quinta-feira, 31 de março de 2022

Netflix - vamos lá "acabar" com a partilha de contas!

Netflix and Chill ?


É isso mesmo, leste bem! A Netflix quer que tu deixes de partilhar a conta com a tua irmã, o namorado dela e o filho do teu vizinho! E agora? Será que os teus serões nunca mais vão ser os mesmos? Será que quando a tua namorada for lá a casa a um sábado à noite, o "Netflix and Chill" vai deixar de existir? Na verdade, a Netflix não quer que deixes de fazer nada disso! Apenas quer que passes a pagar por fazeres isso mesmo. 


Vejamos que a Netflix começa, geralmente, com um plano grátis (período experimental). É nesse período que ela te cativa. Mesmo que estejas convencido que, ao fim de 30 dias, não precisas mais daquilo e, portanto, cancelas a subscrição e não pagas nem um cêntimo!

Não caias no erro de começar uma série... 
Se ficas a meio de uma série, se estás viciado num filme ou se queres ter programas de sábado à noite .....  "buuuuuuum",... chega a "má" notícia: se quiseres, é só pagar!




O Plano que permite 4 pessoas a assistir em simultâneo custa, agora, 15,99€. Assim, o valor que cada membro paga é de cerca de 4,00€/mensais.

Neste caso, aquilo que a líder em streaming pretende é que o consumidor passe a pagar cerca de 2,5€ por cada pessoa que for adicionada, partilhando a conta. Deste modo, passaria a ser um valor total da conta de 23,49€, custando, a cada membro, cerca de 5,87€/mensais. 

Se for assim, vais continuar a utilizar Netflix? 


Fonte: Público. Karla Pequenino. 17/03/2022

quarta-feira, 30 de março de 2022

Será este o futuro?

A pandemia COVID-19 trouxe consigo um despertar da consciência de muitos de nós para as Criptomoedas, NFTs, Metaverso, e tantos outros conceitos de uma realidade misteriosa, curiosa e um tanto-quanto duvidosa para muitos dos que pela primeira vez prestaram atenção a este potencial “mundo novo”.

Dentro desta visão futurista cabem todo o tipo de novas realidades, quer seja a vertente financeira, talvez o seu lado mais bem conhecido de todos através da Bitcoin, passando pela arte digital com os NFTs, e mesmo um mundo virtual chamado Metaverso onde podemos perceber algumas implicações para o marketing e para áreas como o retalho de moda, que estaríamos longe de imaginar que fosse possível.

Algumas notícias têm títulos surpreendentes,  “DKNY opens digital store during Metaverse Fashion Week” ou mesmo um press release da Tommy Hilfiger onde o titulo é “Tommy Hilfiger joins inaugural Decentraland metaverse fashion week in partnership with Boson Protocol”, no qual o seu criador admite que estaria longe de imaginar que a marca que carrega o seu nome lançada em 1985, fosse participar em semanas da moda num mundo totalmente virtual em 3D, onde segundo o site Retaildive.com, para além da apresentação das coleções tiveram lugar discussões, concertos e festas, como se de uma semana da moda real se tratasse.

Mas afinal o que é o metaverso e qual a sua implicação para o marketing?

Metaverso pode ser definido como um mundo virtual que decorre em paralelo no tempo com o mundo real, onde os utilizadores podem participar através de uma personagem avatar, em que tecnologias como a realidade aumentada e realidade virtual muitas vezes entram em ação. A sua definição envolve 6 características principais:

  •       Sempre ativo
  •         Existe em tempo real
  •           Os utilizadores têm existência individual e independente
  •           Universo contido em si mesmo e totalmente funcional
  •           Existem diversas plataformas com comunicação entre si
  •           User-generated content

São plataformas de realidade virtual que querem ser muito mais do que um jogo, pretendem ser uma extensão da realidade e fundir-se com o normal decorrer da vida real, nas quais confluem já milhões de utilizadores, principalmente da geração Z e Millennials.


Assim e segundo o site InfluencerMarketingHub.com existem já inúmeras formas de tornar estas plataformas locais de interação com os consumidores, materializadas de diversas formas, quer sejam outdoors ou mupis virtuais, publicidade num jogo de futebol, lojas virtuais, showrooms virtuais e até eventos especiais criados pelas marcas como o caso do Gucci Garden Archetyes ou o Balenciaga: Afterworld.

A disrupção é tal que muitas das principais marcas de luxo da indústria da moda tentam estar presentes nestas plataformas, porque existe a possibilidade de venderem artigos virtuais com que os consumidores podem personalizar os seus avatares. Existe até o caso gritante de uma marca (RTFKT) que vendeu no espaço de 5 minutos o equivalente a 3 milhões de dólares em sneakers virtuais.

Será que no futuro o nosso guarda-roupa será mais digital do que real???  Estaremos preparados para viver ainda mais online? E será que realmente as pessoas querem fazer esta transição?

Independentemente disto, as marcas não podem ignorar a sua existência e devem estar conscientes do que se tratam estas plataformas, como interagem os seus utilizadores e aquilo que procuram quando as utilizam, porque as oportunidades de negócio são reais, como provam alguns exemplos de artistas/marcas completamente desconhecidas, o melhor é estar presente e saber como fazê-lo.

https://influencermarketinghub.com/metaverse-marketing/

https://www.voguebusiness.com/technology/dimension-studio-how-fashion-is-being-brought-to-the-metaverse

https://influencermarketinghub.com/metaverse-websites/

https://www.forbes.com/sites/forbesbusinessdevelopmentcouncil/2021/12/21/why-the-metaverse-is-marketings-next-big-thing/?sh=444bb95325f0

https://www.businessinsider.com/inside-marketing-and-advertising-in-the-metaverse-2022-1

https://www.retaildive.com/news/tommy-hilfiger-dkny-and-other-brands-to-participate-in-metaverse-fashion-w/620955/

https://www.retailgazette.co.uk/blog/2022/03/dkny-opens-digital-store-during-metaverse-fashion-week/


domingo, 20 de março de 2022

Quais foram os melhores anúncios nacionais de 2021?

Quando pensamos nas melhores ações publicitárias nacionais do ano passado, que anúncios nos surgem logo na cabeça? Muito provavelmente um dos que estão no Top 3 do estudo "Publivaga" da Marktest, com base as métricas "recordação", "agrado" e "eficiência". 

O estudo em questão abrangeu os principais setores em Portugal: bancos, lojas de eletrónica/informática/eletrodomésticos, seguradoras, super/hipermercados e telecomunicações e concluiu que, em 2021, foram exibidos na televisão nacional cerca de 400 anúncios. Os super/hipermercados representam a maior fatia deste número, na ordem dos 40%.

Ao longo de todo o ano passado, o "Publivaga" analisou a recordação de publicidade das respetivas marcas e anúncios. Para cada anúncio de televisão, o estudo avalia a sua recordação comprovada (impacto), assim como o agrado suscitado, aos quais se acrescentam o investimento publicitário e os GRP's obtidos (audiência da publicidade).

Os três anúncios com os melhores resultados em cada uma das três métricas são: "Quem trouxe foi o Pingo Doce" (métrica "recordação"), "Começar de novo", da Vodafone (métrica "agrado") e "Nova casa - Ana Guiomar e Diogo Valsassina", também da Vodafone (métrica "eficiência"). 

Lembram-se bem destes anúncios ou precisam de os rever? Quem é que na altura do Natal do ano passado não cantava "Quem trouxe, quem trouxe, foi o Pingo Doce"?

"Quem trouxe foi o Pingo Doce"

"Começar de novo"


"Nova casa - Ana Guiomar e Diogo Valsassina"


Qual foi o vosso preferido de 2021? Algum destes ou outro que não está neste Top 3? 


Fontes:

Marketeer

"Publivaga" - Marktest

sábado, 19 de março de 2022

Real Time Marketing: Levantou poeira

Na passada manhã de 16 de março, uma grande nuvem de areia proveniente do deserto do Saara sobrevoou Portugal e Espanha, fazendo com que todos os residentes da Península Ibérica acordassem com a sensação que estavam a viver dentro de um filtro Sépia. 

A aparente cor de fim do mundo, que tanto assustou a população, foi explicada como um fenómeno natural sob o efeito de uma pequena depressão proveniente de África. Após se perceber que não era um assunto grave nem prejudicial, os utilizadores começaram rapidamente a partilhar nas Redes Sociais fotografias e vídeos sobre o tema e as marcas não foram exceção. Sem perder esta oportunidade, meteram em funcionamento o Real Time Marketing - que tem como objetivo partilhar os assuntos do momento e/ou os trending topics relacionando-os com os seus bens e/ou serviços, tornando virais os conteúdos partilhados e criando engagement com o público.

Em Portugal, no Instagram:




Já em Espanha, a marca que melhor aproveitou esta situação foi a KFC, colocando na sua página do Twitter uma campanha relacionada com este pó: os clientes que marcassem as letras KFC no carro (com os dedos, limpando a parte suja) recebiam gratuitamente nos KFC drive duas tiras de frango do KFC:


Esta campanha foi um sucesso e fez explodir as publicações sobre a marca, quer em memes quer em posts de feedback das pessoas que aderiram à campanha: 



A partir deste tema, levantam-se as seguintes questões: Será o Real Time Marketing um ponto diferenciador visto que já há um grande leque de marcas que o faz nos dias de hoje? E se sim, será que o consumidor final presta atenção ao produto/serviço que está por detrás do conteúdo digital; ou será que há um peso das vendas associado a esta abordagem de comunicação?

quarta-feira, 16 de março de 2022

BeReal - a nova rede social?

 “No filters, No followers, No ads, No b*******. Download BeReal.”

Estas são as palavras que se podem ler na página do TikTok do aplicativo que conta já com mais de 1 milhão de downloads na Play Store. Ocupando a 27ª posição na categoria de Social Networking da App Store, a BeReal promete ser a nova rede social que desafia a criatividade dos seus utilizadores, dizendo ser o aplicativo da “vida real, sem filtros”.

Segundo o Statista, em 2020, mais de 3,6 mil milhões de pessoas no mundo usavam redes sociais e as perspetivas não são de abrandamento. De facto, numa era em que quem não tem conta no Instagram é um outsider, é cada vez mais difícil distinguir aquilo que é real e o que foi modificado para ser partilhado com o mundo.

Criada por Alexis Barreyatt, a BeReal quer ir contra esta corrente, inspirando utilizadores por todo o globo a pararem de querer mostrar só o que é perfeito e... serem reais.


Fazer parte do movimento BeReal é simples.

A partilha começa logo a seguir a ser criada a conta – diariamente, em momentos diferentes do dia, a app dá um limite de 2 minutos para todos partilharem com os seus amigos (ou publicamente, se assim for desejado) uma fotografia tirada com a câmara da aplicação. Não dando para fazer upload de uma fotografia já tirada, o objetivo é “sorrir e não mudar nada”, inspirando os utilizadores a serem autênticos e criativos.

Sem seguidores, filtros ou likes, o conceito da app passa por “ser real para ver a realidade” – para ver o que outros publicaram, é preciso publicar.

Aqui fica a questão: Numa era em que cada vez estamos mais conectados, mas cada vez mais distantes, será a BeReal uma lufada de ar fresco? A marca diz que sim. Com vídeos curtos, a mensagem é clara: sê real, onde quer que estejas.

Poderemos estar a assistir à emergência de novas formas de comunicar? O que poderá significar para gigantes como o Facebook ou o Instagram que, ultimamente, têm sido alvo de controvérsias e descontentamento por parte dos seus utilizadores? 


Fontes: 

BeReal. Your friends for real. on the App Store (apple.com)

BeReal. Your Friends for Real.

Number of social media users 2025 | Statista

How to use BeReal, an app asking you to stop curating your social media (mashable.com)

What The Hell Happened: BeReal App Sweeps College Campuses | Arts | The Harvard Crimson (thecrimson.com)

sábado, 12 de março de 2022

Dia Internacional da Mulher

Esta semana assinalou-se o Dia Internacional da Mulher no dia 8 de Março.

créditos: Clara Não


Respondendo então à questão de cima: Qual é a razão de existir este dia?

Tudo começou a 20 de Fevereiro de 1909 em Nova Iorque, quando o Partido Socialista da América organizou o Dia das Mulheres, este dia consitia numa jornada de manifestação pela igualdade de direitos civis e a favor do sufrágio feminino. 

Em 1910, durante as conferências de mulheres realizadas em Copenhaga pela Internacional Socialista, foi sugerido que o Dia das Mulheres passasse a ser celebrados todos os anos, mas não se definiu uma data especifica. 

As mulheres russas, a partir de 1913, começaram a celebrar a data com manifestações que se realizavam no último domingo de Fevereiro. Em 1917, a 8 de Março, ainda em plena Russa Imperial, foi organizado uma grande caminhada de mulheres em protesto contra o desemprego e a deterioração das condições gerais de vida do seu país, onde operários metalúrgicos acabaram por se juntar e precipitou então a Revolução de 1917. O Dia das Mulheres passou então a comemorar-se nessa data, nos anos seguintes, incentivado pelo movimento socialista, na Rússia e nos países soviéticos.

As Nações Unidas, em 1975, insituiu então, o dia 8 de Março, oficialmente como o Dia Internacional das Mulheres.

fonte: Wikipedia

A questão então que se impõe agora é: Será que ainda há necessidade de celebrar esse dia?

Houve duas marcas que decidiram responder a essa questão:

- A Ubbo - Centro Comercial na Amadora



- O Minipreço

Estas marcas aproveitaram assim este dia para demonstrarem que reconhecem ainda alguns dos desafios que as mulheres enfrentam no seu dia-a-dia.

Deixo-vos também abaixo o seguinte desafio lançado pela CPB London: