sexta-feira, 12 de junho de 2015

Maquilhagem à prova de lágrimas

Numa época em que nem todos os produtos cumprem aquilo que prometem, a L’Oréal decidiu provar a sua qualidade de um modo original. Para esse efeito, utilizou um aliado improvável: um dos maiores sucessos cinematográficos de sempre.

A famosa marca de produtos de beleza proporcionou uma experiência emocionante a 100 mulheres, dando-lhes a oportunidade de ver (ou rever) o célebre filme Titanic. Porém, antes da sessão de cinema cada uma das participantes foi maquilhada por profissionais da L’Oréal. Tendo em conta o drama e emoção envolvidos na visualização do filme (causador de lágrimas na maioria das presentes na sala de cinema), o uso da maquilhagem poderia ter sido problemático, mas tal não ocorreu devido a um simples pormenor: a máscara de pestanas utilizada nas maquilhagens era à prova de água.



A eficácia do rímel ficou provada através das fotos de antes e depois da visualização do filme tiradas a cada uma das presentes – que puderam assim comprovar que a sua maquilhagem continuava intacta.



Apesar da marca em questão já ser reconhecida pela sua qualidade, iniciativas deste género permitem uma maior aproximação ao seu público-alvo (no caso deste produto em concreto, as mulheres). Ao proporcionar-lhes uma experiência fora do comum e dar-lhes a oportunidade de experimentar o produto antes de comprar, a L’Oréal está a aumentar a probabilidade destas se identificarem com a marca e melhorarem a sua opinião sobre a mesma. É ainda bastante provável que as envolvidas na experiência partilhem a sua opinião positiva sobre a marca, gerando assim word-of-mouth positivo para a L’Oréal. Estas consumidoras podem, por isso, ser consideradas trysummers, na medida em que experimentaram o produto antes da compra e o irão publicitar. Trata-se assim de uma estratégia de tryvertising por parte da L’Oréal.



O que acham desta iniciativa da L’Oréal? E as leitoras do blog, sentem-se tentadas a usar produtos da marca após a visualização do vídeo?


Fonte: Exame

2 comentários:

  1. Este post tinha sido ainda mais interessante se tivesse sido publicado antes da entrega do meu trabalho sobre a L´Oréal Paris :p
    Do meu ponto de vista, sim, é uma iniciativa interessante que se vem juntar às inúmeras inovações que a marca tem feito. Esta tem vindo a surpreender deste a aplicação para dispositivos móveis onde é possível visualizar a cor de cabelo que melhor se adequa ao utilizador (INOA) até à aplicação para maquilhar virtualmente (Makeup Genius). Em ambos os casos, os potenciais consumidores podem selecionar diversas opções gratuitamente e ao seu gosto. Além disso, no caso da Makeup Genius, podem-no fazer sem terem que se deslocar às lojas físicas. A aplicação INOA, por sua vez, só está disponível nos cabeleireiros. No entanto, é visível a aposta em envolver os consumidores e fornecer-lhes a oportunidade de conhecerem o produto onde podem pedir a opinião a amigos e familiares visto que não estão condicionados pela sua aquisição. Ou seja, não só têm a possibilidade de interagir com a marca como podem usufruir do produto sem serem coagidos para tal.
    Aqui verifica-se o mesmo. É fornecida novamente a possibilidade de interagir diretamente com a marca levando os consumidores a experienciarem um produto sem custos. E, ao contrário dos casos anteriores, não é uma experiência virtual mas sim real! Portanto, sem dúvida que é um fator valorizado pois são os consumidores, neste caso trysummers, que formam a sua opinião sem influência das campanhas publicitarias. Por conseguinte, promovem tanto o word-of-mouth como o word-of-mouse, o que beneficiará a marca em caso de satisfação. Assim, além desta receber feedback em tempo real também conta a promoção por parte das cem participantes!

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    1. Olá Ana,
      de facto a L’Oréal tem tido iniciativas bastantes interessantes, tais como os exemplos que partilhaste. Estas aplicações e campanhas mostram que, apesar de ser já uma marca centenária, a L’Oréal acompanha a evolução das preferências dos consumidores e do mundo em que vivemos. E, como explicaste, o facto de interagir com os consumidores (sem os obrigar a comprar o produto) só beneficia a marca! Para além de que prova a qualidade da mesma, já que as participantes não foram convencidas da eficácia do produto através de qualquer spot publicitário, mas puderam sentir na pele (literalmente) que o produto cumpria o prometido. Assim, a probabilidade das envolvidas na experiência partilharem a sua satisfação com outras consumidoras – não só verbalmente mas também, como referiste, através das redes sociais – será maior.

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