quinta-feira, 2 de abril de 2020

Para sua segurança, estenda a quarentena aos seus dispositivos eletrónicos

Por incrível que pareça, há quem esteja a aproveitar uma pandemia mundial da pior maneira possível. As redes de crime organizado estão a ajustar o seu modus operandi às novas “oportunidades”, ao aproveitar o aumento do tráfego digital para potenciar as suas atividades criminosas nesta realidade.

A quarentena decretada pelo Covid-19 reduziu a mobilidade física e o fluxo de pessoas no território a nível mundial, além de ter aumentado o teletrabalho e a dependência de sistemas de computação seja para compras ou pagamentos de serviços on-line.

E eis que esta nova realidade social serviu para que entidades criminosas aproveitassem a ansiedade e o medo gerado pelo novo coronavírus para porem em prática fraudes telefónicas, falsos fornecimentos de produtos (pagos mas que nunca chegarão ao cliente) e até esquemas de medicamentos e desinfetantes que prometem eliminar o vírus.

Mas não só as famílias estão “em xeque”. Para manter os colaboradores em segurança, as empresas abrem o seu sistema informático ao trabalho à distância e tornam-se mais vulneráveis a ciberataques. De acordo com o Relatório Global de Riscos 2020 do Fórum Económico Mundial, estes serão um dos maiores riscos para as empresas na próxima década, acima do terrorismo, dos conflitos políticos e da destruição de ecossistemas.
A boa notícia é que se o cibercrime se serve desta pandemia para alavancar o seu sucesso, as instituições europeias juntam-se para alertar a comunidade e ajudar à sua proteção. A Europol lançou, em 17 línguas, um pequeno manual para aumentar a segurança digital e para as famílias fazerem da sua casa um lugar mais seguro.



Aos avisos mais gerais presentes na imagem, acresce o aconselhamento de compras a fornecedores online confiáveis, a verificação das reviews dos vendedores e respetivos produtos, e para quem tem filhos menores de idade, a análise das configurações de segurança e privacidade dos brinquedos inteligentes e ainda o uso do controlo parental para salvaguardar a atividade online do menor, aconselhando os pais a explicar a importâncias de estar tão seguro online como offline.
Mas não só do que deve ser feito é composto este manual, o que não deve ser feito também é aqui explicado de forma simples e direta:


A Europol termina este documento com o alerta: "Consulte fontes fidedignas para obter informações factuais atualizadas. Se se tornar vítima de cibercrime, reporte-o sempre à Polícia Judiciária."

Fontes:
www.dinheirovivo.pt/opiniao/o-cibercrime-nao-esta-de-quarentena/www.securityboulevard.com/2020/04/limiting-the-impact-of-the-cybercrime-pandemic/www.europol.europa.eu/activities-services/public-awareness-and-prevention-guides/make-your-home-cyber-safe-stronghold

1 comentário:

  1. Olá Mafalda. Acho a tua publicação totalmente atual, tendo em conta os ataques diários a que temos assistido. Uma delas é-nos, até, bastante próxima: o ataque à plataforma Zoom. O digital é tão poderoso que não tardou a surgir a Hashtag "#Zooombombing", devido à invasão em massa em videoaulas e videoconferências.
    Os hackers parecem estar com demasiado tempo livre e têm sido várias as suas manifestações. A Microsoft, inclusive, enviou um alerta às organizações de saúde e hospitais que, mais do que quaisquer outros, estão vulneráveis, pois são o alvo perfeito para "abalar" a sociedade neste momento delicado. São, também, o alvo mais perigoso de atingir por razões óbvias, já que, neste momento, nada pode falhar e atrasar o seu funcionamento. Só que é exatamente atrás disso que os hackers correm atrás, infelizmente. Prova disso, são os inúmeros ataques a nível global relacionados com o Covid-19. Desde angariações de campanhas de compra de material médico falsas, a tentativas de roubo de credenciais de acesso a funcionário da OMS. Não duvido que outros ataques se venham a suceder, mas mais vale prevenir do que remediar, por isso não custa começar por seguir essas recomendações.

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