Eras da Influência Digital


Nós todos somos influenciados, consciente ou inconscientemente. Ao ter esta referência, podemos ter boas influências e essas influências mudarem a forma como vemos o mundo e/ou como podemos mudar o mundo nos mais variados assuntos, como na politica, na economia, no meio ambiente, etc...

Agora a pergunta que mais tenho curiosidade em saber. Vocês têm boas referências no que toca a influenciadores digitais? Ou estão mesmo fora deste contexto e não vão querer dar uma oportunidade?

Sabendo que seremos sempre seres sociais e o digital está presente nas nossas vidas como nunca, não será importante acompanhar pessoas que partilhem os mesmos interesses, mesmo que tenham perspetivas diferentes sobre os mesmos assuntos? (para mim é o ideal porque só assim crescemos como indivíduo)

O mundo está em constante mudança e acredito que não iremos ficar pela terceira era da influência digital. Se tivessem o poder de escolher a próxima era, qual seria?


Fonte 1

terça-feira, 13 de abril de 2021

Tendências do e-commerce para 2021


No contexto de pandemia, vimos o e-commerce aumentar de uma forma exponencial, obrigando a uma adaptação por parte das empresas. Sem dúvida que as empresas que já disponibilizavam a compra online, estiveram melhor preparadas para enfrentar esta nova realidade, visto que já tinham um know how prévio. Contudo o e-commerce veio para ficar e em 2021 irão surgir novas tendências de forma a potenciar este canal de compra, entre elas:
  • Implementação de sistemas de realidade aumentada, permitindo ao consumidor um olhar mais detalhado sobre o produto, de forma a facilitar a decisão de compra. Este ponto tem particular relevância na indústria da moda e da decoração;
  • Aumento do uso de sistemas de procura por voz, para facilitar o processo de compra e ser mais fácil e rápido encontrar o produto pretendido. Estes mesmos assistentes de voz, dão sugestões ao utilizador de acordo com as preferências do mesmo, identificadas em compras prévias;
  • Aumento do uso de inteligência artificial para obter informação sobre os consumidores: dados sobre a forma como compram, como fazem as transações e o que procuram;
  • Personalização da experiência de compra com reviews e apoio ao cliente ao cliente personalizado “chatbots”, conseguido através da recolha de dados efetuada pela inteligência artificial;
  • Desenvolvimento de aplicações para realizar as compras nos dispositivos movéis (onde são realizadas cerca de 73% das compras online);
  • Maior variedade de opções de pagamento;
  • Maior disponibilização de vídeos para conectar e educar os consumidores sobre o produto ou serviço;
  • Maior destaque para a sustentabilidade, em consequência da maior consciência ambiental existente, atraindo este tipo de consumidores.
E vocês, acrescentariam alguma tendência no campo do e-commerce? Enquanto consumidores, optam por esta forma de compra? Contem-me as vossas preferências.

Fonte 1

Domino's apresenta o DOM

A utilização de robôs e drones na realização de diversas atividades tem vindo a tornar-se mais frequente a nível global. Atualmente, os drones e os robôs conseguem substituir o ser humano, por exemplo, na realização de encomendas, atendimento ao cliente, realização de operações cirúrgicas, entre outros.

De modo a acompanhar esta tendência, a maior rede de entregas de pizza do mundo, a Domino’s, criou uma parceria com a Nuro, uma empresa líder na conceção de veículos de condução automática. O objetivo é testar um novo método de entrega, que dispensa o contacto humano entre o cliente e quem realiza a entrega.

A Domino’s apresenta então o DOM, um veículo de quatro rodas com compartimentos construídos para manter a encomenda dos clientes quente e as bebidas frias, enquanto realiza o caminho desde a loja até à morada do cliente. Este é capaz de navegar desde o ponto de partida até ao destino, selecionando o melhor caminho a percorrer e evitando os obstáculos que possam surgir, com a ajuda de sensores incorporados no veículo.


Esta experiência começou no início desta semana, estando apenas a ser implementada numa avenida específica em Houston (3209 Houston Ave.). Os clientes que habitam neste local poderão optar por ter a sua encomenda entregue pelo robô DOM, desde que efetuem o pré pagamento no site da Domino’s. Ao optarem por este meio, os clientes vão recebendo mensagens com atualizações relativamente à localização do DOM, bem como o código que terá de ser introduzido no ecrã táctil do robô para que a porta deste abra e seja possível retirar a encomenda do seu interior.


"There is still so much for our brand to learn about the autonomous delivery space. This program will allow us to better understand how customers respond to the deliveries, how they interact with the robot and how it affects store operations.”- Domino's Senior Vice President and Chief Innovation Officer

É de salientar que esta não é a primeira experiência de entregas autónomas que a Domino’s realiza. Em 2013, a Domino's testou a entrega de pizzas via drone, no Reino Unido, e quatros anos mais tarde utilizou um híbrido Ford Fusion de condução autónoma para entregar pizzas a clientes em Michigan.

Acredito que este meio de distribuição seja o futuro, mas será que é um futuro ainda distante ou estamos cada vez mais perto desta realidade? Gostavam que as vossas encomendas fossem entregues por robôs ou consideram o contacto humano indispensável?


Para aceder a fonte 1, clicar aqui.
Para aceder a fonte 2, clicar aqui.
Para aceder a fonte 3, clicar aqui.

domingo, 11 de abril de 2021

Ainda é preciso chocar para ser criativo?

No mês passado, a VOGUE lançou uma notícia referente ao facto de haver diversas marcas que, para alcançar o público, recorrem ao marketing com o objetivo de chocar as pessoas, de as sensibilizar e de as chamar a atenção para determinado assunto.

O objetivo destas marcas, segundo o artigo, é “(…) apenas ser relevante, apontar as falhas do ser humano e do mundo, numa tentativa de “acordar” os seus leitores”. Nem sempre estas estratégias resultam em bons resultados, porque o ser humano, na sociedade em que vivemos, nem sempre deseja (ou gosta) de ser despertado para os problemas reais que o rodeiam.

A questão que o artigo coloca é: É preciso chocar para ser criativo, ou pelo contrário, é preciso ser criativo para chocar? Na minha opinião, ambas as questões são válidas, porque realmente é preciso chocar para ser criativo, na medida em que as marcas conseguem captar a atenção do público e para marcarem a diferença das restantes publicidades. No entanto, considero que é preciso as marcas serem extremamente criativas e corajosas para abordar determinados tópicos, alguns deles tão sensíveis, sabendo que existe sempre um risco associado de gerar consequências menos agradáveis.


Uma das marcas mais conhecidas, no que diz respeito a este tipo de marketing, é a Benetton. Em 1982, eles contrataram um fotógrafo, Oliviero Toscani, que criava anúncios que confrontavam visceralmente o público com imagens, como a de um homem com SIDA, prestes a morrer numa cama de hospital, ou pessoas de diferentes etnias a saírem juntas. Ele defendia que não havia imagens chocantes, mas sim uma realidade chocante. O que é certo, é que através destas campanhas, a marca, não só atraía a atenção dos media, como também contribuía para expor uma realidade que era, frequentemente, ignorada pelo mundo.

Eu, pessoalmente, aprecio muito este tipo de publicidade e marketing. Apesar de, muitas vezes, não ser bonito nem a mais agradável à vista, é aquela que provoca uma emoção além daquela que estamos habituados a sentir e, principalmente, é um despertar da mente e um acordar para a vida. Tal como diz no artigo: “Um ver-as-coisas-como-elas-são porque, na maioria das vezes, é assim que elas são. O público é que não as quer ver.”

Deixo aqui um link, para os mais curiosos e interessados neste tema, com imagens de campanhas da Benetton. Vale a pena ver! :)

https://observador.pt/2015/10/28/50-anos-50-imagens-campanhas-benetton/?fbclid=IwAR0IkAduJHDZc-8D_u3cA5qyl8mZj9sbrb6exV__2999zysj0Uyzy-q4e3k

Fonte 1

sábado, 10 de abril de 2021

O presente e o futuro das redes sociais

Esta semana, tive oportunidade de assistir a uma masterclass, do ISCTE, sobre as redes sociais.


Cada rede social tem o seu propósito, e cabe ao utilizador/marca conseguir tirar o melhor partido dele:

  • Facebook: segmentar
  • Instagram: inspirar/influenciar
  • Pinterest: inspirar/tráfego
  • Twitter: informar
  • Twitch: credibilizar
  • LinkedIn: credibilizar
  • Youtube: comunidade
  • Clubhouse: comunidade
  • Tik Tok: entretenimento

Se a melhor aposta de conteúdo no Facebook é através de vídeo ou dos grupos lá disponíveis, no Instagram já é diferente: os consumidores querem seguir pessoas, não marcas, querem ver conteúdo exclusivo, impactante, inspirador, oficial, único e provocador.

No entanto, existem "novas" redes sociais que estão ganhar cada vez mais terreno, como o Twitch (especialmente no mundo do gaming e para a geração Z) e o Tik Tok.

Se tinha dúvidas que o Tik Tok vai ser a rede social do futuro, percebendo a estratégia de crescimento desta rede social, deixei de as ter. Estão a comprar muitos direitos de autores de músicas, antecipando-se, por exemplo, ao Reels - que cairá quando já não tiver direitos de autores disponíveis.

Há 4 eixos onde o Tik Tok está a investir e a fazer crescer, sendo eles:

  • Gaming
  • Desporto
  • Música
  • Educação

Sabiam que até já há professores a usar o Tik Tok nas suas aulas, com quizzes para os alunos? Super interessante, e o Tik Tok apoia!

O futuro, como será?

Continuará a haver uma comunidade muito grande em redes sociais como o Facebook, Instagram e Youtube, mas espera-se as redes sociais mais "pequenas" ganhem força, uma vez que "são a TV dos mais novos".

E o Facebook, está velho? Não! Temos de saber trabalhar a nossa marca nesta rede social, e tirar o melhor partido dela.

Podem ver como conseguir tirar o melhor partido de cada rede social aqui: 

https://youtu.be/ydxo_fW6-Uw

sexta-feira, 9 de abril de 2021

Direct-to-Consumer: o que é?

O modelo de negócio Direct-to-Consumer (Direto ao Consumidor) ocorre quando existe venda direta ao consumidor final, sem intermediários. Este modelo de negócio está aliado à evolução tecnológica, se antes para vender ao cliente final era necessário investir em pontos de venda, com o comércio eletrónico essa necessidade perde relevância.

O D2C assemelha-se muito ao Business-to-Consumer, quando uma marca vende os seus bens ou serviços diretamente ao consumidor final, mas neste caso, para além disso, os pedidos são realizados e enviados diretamente para o mesmo.

Para ser mais simples perceber este conceito vamos ver exemplos. Se olharmos para o caso da Coca Cola, conseguimos perceber que optam por um modelo B2C, ou seja, se quisermos comprar coca-cola dirigimo-nos a revendedores, a própria marca não tem uma plataforma de venda própria. Agora se pensarmos na Vans, apesar de também ser vendida por intermediários, podemos comprar no próprio website ou loja, sendo que no último caso estamos perante um modelo D2C.

Para as marcas é vantajoso optarem por uma estratégia D2C pois conseguem um maior controlo na relação com o cliente e da maneira como os seus produtos são expostos, permite recolher os dados dos clientes para posterior personalização das comunicações, aumenta o lucro e permite um feedback mais rápido. A ideia do modelo D2C é eliminar a necessidade de o cliente fazer pesquisa entre diversos sites/lojas onde determinado produto está presente e dirigir-se diretamente à plataforma da marca, tornando a experiência de compra mais rápida e agradável.

Eu penso que apesar deste modelo ser interessante e vantajoso para a empresa, o cliente final vai na mesma pesquisar, quer seja online ou não, pela melhor oferta e pode optar por não fazer a compra na marca oficial. Vocês preferem comprar produtos na loja oficial ou recorrem a revendedores?

quarta-feira, 7 de abril de 2021

Psicologia das cores no Marketing

Quem nunca ouviu dizer que “azul transmite tranquilidade” ou “amarelo remete a prosperidade e dinheiro”? A verdade é que estas afirmações podem ser comprovadas através da psicologia das cores.

A psicologia das cores estuda o impacto que estas podem provocar no cérebro humano, esta disciplina pode ser bastante interessante quando se está a formular um produto/serviço ou então na fase de promoção. Existem especialistas na área do marketing, nomeadamente Neil Patel, que comprovaram que a cor representa 85% do motivo pelo qual o consumidor faz uma compra.

Isto posto faz sentido que as marcas dediquem algum tempo a estudar a psicologia das cores, vou apresentar alguns tópicos sobre os quais os profissionais de marketing se devem debruçar quando estão a delinear a sua estratégia:

1.Avaliar a performance das cores, em materiais digitais como páginas de campanha ou newsletter pode ser interessante realizar testes A/B e ver qual teve o resultado mais favorável;

2. Definir uma paleta de cores para a marca, se uma marca conseguir associar-se a uma dada cor, sempre que o cliente a vir vai-se lembrar da marca, criando uma ligação com a mesma

3. Considerar a experiência do utilizador: se uma marca que passar uma mensagem é fundamental que os clientes a consigam ler, para isso devem ser priorizadas cores que facilitem a leitura, por exemplo.



Concluindo, escolher as cores certas para transmitir a mensagem da marca pode ser desafiante, mas se tivermos os 3 pontos de cima em consideração, vai ser mais fácil elaborar a estratégia de comunicação da empresa.

Algum de vocês já tinha estudado sobre este assunto? Se sim concordam com as sugestões dadas?

Mais um concorrente para o Tik Tok

Depois de o Instagram lançar o Reels para tentar competir com o Tik Tok, chegou a vez do YouTube, através do Shorts.

Esta nova ferramenta está integrada dentro da aplicação do YouTube, apresentando um feed de vídeos de curta duração, semelhante ao que já conhecemos criado pelo TikTok, de forma a ficar viral dentro da plataforma. Para além disto, este novo formato acrescenta outras funcionalidades como poder adicionar texto a meio dos vídeos ou uma lista de novas músicas mais abrangente do que a dos rivais.

O YouTube Shorts começou a ser testado na Índia em Setembro de 2020 e, dois meses depois, o número de canais indianos a usar esta plataforma já tinha aumentado mais do triplo. O player do YouTube Shorts recebe mais de 3,5 mil milhões de visualizações diárias. Entretanto, em Março de 2021, o Shorts foi lançado nos Estados Unidos da América. 

Com o crescimento do Tik Tok e do Instagram Reels, era previsível que a Google, nomeadamente através do YouTube, fosse atrás da onda dos vídeos curtos, de forma a ter a mesma oferta e, assim, competir com estas aplicações. No entanto, a meu ver, pode acontecer o que tem acontecido sempre que uma app copia uma ferramenta. Isto é, a partir do momento em que existe em todas, os utilizadores acabam por optar apenas por uma, deixando as outras para trás, como por exemplo as “stories” no Facebook, Linkedin ou Twitter.

Por outro lado, tal como acontece no Instagram, atualmente o algoritmo do YouTube privilegia quem utiliza o Shorts. Desta forma, usar esta ferramenta é uma oportunidade para que os canais pequenos consigam crescer muito, visto que podem obter um grande alcance orgânico.

O que acham sobre isto? As marcas já deviam estar a experimentar esta nova ferramenta? O YouTube Shorts vai conseguir tirar o Tik Tok do trono ou vai tornar-se despiciendo por ser só mais um?

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terça-feira, 6 de abril de 2021

Monopoly: O Desafio da Caixa da Comunidade

Monopoly foi lançado em novembro de 1935, nos Estados Unidos, sendo hoje um dos jogos de tabuleiro mais populares do mundo. De facto, quem é que nunca jogou Monopoly?

O jogo foi criado por Charles Darrow, um ex-vendedor que ficou desempregado durante a Grande Depressão. No entanto, este baseou-se no jogo The Landlord’s Game, que tinha como objetivo fazer uma crítica ao capitalismo ao mostrar os perigos dos monopólios, descrevendo-os como fontes de desigualdade e pobreza. Charles inverteu a lógica do jogo e criou um tabuleiro no qual o cidadão comum pode virar um milionário.

Este jogo chegou a Portugal apenas na década de 50 com o nome traduzido para Monopólio. Contudo, a partir de 1961 o nome foi uniformizado para Monopoly, por pressão da detentora dos direitos do jogo, a Hasbro.

É extraordinário o sucesso que um simples jogo de tabuleiro, criado há 86 anos, teve e continua a ter nos dias de hoje. Desde a sua introdução no mercado, cerca de 275 milhões de Monopoly foram vendidos e estima-se que já tenha sido jogado por mais de 1 bilião de pessoal a nível mundial.

No entanto, este sucesso deve-se a sua capacidade de inovação e adaptação. Deste a versão original, já foram criadas diversas versões, de modo a torná-lo mais apelativo para um público de diversas idades e gostos. Existem versões para os fanáticos de séries e filmes como, por exemplo, alusivas aos Friends, Stranger Things, The Simpsons, The Lion King, mas também para crianças, versões de jogo mais curtas, versões que utilizam cartões de crédito, entre outras.

Para que o jogo continue a perpetuar nas casas de toda a população, a empresa está consciente de que necessita de criar versões com as quais os consumidores se identifiquem, bem como deixá-los participar nos processos criativos e conceção dos jogos, para que estes sintam que fizeram parte do produto final.

Foi exatamente por este motivo que, recentemente, foi lançado um novo desafio aos fãs de Monopoly, “O Desafio da Caixa da Comunidade”. Até dia 9 de abril, todos os fãs estão convidados a votar nas suas cartas favoritas, que irão integrar uma nova versão do jogo. Desta votação sairão as 16 futuras cartas da Caixa da Comunidade, que irão substituir as cartas tradicionais pela primeira vez em mais de 85 anos.

O momento escolhido para lançar este desafio não foi por acaso. Segundo a Hasbro, as cartas comunitárias atuais, que incluem tópicos como concursos de beleza, fundos de férias e seguros de vida, já não se adequam à realidade. Após o surgimento da pandemia, a Hasbro pretende que as cartas comunitárias reflitam melhor o que a comunidade significa para os indivíduos, em 2021.

"The world has changed a lot since Monopoly became a household name more than 85 years ago, and clearly today community is more important than ever. We felt like 2021 was the perfect time to give fans the opportunity to show the world what community means to them through voting on new Community Chest Cards. We're really excited to see what new cards get voted in!"- Eric Nyman, Chief Consumer Officer at Hasbro


Sendo assim, quem quiser participar no desafio poderá fazê-lo através do site Monopoly Community Chest, no qual irá encontrar novas cartas alusivas a angariação de fundos, reciclagem, compras no comércio local, voluntariado, doar sangue, entre outras ações.


Na minha opinião, a Hasbro teve um ótimo sentido de oportunidade! A melhor forma de o Monopoly continuar a permanecer nas nossas casas é mantendo uma relação de proximidade com os fãs, disponibilizando um jogo com o qual se identifiquem. A participação dos fãs na escolha das novas cartas da comunidade, resultará num aumento das vendas, pois estes quererão adquirir o jogo que possui as cartas nas quais votaram.

E vocês o que acham deste desafio? Concordam que as cartas comunitárias já não eram adequadas?


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quinta-feira, 1 de abril de 2021

Tryvertising na área automóvel

Numa época tão competitiva, em que os holofotes estão virados para a criatividade e para o consumidor, são inúmeras as quantidades de estratégias que as marcas podem adotar.

Estamos perante uma geração de consumidores mais exigentes e informados, que procuram reviews e feedbacks antes de adquirirem qualquer produto ou serviço. A opinião de amigos e familiares não é suficiente para que o consumidor se sinta seguro com a tomada de decisão. O auxílio de internautas acaba por ser crucial. Como é que as marcas conseguem estabelecer uma estratégia que auxilie na tomada de decisão sem se tornarem invasivas? Exatamente: através do tryvertising!

Um facto indiscutível é que existe muito conteúdo de tryvertising espalhados pelo Instagram e YouTube - lugares mais propícios para este tipo de estratégia, em que as marcas contactam com terceiros para experimentarem os seus produtos e exporem a sua opinião. Poderia ser clichê e abordar produtos de beleza, mas o que trago hoje é algo diferente! A aquisição de um automóvel leva ao comportamento de compra complexo, visto que há um elevado envolvimento entre o potencial cliente e o produto, um elevado valor monetário e a intenção de que o produto seja duradouro. Então, a sua análise acaba por ser mais minuciosa. Concluo que, nesta temática, a informação é de extrema importância.

Em 2019 deparei-me com este tipo de conteúdo. Desde esse momento, a quantidade deste tipo de conteúdo tem vindo a crescer, ou então, passei a prestar mais atenção a ele!

O primeiro conteúdo assistido foi o da Inês Rochinha. Em 2017 adquiriu o Renault Twingo Night and Day. Sendo utilizadora da marca, a Renault Portugal propôs uma parceria com a influencer, com o objetivo de experimentar, durante um período, o Renault Twingo Le Coq Sportif 2019 e expor a sua opinião acerca do mesmo através de conteúdos gerados pela própria. Durante um mês, entre IGTV, publicações e instastories, foi deixando conteúdos aleatórios acerca do Twingo Le Coq Sportif - até surgiram suposições que tinha adquirido um novo veículo. Em agosto de 2019, publicou no YouTube um vídeo da tour pelo automóvel, assim como a sua opinião, estabelecendo a comparação entre o Night and Day 2017 e o Le Coq Sportif 2019.
 

Após a contextualização e a análise do conteúdo, consigo compreender que a Renault Portugal adotou uma boa estratégia, uma vez que utilizou uma consumidora da marca, com visibilidade, para fazer uma comparação fidedigna de diferentes modelos, da mesma gama. Na minha opinião, a credibilidade da informação aumenta quando conseguimos estabelecer uma comparação. O conceito foi bem pensado e estruturado pela Renault. Acredito que o objetivo da mensagem foi bem passada, já que alcançou 59 852 visualizações no YouTube.

A Renault não ficou por aqui, sabiam? Em setembro do mesmo ano, o concessionário da Renault Aveiro (Entreposto A. Fontes) fez uma parceria com Vanessa Alfaro, Instagrammer, para demonstrar a sua experiência com o Zoe Elétrico. Passado três meses, Grupo Litocar realizou uma parceria com Joana Gentil, Instagrammer e YouTuber, para testar exatamente o mesmo automóvel.

Desde esse momento, comecei a perceber que diversas marcas de automóvel/stands estavam a optar por uma estratégia de tryvertising. Para além da Renault, Honda e Peugeot optaram por seguir a mesma estratégia. A famosa Rita Pereira publicou no seu Instagram a experiência de conduzir um carro cujos espelhos retrovisores exteriores se encontravam, na verdade, dentro do automóvel (parceria com Honda). Por sua vez, Catarina Gouveia, conhecida pela ligação com a natureza e sustentabilidade, experimentou o modelo e-2008 da marca Peugeot, um modelo elétrico e amigo do ambiente.

Possivelmente haverá mais marcas e mais UCG que apostam neste formato para publicitar novos modelos automóveis e auxiliarem os consumidores na escolha do produto ideal. Se alguém estiver num processo de mudança de automóvel, espero ter ajudado! 😀

Serei a única que só se apercebeu deste tipo de conteúdo "recentemente" (2019)? Queres partilhar alguma marca que utilize o tryvertising neste ramo? O que acham deste tipo de estratégia de marcas de automóveis menos invasiva do que a publicidade televisiva?


Vídeos da Inês Rochinha acerca dos modelos Twingo: Night and Day e Le Coq Sportif
Vídeo da Joana Gentil acerca do Zoe Elétrico

O fenómeno dos Podcasts

Provavelmente muitos de vocês já ouviram o termo Podcasts e muitos são também consumidores deste tipo de conteúdo que tem ganho cada vez mais ênfase nos últimos anos. Mas afinal o que é um Podcast? Podcast pode definir-se como uma série de episódios que em vez de serem em vídeo como estávamos habituados, são ficheiros em áudio que qualquer pessoa consegue aceder nas diversas plataformas de streaming disponíveis, desde o Spotify ao Apple Podcasts.


Contudo, quem pensa que este termo é novo, engana-se, oficialmente o termo podcast surgiu em 2004 por Adam Curry, um ex-VJ da MTV, e chegou a Portugal logo no ano seguinte, tendo o Blitzkrieg Bop, de Duarte Velez Grilo sido o podcast pioneiro no nosso País. Este tipo de conteúdo ficou meio que adormecido durante alguns anos tendo se tornado um fenómeno emergente nos últimos anos. Por exemplo, nos EUA, o principal mercado de Podcasting, em 2006 apenas 22% da população estava ciente do termo, comparado aos 75% em 2020. O crescimento é abismal e Portugal não é exceção.

Em termos de assunto, existe podcast para todos os gostos, desde a comédia, à informação, à criminalidade ou mesmo sociedade e cultura. Em Portugal o Top dos Podcasts, é constituído pelo “Tubo de Ensaio” de Bruno Nogueira, "Extremamente desagradável" por Joana Marques, “Ask.tm” de Pedro Teixeira da Mota e “O homem que mordeu o cão” dor Nuno Markl, podendo-se afirmar que sem dúvida a comédia domina o mercado de podcasting no nosso país.

No entanto, tal como todas as plataformas de conteúdos, os podcasts têm se tornado palco de marketing e advertising, sendo assim um instrumento valioso nesse aspeto. O número de influenciadores e criadores de conteúdo, canais de rádio e comunicação que criam o seu próprio podcast tem crescido evidentemente, assim como as marcas começam a apostar em patrocínios dos mesmos para ganhar mais visibilidade. Enquanto que, por exemplo, a maioria dos influenciadores utilizam o podcast tanto para se mostrar mais ao público e assim criar uma relação mais pessoal intensificando a sua influência como para diversificar a sua marca pessoal, as marcas utilizam-no como outra plataforma de comunicação.

Pessoalmente, consumo mais podcasts estrangeiros que nacionais, e todos esses têm diversas pausas ao longo do episódio dedicadas aos patrocinadores, os conhecidos anúncios, dando assim mais visibilidade às marcas. Na minha opinião os podcasts são uma plataforma que não deve ser ignorada pelas marcas, pois tal como o Instagram ou o Youtube, pode ser utilizada com o mesmo propósito e dado o seu crescimento nos últimos anos, torna-se cada vez mais uma mais valia para o marketing.

E vocês o que acham deste tema?

Fonte 1

Fonte 2

Fonte 3