

A definição de FLAWSOME:
Consumidores não esperam que as marcas sejam completamente sem falhas. De fato, consumidores abraçarão marcas que são FLAWSOME*: marcas que são geniais apesar de suas falhas; mesmo com falhas (e elas são sinceras sobre isso) elas podem ser fantásticas. Estamos falando de marcas que mostram alguma empatia, generosidade, humildade, flexibilidade, maturidade, humor e (ousamos dizer) algum caráter e humanidade.- HUMAN BRANDS: Sabemos que muitas coisas, inclusive o atual desdém geral com relação ao mundo corporativo e a influência da cultura online (com sua honestidade brutal e natureza imediatista), estão afastando os consumidores de marcas chatas e insossas e levando-os na direção de marcas que têm personalidade.
- TRANSPARENCY TRIUMPH: Os consumidores estão se beneficiando de uma transparência quase total e brutal (e assim estão descobrindo os defeitos das marcas de qualquer jeito), devido à enorme quantidade de avaliações de usuários, vazamentos de informações e índices de satisfação disponíveis na web.
HUMAN BRANDS
“MARCAS HUMANAS”
FLAWSOME faz parte de uma tendência maior, HUMAN BRANDS, algo que já tratamos em Trend Briefings anteriores: RANDOM ACTS OF KINDNESS (ATOS ALEATÓRIOS DE BONDADE), BRAND BUTLERS (MORDOMOS DAS MARCAS), GENERATION G (GERAÇÃO G), e assim por diante.Então, enquanto as HUMAN BRANDS podem não ser um tema novo, quatro correntes estão agora convergindo para fazer com que os consumidores foquem cada vez mais nas atitudes e no comportamento das marcas.
“...a natureza humana diz que as pessoas têm dificuldades em estabelecer um elo verdadeiro, se aproximar, ou realmente confiar em outros humanos que fingem não ter fraquezas, defeitos, ou erros”
- A decepção dos consumidores com o comportamento corporativo está (finalmente) se transformando em repugnância generalizada. Como resultado, qualquer marca que pode mostrar um modelo de negócio diferente será recebido (e merecidamente) de braços abertos.
- Quase 85% dos consumidores no mundo inteiro esperam que as empresas se envolvam ativamente no avanço do bem-estar coletivo, um aumento de 15% comparado com 2010 (Fonte: Havas Media, novembro de 2011).
- Porém, somente 28% das pessoas acham que as empresas estão trabalhando bastante para resolver os grandes desafios sociais e ambientais (Fonte: Havas Media, novembro de 2011).
- Os consumidores são cada vez mais conscientes de que personalidade e resultados podem ser compatíveis (exemplos: Zappos, Patagonia, Tom’s, Ben & Jerry’s, Michel et Augustin e Zalando, entre outros). A medida que certas empresas obtêm sucesso ao mesmo tempo em que continuam sendo justas, prestativas, divertidas ou até mesmo um pouco "humanas", os consumidores ficarão cada vez mais desiludidos ao lidar com marcas tradicionais, insossas e impessoais.
- A maioria das pessoas não se importaria se 70% das marcas deixassem de existir (Fonte: Havas Media, novembro de 2011).
- A cultura online é a cultura verdadeira, e as fachadas "corporativas" inflexíveis e insossas estão na contramão dos consumidores que vivem conectados e que têm o hábito de comunicar imediata, aberta e cruamente (veja também MATURIALISM). Além do mais, as pessoas hoje dividem e transmitem abertamente suas vidas online - inclusive seus defeitos - e assim esperam cada vez mais que as marcas façam o mesmo.
- Em fim, a natureza humana diz que as pessoas têm dificuldades em estabelecer um elo verdadeiro, se aproximar, ou realmente confiar em outros humanos que fingem não ter fraquezas, defeitos, ou erros - e tratam as marcas da mesma forma.
TRANSPARENCY TRIUMPH
“TRIUNFO DA TRANSPARÊNCIA”
Além deste desejo por personalidade, há uma enxurrada de avaliações de consumidores, comentários, índices de satisfação, relatórios, vazamentos de informação e assim por diante. Lá em 2009, discutimos TRANSPARENCY TRIUMPH; três anos depois, os consumidores já têm o benefício de transparência quase-total.E a "transparência" continuará a ser um dos mais importantes "grandes temas de negócios": desde a partilha sem atritos por indivíduos, ao acesso a dados previamente inacessíveis (veja nossa tendência DIY HEALTH [SAÚDE FAÇA-VOCÊ-MESMO]), e à transparência forçada que entidades como Wikileaks impõe a governos, marcas, instituições e indivíduos. Prepare-se para um mundo em que tudo (atitudes, preços, qualidade, comportamento) será totalmente acessível, e então onde todos os "defeitos" poderão ser descobertos.
Assim, agora que os consumidores provavelmente vão descobrir tudo sobre seus produtos, serviços e atividades, você não tem escolha a não ser recebê-los de braços abertos, e comemorar estas descobertas, com defeitos e tudo.
Duas coisas para se ter em mente:
- O conceito de algo "sem defeito" é uma ilusão, e pode até ser perigoso. Eventuais avaliações negativas de consumidores não matarão sua marca. Ao contrário: quando se publicam avaliações negativas e positivas lado a lado, a confiança das pessoas nas avaliações positivas aumenta. Os consumidores não são burros: sabem que nenhum produto vai satisfazer todo mundo o tempo todo. Algumas estatísticas:
- 68% de consumidores confiam em avaliações de consumidores quando vêem escores positivos e negativos juntos, enquanto 30% desconfia de censura ou avaliações falsas se não houver comentários e avaliações negativos juntos (Fonte: Reevoo.com, janeiro de 2012).
- Os consumidores que se esforçam para ler as avaliações negativas acabam comprando 67% mais vezes que a média (Fonte: Reevoo.com, janeiro de 2012).
- As coisas podem dar errado. Da mesma forma que os consumidores nunca antes tiveram a oportunidade de fazer suas reclamações serem notadas tanto quanto hoje em dia, as marcas também têm a oportunidade de reagir e responder como nunca antes. Se elas fizerem direito, os defeitos de uma marca podem se tornar FLAWSOME, as reputações podem ser reparadas, senão reinventadas.
- 76% das pessoas que reclamam via Twitter não recebem resposta da marca. Mas entre aquelas que foram contatadas, 83% gostou ou adorou que a marca respondeu, e 85% ficou satisfeito com a resposta (Fonte: Maritz Research, setembro de 2011).
BETA BUZZ
“REPERCUSSÃO BETA”
E claro, ser FLAWSOME também se trata das empresas que se abrem do mesmo jeito que seus clientes já se abrem online faz tempo. Introduza uma versão Beta: produtos e serviços que ainda não foram aperfeiçoados*, e deixe que a multidão dê feedback e conselhos.* Não estamos dizendo que você deve lançar produtos de baixa qualidade, mas muitas marcas poderiam aprender lições da indústria de software e sua abordagem "Beta". Muitas vezes, os seus clientes valorizarão a iniciativa e poderão até gostar de ajudá-lo melhorar seus produtos ou serviços.
Exemplos:
FEEDBACK
As marcas não devem ter medo do feedback dos seus clientes; elas devem comemorá-lo:O website dos hotéis Four Seasons inclui comentários dos seus clientes publicados em outros sites

Avaliações de clientes dos hotéis Starwood

A “Loja Social” da Smashbox

Teatros experimentam com “Tweet Seats”

Chevrolet Car Hunters

Esurance: o seguro para o mundo moderno

O Banco de Ideias do BZ WBK

“A cultura online é a cultura verdadeira, e as fachadas "corporativas" inflexíveis e insossas estão na contramão dos consumidores que vivem conectados e que têm o hábito de comunicar imediata, aberta e cruamente”
AME-O OU DEIXE-O
Para muitas marcas, o fato de que algumas pessoas não gostaram de alguma coisa é algo a ser comemorado:Miracle Whip: não somos para todo mundo

Marmite: ame-o ou deixe-o

O Cinema Alamo Drafthouse: o uso de SMS não será tolerado

Lululemon: as bobagens que os praticantes de ioga dizem

O infográfico Ruffles’ AirBag

Ritte Racing: feito na China

MELHORANDO
Não se trata de ser perfeito; quando pisar na bola, tem de ser FLAWSOME:A Virada da Domino’s Pizza

Talvez o melhor exemplo de FLAWSOME é a campanha Domino’s Pizza Turnaround, que começou em 2009 depois que empregados postaram um vídeo negativo no YouTube. Em julho de 2011, a marca continuou sua abordagem transparente com uma campanha promocional de um mês em Times Square, Nova York, onde transmitiram opiniões (boas e ruins) de consumidores ao vivo pelo outdoor digital.
Nosso Premium Service combina com você?

FedEx: absolutamente, positivamente, inadmissível

“Os consumidores estão cada vez mais cientes de que personalidade e lucro podem ser compatíveis”
Johnson & Johnson: “power ballad” pessoal

O épico fracasso do Cyber Monday da Bonobos

Virgin America: tweet por tweet

Cruz Vermelha – tweet sobre bebedeira inspira doações de sangue e dinheiro

Cervejaria Lagunitas: somos ruins

Um pedido de desculpas em formato de vídeo depois que um anúncio sensual da Lynx foi banido

Chipotle: sem toucinho, por favor

O Presidente da Vodacom faz sua parte pelo Twitter

Innocent Drinks: o vale errado

Em abril de 2011, a Innocent Drinks, fabricante de batidas de leite baseada no Reino Unido, mandou um cartão de Pascoa com um cupom anexo para clientes cadastrados. Porém, o código de barras estava errado, e o cupom não podia ser redimido. Como resposta, a marca disparou um email pedindo desculpas para todos os clientes que o receberam, e informando que trocaria o cupom por um que funcionava. No final do e-mail, sugeriu que os clientes ficassem com o cupom como "uma recordação da nossa burrice."
Mailchimp: nós nos redimimos

Em julho de 2011, MailChimp, um provedor de marketing por email, teve problemas com os formulários de assinatura de alguns clientes. Como não conseguiam descobrir exatamente quais clientes foram afetados (nem quais notaram o erro), MailChimp disparou um email para todos que achava que poderiam ter sido afetados e os convidou a contatar o atendimento, prometendo que iria "trabalhar com você para encontrar alguma forma de nos redimir". No e-mail, a marca colocou um link para sua página no Facebook para os clientes comentarem publicamente. O resultado? Retornos absolutamente positivos.
FRACASSOS
Alguns exemplos do que não deve fazer ;-)O deboche da Chrysler sobre a Cidade do Automóvel

Boners BBQ ataca o cliente

Gaopeng e o caso dos relógios falsos da Tissot

Blogueiros gourmets processados por restaurantes

Oportunidades

Informe seus amigos e colegas sobre
FLAWSOME
Passe adiante »
Você acha que FLAWSOME é muito areia para o caminhãozinho da sua empresa? Veja, o FLAWSOME verdadeiro nunca dirá respeito a apenas um único momento ou uma ação singular -, ou, Deus nos livre, gente "inventando defeitos" em série numa tentativa de "conectar" com consumidores de uma forma honesta - por isso sempre tem hora para começar. Lembre-se de ir até o fim, pois se você não for fantástico, você será apenas defeituoso ;-)
Considere:
- Sempre aceite feedback de clientes. Não faça isso apenas ao permitir que clientes façam avaliações sobre seus produtos (isso é tão 2007 ;-), mas tenha a auto-confiança de publicar feedback cru e não-editado, e deixe que os clientes vejam facilmente a fonte original das avaliações. De qualquer forma, vão procurar.
- Hoje em dia, alguns sites de avaliações sobre produtos e serviços estão se tornando como Bíblias para a indústria (ex. TripAdvisor para viagens, e Yelp para restaurantes), e é provável que as marcas incorporem avaliações diretamente de sites de terceiros, para assim evitar qualquer suspeita de impropriedade ou mascaração. E num mundo onde as pessoas estão continuamente se expressando em redes sociais, fique ligado em ferramentas que permitam aos usuários acessarem qualquer comentário relacionado a um produto ou serviço, onde quer que seja publicado. Porque não disponibilizar essa informação é apenas inconveniente (e não muito humano).
- Construa uma cultura aberta. Nunca é possível prepara-se totalmente para uma crise, mas você deve confiar em seus colaboradores para tomar a iniciativa e falar abertamente se uma crise acontecer. Não deixe a sua área jurídica tratar disso, pois a maioria de advogados não é FLAWSOME.
Enquanto isso, trabalharemos em nosso próximo Trend Briefing, com defeitos e tudo. Inscreva-se já!

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