domingo, 26 de fevereiro de 2017

Nada pára a Era Digital, nem um muro


Na aula desta semana falámos das novas ferramentas de comunicação da Era Digital, que se caracterizam por uma elevada interatividade e no âmbito das quais o fenómeno do “word of mouse” ganha uma importância crescente e notável.
Notem o seguinte exemplo, que aconteceu recentemente, bem perto de nós, a uma marca de brinquedos mundialmente conhecida.

O jogador do FC Porto Miguel Layun foi, ontem, ao Toys’R’Us do GaiaShopping, provavelmente para comprar um disfarce de Carnaval. À entrada, o jogador mexicano deparou-se com um muro, um sinal de Stop, um polícia e duas setas, uma a apontar para “México” e outra para “USA”. Se houve quem se sentisse indiferente ou até achasse piada ao sentido de humor dos decoradores da loja, esse não foi o caso do jogador, que depois de captar uma fotografia a postou e comentou, desfavoravelmente, nas suas contas do Twitter e do Instagram.


O que aconteceu a seguir já não surpreende ninguém. A imagem do jogador internacional foi partilhada rapidamente por milhares de pessoas nas redes sociais. Ainda ontem o JN, o Público, o Observador e a TVI24, entre outros, noticiaram o episódio online, que teve direito a destaque na emissão do Jornal da Tarde da RTP1, de hoje.

Episódios como este são cada vez mais frequentes e desafiantes para as marcas. Independentemente da nossa opinião pessoal sobre a criatividade dos autores do cenário, daqui podemos retirar uma lição para nós estudantes de Webmarketing.

Concordam? O que é que vocês acham?

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

Tendências das Redes Sociais para 2017: Vídeos em direto

Os vídeos em direto estão a torna-se uma ferramenta de marketing fulcral de forma a ganhar influência e criar conexão com os consumidores.
Para aqueles que têm seguido as tendências, a popularidade do conteúdo em vídeo não será nenhuma surpresa. O Youtube tem sido o gigante, nos últimos anos, e conta com cerca de um terço dos utilizadores de internet em todo o mundo.
A popularidade do conteúdo em vídeo e das redes sociais é incontestável e junção dos dois acaba por ser um passo natural na evolução de ambos. Desta junção resultou, reprodução e partilha de vídeos em tempo real em redes sociais.

Apesar de existirem centenas de sites e plataformas de vídeos em live streaming os mais populares são o Periscope e o Facebook Live.
Em 2016, o Periscope afirmou que os seus utilizadores visualizaram, diariamente, o equivalente a 110 anos de vídeos em direto.
O Facebook também apresentou resultados muito positivos. Os vídeos em direto originaram um impacto e envolvimento, por parte dos consumidores, muito elevado. Sendo que, este tipo de vídeos, teve um alcance 135% superior ao de imagens/fotografias e 10 vezes mais comentários que os vídeos gravados.
É, ainda, possível observar o alcance desta tendência na imprensa, uma vez que, os vídeos do Facebook Live já são usados como fonte de informação e citados aquando da cobertura de notícias e eventos relevantes.
No final do ano de 2016, o Instagram e o Twitter lançaram as suas versões de vídeos em direto e o Youtube promete seguir a mesma tendência.

Mas como é que as marcas têm beneficiado desta tendência?

As marcas usaram os vídeos em direto para melhoria do serviço ao cliente através da organização de sessões de perguntas e respostas e showcasing de produtos. Esta abordagem possibilita aos anfitriões solicitarem comentários, questões e feedback ao público, o que acaba por criar envolvimento e conexão.
As redes sociais, também, estão a ser utilizadas para transmissão em direto dos eventos organizados pelas marcas. O objetivo é “trazer” os seguidores das marcas para eventos aos quais, de outra forma, poderiam não ter possibilidade de presenciar.
Por fim, uma das formas através das quais, as marcas têm beneficiado desta tendência, é pela criação de rubricas através da publicação de múltiplos vídeos em directo relacionados com uma mesma temática. Um exemplo prático é a rubrica semanal da revista feminina Allure, na qual testa e avalia um novo tipo de batom e pede ao público para fazer questões e pergunta o que gostariam de ver na rúbrica seguinte. (Assistam ao vídeo da rubrica mencionada: aqui )

Os vídeos em direto estão a tornar-se em algo social, não só, porque transmitem o que se está a passar em tempo real, mas também, porque permitem uma interação instantânea e tornam o público “ parte da conversa”. Desta forma, torna-se fácil perceber o porquê de o vídeo em direto não ser, apenas, mais uma moda, mas pelo contrário, um momento marcante para a história do conteúdo em vídeo nas plataformas online e redes sociais.

Fontes:
http://tedrubin.com/biggest-content-marketing-trend-heading-2017-live-streaming/
http://digitalmarketingmagazine.co.uk/social-media-marketing/the-2017-trends-every-social-media-manager-should-be-aware-of/4013
https://blog.hubspot.com/marketing/social-media-predictions-2017#sm.00015c6j94ddwfr5u991dso4gay3u
http://www.forbes.com/sites/jimmyrohampton/2017/01/03/5-social-media-trends-that-will-dominate-2017/#4411a546141f

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

Facebook estende área de atuação e torna-se concorrente do LinkedIn


No dia 15 de fevereiro, o Facebook lançou uma nova funcionalidade nos EUA e no Canadá que tem como objetivo permitir às empresas que coloquem anúncios de emprego nesta rede social e, naturalmente, aos/às utilizadores/as interessados/as que se candidatem também por este meio. Esta funcionalidade está pensada sobretudo para pequenas e médias empresas que, usualmente, se confrontam com dificuldades em encontrar as pessoas certas, principalmente quando se trata de ofertas para empregos em part-time.
Mas porquê estender a sua área de atuação para o negócio dos anúncios de emprego? De acordo com Andrew Bosworth, Vice-Presidente do Departamento de Engenharia, Anúncios e Páginas do Facebook, as empresas já postam anúncios de emprego nas suas páginas de Facebook há algum tempo e esta rede social decidiu simplificar a personalizar o processo.
De acordo com o Facebook, o administrador de uma página da empresa pode criar posts sobre empregos, acompanhar as aplicações e comunicar com os/as candidatos/as nesta rede social. Num post sobre este assunto, o Facebook mostrou como se cria uma oferta de emprego:

Quando uma pessoa pretende responder a um anúncio, a sua candidatura é preenchida automaticamente com informações do seu perfil, embora possa modificá-la antes de a enviar. Os/As candidatos/as podem controlar que aspetos do seu perfil pessoal são partilhados com os empregadores, porém, é inegável que esta nova funcionalidade faz com que as entidades patronais consigam descobrir mais facilmente do que nunca o que postamos no nosso Facebook. Assim, torna-se cada vez mais fulcral que os/as utilizadores/as desta rede social sejam bastante seletivos em relação ao que postam nela e ao que é postado sobre si.

Embora esta funcionalidade seja muito mais limitada do que é possível fazer com o LinkedIn, estas notícias não são muito positivas para a plataforma pertencente à Microsoft, já que esta cobra aos recrutadores para divulgarem e promoverem as suas ofertas. Além disso, o Facebook detém uma quantidade muito maior de utilizadores/as do que o LinkedIn, podendo, por isso, tornar-se mais aliciante para quem procura e para quem oferece emprego.
Todavia, nem toda a gente considera que o Facebook se pode tornar uma grande ameaça para o LinkedIn. Ezra Gottheil, uma analista da Technology Business Research, afirmou: "O LinkedIn concentra-se em pessoas com backgrounds específicos, mas parece que a lógica do Facebook é mais 'Se gostas da nossa empresa, talvez gostasses de trabalhar aqui'. (...) Postar um sinal a dizer 'estamos a contratar' é intrinsecamente diferente de encontrar pessoas com uma experiência específica."

Se pensarmos neste assunto sob um ponto de vista estratégico, percebemos que existem ideias bastante interessantes associadas. Para as empresas, esta pode ser uma oportunidade de terem pessoas que já são suas fãs - pelo menos no Facebook -, que conhecem e gostam a marca a trabalhar para si.
O facto de a comunicação entre empresas e candidatos/as ser feita através do Messenger obriga as organizações a consultar regularmente as mensagens que recebem na sua página, tarefa que algumas tentam evitar diariamente (- que atire a primeira pedra virtual quem teve a sorte de ter obtido resposta a 100% das mensagens que enviou a empresas pelo Facebook). A procura de emprego torna-se mais uma razão para que as pessoas coloquem "Gosto" nas páginas das empresas e marcas que lhes interessam. Estes dois últimos aspetos tornam os negócios mais fortemente integrados no Facebook e no Messenger, o que confere uma vantagem não só à rede social, mas também aos/às seus/suas utilizadores/as.
Por fim, a gratuitidade (temporária?) desta funcionalidade, bem como a sua rapidez, simplicidade e acessibilidade conquista os indivíduos e incita-os a usufruírem dela.

O que é que vocês acham acerca desta nova funcionalidade? Será que surtirá o efeito esperado e, consequentemente, se estenderá a todos os países do mundo? E será que o Facebook roubará terreno ao LinkedIn? Deixem a vossa opinião nos comentários.


FONTES:
https://www.facebook.com/business/news/take-the-work-out-of-hiring
http://www.recode.net/2017/2/15/14630188/facebook-job-posts-applications
http://www.computerworld.com/article/3171250/social-media/you-just-might-find-your-next-job-on-facebook.html