domingo, 22 de abril de 2012

O fim do middle market.



Pedro Barbosa, autor do livro “Harvard Trends”, anunciou o desaparecimento dos mercados de gama média, durante o seminário "Mercados de Luxo vs. Mercados Low Cost", organizado pela Universidade Lusíada.

Esta tendência deve-se à pressão que as empresas de luxo estão a fazer para captar estes clientes, ao mesmo tempo que as ditas empresas low cost também procuram estes clientes.
O que assistimos é ao crescimento de um novo segmento de consumidores, que se situa entre o luxo e o baixo custo e consomem produtos nos dois mercados. Estão dispostos a pagar muito por um jantar num restaurante de luxo e a seguir viajam numa companhia low cost – o consumidor avatar, do qual já falamos nas aulas de WMCE.

Pedro Barbosa fala de consumidores híbridos e do fim da segmentação por tipo de pessoas, adiantando que o conta na hora de escolher é o tipo de importância que é dada ao artigo.

Será que assistimos ao fim da segmentação do mercado? Tudo parece indicar que sim. De que forma, então, o Marketing e as Marcas poderão definir as suas estratégias se deixam de saber, exatamente, quem são os seus consumidores?

A notícia aqui.

2 comentários:

  1. Eu acho que o grande desafio das empresas é mesmo esse: segundo a gama de produtos e/ou serviços que oferecem, saber distinguir aqueles pelos quais os consumidores estão realmente dispostos a pagar mais e, pelo contrário, quais aqueles a que o consumidor procura o "mais barato possível"- já não adianta tentar posicionar-se num "meio termo". Uma vez que, o fenómeno "low cost" já não é mais para aqueles que não podem aceder a determinado produto ou serviço, e sim para aqueles que são mais "espertos e informados". Por outro lado,assiste-se a uma tendência crescente das pessoas atribuírem mais valor a (mesmo que pequenos) luxos, ainda que isso signifique sacrificar outras coisas.
    As marcas devem estar atentas a isto de forma a definir estratégias que lhes permitam ir de encontro àquilo a que o consumidor valoriza a cada momento.

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  2. Não será talvez o fim da segmentação por si só, mas pelo menos da segmentação em termos tradicionais, sobretudo baseada em critérios sócio-demográficos. Acredito que critérios comportamentais ou de estilo de vida se tornem mais relevantes, embora mais difíceis de aferir. A ocasião da compra ou o nível de envolvimento com o produto são cada vez mais determinantes: o que conta é a vontade do consumidor...

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