domingo, 7 de março de 2010

Internet - uma rede global ou não?

Esta semana, na aula de WMEC, estivemos centrados essencialmente no que é a internet e como a descreveríamos em termos de características. Daí que tivéssemos falado de fazer downloads e uploads, pesquisas e visitas a diversos tipos de sítios.

Por outro lado, aparecem conceitos com que nos temos de familiarizar se queremos estar por dentro da gíria da net. Entre eles temos o P2P, homebanking, clique, website, podcast, entre outros. Acredito que nem todos de nós estivéssemos a par do que se entende por esta montanha de conceitos. Isto leva-me a concluir que a Internet é já uma rede muito complexificada, estando, no entanto, ao nosso alcance através de um pequeno clique, seja ele no nosso local de trabalho, seja em casa ou mesmo através de um telemóvel.

definição de conceitos:

Redes virtuais

O termo é utilizado em diferentes tecnologias que adotam um modelo conceitual Peer-to-Peer (em Portugal, conhecido como par-a-par), tal como o protocolo NNTP (para Usenet News), SMTP (para envio de mensagens eletrônicas - e-mail), e sistemas de troca de mensagens instantâneas (ICQ, MSN). Porém, o termo tornou-se popular com o surgimento de aplicações de compartilhamento de arquivo, em outras palavras, programas que possibilitam a distribuição de arquivos em rede, permitindo o acesso de qualquer usuário dessa rede a este recurso. Outros tipos de recursos podem ser compartilhados em redes Par-a-Par, tal como capacidade de processamento de máquinas, espaço de armazenamento de arquivos, serviços de programas (software, em inglês) - analogamente aos Web Services, entre outros.

fonte: wikipédia visitado em 06-03-2010

homebanking refe-se ao uso dos serviços bancários através da internet ou seja sem ter de se deslocar a uma dependência bancária. pode consultar-se o saldo, fazer transacções e mesmo aplicações financeiras através dos sites dos bancos como por exemplo:

- http://www.santandertotta.pt
- http://www.bes.pt/


Bem depois de estarmos por dentro dos conceitos passarei a expor o tema principal do meu post: Internet - uma rede global ou não?

Vou começar por dar o meu parecer, assumindo, desde já, que todos nós, quer a nível particular quer em termos profissionais, beneficiamos de existir Internet. No meu dia-a-dia profissional necessito estou constantemente a recorrer a ela, pois tenho de enviar documentos importantes de um departamento para outro. O tempo que se poupa é consideravelmente grande. Já para não falar o que se poupa em termos de papel (nunca esquecer as preocupações ambientais), uma vez que se evitam as fotocópias para entrega aos departamentos x ou y.

É já um facto aceite comummente considerar que a internet facilitou os negócios e as comunicações entre as pessoas. Isto porque se quisermos saber, por exemplo, quanto custa um determinado serviço não temos de nos deslocar ao fornecedor, basta enviar um e-mail e rapidamente se fica por dentro de todos os pormenores e julgo que de uma maneira muito mais eficaz pois está por escrito!

Quanto a contactar com clientes também houve avanços, porque hoje em dia não há nenhuma ou quase nenhuma empresa que não tenha um domínio/sítio para publicitar os seus produtos ou serviços. Isto torna a pesquisa muito mais rápida e eficaz, já que estão disponíveis precários, descrições de serviços, fotografias de produtos, stocks existentes e no caso de se querer encomendar disponibilizam-se um contacto e um meio telefónico para o efectuar.

Claro que não é qualquer pessoa que manuseia devidamente as ferramentas da internet, daí o meu documento se intitular de “Net - um rede global ou não?” A meu ver todas as pessoas quer sejam da minha idade ou mais velhas ou mais novas estão posicionadas para aprender e lucrar com a rede que se instalou denominada de Internet. GERAÇÂO SPEEDY

Não é à primeira tentativa que se consegue encontrar um fornecedor de um determinado produto ou se consegue enviar uma proposta via e-mail ou criar um sítio com toda a informação que se pretende. Mas eu, como aluna do mestrado de “Gestão de Serviços”, tenho aprendido cada vez sobre as ferramentas postas à disposição e sei que daqui para a frente aprenderei mais. Na disciplina de WMEC iremos pôr em prática o uso de novas tecnologias ao dispor de gestores de empresas com o intuito de conseguirmos expor o nosso produto/serviço da melhor maneira e para um maior número de potenciais clientes.

A rede pode ser pequena inicialmente, mas o poder de word-of-mouth, como já foi referido anteriormente por professores e por colegas meus, é extremamente grande e leva a que muitas pessoas se deixem “influenciar” por ideias dos seus colegas e amigos em relação a um fornecedor ou determinado produto. Por isso temos de ter muito cuidado com o que postamos ou publicitamos através da net porque aqui a mensagem é transmitida muito rapidamente e a uma série de pessoas por todo o mundo e não só ao nosso redor.

Quanto à questão da net ser um meio interactivo estou plenamente de acordo e gostaria de dar um exemplo que julgo ser da maior relevância: as redes sociais têm crescido imenso e já contam com muitas pessoas portadoras de variados géneros de interesses e ligadas a diversas áreas que interagem na net.

Quando eu era mais nova, as redes sociais serviam para as pessoas manterem contactos e colocarem umas fotos suas e de amigos e desta forma se entreterem a comentar as fotos uns dos outros. Mas de há uns anos para cá, e principalmente com o facebook e twitter, apareceram redes onde inserem as amizades particulares e profissionais e onde se discutem assuntos sérios e de alcance global, sejam eles ambientais, económicos, culturais, políticos ou outros, com reflexo na formação de uma opinião pública alargada e esclarecida.

Uma vez estava a ver o programa “5 para a meia-noite” na RTP – 2 e os convidados, enquanto estavam a ser entrevistados, estavam a comentar a experiência no facebook e twitter. Aí apercebi-me que a rede social quase que exigia saber como estava a ser a experiência.

Uma coisa que aprendi no primeiro semestre na disciplina “Marketing de Serviços” é que é necessário conhecer os gostos das pessoas para lhes conseguir vender algo. E no caso concreto dos serviços estamos a vender um experiência e uma ideia que as pessoas já anteriormente relataram ter interesse em vivenciar ou então que não poderão vivenciar e fazem-no através de uma pessoa famosa sabendo como esta a viveu. Está aqui uma ideia-chave em marketing: a ideia de criar necessidade e de atingir o ponto de satisfação. Com a internet e os meios disponibilizados por ela existem mais oportunidades de se proporcionar isso, seja com uma foto, um comentário, um vídeo ou mesmo um serviço via web.

Por isso poderei dizer que a Internet tem o poder de nos retirar muito tempo diariamente, porque temos de ver os e-mails e temos de ter tempo para responder a estes. Ao estarmos ligados às redes sociais temos de lhes dedicar tempo e com isto quero dizer que temos de ver o “quintal no Farma Ville e ajudar a que todos tenhamos mais animais e mais cultivo” porque se não o fizermos acabamos por ser postos de parte pela rede. Ora isso pode ter repercussões positivas ou negativas em termos sociais ou profissionais.

Pergunto-me se isto não está a tomar contornos desmesurados e um pouco fora de controlo.

Eu não tenho tempo estar na minha empresa, dentro do meu horário de trabalho, a ver os meus e-mails pessoais, nem muito menos consultar as fotos que os meus colegas colocaram nas redes sociais.

Deixo aqui então uma proposta de discussão quanto ao que acham da internet e de se esta vos facilita ou por outro lado controla o vosso dia-a-dia.

Assinado: Sara Piedade

5 comentários:

  1. O tema Internet é de facto do domínio de discussão pública.
    A questão das redes sociais que a Sara refere no seu post é um fenómeno que assiste a uma contínua proliferação. Poderia discutir-se a relevância do tempo que cada um dedica à criação e actualização de um profile, muitas vezes personagem fictícia, diminuindo a socialização, ou se o pertencer a uma rede social multiplica e desenvolve efectivamente uma rede de contactos.
    O cerne da questão, da minha óptica, é entender o porquê do rápido desenvolvimento destas redes. A minha pouca experiência diz-me que estaremos perante um fenómeno de comunicação puro. A comunicação e “publicitação” das redes sociais, como facebook ou hi5, é de tal forma forte e bem construída que desperta em cada utilizador a necessidade de fazer parte da rede.
    Mas até que ponto fazer parte dela traz valor ao dia-a-dia de cada um?
    Quando adquirimos um produto, dispomo-nos a pagar um preço porque percepcionamos um valor que o compensa. O marketing comunica esse valor.
    Será que o valor comunicado na pertença às redes sociais é verdadeiramente sentido pelos utilizadores? Ou apenas desencadeia uma vontade de estar in para não estar out?

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  2. Gostei da tua análise do tempo e da falta dele, da exigência de despender tempo com a internet! Crescemos com a noção de estar em contacto permanente com tudo e com todos, graças à internet. A maior parte dos utilizadores neste blog pertencerão ao que Dionisio et al. (em B-Mercator) descrevem como a Geração Y…características: valorizam a variedade e a liberdade de escolha, procuram a diferenciação e individualidade, procuram informação e sustentam relações e amizades sem fronteiras, valorizam a experiência e o entretenimento e confiam… soa bem, mas vem a um preço…e esse começa no tempo despendido!

    1.Se tenho mais escolha e acesso à mais informação demorarei potencialmente mais tempo a tomar uma decisão e tomarei uma decisão mais informada. A liberdade trás responsabilidade!

    2.A diferenciação e individualidade exigem um esforço de criação por parte de cada um…de novo, estamos perante algo que exige tempo, criatividade e informação

    3.As amizades já não se limitam ao nosso círculo de amigos geograficamente mais próximo…começamos a ter uma ferramenta que nos possibilita manter ou mesmo de estabelecer contacto com pessoas de todo o mundo. E…temos a capacidade de comunicar em inglês com eles! Fantástico!

    4.Experiências e entretenimento fazem parte do processo de criatividade para conseguir a individualização pretendida. As pessoas têm (em média) cada vez mais tempo para elas próprias, para se concentrarem nas suas visões mais ou menos egocêntricas e para exporem as suas vivências reais ou fictícias aos outros.

    5.Finalmente a confiança é algo que é alimentado pelas relações e experiências e pelo tempo despendido nelas.

    No fundo a exigência de tempo para estarmos permanentemente em todo o lado ao mesmo tempo é o resultado do tempo que a nossa sociedade tem… vivemos numa sociedade que se pode dar ao luxo de gastar tempo nela mesmo… e o mais curioso é que temos todos a sensação de não ter tempo para nada!

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  3. De facto a Internet abre novas perspectivas e novas formas de comunicar. O que poderá ser pernicioso é o consumidor perceber que o tempo que perde não é compensado pelo benefício que obtém, passando a médio prazo a fazer o que faz com a televisão - "zapping".

    O zapping é uma forma de fugir à avalanche da publicidade e à tirania das marcas.

    Quando passar a euforia da novidade, o consumidor irá fazer as suas contas e arranjar uma forma de fazer "zapping" na internet.

    De facto e expressando o meu sentido de voto.... também a internet é uma "faca de dois gumes" em que o consumidor aprenderá rapidamente a utilizar em seu benefício.

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  4. João Piedade.
    A internet é algo que se tem que ver como um processo normal na evolução do Homem, como outra coisa qualquer.

    A Internet não pode ser vista como sómente um processo de transmissão de dados e/ou de informação. Esta influenciou e desenvolveu mecanismos e conhecimentos.

    Há um sem números pontos positivos em contraste com os negativos, sem qualquer tipo de dúvidas.

    Resumidamente, a parte principal que prefiro salientar como negativa, a que talvez vai condicionar a actividade humana, é na parte das Relações humanas/afectivas, dado haver cada vez mais ausência de confrontos das divergências e espcificidades de cada ser. Isto porque é impensável termos tempo para a consulta de largos e-mails, muitos dos quais sem qualquer interesse, e ainda haver tempo para mais diversos interesses.
    2010/03/21

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  5. Este artigo está bastante bem elaborado e chama a minha atenção para uma determinada questão:

    Quem usufrui da Internet?

    Na minha opinião, na sociedade onde vivemos, todos nós dependemos da Internet:

    - as crianças jogam, cada vez mais, jogos online;
    - as escolas, como quase qualquer instituição, têem o seu site (e onde, normalmente, existe uma relação positiva entre a organização do site e a organização da escola, em questão);
    - os jovens recorrem cada vez mais a este mecanismo para cimentar as suas relações interpessoais;
    - os estudantes sabem pela Internet em que Faculdade ficaram colocados;
    - as disciplinas das Faculdades utilizam a Internet como ferramenta de ajuda (para desenvolver os atributos dos estudantes);
    - os estudantes recorrem, cada vez mais, à Internet para enviar o seu curriculum vitae.

    Estes são alguns exemplos, de muitos que eu poderia dar, do caminho das crianças e dos jovens (da sociedade actual) até à idade adulta, em Portugal.

    Mas, se numa Sociedade como a nossa, a Internet é um meio imprescendível para o nosso desenvolvimento pessoal, não é, no entanto, possível afirmar que seja fundamental para a nossa sobrevivência.

    Se a Internet fosse imprescindível para a sobrevivência pessoal, como viveria cerca de 74,6% da População Mundial (que não tem acesso a esta) ?

    A Internet é, como já foi referido, uma "faca de dois gumes", que é destinada, actualmente, a determinada fatia da População Mundial. Este segmento da População dito "priveligiado" é determinado consoante algumas variáveis:

    - nível de desenvolvimento do País onde está inserida (tendo esta variável em conta os vários indicadores de desenvolvimento que existem);
    - rendimento;
    - grau de escolaridade;
    - condições familiares;
    - etc...

    Posso, então concluir que, a Internet é um meio de desenvolvimento (mas é também um meio que aumenta o fosso entre os mais ricos e os mais pobres) que não é destinado a todos. A Rede não é Global é, antes, cada vez mais Global.


    Nota: dados utilizados do seguinte site:

    http://www.internetworldstats.com/stats.htm

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