quinta-feira, 19 de março de 2020

COVID-19: UM PONTO DE VIRAGEM

O teletrabalho não é um conceito novo, a sua existência já remota há vários anos, no entanto não é comumente usado, principalmente, pelos portugueses. Contudo o COVID-19 veio revolucionar o mercado de trabalho (e a nossa vida no geral, é certo). Desde o início desta pandemia que surgiu, a pouco e pouco, a possibilidade de adoção do teletrabalho que diria que foi adotada pela maioria das empresas. Apesar de esta tecnologia já estar disponível desde a década de 90 do século passado, os portugueses, sempre muito cómodos e avessos à mudança, não se haviam, ainda, rendido. Até há pouco tempo eram os millenials e a geração Z que tentavam mostrar os benefícios e a comodidade que o teletrabalho poderia proporcionar.


“Em particular, a geração Z, considerados nativos digitais, são “os que têm mais expectativas de usufruir das suas utilidades com uma maior flexibilidade de acesso às suas ferramentas de trabalho independentemente da localização física.”" (Público, 2020).

No entanto, todos acabámos por nos render ao facto de esta tecnologia ser a melhor solução para que a nossa vida e a vida do país não pare por completo.

Acredito que esta nova experiência irá ser o ponto de viragem para o trabalho remoto, que poderá levar à sua adoção generalizada em muitas empresas, mesmo quando este período “de guerra” acabar. Claro que não iremos passar de uma era em que o teletrabalho era quase inexistente para uma “massificação do trabalhado a partir do casa”, no entanto acredito que a mudança será gradual e benéfica tanto para empregadores como para empregados.
E vocês, já adotaram o teletrabalho? Acham que o uso desta tecnologia se irá prolongar?
#fiqueemcasa

7 comentários:

  1. Com alguma resistência, tento adotar o teletrabalho. Nesta altura não nos restam muitas alternativas, pelo que considero o teletrabalho um mal necessário.
    Do (meu) ponto de vista da sociedade, apesar de se terem adquirido ferramentas que tornam a comunicação de dados instantânea, o facto de uma pessoa trabalhar num escritório, num gabinete, numa sala de aula é algo que não pode ser mudado. A produtividade "em grupo" e a comunicação in loco é algo que não pode ser mudado e que faz parte da nossa génese humana.
    Penso que as nossas rotinas devem ser disciplinadas e ter uma espécie de "caixas" onde se devem separar o trabalho do resto. Ter em casa o nosso trabalho apenas funciona para algumas pessoas. Para outras, em regime excepcional...

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  2. Enfrentamos uma mudança de paradigma notável. Facilmente descobriremos que 90% das reuniões que fazíamos e metade dos dias de trabalho presenciais poderiam ter sido dispensados.

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  3. Apesar de não ser novo, não era até aos dias de hoje um conceito muito utilizado. Concordo que com o passar do tempo vamos perceber que a grande maioria dos trabalhos poderia ser realizado através desta forma de trabalho. No entanto, é de salientar que existe também uma enorme variabilidade de trabalhos impossibilitados de serem realizados por teletrabalho. Penso que a ser bem utilizado, trará depois da "guerra" muitos benefícios!

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  4. Olá Rita! Espero que se encontrem todos bem!
    Como já foi referido nos comentários anteriores, a realidade do teletrabalho não é um conceito novo mas em Portugal não era amplamente utilizado. Na minha opinião, após a "crise" que estamos enfrentar, muitas empresas vão por de parte esta tecnologia e voltar às suas rotinas anteriores de trabalho em escritório. Apesar de considerar que pode ser muito benéfico (tanto para trabalhadores como para as próprias empresas), existem muitos trabalhos que ainda exigem a presença física do vendedor e do comprador, nomeadamente serviços de que nós tanto falamos no mestrado!

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  5. Olá Rita!
    O tele-trabalho é um assunto que tem muito por onde se debater. Algumas grandes empresas ja permitem que os seus funcionários trabalhem pelo menos uma vez por semana a partir de casa e as estatísticas demonstram uma evolução na produtividade dos mesmos. Claro que estas situações costumam ser pontuais e não obrigatórias como o que tem acontecido devido a esta "crise". Na minha opinião, o tele-trabalho deve funcionar como uma estratégia motivacional da empresa mas no futuro não acredito que venha a substituir o trabalho presencial pois para além de o ser impossível fazer em vários empregos, a socialização no trabalho é também ela essencial para o bem estar dos funcionários, no final de contas, somos todos seres sociais!

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  6. Olá Rita!
    A meu ver, o teletrabalho nem sempre é o ideal, depende muito do tipo de trabalho (p.e em muitos serviços o contacto face a face com o cliente ainda é fundamental).
    Por outro lado, também acho que o teletrabalho é muito positivo em certos trabalhos , uma vez que funciona como um fator motivacional para o trabalhador, aumentando, assim, a sua produtividade.
    Com a situação em que vivemos, o teletrabalho é fundamental. No entanto, acho que depois de ultrapassarmos esta situação a maioria das empresas vai abandonar o teletrabalho e continuar com a rotina normal.

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    1. Olá, Inês!
      Tocaste num ponto interessante e importante, os serviços. A maioria deles de facto não consegue sustentar o seu negócio através de teletrabalho. Sendo que o setor dos serviços é de facto um dos que mais recorreu ao lay-off, precisamente por causa desse aspeto que lhes é tão característico: o contacto face a face.

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