segunda-feira, 20 de abril de 2020

#EstudoEmCasa

Como é sabido, a pandemia Covid-19 obrigou a muitas adaptações no quotidiano de todos. A educação não é exceção e, desde o encerramento de escolas e faculdades, professores e alunos recorrem a diversas plataformas que permitam o ensino à distância, como o Microsoft Teams, Zoom, Google Classroom, entre outros.
No entanto, apesar da crescente digitalização e do acesso à Internet ser mais generalizado, existem cerca de 50 mil estudantes até aos 15 anos que não têm acesso a computador com Internet em casa, de acordo com o INE. Um estudo realizado recentemente pela Universidade Nova de Lisboa retrata um cenário pior: em média, 23% dos alunos até ao 12.º ano não têm acesso a computador com Internet em casa, sendo que este valor é ainda mais elevado quando se retiram os dados de escolas privadas.
Numa tentativa de contornar este problema e aumentar o alcance dos conteúdos educativos, foi necessário recorrer a um meio tradicional, a televisão, e reavivar a Telescola mas agora com um nome mais atual: #EstudoEmCasa.
Diariamente, entre as 9h00 e as 17h50, são transmitidas na RTP Memória aulas de diversas disciplinas para os alunos do ensino básico, que posteriormente podem ser (re)vistas na plataforma RTP Play.



Apesar de serem áreas completamente distintas, podemos fazer um paralelismo com a comunicação das marcas/ empresas: em muitos casos, de forma a aumentar o alcance e melhorar o desempenho, deve ser adotada uma estratégia all line e não apenas online ou offline.

Fontes:
https://observador.pt/2020/04/15/alunos-sem-computador-sao-mais-do-que-se-pensa-nas-escolas-publicas-quase-um-terco-dos-alunos-do-ensino-basico-nao-tem-equipamento/
https://rr.sapo.pt/2020/04/20/pais/covid-19-telescola-arranca-esta-segunda-feira-para-850-mil-alunos/noticia/189872/

5 comentários:

  1. Olá Marta! Concordo com a tua observação e achei bastante oportuno o paralelismo que fizeste. Acredito que a presença em diversos pontos de contacto por si só, sejam online ou offline, já não é suficiente, se é que alguma vez foi. Passa, agora, a ser necessário haver uma harmonia, simultaneidade e complementaridade entre os diversos canais que, no seu todo, permitem à empresa/marca envolver o público numa experiência única e complexa.

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  2. Olá Marta!
    Concordo plenamente contigo!Foi uma ótima ideia, solucionar esta falta de meios de muitos alunos portugueses com a transmissão de aulas na televisão. Apesar de não ser o meio mais eficaz, é mais uma alternativa para ajudar os alunos nesta época difícil que atravessamos.
    E como tu disseste, esta situação também é semelhante ao que acontece no contexto empresarial. Cada vez mais é necessário estar presente em todos os canais e o mais importante é estarem todos interligados, alcançando assim, uma estratégia omnichannel.

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  3. Olá Marta! Parabéns pela escolha de um tema tão atual, tão falado e, para alguns, tão importante.
    A verdade é que, sem dúvida, este meio veio tentar solucionar o problema, ou pelo menos, tentar contorná-lo...Acredito que para os alunos, para os seus familiares e principalmente para os professores, não seja uma adaptação fácil, mas pelo que tenho ouvido, parece estar tudo a correr como previsto e as audiências da RTP memória (canal onde se assiste às aulas), aumentam de dia para dia.
    Para terminar, concordo em absoluto com o paralelismo que fizeste com o contexto empresarial. Cada vez mais as empresas terão de saber trabalhar e redirecionar o seu IT para estes "novos canais"... até mesmo antes de existir o covid19, já era importante as empresas adotarem e adaptarem-se aos mesmos, de forma a facilitar a comunicação com fornecedores estrangeiros, com trabalhadores que se encontram no estrangeiro, trabalhadores que por algum motivo não compareceram ao espaço de trabalho físico. A empresas que querem evoluir e crescer, têm de saber usar as tecnologias existentes, no apoio a essa evolução, até porque as mesmas acabam por ser um fator motivacional para os próprios colaboradores das empresas (dou o exemplo das empresas que permitem aos colaboradores que trabalhem um dia por semana em casa. Este "bónus" só é possível, pela aposta que fizeram aos meios de comunicação online.)

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  4. Olá Marta!
    Realmente esta situação tem obrigado a grandes mudanças e a exigir cada vez mais que todos os setores inovem e procurem formas de se adaptarem às circunstâncias, nomeadamente a educação que é um tópico muito importante. Vimos que várias medidas têm sido tomadas e procura-se as melhores opções para que os alunos possam continuar a ter acesso a informação, mesmo que não seja o melhor método, como se costuma dizer "é melhor que nada". Acho que a teleescola é capaz de ser uma opção mais acessível a todos os alunos do que propriamente aulas através de um computador. Sei de vários casos de famílias com mais do que um filho e que apenas têm um computador, sendo praticamente impossível que todos consigam estar presentes nas aulas devido à sobreposição de horários. De realçar também as ondas de solidariedade que se têm divulgado para recolher e distribuir material informático pelos necessitados.
    Confesso até que eu própria já assisti, e sou capaz de continuar a assistir, às aulas de espanhol e francês na teleescola, pois são uma oportunidade para recordar e praticar esses idiomas.

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  5. Olá Marta,
    De facto a Telescola veio tentar solucionar/contornar a situação atual, porém apesar das audiências estarem a ser cada vez maiores, já tendo ultrapassado a CMTV e o Programa da Cristina (os líderes de audiência das últimas semanas), as redes sociais têm sido implacáveis e têm criticado diversas situações.
    É normal que algo feito com muita pressão e rapidez, não fique perfeito, mas acho que foi a solução possível no nosso contexto, por forma a que se concluísse o ano letivo, sem prejudicar aqueles alunos que não têm acesso a outras tecnologias.
    Para além disso, aqueles professores estão a dar a cara por muitos que não conseguem fazer aquilo que mais gostam: ensinar, por causa de nem todos os seus estudantes terem os meios necessários para terem aulas online. A minha irmã está no 3º ciclo e felizmente aqui em casa está a conseguir ter aulas online, porém tem colegas que não o conseguem fazer e a telescola é o seu grande apoio.
    Concluindo, acho que devemos de louvar o esforço que todos estão a fazer para lidar com a situação atual e aproveitar mesmo para relembrar ou aprender conteúdos como a Rita Macedo referiu. Tal como diz o ditado popular "O saber nunca ocupa lugar" e esta é uma ótima oportunidade de o pôr em prática! ;)

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