sábado, 30 de abril de 2022

Qual o futuro da rede social Twitter?

No passado dia 25 de abril, Elon Musk conseguiu fechar um acordo para a compra do Twitter por cerca de 44 mil milhões de dólares, o suficiente para comprar os 15 clubes mais valiosos do mundo. Bastaram apenas 11 dias desde que o homem mais rico do mundo se ofereceu para comprar o negócio (14 de abril), até a sua oferta ser aceite. Mais rápido do que o processo de aprovação de um crédito para comprar casa em Portugal.

Após a divulgação da notícia, através da sua conta do Twitter, Elon falou aos seus 88 milhões de seguidores sobre as suas pretensões para o futuro da rede social, passando pela redução de anúncios, adição de uma ferramenta de edição, aumento da verificação de usuários, redução dos bots de spam destacando, sobretudo, uma melhor aplicação dos princípios de liberdade de expressão. “A liberdade de expressão é a base de uma democracia em funcionamento., e o Twitter é a praça digital onde são debatidos assuntos vitais para o funcionamento da humanidade.”


Nos últimos anos, as equipas do Twitter têm trabalhado para reduzir e limitar os abusos na plataforma e para tornar o site um espaço online mais seguro para os usuários. No entanto, após as declarações do novo principal acionista e depois de, em 2018, ter sido acusado de dogpiling, isto é, um fenómeno em que poderosos usuários do Twitter estimulam os seus seguidores a assediar outras pessoas, alguns funcionários da organização temem que a aquisição de Elon Musk, no mínimo, reduzirá a confiança dos utilizadores nos esforços de anti abuso do Twitter e, na pior das hipóteses, poderá resultar na desconsideração ou cancelamento desse trabalho.

Para além disso, muitos daqueles que estão na linha da frente pela luta de espaços democráticos online, questionaram se a propriedade de Elon Musk do Twitter prejudicará, em vez de reforçar a democracia e se não será apenas uma tentativa de manter a sua capacidade de influenciar milhões de pessoas sem interferência.

Desconfianças e críticas à parte, dois dias após anunciar a compra da rede social, o bilionário utilizou a sua conta para fazer uma pequena brincadeira, dizendo que a próxima empresa que irá comprar será a Coca-Cola, para que possa voltar a colocar cocaína na bebida. Isto porque, em 1903, a empresa de refrigerantes eliminou a droga da bebida, substituindo-a por cafeína e folhas de coca somente como aromatizantes.


Horas depois, Elon volta ao ataque publicando que ia comprar o McDonald’s para consertar a máquina de gelados com a seguinte legenda: “Listen, I can’t do miracles ok”.

Não tardou para que surgissem marcas para brincar com a situação e aproveitar todo o mediatismo envolvente procurando, através do humor, aproximar-se dos seus seguidores e obter assim um maior engagement. Foi, por exemplo, o caso da Duolingo, Burger King, Pizza Hut e Doritos.


Com o crescimento do número de pessoas nas redes sociais, as marcas têm vindo a utilizar cada vez mais a estratégia de reactive marketing para responder a eventos, notícias e tópicos relevantes em tempo real, de modo a aumentar o relacionamento com o seu publico e a obter maior engagement do que o normal, uma vez que muitas pessoas estarão cientes desse fenómeno em específico. Contudo, apesar dos seus benefícios, a janela temporal para que possa ser realizado é bastante curta e, por isso, é importante que o conteúdo seja partilhado antes que se torne irrelevante. Não obstante, tendo em conta que muitas das vezes as marcas recorrem ao humor para exercer este tipo de práticas existe uma maior probabilidade de atingir o tom errado e o conteúdo ser mal interpretado, causando sérios danos na reputação da empresa. Apesar dos utilizadores verem com bons olhos este tipo de intervenções, do meu ponto de vista, estas devem ser doseadas e estrategicamente pensadas de modo a não produzir resultados inversos e causar aos seguidores a sensação de que a marca está desesperada.

E tu? Qual é a tua opinião acerca da mais recente aquisição do homem mais rico do mundo? Qual achas que será o futuro da rede social Twitter? E sobre as marcas se aproveitarem de assuntos mediáticos para obterem maiores interações com os seus seguidores? Deixa o teu comentário.

Fontes:

Elon Musk fecha acordo de 44 mil milhões de dólares pelo Twitter (eco.sapo.pt)

Elon Musk e Twitter: o que acontece agora? (forbes.com.br)

Twitter employees have spent years trying to make the platform safer. (time.com)

Elon Musk brinca no Twitter sobre comprar a Coca-Cola. "Para colocar a cocaína de volta" (g1.globo.com)

What is reactive marketing? And wich brands do it well? (econsultancy.com)

sexta-feira, 29 de abril de 2022

Zara abre a sua maior loja do mundo com o objetivo de colmatar a distância entre o online e o offline

Abriu no início deste mês de abril, em Madrid, a maior e mais moderna loja Zara do mundo. O novo espaço possui nove mil metros quadrados e está instalado no Edifício España, no coração da capital espanhola. A Zara vai testar novas funcionalidades neste local, sendo o principal objetivo colmatar, o mais possível, o fosso entre o online e o offline.

Todo o espaço está equipado com tecnologia de ponta e insere-se na estratégia da Inditex de ter lojas maiores e com melhores equipamentos tecnológicos. Entre as principais novidades desta loja estão a espaçosa área de self-checkout e o serviço Pay&Go, para compras sem dinheiro, onde os clientes podem pagar por telemóvel a partir de qualquer lugar da loja, através da digitalização dos códigos QR das peças de roupa. 

A nova aplicação da marca também permite que os consumidores reservem um provador ou um produto com antecedência e as devoluções são agora possíveis de efetuar sem ter de esperar por um membro do staff. Para além disto, ao entrar na loja, os visitantes podem ver um mapa detalhado do espaço no seu smartphone e, se estiverem à procura de uma peça de roupa em particular, o mapa mostra onde está localizada na loja. 


Esta loja Zara apresenta novas secções, incluindo um corner de beleza, uma secção desportiva e, pela primeira vez numa loja física, uma secção de lingerie, que até agora apenas estava disponível online. Esta forte ligação ao digital é refletida no layout da loja, em que quase metade de toda a área de superfície não é espaço comercial, mas sim ocupada por um grande armazém que é usado tanto para a loja física como para o e-commerce

A loja está dividida em quatro pisos, onde estarão as diferentes secções da marca. Na cave fica a secção infantil e um armazém para reabastecimento. A secção feminina fica no primeiro e segundo pisos, onde também se encontram a Zara Beauty e a área online, com um silo robótico que consegue entregar até 1500 pedidos. A secção de homem ocupa o terceiro andar, juntamente com a Zara Home, que tem um novo conceito. 

Tal como temos vindo a estudar nas aulas, as marcas tendem a apostar cada vez mais nesta estratégia de omnicanal (ou omnichannel), com uma ligação mais forte entre o online e o offline, tendo em vista a melhoria da experiência do consumidor. 


Fontes:

https://grandeconsumo-com.cdn.ampproject.org/c/s/grandeconsumo.com/zara-abre-a-sua-maior-e-mais-moderna-loja-do-mundo/amp/

https://www.dinheirovivo.pt/empresas/ja-abriu-a-maior-zara-do-mundo-14753993.html


A estratégia da Liberty Media para aumentar o número de fãs na Fórmula 1.

Em 2018, o grupo americano Liberty Media adquire os direitos da Fórmula 1 por 8 mil milhões de dólares.

Na altura da compra a marca a F1 tinha uma dívida de 4 mil milhões de dólares e tinha vindo a ter prejuízo nos últimos anos, consecutivamente. Neste período de tempo o desporto rei do automobilismo estava a perder fãs no mundo todo, tendo sido necessário adotar medidas para reconquistar os antigos fãs, tal como, novos fãs para o desporto.

A estratégia desenhada pela Liberty Media passava pela aposta da digitalização e pelas novas plataformas de streaming.

Para o desenrolar da estratégia a Liberty Media decretou algumas ações diferentes, das quais:

1 - A realização da série Drive To Survive na Netflix;

2 - Um serviço de streaming para assistir aos eventos durante os 3 dias, a F1 TV;

3 - A aposta nas redes sociais para partilhar o seu conteúdo;

Em 2019, foi estreada a nova séria na Netflix, Drive to Survive. Esta série acompanha a época do ano transato de 2018, em que mostra o interior das garagens, a vida dos pilotos e das equipas. A série neste momento já conta com 4 temporadas, sendo que a primeira foi um sucesso. Na imagem seguinte podemos notar a pontuação dada pelos espetadores desta série:



A série foi de tal forma um sucesso, que apenas no Reino Unido a primeira temporada foi vista por mais de um milhão de casas. Isto demonstra o aumento do Engagement por parte do público ao querer descobrir o interior das vidas das equipas e dos pilotos durante uma época. Com este resultado, foi possível atrair novos adeptos que até ao momento nunca tinham acompanhado o desporto.

Com a estratégia definida desde 2018, o número de espetadores na televisão tem vindo a diminuir. Em 2018 aumentou consideravelmente em relação a 2017, uma das causas ter sido a venda à Liberty Media em Janeiro desse ano. No gráfico seguinte, temos o número de espetadores televisivos por cada ano:




De 2018 a 2020 o número de espetadores diminuído, isto devido á plataforma de streaming F1TV. Infelizmente não existem dados concretos em relação ao número de subscritores deste serviço.

Os telespectadores exclusivos da TV (o número de indivíduos que se sintonizam em pelo menos uma corrida durante a temporada) para 2021 situaram-se em 445m, aumento de 3% comparativamente ao ano transato. O maior mercado desta métrica foi a China com 70.8m espectadores únicos em 2021, um aumento 13%. Houve também ganhos significativos de 2020 vs 2021 em Espanha, um aumento de 272%, Rússia com 129% e EUA um aumento de +53%.

A aposta nas redes sociais aumento imenso o Engagement, de tal forma que de 2019 para 2020, este indicador teve um aumento de 99%, o maior do mundo desportivo:



Por último, ainda foi criado um Podcast o “Beyond the Grid” em que apenas em 2020 teve cerca de 14 milhões de reproduções, sendo o Podcast mais ouvido em países como Estados Unidos, Reino Unido, Austrália e o Canadá.

Isto tudo resultou em resultados astronómicos em 2021, relativamente aos fãs.

Houve subidas significativas na audiência acumulada da temporada em vários mercados, nomeadamente a Holanda destacou-se com um aumento de +81% em relação ao ano anterior, muito provavelmente ao fato de Max Verstappen ser candidato ao título, mas também houve ganhos significativos nos EUA com um aumento de 58%, França com 48%, Itália com 40% e o Reino Unido com 39%, isto comparativamente com o ano anterior.

Em 2021 a Fórmula 1 foi a maior liga desportiva do planeta em termos de crescimento de seguidores em 2021. A F1 tem 49,1 milhões de seguidores no total e já viu a maior taxa de Engagement com publicações sociais em comparação com outros grandes desportos em 2021.

Em 2021, os seguidores (através do Facebook, Twitter, Instagram, YouTube, Tiktok, Snapchat, Twitch e plataformas sociais chinesas) subiram 40% para 49,1m, as visualizações de vídeo subiram 50% para 7 mil milhões e o envolvimento total subiu 74% para 1,5 mil milhões.

Além disso, as visualizações totais de vídeos em todo F1.com, a aplicação de F1 e as redes sociais subiram 44% comparativamente com 2020 para 7,04 mil milhões, os utilizadores únicos subiram 63% para 113m e as vistas de página subiram 23% para 1,6 mil milhões. Na China, a F1 registou um crescimento digital muito forte com os seguidores nas plataformas chinesas (Weibo, WeChat, Toutiao e Douyin) a subir39% para 2,7m.

Os resultados significam que a Fórmula 1 está a superar outros grandes desportos na digitalização. A quota digital do total de minutos consumidos (através da emissão e digital) cresceu de 10% em 2020 para 16% em 2021.

 

Fontes:

TV viewers of Formula One (F1) worldwide 2021 | Statista

Liberty completes F1 acquisition (formula1.com)

Netflix's 'Formula 1: Drive to Survive' Led to a Boom in Popularity - Sports Illustrated

A drive to survive: How Formula 1 attracted young fans to save its future (cityam.com)

Formula 1: Drive to Survive - Rotten Tomatoes

Revealed: F1 Netflix Series Was Streamed In 1 Million U.K. Homes (forbes.com)

Formula 1 announces TV and Digital audience figures for 2020 | Formula 1®

Formula 1 announces TV, race attendance and digital audience figures for 2021 | Formula 1®

 

quarta-feira, 27 de abril de 2022

O fim das Third Party Cookies e a procura de novas formas de publicidade direcionada online

Em 2022, a Google irá gradualmente desativar os cookies no seu browser, trazendo uma grande mudança motivada pela crescente preocupação com a privacidade dos dados e pelo maior controlo pelas entidades legais da utilização de dados por parte das grandes empresas.

Existem dois tipos de cookies, os First party cookies e os Third party cookies e serão estes segundos que serão desativados, uma vez que este pedaço de código textual é responsável por recolher informação dos utilizadores em fontes terciárias à organização.
Por exemplo: Os dados de login memorizados que utilizamos para aceder ao Facebook são um first party cookie, utilizados pelo domínio próprio. As third party cookies são igualmente informações retidas sobre a nossa atividade online mas desta vez por empresas externas àquele domínio. As Third party cookies conseguirão rastrear a nossa atividade no website, e essa informação pode depois ser utilizada pelas marcas para direcionarem os seus produtos para nós de diversas formas, por exemplo através das redes sociais. 



A maior implicação para o marketing será que a partir de 2022 as pesquisas dos utilizadores no browser da Google não poderão ser rastreadas por empresas que não a Google, e assim tornará  muito mais difícil às empresas direcionarem as suas campanhas de marketing ao consumidor alvo, através de dados recolhidos neste browser. Isto torna-se ainda mais relevante porque os restantes browsers 
(Safari e Firefox)  que compõem o total agrupado de 99% dos browsers mais utilizados, ja não permitiam esta rastreabilidade.

A Deloitte explora os caminhos seguidos pelos responsáveis de marketing de empresas em franco crescimento, que explicitam a necessidade do desenvolvimento de bases de dados de informação primária que melhor agreguem informação sobre o cliente através de estratégias que podem envolver programas de fidelização, gamificação e IA.

Será interessante acompanhar a evolução e aprendizagem resultante das estratégias que as empresas venham a desenvolver e quais os caminhos que utilizados para chegar aos consumidores.

Fontes:

domingo, 24 de abril de 2022

O Fenómeno das Kardashians/Jenner nas Redes Sociais

A família Kardashian, uma família de classe alta, tornou-se ainda mais rica depois que Kim viralizou na internet num vídeo em 2003. Kim, levou por arrasto toda a sua família para a fama ao começarem um Reality Show "Keeping up with the Kardashians" apenas baseando sobre as respectivas vidas. 

Desde então, a fama não parou de aumentar dando espaço para as Kardashians e Jenners, especialmente Kylie e Kim, crescerem no mundo das redes sociais:

Kim (@kimkardashian): 303 milhões seguidores no instagram

Kris (@krisjenner): 47,1m seguidores no Instagram

Kourtney (@kourtneykardash): 172m seguidores no Instagram

Kloé (@hkloekaradshian): 322k seguidores no Instagram

Kylie (@kyliejenner): 330m seguidores no Instagram

Kendall (@kendalljenner): 232m seguidores no Instagram


                                   Imagem1: Mãe e filhas

Apesar desta família ter chegado onde chegou por causa do seu programa de TV, Kim revelou que com um post patrocinado por uma marca, pode ganhar mais do que numa temporada inteira. 

Embora nunca ter sido revelado concretamente o valor, estima-se que a cada post feito no Instagram pode gerar entre 300 mil USD$ - 500 mil USD$ para a conta de Kim ou até mesmo 1 milhão, em alguns casos.

“A Kim é uma das mais importantes e poderosas influencers. O seu alcance é maior do que as próprias marcas. Cada vez que veste, publica ou fala sobre uma marca de Moda, as vendas e a notoriedade crescem automaticamente.”, afirma Tommy Hilfiger, num comunicado. 

Kim e as suas irmãs, tornaram-se das influenciadoras mais procuradas pelas marcas, visto que é sempre um investimento com retorno, uma vez que os produtos esgotam. O que também podemos observar nestas parcerias, é que para uma maior transparência, normalmente usam as hashtags #ad e #collab, de modo a alertar os seus seguidores de que estão a ser pagas para promover um determinado produto.


                                                             Imagem2: Kim no seu instagram


Opinião Pessoal:
Existem mesmo muitas pessoas a ganhar dinheiro com as redes sociais, e principalmente, com o instagram. No entanto, é preciso que se note que as Kardashians já eram famosas antes desta plataforma. Para conseguirmos ser influencers é preciso ser dedicado quase  todo o nosso tempo para vermos algum retorno (não imediato) e pode nunca resultar em nada, pois há muita concorrência. É um grande sonho de muitas raparigas de hoje em dia, ao acreditarem que ser-se influenciadora digital é tudo de bom e é só "postar fotografias", mas tem todo um trabalho e estratégia por trás e, em casos de sucesso, com algum fator diferenciador.

Se eu gostava de ser influenciadora? não mesmo! prefiro utilizar as redes sociais só quando me apetece!




Fontes:
https://www.revistalofficiel.com.br/pop-culture/instagram-ou-reality-show-kim-kardashian-revela-onde-ganha-mais-dinheiro
https://observador.pt/2017/03/17/isto-e-o-que-as-kardashians-ganham-por-cada-post-no-instagram/
https://observador.pt/seccao/lifestyle/vaidades/celebridades/kim-kardashian/
https://claudia.abril.com.br/famosos/de-onde-vem-fama-e-riqueza-das-kardashian-jenner/

sábado, 23 de abril de 2022

A CADA CLIENTE, O SEU CONTINENTE

Chegou o Folheto Personalizado do Continente. Este é um folheto semanal único e inovador, onde os clientes encontram apenas os produtos que gostam e costumam comprar em promoção.


Agora, todos podem ter acesso a um folheto Continente só seu. Este, tem como objetivo dar a conhecer uma seleção dos produtos favoritos de cada cliente com as melhores promoções da semana em vigor e, assim, facilitar as compras no Continente. Ou seja, cada folheto é criado com os produtos específicos que "aquele" cliente costuma adquirir e que estão em promoção naquela semana.

Isto permite a personalização do serviço através do tratamento de dados, obtidos via Cartão Continente. Desde que os clientes tenham a app Cartão Continente instalada - onde o folheto está disponível em permanência e é atualizado semanalmente - terão sempre o seu folheto disponível.

Para que o sistema funcione foram aplicadas metodologias de inteligência artificial e machine learning. Os dados incluem informação relacionada com as compras do cliente, informação ao nível do produto e a relação entre cliente e cada produto, o que resulta numa combinação de centenas de variáveis. De acordo com o Continente, entre as principais vantagens da personalização estão uma experiência de compra mais organizada e a possibilidade acrescida de poupança, adaptada às reais necessidades de cada cliente.

A Modelo Continente Hipermercados S.A. assume o compromisso de apenas recolher e tratar os dados necessários para garantir uma experiência personalizada e de qualidade. 



Curiosidade: O Diretor de Marketing da Sonae MC, Tiago Simões, referiu que o projeto foi desenvolvido de raiz pelo Continente. Acrescentou que “é por isso uma inovação mundial, uma vez que não temos conhecimento de mais nenhum retalhista no planeta com esta oferta”.


Os Folhetos Personalizados do Continente saíram vencedores dos Modern Retail Awards, tendo conquistado Ouro na categoria de “Melhor Estratégia de Personalização”. Promovidos pela Digiday Media, empresa de media e marketing com sede em Nova Iorque, estes prémios distinguem os projetos de marketing mais criativos e inovadores do sector do retalho, no último ano, em todo o mundo.

Este é mais um exemplo das grandes potencialidades da personalização! Com anúncios e recomendações personalizadas, a experiência de compra no continente não será certamente a mesma. Sem nos apercebermos, numa ida "normal" ao supermercado, estamos a partilhar dados e informações dos nossos hábitos e costumes que fazem com que estas ferramentas estejam cada vez mais "afinadas"!

Fontes:


sexta-feira, 22 de abril de 2022

Buzz Marketing - Já ouviste falar?

Porque uma imagem vale mais do que 1000 palavras, em vez de começar pela explicação do que é o Buzz Marketing, vou mostrar-vos alguns exemplos e certamente vão entender😉


Não é necessário apresentações, certo? Penso que todos conhecem a marca Old Spice 😉 Mas terá sido esta marca sempre tão conhecida?
 

Bem, na verdade não! Apesar do seu público-alvo ser os jovens, entre os 18 e os 34 anos, esta imagem não era a entendida pelos consumidores. Os consumidores percecionavam a Old Spice como uma marca destinada a pessoas idosas, avós, e não jovens, e por isso o segmento millenials continuava a preferir outras marcas vistas como mais modernas.

Então como a marca ultrapassou este problema de imagem junto do seu público-alvo?

Com o estudo de mercado realizado, perceberam que 60% das compras  eram realizadas por mulheres, e por isso a marca lançou a campanha 'The Man, Your Man Could Smell Like', protagonizada pelo ator e ex-jogador de futebol americano Isaiha Mustafa, com o objetivo de iniciar uma conversa entre os casais, e convencer as mulheres a pararem de comprar produtos com perfume feminino para os seus maridos. 


No YouTube esta campanha tornou-se viral com mais de 20 milhões de visualizações em apenas três dias, e um mês depois já era nº 1 no YouTube. Esta campanha marcou o início da modernização da marca, e levou a marca a alcançar notáveis resultados de vendas.

Vamos para outro exemplo?                                   


Todos conhecem a parceria entre a Nike e o desportista Michael Jordan, mas como tudo começou?

A Nike queria fazer parte das marcas presentes no basquetebol profissional dos EUA, mas como todos os jogadores profissionais já estavam a ser patrocinados pelos concorrentes, e de modo a não ficar de fora do mercado, a Nike optou por escolher patrocinar um jovem.

Mas então, porquê um jovem jogador? Não é arriscado?

Sim, tenho de concordar com vocês, afinal de contas o jogador ainda não era famoso, não tinha ganho a confiança entre os fãs de basquetebol e poderia nem sequer chegar a entrar na NBA. Mas, então, porque é que a Nike escolheu Michael Jordan? A resposta é: por causa do buzz

A ideia da marca era ter um atleta jovem, negro, a promover/vender ténis numa américa considerada "branca” até à altura Com esta parceria a marca procurou chocar, tocar em temas sensíveis da sociedade e trazer mais visibilidade para a marca. O primeiro modelo começou a ser produzido e inspirado nas cores vermelho e preto, e assim que foi para o mercado, gerou uma polémica dentro da NBA, uma vez que o jogador estava a usar dentro de campo sapatilhas não permitidas pelo protocolo, pois a obrigatoriedade era usar ténis brancos.

Com esta "rebeldia", e com todos a prestar atenção em Michael Jordan e na polémica dos ténis proibidos, a Nike aproveitou a atenção repentina e desenvolveu uma campanha que ficou conhecida como Banned


Com esta estratégia a marca conseguiu atingir rapidamente os seus objetivos e entrar para o segmento desportivo.

O resultado da campanha e da parceria com Michael  Jordan foi de tão grande sucesso, que acabou mesmo por se transformar numa marca própria - Jumpman - este logótipo encontra-se atualmente presente em ténis, roupa e acessórios vendidos na Nike, e que é o selo de autenticação do produto original.


Mas então o que têm em comum estas 2 estratégias?

Tanto a estratégia da Old Spice como da Nike, colocaram os consumidores a falar do produto. As marcas utilizaram gatilhos mentais que atraiu a atenção do público, colocou-os a falar, pesquisar e consequentemente a conhecer o produto, resultando também num número maior de vendas.


Esta estratégia é muitas vezes adotada em campanhas de marketing digital por algumas marcas e influenciadores digitais.

E tu, conheces alguma marca e/ou influenciador que já tenha usado esta estratégia? Na tua opinião, esta é uma boa estratégia a adotar?

Fontes:
https://www.marketingperverso.com.br/post/estrategia-de-marketing-air-jordan-nike
https://www.thinkorion.com/blog/buzz-marketing
https://bettermarketing.pub/the-campaign-that-saved-old-spice-d925bed9aee8

quinta-feira, 21 de abril de 2022

Prefere pagar com cartão…ou com a mão?

A Amazon continua imparável, mesmo no mundo físico. Depois de abrir as lojas Amazon Books em 2015 (entretanto encerradas), da compra da rede de supermercados Whole Foods em 2017, da abertura da primeira loja física de conveniência Amazon Go em 2018 e da recente expansão do seu supermercado de marca própria Amazon Fresh, a Amazon entra agora no retalho físico de moda com o lançamento da sua primeira loja de roupa, a Amazon Style, em Los Angeles.



A loja segue a filosofia omnicanal de experiências anteriores. Quem chegar à loja encontrará em exibição peças de um único tamanho e cor. Ao fazer o scan do código QR associado a uma peça do seu agrado, o cliente poderá definir as opções desejadas em termos de tamanho e cor e, em poucos minutos, será notificado através do seu telemóvel assim que as peças estejam disponíveis no provador. 

No provador, com o uso de uma tela touchscreen, os clientes também podem solicitar novas peças, cores e tamanhos. Em alternativa, e numa lógica blended, os clientes podem, por exemplo, escolher itens online e pedir para os experimentar na loja Amazon Style. Os produtos testados no provador também ficam armazenados na app da marca e, caso o cliente mude de opinião, pode localizá-los facilmente e efetuar a compra mesmo após já ter deixado a loja.

Para finalizar as compras, os clientes podem usar o Amazon One, sistema anunciado em 2020 e que permite o uso da palma da mão para reconhecimento da impressão digital e posterior pagamento. Para funcionar, os scanners utilizam a tecnologia de computer vision e geometria de profundidade, para processar a informação recolhida, que tem em conta a forma e tamanho de cada mão. Nos registos da Amazon, cada mão está associada a um cartão de crédito e a uma conta da Amazon. O sistema de pagamento está também disponível nas lojas Whole Foods. Embora durante a pandemia se tenha registado um aumento histórico do volume de transações efetuadas através da tecnologia contactless, o sistema Amazon One leva o conceito a outro nível.

De acordo com a Amazon, a privacidade dos dados está garantida. Além disso, os clientes podem apagar toda a informação do sistema em qualquer altura. A empresa refere ainda que a palma da mão é apenas um elemento de autenticação para além de, por exemplo, a impressão digital. A empresa destaca que não é preciso tocar em nada para que o sistema funcione. Com o Amazon One, o cliente deixa de ter a necessidade de ter consigo vários cartões podendo fazer tudo com a palma da mão. 

Não é a primeira vez que a empresa fundada por Jeff Bezos testa sistemas de pagamento para lojas físicas. Na Amazon Go, a empresa tem testado tecnologias que permitem o pagamento sem ter necessidade de passar um cartão. Nestas lojas, à entrada o cliente passa o smartphone num género de torniquete, que reconhece o código QR, e assim se inicia o processo de compra – desde que tenha a aplicação Amazon Go instalada no telefone. Não há registos de produtos no final ou transações de cartões, é só pegar nos produtos pretendidos e sair da loja. Tem também vindo a desenvolver o Amazon Pay, um sistema de pagamento digital (wallet) que os consumidores podem usar em lojas não detidas pela marca.

Estamos cada vez mais próximos do dia que os filmes de ficção científica têm antecipado, vendo anúncios personalizados para cada um de nós, sendo tratado pelo nome nas lojas e, um dia destes, já nem precisamos de voltar a casa quando nos esquecermos da carteira ou do telemóvel, pois poderemos pagar as compras apenas com a palma da nossa mão. 

Será que esta tecnologia vai vingar? Como irão reagir os consumidores? As compras por impulso vão crescer? Os dados partilhados permitirão à Amazon antecipar as decisões de compra dos clientes? Será que na Europa do GDPR o sistema vai ser fácil de implementar? 

Fontes:

Amazon One – pagamentos com a palma da mão – Observador

Tik Tok: a nova forma de marketing

O TikTok é uma rede social que praticamente todos nós já ouvimos falar, utilizámos ou vimos alguns dos seus conteúdos. Atualmente é uma das redes mais utilizadas a nível global e é nesta que surgem várias trends. Assim, estas caraterísticas são uma mais-valia para a promoção de produtos e marcas.
Na verdade, é bastante popular entre crianças e adolescentes, no entanto existem marcas que estão a tirar proveito do potencial e do público da plataforma, uma vez que estes utilizadores serão os compradores de amanhã.
Porém é importante ter a noção de que não são apenas as empresas que podem aproveitar esta nova forma de marketing. Muitos artistas já aderiram a esta estratégia, optando por uma promoção intensa das suas músicas e álbuns nesta rede, e incentivando também a criação de desafios com coreografias. 

Um exemplo claro é o concerto realizado pela cantora Camila Cabello para publicitar o seu novo álbum, que era acessível exclusivamente no TikTok no dia 7 de Abril.

    
Outro exemplo, que teve bastante sucesso, foi a parceria entre o TikTok e a artista Dua Lipa. A cantora lançou um vídeo para o seu single "Levitating" na sequência de uma competição mundial com os seus fãs na aplicação chamada "The Levitating Experience". Esta parceria gerou milhões de criações e visualizações, sendo que alguns dos fãs tiveram até a possibilidade de entrar no vídeo musical. 



Assim, esta rede social é ótima para intensificar o engagement com os consumidores e utilizadores.
Será então o TikTok o futuro do Marketing?

Fontes:
  • https://newsroom.tiktok.com/en-gb/dua-lipa-lands-levitating-video-with-help-from-tiktok
  • https://www.comerciodigital.pt/pt/como-fazer/tiktok-a-nova-rede-social-com-milhoes-de-utilizadores/
  • https://portalpopline.com.br/dua-lipa-clipe-de-levitating-com-o-rapper-dababy-tem-estreia-marcada-no-tiktok-veja-previa/
  • https://www.instagram.com/p/CFr3Rx3n6km/?utm_source=ig_embed&utm_campaign=embed_video_watch_again
  • https://www.vagalume.com.br/news/2020/12/17/dua-lipa-lanca-novo-video-para-levitating-com-participacao-de-tiktokers-veja.html

sexta-feira, 15 de abril de 2022

“Pôr do Sol” - O caricato caso de Product Placement

A 16 de Agosto de 2021 estreou na RTP a telenovela original “Pôr do Sol”. Mas esta não se trata de uma novela normal... "Pôr do Sol" tenta destacar-se como uma sátira aos formatos tradicionais que dominam a televisão portuguesa (e não só) há várias décadas.

A história apresenta todos os clichés a que estamos habituados: uma gémea boa e uma gémea má, o filho do caseiro apaixonar-se pela filha da família rica, entre outros. Tudo isto envolvido em cenários de horror, drama e tragédia.

A novela tem um objetivo claro de exagerar tudo o que costumamos ver no dia-a-dia da televisão. Toda a realização e guiões são elaborados com o intuito de ridicularizar estes formatos tradicionais.

A certa altura o enredo aborda com muita ironia o fenómeno do Product Placement tradicional, quando um dos personagens principais insiste em interromper o seu discurso para dizer de forma insistente o quão deliciosos são os douradinhos da "Pescagrossa".


Mas o que é o Product Placement?

O Product Placement é uma forma Marketing indireto ou publicidade indireta que se distingue pela forma de inserir mensagens publicitárias de forma subtil no conteúdo de programas de televisão, filmes, revistas, rádios, eventos, entre outros, ao invés de simplesmente as exibir como anúncios puramente comerciais.

No nosso dia-a-dia estamos cada vez mais habituados ao ser bombardeados com Product Placement tradicional... Mas no futuro será igual?


Não parece! Através da Inteligência Artificial e dos Green screens prevê-se que poderá ser possível existir Product Placement personalizado! 

Assim, quando estivermos a ver a mesma telenovela, os produtos a ser publicitados poderão ser diferentes. Ou seja, enquanto uma determinada pessoa poderá observar uma lata de coca-cola numa cena de um filme, num outro país (ou mesmo no ecrã ao lado) outros poderão ver uma Pepsi ou Fanta na mesma cena.

Poderá esta inovação traduzir-se numa revolução total deste tipo de Marketing? Que outras surpresas poderá o futuro reservar?


Fontes:

segunda-feira, 11 de abril de 2022

Mike Tyson e o seu novo empreendimento

Mike Tyson é um pugilista americano e considerado por muitos um dos melhores de sempre. Ao longo da sua carreira, Tyson serviu como inspiração para diversos videojogos relacionados com boxe, e apareceu também em alguns filmes, como "The Hangover Pt.I & Pt.II" e "Rocky Balboa". O seu comportamento serviu, igualmente, como inspiração para paródias, por exemplo, no filme "Scary Movie 4" foi referenciado o momento em que Tyson mordeu a orelha do seu oponente numa luta de boxe.


Este momento aconteceu, em 1997, numa luta que foi, na altura, apelidada de "a luta do século" e aconteceu entre Tyson e Holyfield. Onde o primeiro mordeu o adversário 2 vezes, acabando com este desqualificado e nas bocas de toda a gente, no mundo.

Nos últimos anos, tem surgindo uma nova tendência na sociedade e no consumo, nomeadamente, a legalização da marijuana em certos países e estados. Mike Tyson decidiu então iniciar um novo empreendimento, em 2021, Tyson 2.0, consiste em lojas físicas (em alguns estados americanos) e uma loja online, onde vendem diferentes qualidades de marijuana, produtos associados e merchandising.


Este ano, 2022, em março, foi anunciado, no Instagram da marca, um novo produto - Mike Bites - gomas com infusão de canábis com o formato de uma orelha mordida. Esta forma não é aleatória! Faz referência ao momento, anteriormente, mencionado. Atraindo a atenção dos consumidores e potenciais consumidores trazendo à memória um acontecimento histórico e inédito.


Este é mais um exemplo de celebridades, de atletas e de outras personalidades que iniciam projetos de forma a criar valor através da sua pessoa e do seu impacto na sociedade.

Consegues lembrar-te de mais algum caso??

Fontes:

domingo, 10 de abril de 2022

Também a cerveja chegou ao metaverso... Uma nova tendência?

É verdade... Para além das marcas de moda e retalho, agora foi a vez de uma marca de cervejas, a Heineken, entrar no metaverso e lá apresentar uma cerveja (virtual). 

No passado mês de março, a Heineken apresentou a sua mais recente bebida, a Heineken Silver, uma cerveja virtual. Por se tratar de um projeto intangível, a marca convidou jornalistas de diferentes mercados para conhecerem a novidade através do metaverso, abrindo as portas a este novo mundo, onde as pessoas se transformam em avatares. Foi através da imagem abaixo que a marca anunciou este lançamento nas suas redes sociais. 

Esta cerveja começou por apenas estar disponível na Decentraland, uma plataforma que permite a criação de um mundo virtual. Segundo Bram Westenbrink, Global Head of Heineken Brand, "É mais do que apenas uma cerveja. É a combinação de uma grande quantidade de pixels, uma pitada de código e muitas noites de programação", acrescentando que "O único senão é que desenhámos uma cerveja virtual que faz tudo aquilo que poderíamos desejar, mas que não nos permite prová-la." Para resolver este problema, a Heineken criou um conjunto de experiências digitais que permitem aos consumidores ter uma relação mais próxima com esta Heineken Silver (onde se destaca a pista de dança digital e o serviço de catering com comida digital). 

Algumas imagens deste evento no metaverso:





Cerca de um mês depois da apresentação mundial no metaverso, a cerveja digital chega agora ao mundo físico (e a Portugal em concreto) para dar resposta a novas tendências identificadas junto de consumidores que procuram bebidas mais leves e amigas do ambiente, já que se trata de uma lager premium, com um teor alcoólico 1% abaixo da Heineken original, elaborada através de um processo de produção com guarda à temperatura de -1ºC, a partir de ingredientes naturais e, pela primeira vez, com cevada 100% de origem sustentável. Trata-se de um produto desenhado para as novas gerações, em particular a Geração Z. Quem o afirma é Maria Oliveira, diretora de Marketing da Sociedade Central de Cervejas e Bebidas. 

Segundo Maria Oliveira, está a ser desenhada uma estratégia de comunicação que envolve o metaverso e o mundo físico. Estão previstas ações ao longo do ano, tanto na plataforma Decentraland (onde a marca pretende aproveitar o terreno adquirido) como em eventos de entretenimento e festivais de música. 

Quem quiser provar esta cerveja, que começou por ser apenas um conjunto de pixéis no metaverso, já o pode fazer, visto que já se encontra à venda. 

E vocês o que acharam desta aposta da Heineken no metaverso? Acham que se pode tornar numa tendência e começar a ser implementada por outras marcas? 

Fontes:

quarta-feira, 6 de abril de 2022

Adidas x Prada = NFT Metaverse

Como sabemos, o metaverse (ou metaverso, em português) tem sido uma das plataformas digitais mais faladas nos últimos tempos, sendo portanto um mundo virtual que tenta replicar a realidade através de dispositivos digitais. 

Com esta nova corrente trendy, rapidamente artistas e marcas começam a aproveitar este mundo já utilizado por milhões de pessoas em todo o mundo para lançar produtos, campanhas de marketing ou publicidade. Um exemplo disso, é a criação de NFTs (Non Fungible Tokens) que são uma espécie de certificados digitais, estebelecido via blockchain, que definem a originalidade e exclusividade de bens digitais. 

Quem aproveitou recentemente este boom de crescimento foram a Adidas Originals e a Prada que colaboraram mais uma vez, depois da sua coleção de colaboração, a Adidas for Prada Re-Nylon

   
Desta vez, este duo de sucesso, entra no mundo metaverse, através da criação de NFT's exclusivos, através do projeto ADIDAS: PRADA RE-SOURCE.


As marcas cada vez mais buscam uma aproximação ao mundo metaverso, através dos NFT's, criando por exemplo, conteúdos digitais exclusivos de luxo.
Desta forma, a Adidas Originals e a Prada leiloaram uma coleção de NFTs projetadas pelo artista digital Zach Lieberman que foi leiloada e os lucros seriam doados a instituições de caridade que apoiam artistas e criadores. 


Como verificamos, esta parceria entre as empresas é outro sinal de que marcas de roupas – tanto de luxo, como de desporto ou fast fashion – têm vindo a entrar agressivamente no espaço metaverso, na tentativa de oferecer aos clientes uma experiência mais digital e claro, ganhar visibilidade neste novo mundo.

É conhecido que nos próximos anos o mercado de NFTs crescerá em biliões de euros. Outras marcas de luxo criaram, como a Dolce & Gabbana, ou terão projetado criar no futuro (como Gucci, Balenciaga, etc) colaborações no mundo metaverso. Desta forma, têm entrado neste mercado, gerando milhões de lucro e visibilidade para a marca neste novo mundo. 

A seguir virá o quê? Criação de designs exclusivos de roupas/acessórios para personagens de jogo? Criação de modelos para venda digital numa nova realidade virtual? Este será um novo mundo a explorar com possibilidades quase infindáveis para a projeção de marcas e empresas.


Fontes:

terça-feira, 5 de abril de 2022

ASMR um fenómeno emergente, mas misterioso


Podemos concordar que há certamente sons que nos induzem para um estado de calma ou serenidade. Um dos primeiros que nos vem à cabeça, será o som das ondas do mar. Não é por acaso que todas as aplicações destinadas a reduzir a ansiedade ou que nos ajudam a adormecer, reproduzem sons da natureza, uma vez que rapidamente nos transportam para um cenário de tranquilidade.

No entanto, sons como sussurros, unhas a bater em vidro, páginas de um livro a virar, uma faca a cortar sabão, a ponta dos dedos a tapear numa caixa de madeira, amassar uma embalagem, entre outros, poderão ser sons que na teoria não reúnem o mesmo consenso que os descritos acima. E que até mesmo numa análise mais superficial não nos transportam para absolutamente nada, muito menos para um estado de relaxamento. No entanto, a magia do ASMR é que o som de batidas repetitivas ou sussurros podem efetivamente deixar-nos mais calmos.

A sigla em inglês para Autonomous Sensory Meridian Response não é mais do que uma sensação agradável gerada no corpo por um estímulo externo (som ou imagem). Uma resposta sensorial caracterizada por uma sensação de formigueiro estática que normalmente começa no couro cabeludo e desce pela parte de trás do pescoço e pela parte superior da coluna. Assim, à medida que mais pessoas percebem o poder dos estímulos de ASMR, mais pessoas tentam criá-lo, o que levou o ASMR a crescer de um conceito científico esotérico para um fenómeno online.

O Professor Craig Richard da Universidade de Shenandoah, que utiliza o ASMR como área de pesquisa, tem vindo a desenvolver uma teoria interessante sobre os efeitos do ASMR: no seu nível mais essencial, a intimidade dos vídeos ASMR é sobre desencadear a experiência de ser amado.

Com base apenas nisto, e considerando o crescimento da importância do ASMR no mundo digital, parece ficar claro que o ASMR tem espaço para o envolvimento de influenciadores, mas será que é igualmente atraente para as marcas? Será que as marcas querem pagar a alguém que se filma numa sala com pouca luz enquanto sussurra as características de um produto?

Então, porque é que o ASMR é útil para o web marketing? E, porque é que estamos a falar dele? 

É inevitável tentar entender a popularidade de conteúdos tão inusitados, e talvez a resposta resida na ciência. Um estudo do Departamento de Psicologia da Universidade de Sheffield, observou que as pessoas que assistem aos conteúdos de ASMR apresentam frequências cardíacas reduzidas e mostram-se mais relaxadas e com maior propensão a ter pensamentos positivos. Estas são características semelhantes às sensações provocadas por outras técnicas de relaxamento já cientificamente comprovadas como o mindfulness ou ouvir música.

Como é que pode então as marcas usar o ASMR?

Neste blog podem encontrar o artigo de uma colega que fala precisamente de um dos anúncios pioneiros que utiliza o ASMR.  E que apesar da estranheza, essa ação publicitária foi elogiada em todo o mundo, em que a garrafa de vidro de uma cerveja converteu-se no adereço perfeito de ASMR. E os sussurros de Zoe Kravitz ativaram a experiência “sentida” de ser amado. E o formigueiro na nuca, pode até desencadear um arrepio que nos relembra aquela sensação agradável e refrescante depois de beber uma cerveja gelada num dia de calor, e que imediatamente nos pode fazer ter vontade de beber uma Michelob.

Aqui o propósito foi fazer com que o público sentisse algo, mais que não seja colocar os seus sentidos no limite. E desde aí, vídeos semelhantes surgiram. No final deste artigo podem encontrar um endereço como uma extensa lista de exemplos. E onde vemos e ouvimos alimentos crocantes como um Ferrero Rocher a ser mastigado ou outro como o do IKEA que realizou um vídeo de 1 minuto com alguém a tapear ou remexer lençóis, e ainda a Adidas que utiliza a descrição “Alejandra Robledo, criadora de ASMR, mostra a sua interpretação estranha, mas satisfatória, dos elementos que moldam o novo ZX 2K BOOST”.


Este é um método que pode gerar controvérsia, uma vez que as marcas optaram simplesmente por utilizar experiências bioquímicas associadas à necessidade universal de nos sentirmos amados através de vídeos com sons estranhos. Mas, no geral, o ASMR é um fenómeno crescente no Youtube e TikTok, que tem atraído cada vez mais o interesse das marcas, ao ponto de podermos ver um vídeo com uma mulher a comer salsichas cobertas de queijo que teve 800.000 visualizações no espaço de 24 horas. O que pode ser um excelente exemplo do alcance que a utilização da estratégia de product placement num vídeo de ASMR pode trazer para a uma marca de enchidos ou queijo, neste caso. 

Como temos vindo a descobrir nas nossas aulas, o que as marcas pretendem é causar impacto no consumidor, já que entrar no seu “radar” é cada vez mais difícil. Seja pela estranheza de sons ou pela sensação causada no cérebro e que alegadamente nos faz sentir amados, esta é só mais uma das muitas estratégias em crescimento que as marcas têm ao seu alcance de conquistar a nossa atenção.

P.S: Se não usares fones, possivelmente o ASMR vai parecer mais assustador do que aquilo que realmente é. Mas antes de estares tão relaxado e adormecer, não te esqueças de deixar o teu comentário aqui em baixo. 😏👇


Lista de anúncios que utilizam ASMR: https://asmruniversity.com/art-of-asmr-commercials/

O poder do vídeos de ASMR: https://webmktfep.blogspot.com/2021/03/o-poder-dos-videos-asmr.html

Fontes:https://bettermarketing.pub/is-asmr-a-brands-secret weapon; https://www.impactplus.com/blog/asmrvideomarketing; https://doi.org/10.1016/j.jbusres.2020.01.004