quinta-feira, 5 de maio de 2011

E-MUSICKETING, SER OU NÃO SER, EIS A QUESTÃO...

A Internet revolucionou o nosso mundo a vários níveis, com novas formas de interacção entre empresas e clientes, novas formas de relacionamentos pessoais, mil e uma oportunidades de negócios (novos e renovados).

À primeira vista, as artes estariam a salvo da intrometida Internet. Ainda que hoje seja vista como um importante canal de divulgação, a verdade é que o processo criativo do artista continuava a ser algo bastante intimista e reservado do seu público.

Embora muitas áreas das artes ainda continuem a usufruir dessa “paz de espírito” criativo, é na música que encontramos o maior expoente da influência da Internet. De mero novo canal de distribuição e comercialização de conteúdos, a Internet tem hoje um papel que talvez nunca tivesse sido imaginado: é geradora de novas oportunidades de negócio no mercado musical, é uma plataforma que possibilita uma maior aproximação/relacionamento entre artistas e fãs, capaz até de alterar os processos produtivos e de criação, alterando drasticamente a maneira de consumir música.

Esta revolução faz com que, nos dias de hoje, os músicos sejam muito mais do que músicos, são também produtores, divulgadores, distribuidores e empreendedores. Por outro lado, os fãs são também muito mais do que fãs, são investidores e até co-criadores de música. Em suma, a Internet permite uma interacção jamais vista entre artista e fãs, nos quatro cantos do mundo.

De acordo com o cenário actual, e tendo por base o conceito de e-marketing disponível no Wikipedia (os esforços das empresas em informar, comunicar, promover e vender seus produtos e serviços pela internet), sugerimos a criação do conceito de e-musicketing, que vai mais além do e-marketing, sendo os esforços da indústria da música em informar, comunicar, promover, produzir e vender seus produtos e serviços pela Internet, bem como relacionar-se com os seus clientes. Ou seja, é um mix de marketing, Internet e música, pilares fundamentais desta indústria.

Para desenvolver melhor esta ideia bem como a sua validade, apelamos ao vosso contributo crítico no sentido de desenvolver e consolidar este conceito, cujo objectivo é publicá-lo no Wikipedia.

POR FAVOR PARTICIPEM.... :)

4 comentários:

  1. Ei Malta, quero ajudar-vos neste projecto mas confesso que ainda não consegui compreender exactamente o significado deste conceito.

    O E-musicketing será o conjunto de iniciativas levadas a cabo por artistas e editoras musicais no sentido de promoverem as suas criações com recurso às capacidades da web, como o social media, sites institucionais, campanhas digitais, etc?

    Ou será que representa um conceito mais abrangente, de marketing digital+musical, com políticas distintas e exclusivas de "marketing-mix" em relação ao canal "offline"?

    Espero que ajude!

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  2. Olá,

    a música é a industria que melhor aplica o e-marketing, sendo assim, o melhor exemplo deste tipo de marketing (o que a internet revolucionou). Tendo em conta os cenários actuais e evoluções, acredito que mais produtos alcançarão igual ou um estatuto próximo e por isso, não vejo o e-musicketing como um novo conceito mas como um conceito que suporta o processo especifico do e-marketing da música.

    bom trabalho!

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  3. Aí vai repetido, comentei o post da Lilian e não este...

    Acho que o conceito faz todo o sentido e aplica directamente o que foi visto nas aulas.
    Veja-se por exemplo a influência da Web no Marketing Mix.
    A nível de produto, a música é um exemplo típico de produto digitalizável, com todas as consequências em termos de cauda longa que abordamos.
    A nível de preço, a estratégia freemium aplica-se. A música é cada vez mais oferecida para download gratuito a uma maioria, enquanto os (poucos e selectivos) fãs compram gadgets e bilhetes paar concertos e pagam quotas de clubes de fãs onde acedem a informação privilegiada.
    A própria libertação gratuita das músicas gera publicidade e passa-palavra e funciona como o mais eficaz e barato veículo de comunicação e promoção.
    E a nível da distribuição, com a era digital a música dispensa cada vez mais a existência de lojas físicas, CDs e editoras discográficas, promovendo-se a proximidade com o público através de lojas digitais ou da lógica P2P de partilha de ficheiros.
    É inclusivamente possível a novos artistas e bandas encarregarem-se da promoção e distribuição das suas músicas apenas com uma guitarra e um vídeo como fez a Ana Free.

    Como em muitos outros domínios, desde livros à blogosfera, Marx haveria de gostar desta democratização dos meios de produção e do direito à liberdade de escolha no mercado...:)

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  4. Olá Tiago, na nossa opinião as duas questões que colocas fazem parte do mesmo e não são partes separadas. Na verdade pensamos que E-Musicketing é tudo isso que disseste, é "o conjunto de iniciativas levadas a cabo por artistas e editoras musicais no sentido de promoverem as suas criações com recurso às capacidades da web, como o social media, sites institucionais, campanhas digitais" ou seja uma verdadeira fusão entre "marketing digital+musical, com políticas distintas e exclusivas de "marketing-mix" em relação ao canal "offline"". Entendemos mesmo que o canal online está a sobrepor-se ao offline, tornando-se no principal canal desta indústria. Hoje em dia, quem quiser vingar neste mercado tem de estar presente no canal online, caso contrário não sobrevive. É facto...

    Esperamos ter sido claros, contudo as tuas questões são bastante pertinentes, pois será com elas que tentaremos definir este novo conceito.

    Obrigado pelo teu contributo!

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